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D
(doença de Bang, aborto contagioso, febre ondulante/de Malta/Mediterrâneo)
ETIOLOGIA - Doença infectocontagiosa provocada por bactéria do gênero Brucella, que produz infecção característica nos animais;
- Zoonose - problemas sanitários e prejuízos econômicos vultuosos;
- Espécies (Brucella abortus - bovinos e bubalinos; B.melitensis - caprinos e ovinos; B. suis - suínos; B. ovis - ovinos; B. canis - cães);
* Não é uma bactéria hospedeiro-específica: B. Abortus é mais comum em bovinos, mas pode acometer outras espécies, incluindo o homem
(alta patogenicidade confere maior capacidade de transmissão interespécie).
Gram negativos imóveis; Apresentam morfologia de colônia do tipo lisa ou rugosa (forma rugosa deixa de ser patogênica).
PIDEMIOL
E - Não se multiplicam no ambiente, sendo medianamente sensíveis aos fatores ambientais;
OGIA - Sensível a pasteurização e radiações ionizantes;
- Vias de eliminação: Fluidos e anexos fetais (eliminados no parto/abortamento e puerpério (30 dias); Leite; Sêmen.
- Principal fonte de infecção é a vaca prenhe, que elimina o agente contaminando pastagens, água, alimentos e fômites.
- Porta de entrada: Trato digestivo (água/alimentos contaminados), lamber as crias; Mucosas das narinas (cheirar fetos abortados); Mucosa
ocular; coito (touro infectado) (pouco importante para bovinos/bubalinos; não utilizar sêmen para IA.
- Infecção de fêmeas nascidas de vacas brucélicas (no útero; durante ou logo após parto (abortagem na 1ª gestação));
- Período de incubação: Semanas - anos; Inversamente proporcional ao tempo de gestação; quanto mais adiantada a gestação, menor PI.
IMPORTÂNC - Perdas diretas: aborto; baixo índice reprodutivo; aumento do intervalo entre partos; Diminuição da produção de leite (25%); Morte de bezerros
IA (15%); Interrupção de linhagem genética (a cada 5 infectadas, 1 aborta/permanentemente estéril).
ECONÔMIC
A
PATOGENIA ntrada da Brucella sp. no organismo ➜ multiplicação ➜ Fagocitose por macrófagos ➜ linfonodos regionais ➜ destruída ou localizada ou
E
então disseminada (linfonodos, baço, fígado, aparelho reprodutor (aborto), úbere, articulações).
* Infecção do útero gestante:
Entrada da Brucella sp. via hematógena ➜ multiplicação ➜ Placentoma e células adjacentes ➜ reação inflamatória da placenta.
actéria se multiplica nos placentomas. Abordo diretamente relacionado ao número de placentomas infectados. Se forem poucos, a gestação
B
segue.
Se passar de um ponto de corte o aborto ocorre.
lacentite: inflamação da placenta. Perda de função da placenta em uma gestação = inviabilizar o feto
P
Placentite do tipo necrótica: processo inflamatório gera a uma necrose (processo irreversível e progressivo).
* Infecção do útero gestante:
- Raramente atingem todos os placentomas;
- Lesões (inflamatórias necróticas) - impedem a passagem de nutrientes e O2; feto maciçamente infectado.
- Desenvolvimento de imunidade celular (após 1º aborto) - nº e tamanho das lesões nas próximas gestações - aborto menos frequente;
retenção de placenta; natimortalidade; nascimento de bezerros fracos. (Depois de uma infecção a fêmea consegue desenvolver células de
memórias para a gravidez seguinte = número e tamanho de lesões reduzidas, reduzindo a chance de aborto).
INAIS
S - Aborto: aprox. 7º mês de gestação; 24-72 hrs após morte (autólise); sem lesão patognomônica (broncopneumonia supurativa-achado
CLÍNICOS frequente nos fetos abortados); 1ª gestação pós infecção (Infecção crônica: fêmeas primiparas + acometidas; animais recém adquiridos).
* Aborto comum em fêmeas primiparas ou em vacas introduzidas em ambiente infectado.
- Placentite necrótica (retenção de placenta);
- Natimortos;
- Nascimento de bezerros fracos.
* Machos:
- Fase inflamatória aguda ➜ cronifica (assintomática);
- Orquite uni/bilateral, transitória ou permanente, aumento ou diminuição do volume. - Testículos amolecidos e com pus; - Lesões articulares; -
Brucella sp.: testículo, epidídimo e vesícula seminal.
IAGNÓSTI
D - Sinais clínicos: Aborto, repetição do cio.
CO * Teste de triagem
- AAT (Antígeno Acidificado Tamponado)
- TAL (Anel em leite)
- Teste FPA(Polarização de Fluorescência): teste único ou confirmatório realizado pela LANAGRO
* Teste confirmatório
- FC (Fixação do complemento)
- 2-ME (2-Mercaptoetanol)
* *Não oficiais**
- Métodos diretos: identificação do agente (isolamento
ONTROLE A
C vacina para brucelose é obrigatória, mas não tem muita fiscalização;
E
VACINAÇÃO - São duas vacinas B19 (Só pode ser dada entre 3 e 8 meses de idade) e RB51 (Só pode ser dada para fêmeas a partir de 3 meses). Só se
vacina fêmea. Machos são frágeis, podem reagir de forma muito aguda à vacinação, desenvolvendo lesões típicas da doença: orquite, artrite,
etc.
- Controle: Vacinação massal de fêmeas; diagnóstico e sacrifício dos + (monitoramento constante); Controle de trânsito de animais para
reprodução;