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Resenha de tricomoníase bovina e felina

> BOVINA
Tricomonose bovina é uma doença mundialmente distribuída, sexualmente
transmissível, infecciosa causada pelo protozoário Trichomonas foetus, que é um
protozoário flagelado e anaeróbio, se multiplica por divisão binária, é sensível ao calor e aos
desinfetantes comuns, e sobrevive por poucos dias no ambiente.

Os sintomas nas fêmeas iniciam normalmente com foliculite e vestibulite, podem estar
presentes também endometrite, piometra, cervicite, vaginite, irregularidades do estro,
abortamento precoce, esterilidade temporária e morte do feto. Nos machos não há
sintomas, por isso são grandes transmissores e podem se manter assim por muito tempo.
Para diagnóstico pode ser usado o PCR tanto convencional quanto multiplex.

Para a realização do diagnóstico de tripanossomose é necessário o isolamento e


identificação do T. Foetus. A identificação se dá através do recolhimento de amostras do
muco vaginal, lavado prepucial, sêmen e conteúdo estomacal de feto abortado.

O controle da doença baseia-se no extermínio do protozoário da propriedade, bem como da


transmissão do agente dos machos e fêmeas.
Os machos utilizados na reprodução deverão ser testados no mínimo três vezes e
negativados para a presença de T. Foetus. Associadas às medidas de controle
recomenda-se o uso de IATF e utilização de machos novos e jovens para a monta, desta
forma, reduzindo a tripanossomose em quase cem por cento.

A campilobacteriose, por outro lado, é causada pelo C. Fetus subt. Venerealis e atinge a
mucosa da vagina, cérvix e ovidutos de vacas, já nos touros coloniza apenas a mucosa
prepucial. Os touros podem se tornar portadores pelo resto da vida.

Os animais não manifestam a presença de sinais clínicos. Em fêmeas ocorre a infertilidade


temporária associada à morte embrionária preços e períodos de estro irregulares.
A C. Fetus é transmitida por touros assintomáticos portadores da doença, que com a
realização da cópula transmitem com até cem por cento de eficiência para as fêmeas
suscetíveis.

> FELINA
Trichomonas foetus é um protozoário flagelado causador de enteropatogênica em felinos,
acomete o intestino nas regiões de íleo, ceco e cólon, em contato com o muco ou junto aos
enterócitos, no epitélio e criptas intestinais.

Os sinais clínicos iniciam cerca de 2 a 7 dias após a infecção, pode causar diarreia crônica
ou intermitente, com fezes amarelo-esverdeadas e fétidas, características de colite,
podendo haver a presença de sangue vivo, muco, incontinência fecal, aumento na
urgência em defecar, aumento na frequência de defecação, tenesmo e/ou flatulência, além
de redução do epitélio coriônico, hipertrofia da criptas, hiperplasia e aumento da
atividade mitótica, perda das células de Goblet e micro-abscessos em criptas.
A transmissão ocorre por meio da injeção felina por T. Foetus ocorre por via fecal-oral,
através do contato direto com fezes infectadas.

O diagnóstico é identificado facilmente através de técnicas coproparasitológicas, sendo o


método de diagnóstico mais efetivo o exame direto e cultura fecal por métodos específicos.
Outra maneira é pela ampliação do DNA do parasita em meio de PCR e identificação de
tricomonadídeos na histopatologia.

O tratamento para a infecção felina ainda está sendo pesquisado de forma contínua, pois o
parasita demonstra baixa sensibilidade a diversas drogas antimicrobianas e fármacos
comuns para tratamento de protozooses intestinais.

A prevenção se dá por minimizar o estresse e evitar a superpopulação de animais jovens e


filhotes, desta forma controlando a chance de exposição dos animais ao agente e
desenvolvimento da tricomoníase. É importante realizar também a desinfecção de camas,
caixas de transporte, caixas de areia sanitária e fômites. O controle Sanitário do ambiente é
imprescindível para a presença do Patologia dado a prevalência dele no ambiente por até 7
dias.

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