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Tricomoníase bovina

Tritrichomonas foetus

HD naturais: bovinos

É encontrado em suínos, camelos e felinos.

Localização: Trato reprodutor de bovinos. Prepúcio dos machos e vagina das fêmeas.

Características morfológicas: trofozoíta em formato piriforme; um núcleo grande ovalado e


deslocado; sem simetria bilateral; possui 4 flagelos.

Ciclo biológico: vive naturalmente no trato genital de bovinos. Se reproduz no PH próximo de


7 por divisão binária vertical. Transmissão direta por monta, indireta por sêmen contaminado
e fômites. O parasito passa da vagina para a parede uterina, onde se fixa às células epiteliais e
libera substâncias tóxicas que causam a morte celular.

Patogênese: Touro – secreção prepucial associada a pequenos nódulos na membrana


prepucial e peniana logo após a infecção, sem sinais clínicos.
Vaca – vaginite, e em animais prenhes, invasão da cérvice e útero. Pode ocorrer placentite,
com aborto precoce (antes do 4° mês de gestação). Ocasionalmente, secreção uterina e
piometra, endometrite purulenta, secreção uterina persistente.

Sinais clínicos: No touro não há sinais clínicos, nem comprometimento da função reprodutora,
mas é inviabilizado para a reprodução pois ficam infectados permanentemente. Na vaca,
ocorre aborto precoce (pouco detectado por causa do pequeno tamanho do feto) e apresenta
ciclos estrais irregulares. Endometrite purulenta ou piometra fechada, causando esterilidade
permanente. A vaca se recupera e se torna imune após a infecção e o aborto, ao menos por
aquela estação de reprodução. Na vaca, pode resultar na esterilidade ou na cura espontânea.

Diagnóstico: direto – lavagem ou rapado do trato reprodutivo com soro fisiológico para
observação do conteúdo em microscópio e cultura do material (esmegma, machos); swab,
fêmeas.

Indiretos: imunohistoquímicas, sorologia (ELISA) e PCR

Dados epidemiológicos, histórico clínico e sinais de aborto precoce ou cios irregulares.

Prevenção e controle: Descarte de touros velhos, 7 a 8 anos; aquisição de touros jovens


virgens ou testados; evitar o uso de touros arrendados ou compartilhados; fazer o teste e usar
touros negativos; usar sêmen de boa procedência; imunização, embora o nível de proteção
seja baixo; dar descanso sexual para fêmeas positivas por até 3 ciclos consecutivos.
Tratamento de doentes: acriflavina.

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