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D
(doença zoonótica de importância mundial que acomete diferentes espécies animais, causada pela infecção por Leptospira sp).
PIDEMIOL
E - Distribuição mundial;
OGIA - Zoonose;
- Tem incidência maior em países de clima tropical (mais comum nos períodos chuvosos);
*Maior ocorrência em períodos chuvosos: tanto em cães como seres humanos. Chuvas e sistema de drenagem falho favorecem o contato com
a bactéria: água não escoa como deveria, a leptospira do esgoto é diluída na água da chuva e sobe para a superfície.
- Transmissão através de pele íntegra ou lesionada;
Transmissão: Contato com urina de animais infectados; venérea, transplacentária; ingestão de tecidos infectados; inalação; indiretamente por
meio de água, solo ou lama contaminada.
- No ambiente externo não se multiplicam (Bactéria se mantém viável no ambiente mesmo não conseguindo se multiplicar fora do hospedeiro);
- Sobrevivem na água ou no solo lamacento com pH levemente alcalino, salinidade baixa, e ausência de radiação ultravioleta;
- Sobrevivência pode chegar a até 6 meses.
- Reservatórios: roedores (Rattus norvegicus, sorovar Icterohaemorrhagiae), Cães (susceptíveis à infecção por todos os sorovares,
reservatórios do sorovar Canicola).
Cães adultos de 4 - 7 anos são mais afetados; sem predisposição racial; maior susceptibilidade à infecção em animais de rebanho e cães
usados para caça.
Animais de rebanho: contaminação por urina da água ou comida, roedor é triturado no processo de fabricação de ração.
Gatos apresentam uma menor susceptibilidade. Relatos clínicos são raros. Comumente apresentam uma rápida resposta imune.
Evolutivamente o gato se tornou resistente à infecção devido ao histórico de se alimentar de roedores.
- Microrganismo nos capilares renais e no interstício; em aproximadamente 2 semanas vai ter Leptospiras nas células tubulares, vai ter início
da eliminação pela urina, e lesão nos pequenos vasos renais. Lesão isquêmica do parênquima renal; fatores com efeitos tóxicos.
- Microrganismo tecido hepático: toxinas de leptospirose, alteração da circulação, fibrose, distúrbios imunológicos, falência hepática.
Resposta imune começa em torno de 8 a 15 diase consegue eliminar os microrganismos de diversos tecidos, exceto as células epiteliais dos
túbulos renais devido a dificuldade de acesso
- Anticorpo não consegue atingir o interior da célula epitelial - células permanecem infectadas por um longo período
- Leptospirúria se torna intermitente, dificultando o diagnóstico: em caso de suspeita repetir a cultura de urina até positivar.
- A intensidade e a duração da leptospirúria variam de acordo com animal, sorovar infectante, cães infectados com sorovar Canicola (longos
períodos de leptospirose, aprox 2 anos).
Dependendo do sorovar a lesão renal é mais inflamatória ou mais hemorrágica.
- 3 finais a depender da imunidade
● Nunca foi exposto ou não foi vacinado:
○ Lesão vascular e trombocitopenia
○ Doença clínica
○ Leptospirúria por tempo variável
● Anticorpos moderado: animal vacinado porém protocolo não está em dia:
○ Leptospiremia menos intensa, de curta duração
○ Desenvolve doença clínica, porém com sinais mais discretos
○ Leptospirúria de curta duração, consegue remover as bactérias do rim completamente
● Anticorpos elevados: protocolo vacinal em dia com vacina de qualidade:
○ Eliminação imediata do microrganismo: não consegue colonizar os diferentes tecidos de diferentes órgãos, não
desenvolvendo nem sinais clínicos
INAIS
S - Aguda:
CLÍNICOS Pode levar o animal à morte rapidamente; Sem sinais clínicos prévios; Disfunção da coagulação (Quadro de coagulação intravascular
disseminada (CID), Colapso vascular periférico); Leptospiremia pode resultar em sepse e morte.
(Morte muito rápida por disfunção no processo de coagulação, sepse. Muitas vezes é o animal que morreu de repente e não se sabe o motivo:
fazer diagnóstico pós mortem para permitir um melhor descarte da carcaça).
inda na fase aguda: Febre, tremores, fraqueza muscular generalizada (hipersensibilidade muscular), relutância em se movimentar, letargia,
A
vômito, diarréia, desidratação, hematêmese, hematoquezia, melena, epistaxe, petéquias disseminadas, icterícia ou bilirrubinemia discreta
(Pode nem apresentar icterícia ou bilirrubinemia devido ao curso muito agudo dessa manifestação aguda).
- Subaguda:Anorexia, vômitos, desidratação, aumento da sede, relutância em se mover, desconforto abdominal, deterioração renal
progressiva (oligúria ou anúria).
- Subclínica assintomática a Crônica:quadro de insuficiência renal e hepática.
- Outros sinais:Uveíte, hemorragia pulmonar, alterações cardíacas, aborto (poucos relatos em cães).
- Insuficiência renal aguda (IRA):poliúria/polidipsia, desidratação, vômito/diarréia, inapetência/letargia, dor abdominal.
- Hepatite:Inapetência, perda de peso, icterícia, ascite.
- Repetição de cio, infertilidade, abortos, nascimento de bezerros fracos, queda na produção de leite e de carne. (Em grandes animais os sinais
clínicos são principalmente reprodutivos. Repetições de cio de forma persistente, com mais de umanimal ).
IAGNÓSTI
D - Exame clínico;
CO - Exames de imagem: radiografia, ultrassom;
- Exames hematológicos: Leucopenia - leucocitose, anemia, azotemia, hiperglobulinemia, bilirrubinemia.
- Urinálise;
- Exame direto por microscopia de campo escuro (MCE);
- Cultura (sangue, urina ou tecido): é o método de diagnóstico conclusivo, porém requer mais tempo.
(Cultura depende do momento da doença: deve haver leptospirúria e leptospiremia).
- PCR (diagnóstico precoce);
- Exames sorológicos (Prova de soroaglutinação microscópica (SAM), ELISA).