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Parasitologia

Amebíase

• Entamoeba histolytica

• Habita o trato gastrointestinal — raramente habita outras regiões

• 10 a 20% das pessoas apresentam sintomas

• Transmitida por meio da ingestão do microrganismo— comer ou beber alimentos contaminados,


que tiveram contato com as vezes de algum sujeito infectado

• Atividades sexuais — boca próxima ao anus — fezes

• Ciclo fecal-oral

• Sinais e sintomas

— assintomático, sintoma levas ou graves

— diarreia, flatulência, cólicas estomacais, perda de peso

— nos casos graves pode haver diarreia com sangue, muco e pus

— pessoa pode transmitir o parasita sem nenhuma sintomatologia

• Diagnóstico— coprocultura

• Tratamento— medicamentos antiparasitários, podendo durar semanas, meses ou anos

• Prevenção— higiene básica, água e alimentos de boa procedência, lavar alimentos que serão
comidos cru, cuidado ao manipular alimentos

Ancilostomíase

• Amarelão — Ancylostoma duodenale

• Vermes com corpo alongado, com placas cortantes em sua boca, medem de 1 a 2cm

• Transmissão — penetração de larvas dos vermes através da pele, ingestão da larva (menos
comum)

• Larvas que vivem no solo

• No intestino elas se prendem a parede do órgão e retiram os nutrientes por meio da sucção de
sangue da região

• Esse mecanismo de sucção causam lesões intestinais que podem resultar em hemorragias
severas e morte do infectado (casos mais graves, infecção avançada)

• Sintomas

— palidez — coloração amarelada da pele (anemia)

— fadiga e fraqueza generalizada

— dor abdominal associadas a diarreia moderada

— perda de apetite — emagrecimento

— fezes escurecidas e mal cheiro — presença de sangue

— quadros avançados podem haver presença de insuficiência cardíaca e comprometimento


motor / cerebral — muitas vezes irreversível

• Prevenção

— saneamento básico (instalação de vasos sanitários, esgoto e água potável e abastecimento)

— uso de calçados (uso de lona para sentar no chão)

— tratar animais (cachorros e gatos) — contra o ancilóstomos para impedir disseminação da


doença

• Tratamento

— tratamento feito com vermífugo (anti


helmínticos)

— suplementação com ferro - anemia

Doença de chagas

• Trypanossoma cruzi

• Doença tropical parasitária

• É a doença parasitária que mais mata anualmente

• Acredita-se que somente 10% das pessoas das Américas sejam diagnosticadas e 1% recebe
tratamento antiparasitário

• Transmissão

— pelo vetor - inseto barbeiro - vive na rachadura de paredes de barro

— transmissão vertical

— transfusão sanguínea e órgãos doados sem controle

— ingestão oral de alimentos contaminados (açaí)

• Diagnóstico

— amostra de sangue

— enxerga-se o protozoário no sangue

— exames de detecção de anticorpos - sorológicos

— diagnóstico tardio: biópsia de um órgão

• Além dos medicamentos para tratar, muitas vezes é necessário o uso de medicamentos para as
patologias adquiridas pela doença como a insuficiência cardíaca, problemas de ritmo, etc.

• Medicamentos são eficazes na fase aguda e início da fase crônica da doença

• Parasita se dissemina pelo sangue e vasos linfáticos na forma de tripomastigota — possui


preferência pelas células musculares (principalmente a cardíaca), célula de Schwann, neurônios e
macrófagos.

• Forma infectante — TRIPOMASTIGOTA

• Forma replicada — AMASTIGOTA

— a diferença entre elas é dada pela perda do flagelo (amastigota) e escape do fagolisossomo
para o citoplasma da célula infectada.

• Fase aguda

— maioria das pessoas não apresentam sintomas

— dura cerca de 4 meses

— quando há sintomatologia:

◦erupções cutâneas (dor no local da picada)

◦dor de cabeça

◦linfoadenopatia

◦febre, náusea, vômito

◦dispneia

◦aumento moderado do fígado e baço

◦Sinal de romaña — contaminação ocular (patognomônico) — edema e olho caído

• Demais fases

— crônica indeterminada:

— após a fase aguda

— pode durar décadas

— parasitas continuam presentes nos órgãos

— sem sintoma

— segue transmitindo a doença

— crônica sintomática:

— 30 a 40% das pessoas progridem para essa


fase

— danos cardíacos graves (arritmias,


taquicardia)

— insuficiência cardíaca progressiva

— raramente: alargamento do trato intestinal

— morte súbita

Esquistossomose

• Também chamado de barriga d’ água

• Causado por platelminto — Schitosoma mansoni

• Transmitida por água doce e os parasitas são liberados por caracóis infectados

• Países em desenvolvimento

• Com maior prevalência em crianças, pescadores e agricultores

• Período de incubação é de 2 semanas a 6 semanas - maioria é assintomático

• Hospedeiros

— definitivo: homem (se desenvolve e reproduz) — elimina ovos nas fezes

— intermediário: ciclo biológico depende do hospedeiro intermediário. Caramujos aquáticos do


tipo Biomphalaria glabrata e outros do mesmo gênero e de espécies diferentes.

• Sintomas

— aguda: febre, dor de cabeça, calafrios, suor, fadiga, fraqueza, perda de apetite, dor
muscular, tosse e diarreia, aumento do baço e fígado

— crônico: diarreia constante intercalada com prisão de ventre, tontura, sensação de


saciedade, palpitações, emagrecimento e endurecimento do abdômen

— agravos: hemorragia digestiva, hipertensão pulmonar e portal, óbito

• Diagnóstico — cropocultura

• Tratamento — vermífugo

• Prevenção — evitar se banhar em rios,


educação em saúde

Toxoplasmose

• Protozoário (parasita intracelular) — Toxoplasma Gondii

• Encontrado nas fezes de felinos e pode se hospedar em humanos e animais

• Causado pela ingestão de água ou alimentos contaminados

• Uma das zoonoses mais comuns em todo o mundo

• Com estágio de infecção agudo e crônico — inicialmente com sintomas leves similares da gripe,
seguidos de dores musculares e linfoadenopatia (crônico)

• Clico da toxoplasmose

— adquirido pela ingestão (oocistos esporulados)

— presentes nas fezes de felinos ou em carnes cruas - principalmente porco e cordeirinho

— não transmissível entre pessoas - transfusão sanguínea (não ocorre mais)

— faz-se pesquisa pela imunoglobulinas IgM e IgG

— Grávidas:

—Por ser uma doença normalmente silenciosa e assin


tomática

usualmente se pede exames sorológicos préviamente (planejamento familiar) e durante o pré natal

— Caso haja o diagnóstico – imediatamente faz-se o uso de quimioterápicos adequedos

— Toxoplasmose congênita

• Resultado da infecção intrauterina – varia conforme a idade IU gestacional

• Pode ser letal

• Prematuridade e baixo peso ao nascimento

• Estrabismo

• Icterícia e hepatomegalia

• Último trimestre: pneumonia, miocardite, hepatite com icterícia, anemia, plaquetopenia e outras
alterações

• Segundo trimestre: nascimento prematuro extremo, encefalite com convulsões, calcificações


cerebrais, entre outros

• Tétrade de Sabin: microcefalia com hidrocefalia, corriorretinite, retardo mental e calcificações


intracranianas

—Somente 1% da população felina participa da disseminação da toxoplasmose - Contraem o


parasita durante a caça

— Associado a falta de higiene, manejo de carne crua contaminada, ingestão de carnes mal
passadas contaminadas e ingestão de água contaminada

— “a probabilidade de se contrair toxoplasmose é maior comendo carne mal cozida do que tendo
um gato em casa”

Leishmaniose

• Quase 100 países atingidos

• 2 milhões infectados/ ano

• Alta incidência no Brasil – não contagiosa

• Deprime sistema imunológico – associação com HIV

• Da família dos Trypanosmatidae – gênero Leishmania

• Vetorizado pelo insetos flebotomíneos – mosquito palha/birigui à 2-3 mm, regiões temperadas 20 a
30o C, fêmea se alimenta de sangue ao entardecer – tem vôo curto, baico e direto – picada dolorida

Leishmania:

◦leishmania

◦viannia

◦29 subespécies patogênicas para o homem

‣ Habitam locais silvestres e peri-domiciliares – mata, lixos, escombros, rachaduras


externas de habitações, solo úmidos e toca de roedores silvestres

‣ Tipos de leishmaniose: cutânea, difusa, mucosa e visceral

— Leishmaniose visceral / calazar

• Febre irregular e prolongada

• Anemia – palidez de pele e mucosas

• Falta de apetite – perda de peso

• Aumento do fígado e baço

• Indisposição

— Leishmaniose cutânea / tegumentar

• Após 2 a 3 semanas da picada do mosquito

• Forma-se um edema – pequena pápula -


avermelhada que aumenta de tamanho e forma uma
ferida com secreção purulenta

• Pode-se manifestar como lesões inflamatórias de mucosas

• Diagnóstico

— Exames clínicos e laboratoriais

— Biópsia de úlceras

— Intradermorreação de montenegro

— Isolamento do protozoário

• Tratamento

— Antimoniato de N-metil glucamina

— Anfotericina B lipossomal

— Desoxicolato de anfotericina B

• Prevenção

— Evitar construir ou acampar próximos as matas

— Dedetização – autoridades de saúde

— Evitar banhos em rios e igarapé localizados próximo à matas

— Repelente e mosquiteiros

— Tratamento de animais com diagnóstico positivo

Giardíase

• Causada pelo protozoário Giardia lamblia - É um


protozoário flagelado

• É encontrado em países desenvolvidos e em


desenvolvimento

• Sintomas costumam aparecer de 1 a 3 semanas após o


contato inicial

• Pode não ter sintomas mas quando há: diarréia, enjoo,


perda de apetite, cólicas abdominais, flatulência, eructação,
perda de peso por má absorção de nutrientes

• Diagnóstico: coprocultura

• Tratamento: antiprotozoários por via oral

• Prevenção: saneamento básico, boas práticas de higiene ao preparar os alimentos, boas práticas
de higiene pessoal – lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar bebês, etc

Teníase / Cisticercose

• São duas patologias distintas causadas pelo mesmo agente etiológico

• Parasita cestódeo chamado Taenia solium e Taenia saginata

• Popularmente conhecido como solitária

• Os parasitas adultos possuem “ventosas/ganchos”que se afixam no interior do intestino causando


lesões

• Eliminando proglotes nas fezes da pessoa contaminada

• A diferença é a forma de contaminação

TENÍASE

— Parasita adulto – 1,5 a 6 metros de comprimento

— Teníase é a parasitose decorrente da ingestão dos cisticercos

— Inflamação eosinofílica

— Incubação – 3 meses entre ingestão e parasita adulto

— Transmissibilidade – ovos no ambiente por meses

— Ingestão do cisticerco que está no porco

— Sintomas: dor abdominal, sensação de fome, náusea, astenia, diarréia e perda de peso (mesmo
com bom apetite)

— Complicações: obstrução do apêndice, colédoco e ducto pancreático

CISTICERCOSE

— Formação de cisticercos no tecido humano

— Ingestão acidental de ovos da Taenia solium

— Associado com hábitos ruins de higiene – fezes em águas de abastecimento, não lavar as mãos,
etc

— Após a ingestão dos ovos, ocorre a liberação da larvas que alcançam a corrente sanguínea e se
fixam nos tecidos

— Contaminação fecal oral

— Podendo acometer vários sítios – pele, vísceras, músculos , olhos e sistema nervoso central

— Incubação - em torno de 15 dias após infecção

— Pode não ter sintomas

— Se com sintomas - hipertensão craniana, cefaléia e convulsões

— Complicações - deficiência visual, alucinações e epilepsia

— Tratamento - anti helmíntico associado com corticóide

NEUROCISTICERCOSE

— 60 a 90% dos casos

— Pode ser espinhal ou cerebral (>78%)

— Parasita pode viver até 2 anos nesses tecidos

— Uma das mais graves infecções parasitárias do SNC – sintomatologia grave

— Endêmico de países em desenvolvimento – mas ocorre em desenvolvidos

Filariose linfática

• Causada por nematoides das espécies: Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori

• Transmitida pelo mosquito Culex infectado com a larva do parasita

• Caracterizado pela presença do parasita adulto nos vasos linfáticos e linfonodos

• Causando incapacitação dos afetados pela moléstia

• Sintomas

— Inflamação de linfonodos – formação de granulomas e calcificação

— Linfagite – inflamação dos vasos linfáticos

— Linfedema – edema que resulta mal funcionamento do sistema linfático

— Presença de linfa na urina

— Inflamação, fibrose, edema e infecções secundárias – elefantíase

— Casos assintomáticos são raros

• Diagnóstico

— Gota espessa de sangue periférico – esfrefaço

— Clínico, epidemiológico

— testes imunológicos – detecção de igG4 – antifilárias

— biópsia de linfonodos

• Tratamento

— Medicamento específico

— Administrado por via oral, rápida absorção e baixa toxicidade

— Redução rápida da densidade de microfilárias no sangue

Malária

• Doença infecciosa causada por um protozoário - esporozoíta

• Gênero Plasmodium – 100 tipos de plasmódios

• Trasmitido pelo MOSQUITO do gênero Anopheles

• Relacionado a regiões de trópicos - endêmico

• 90% das mortes causadas por essa doença ocorre em menores de 5 anos

• Sequelas de complicações clínicas como epilepsia, problema de visão, fala e audição, distúrbios
comportamentais e cognitivos – 500 milhões de casos por ano

◦Plasmodium falciparum
1grave
◦Plasmodium vivax

◦Plasmodium malariae

grau
• Diagnóstico

— Teste rápido por imunocromatografia

— Gota espessa – esfregaço

— PCR

• Tratamento

— Antimalárico - varia conforme a espécie do plasmódio

— Malária não complicada – via oral

— Malária complicada – endovenosa

• Prevenção

— individual: evitar aproximação de áreas de risco no início do dia e entardecer. Uso de repelentes,
dormir com mosquiteiros, telar janelas e portas

— coletivo: medidas de combate ao vetor, medidas de combate às larvas, saneamento básico e


tratar os doentes

Miíase

• Larva de mosca dípteros depositada em órgão ou tecido humano

• Existem outros tipos de moscas como: Oestridae, Calliphoridae, Cuterebridae e Muscidae

• São comuns em países em desenvolvimento – mas pode acontecer em países desenvolvidos ou


turistas de países tropicais

• As larvas eclodem em 24 horas e passam a destruir os tecidos saudáveis podendo gerar


hemorragias grave

• Ocorre em feridas e arranhões expostas

• Pacientes com lesões necróticas

• Ingestão acidental da larva da mosca

• Pacientes negligenciados e com péssimas condições de higiene

• Pessoas que vivem no meio rural – miiase furunculosa - berne

• Tratamento

— Não há consenso na literatura

— Catação

— Uso tópico: hipoclorito de sódio, álcool a 96%, benzina, fenol, iodofórmio em pó, entre outros

— Uso sistêmico: oxicianureto de mercúrio, thiozol (sulfeto de mercúrio) e óleos canforados à 25%

Ascaridíase

• Parasita neomatoíde Ascaris lumbricoides

• Popularmente conhecido como lombriga

• 85% dos casos é assintomática

• Considerada uma doença tropical negligenciada – muito prevalente em crianças

• Ciclo do parasita no corpo

— Infecção pela ingestão do ovos – eclodem no intestino

— Penetram pela parede do intestino e migram pelo sangue e vasos linfáticos até o pulmão,
passando pelo fígado e coração

— São tossidos e deglutidos

— Passam pelo estomago e alojam-se no intestino onde tornam-se parasitas adultos – fêmea e
macho

• Sintomas

—Migração da larva:

◦fígado: focos hemorrágicos seguidos por necrose e fibrose

◦Pulmões: focos hemorrágicos, edema alveolar, reações alérgicas, febre, bronquite e


pneumonia

—Parasita adulto - depende do número de parasitas que infestam

Baixo – 3 a 4 parasitas

Média – 30 a 40 parasitas

Alta – mais de 100 parasitas

— Irritação da parede intestinal, diarréia e constipação, dor abdominal e até obstrução

— Subnutrição, ascite, retardo físico e mental

— O Parasita ao entrar em contato com antígenos do nosso corpo pode gerar urticária e convulsões

• Presença dos parasitas nos adultos

— Localização ectópica

— Vias biliares e hepáticas

— Apêndice

— Traquéia e brônquios

— Seios da face, ouvido médio, boca e narina

• Diagnóstico

— Exames de imagens – radiografia de abdome e tomografia

— Coprocultura – pesquisa de ovos nas fezes

• Tratamento

— Dieta rica e de fácil absorção

— Medicamento anti- helmíntico

• Prevenção

— Saneamento básico – esgoto ou fossa com destino adequado — Fazer com que todos usem a
privada

— água propria para consumo

— Lavagem das mãos

— Limpar quintais e remover todo o lixo

— Cuidados com utensílios domésticos e lavagem dos alimentos

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