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CLARISSA DE LIMA XXXIV MED UCB

​ ​HELMINTÍASES

• ​Condições de Vida
- Crianças
- Má higiene
- Pobreza
- Desconhecimento dos meios de transmissão/prevenção
​ANCILOSTOMOSE

• ​Espécies de ancilostomídeos
- Necator americanus: suga 0,03 ml de sangue por dia
- Ancylostoma duodenale: suga 0,26 ml/dia
➢ Jovens de até 20 anos podem eliminar mais de 6.000 (O/G/F).
(Para N. americanus, dividindo o numero de O/G/F, por 20,
obtém-se ± o número de vermes parasitando o intestino. Ex
10.000 ovos : 20 = 500 vermes)
➢ Nas infecções leves elimina-se até 2.600 O/G/F
➢ Infecções moderadas, 2.601 a 12.599 O/G/F
➢ Infecções intensas, 12.600 a 25.999 O/G/F

• ​Clínica
- Aguda
➢ Prurido cutâneo
➢ Sensação de queimação na pele
➢ Edema
➢ Eritema locais
➢ Após 4 semanas surgem: náuseas, cefaleia, letargia, tosse seca
persistente; Em seguida: dor abdominal periumbilical ou
epigástrica, vômitos, diarreia (por vezes sanguinolenta),
inapetência, emagrecimento, fraqueza, dispneia e anemia.
* Por vezes suspeita-se de abdome agudo
- Crônica
➢ Indisposição, Geofagia, Intensa anemia, Cardiomegalia, Sopro
anêmico, ICC
➢ Perda sanguínea variável, chegando a 250 ml/dia, conforme carga
parasitária e espécie de ancilostomídeo; (Crianças de até 3 anos
podem ter um milhão de hemácias e 2g de Hb)
* Em infecções médias (500 a 1000 vermes), perde-se de 20-30 ml
de sangue/dia
• ​Tratamento

- Não farmacológico:
➢ Orientação sobre hábitos que propiciam a infecção (evitar andar
de pés descalços em áreas de possível contaminação, estimular
hábitos de higiene)

- Farmacológico:
ESQUISTOSSOMOSE

• ​Expansão no Brasil

• ​Condições favoráveis à sua instalação​: ✓Altas temperaturas


✓ Saneamento básico deficitário
✓ População humana exposta
✓ Caramujos hospedeiros em abundância
✓ Grande quantidade de córregos, lagoas,
represas e valas de irrigação.
• ​Epidemiologia​: ✓ Pará, na região Norte;
✓ Maranhão, Ceará e Piauí no Nordeste;
✓ Goiás no Centro Oeste;
✓ Espírito Santo, São Paulo e Rio de
Janeiro
no Sudeste;
✓ Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul na região Sul;
✓ Distrito Federal

• ​Ciclo e patogenia
- Ciclo
➢ Eliminação de ovos nas fezes em rios, lagos
➢ Liberação do Miracídio na água e penetração no caramujo
➢ Formação e liberação de cercárias (grande número)
➢ Penetração da cercária na pele
➢ As cercárias penetram na pele do ser humano em contato com a
água (transformação em esquistossômulo); Acesso à circulação
venosa.
➢ Migração até o coração direito, pulmões e fígado (veia porta -
diferenciação, crescimento migração para intestino)
➢ Acasalamento e postura de ovos; Recomeço do ciclo

• ​Clínica da esquistossomose
- Forma Aguda
➢ febre, dor de cabeça, calafrios, suores, fraqueza, falta de apetite,
dor muscular, tosse, diarreia
- Formas Crônicas
➢ prurido anal, espoliação, tontura, palpitações
➢ Intestinal - hemorragia digestiva
➢ Hepatoesplênica - hepatoesplenomegalia, hipertensão portal
➢ Cardiopulmonar - hipertensão pulmonar
➢ Medular, Espinhal
• Diagnóstico

- Específico: - Inespecífico:
➢ Parasitológico de fezes ➢ Leucograma
➢ Biópsia retal ➢ Ecografia abdominal
➢ Rx de tórax
➢ Endoscopia digestiva
➢ ECG

• Tratamento

- Oxamniquine
- Praziquantel 50 a 60 mg/kg/d
➢ Cura 80 a 90% dos casos
➢ Evita a forma grave
➢ Regride a forma hepatoesplênica inicial
➢ Tratamento em massa

• Profilaxia

- Trabalhar protegido (usar luvas e botas de borracha)


- Drenagem de coleções aquáticas
- Retificação e limpeza de valas
- Proporcionar água encanada nas residências
- Proporcionar rede de esgoto para a população
- Educação sanitária
- Tratamento dos infectados
​ TENÍASE E NEURO/CISTICERCOSE

• Patogenia Cisticercose
- Ingestão do ovo, liberação da oncosfera no intestino
- Penetração na parede intestinal, perfuração de pequenos vasos
- Disseminação da oncosfera na corrente sanguínea
- Alojamento e crescimento no SNC, músculos estriados, subcutâneo,
olhos, vísceras (O cisticerco vive nos tecidos 6+)
- A vesícula íntegra não induz inflamação (Surge inflamação com a
permeabilidade da membrana)

• Patogenia Neurocisticercose
- No SNC a oncosfera fixa no parênquima, mas pode migrar para o líquor,
crescer nos ventrículos e causar obstrução mecânica da circulação
(Ocasionando Hipertensão Intracraniana)
- Presença de calcificações indica infecção há pelo menos há 3 anos

• Patologia

• Manifestações Clínicas
- Neurológicas:
➢ Convulsões 50 a 80% - Oculares:
➢ Cefaleia, HIC 38% ➢ Turvação visual,
➢ Parestesias, paresias, cegueira 0,2%
paralisias 2,8%
- Musculares: - Psiquiátricas:
➢ Dores musculares ➢ Psicoses 11%
- Digestivas
- Subcutâneas: ➢ Náuseas, vômitos
➢ Nódulos subcutâneos 2%

• Diagnóstico por Imagem

* Ressonância magnética: permite melhorar a nitidez da imagem em


algumas situações - Cisticercose ventricular, de medula espinhal

• Diagnóstico laboratorial

- Líquor:
➢ Alterações citoquímicas (pleocitose mononuclear, presença de
eosinófilos, hiperproteinorraquia).
➢ Pesquisa de anticorpos pela ELISA: especificidade 95%
sensibilidade 87% (IgG e IgM)

• Diagnóstico​ ​parasitológico e histológico

- Pesquisa de proglotes:
➢ Tamisação das fezes
- Pesquisa de ovos:
➢ Técnica mais sensível é a fita adesiva (método de Graham)
- Biópsia e histologia de nódulo subcutâneo

• Tratamento da cisticercose

- Albendazol: 15mg/kg/dia, durante 8 dias * Também trata a Teníase


- Praziquantel: 50mg/kg/dia, por 15 dias
- Corticóide: dexametasona 9 a 12 mg/dia (Diminui a inflamação
ocasionada pela ação do Albendazol ou Praziquantel no extermínio do
cisticerco)
- Anticonvulsivantes: carbamazepina, fenitoína (em casos de manifestação
de convulsões)

• Prevenção​ ​- Estratégias preconizadas pela OPAS - OMS

- Teníase
➢ Controle veterinário, cocção e congelação da carne, saneamento
ambiental básico
- Cisticercose:
➢ Tratamento dos pacientes com teníase
ESTRONGILOIDOSE

• ​Parasitose intestinal universal maior prevalência nos trópicos.


• ​Acomete mais imunossuprimidos (desnutridos, em uso de corticóides,
antineoplásicos)
• Espécies:
- Strongyloides stercoralis
- Strongyloides fulleborni

• Fases do Strongyloides stercoralis

• Patogenia - Strongyloides stercoralis


• Patologia
- Na forma grave compromete todo tubo digestivo, pulmões, fígado e
qualquer outro órgão
- Traumatismo e irritação pelos vermes adultos, larvas e ovos (inflamação
e lesão)
- Lesões em duodeno e jejuno:
➢ As larvas penetram as lesões, levando consigo bactérias e
resultando em enterite nas glândulas de Lieberkuhn
• Clínica
- Assintomáticos ou Oligosintomáticos (maioria)
- Sintomáticos:
➢ Dor e queimação epigástrica
➢ Diarréia leve
➢ Náuseas
➢ Vômitos
- Formas graves:
➢ Auto exo-infecção: penetram p/ períneo
➢ Auto endo-infecção: penetra no intestino
• Diagnóstico
- Exame de fezes (Baermann)
- Pesquisa de larvas no escarro
- Métodos sorológicos: ELISA
- Leucograma: eosinofilia nas formas leves e aneosinofilia nas graves

• Tratamento
- Tiabendazol 25mg/kg/d por 3 dias
- Cambendazol 5mg/kg: dose única
- Ivermectina 200µg/kg/peso por 2 dias
- Albendazol 400mg/dia por 3 dias
- Nitazoxanida 1000mg/dia por 3 dias
* Antibióticos na forma grave
• Profilaxia
- Uso de calçados - Tratamento dos infectados
- Saneamento Básico (Água e Esgoto) - Educação Sanitária

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