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CENTRO UNIVERSITÁRIO FMU

MEDICINA VETERINÁRIA

BEATRIZ MARTINS BUENO – RA 4886985

CRISLAINE SALVINO ALMEIDA – RA 5253615

KENIA DE OLIVEIRA WALKER – RA 4280364

KENNEDY ALVARO VALENÇOLA – RA 5812788

MATHEUS DE AMORIM FERNANDES – RA 8982705

SCARLET DE ANDRADE SILVA – RA 8682518

STEPHANIE CHEN MIDORIKAWA – RA 4775620

CLÍNICA MÉDICA DE GRANDES ANIMAIS III

SÃO PAULO,

2020
BEATRIZ MARTINS BUENO – RA 4886985

CRISLAINE SALVINO ALMEIDA – RA 5253615

KENIA DE OLIVEIRA WALKER – RA 4280364

KENNEDY ALVARO VALENÇOLA – RA 5812788

MATHEUS DE AMORIM FERNANDES – RA 8982705

SCARLET DE ANDRADE SILVA – RA 8682518

STEPHANIE CHEN MIDORIKAWA – RA 4775620

CLÍNICA MÉDICA DE GRANDES ANIMAIS III

(APS – Atividade Prática Supervisionada - Sinusite em equinos –


Decisão sobre manejo clínico ou cirúrgico – Explanação da técnica cirúrgica de
trepanação)

Atividade Prática Supervisionada (APS),


apresentada como requisito parcial para
obtenção de aprovação na disciplina de
Clínica Médica de Grandes Animais III,
do curso de Medicina Veterinária – VIII
período (vespertino), no Centro
Universitário FMU – São Paulo - SP

Prof.ª: M.V. Msc. Vanessa Storillo

Outubro, 2020
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA

1) Descreva os fatores que permitem traçar estratégia de atendimento do


cavalo com sinusite, para decisão sobre manejo clínico ou cirúrgico
do paciente.

Para podermos descrever tais fatores, é necessário relembrarmos sobre


alguns conceitos acerca da sinusite em equinos.

A sinusite é um processo inflamatório e infeccioso que acomete os seios


paranasais maxilares e frontais.

Fonte: http://microequinos.blogspot.com – pesquisado em 06/10/2020

A patologia pode ser descrita como primária, quando a infecção estiver


instalada no trato respiratório superior, envolvendo os seios paranasais. Ela
geralmente envolve todas as cavidades sinusais, mas pode se restringir ao seio
conchal ventral, onde forma um abcesso difícil de ser detectado em exames
radiográficos e não é facilmente acessado em manejos cirúrgicos. A sinusite
também pode ser secundária, causada por infecção dentária (podendo
acometer mais de um dente), e é considerada mais agressiva que a primária,
podendo causar distorção facial em casos crônicos, descarga nasal fétida e
tratos sinusais que podem se estender dos dentes molares para a pele do
animal.

Para que o diagnóstico seja preciso e confiável, é necessária a


realização de exame físico do paciente (Inspeção – mucosas oral e ocular,
inspeção das narinas, palpação de linfonodos, prega cutânea, avaliação dos
movimentos respiratórios tóraco-abdominais, auscultação pulmonar, cardíaca e
intestinal, aferição de temperatura retal) seguida das manifestações clínicas
(hipertermia, apatia, dificuldade de mastigação, inapetência, sialorréia, apatia)
e exames complementares (laboratoriais, radiográficos e endoscópicos).

Após a confirmação diagnóstica, o médico veterinário é capaz de


classificar a sinusite e dar prosseguimento no manejo deste paciente, seja por
manejo clínico ou cirúrgico.

O tratamento clínico em sinusites com causas primárias consiste na


utilização de antibioticoterapia (após testes de cultura, antibiograma e
sensibilidade); e os AINES (no começo dos sinais cínicos para redução da
inflamação). Utiliza-se também a drenagem do conteúdo purulento, por meio da
lavagem sinusal, que deve ser feita diariamente com soluções antissépticas
(permanganato de potássio, iodo povidine a 1% e solução de metronidazol a
0,5%), até que haja redução da secreção.

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Cavalos com diferentes tipos de sinusite. Figura 1 – Sinusite primária – Figura 2 – Sinusite secundária.
Fonte: http://scielo.com – pesquisado em 06/10/2020

Portanto, os fatores que permitem traçarmos estratégias para os


diferentes tipos de manuseio do paciente (seja ele clínico ou cirúrgico), vai
depender do diagnóstico final.
2) Como é feita a decisão de se utilizar a abordagem cirúrgica?

A decisão estará sempre baseada no diagnóstico do paciente. É


imprescindível a realização de um exame criterioso na cavidade oral,
percussão das conchas nasais, radiografia do crânio, sinuscopia e ressonância
magnética. Quanto mais tardio for o diagnóstico da sinusite, maiores serão as
chances da evolução do quadro e possivelmente o manejo cirúrgico seria a
melhor alternativa de tratamento.

3) Descreva a Técnica de Trepanação em equinos

A técnica consiste em abrir pequenos orifícios nos seios maxilares caudal ou


rostral que permitam a passagem de uma sonda uretral tamanho oito ou dez. O
ponto de eleição para a abordagem cirúrgica está situado dorsal a linha
horizontal imaginária, que passa pela borda dorsal das órbitas,
aproximadamente 2 cm lateral ao ponto de interseção com a linha mediana
sagital, conforme ilustrações abaixo:

Fonte: http://periodicos.ufersa.edu.br – pesquisado em 06/10/2020

A trepanação é executada com o animal em estação ou decúbito, sedado e


sob analgesia local. É feita uma incisão vertical de aproximadamente 5 cm de
comprimento, através da pele, subcutâneo e periósteo.
A pele é rebatida e o periósteo é dissecado do osso por meio do uso de um
elevador de periósteo, ou, até mesmo, com o auxílio do cabo do bisturi.

Fonte: http://periodicos.ufersa.edu.br – pesquisado em 06/10/2020

Para a abertura do osso frontal, ponta do trépano é inserida no osso e a


trepanação é feita com movimentos rotatórios. O disco ósseo, que permanece
preso na ponta do trépano, deve ser removido.
Fonte: http://periodicos.ufersa.edu.br – pesquisado em 06/10/2020

Para a limpeza do exsudato e remoção do tecido necrosado, o seio deverá


ser completamente irrigado com solução antisséptica conforme descrito
anteriormente. A sonda uretral, conforme ilustrada abaixo, deverá permanecer
no animal até que toda secreção seja drenada pelas lavagens diárias.

Fonte: http://periodicos.ufersa.edu.br – pesquisado em 06/10/2020


REFERÊNCIAS

BERNARDO, J.O; et al. Trepanação óssea com extração de molares com


equino em posição quadrupedal: relato de caso – Revista eletrônica Acta
Veterinária Brasílica, v.7, n.1 p.76-80, 2013

FRAZER, C.M. Manual Merck de Medicina Veterinária – 8ª Ed -SP: Roca,


2001. 1861 p.

GIBELLINI, C.C; et al. Sinusite Equina - Revista Científica eletrônica de


Medicina Veterinária – ISSN: 1679-7353 - Ano VII – Número 12 – Garça-SP;
Janeiro de 2009.

LEWIS, L.D; Alimentação e cuidados do cavalo – 1ªEd – SP: Roca – 2005.


248 p.

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