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CASOS CLÍNICOS

Farmacoterapia das Enfermidades Cardiovasculares

1- P.B.F. é um senhor de 58 anos de idade, que tem experimentado episódio de


esmagamento/dor no peito central durante episódio de estresse no seu trabalho. Ele
trabalha como motorista de táxi, passa por problemas na regularização de sua
autorização. Na admissão hospitalar, apresenta sudorese, náuseas e falta de ar. Reclama
de dor no peito que irradia para braço esquerdo. Esta é a primeira apresentação de P.B
no hospital e ele não tem relevante histórico médico anterior ao evento. P.B.F fuma
aproximadamente 20-30 cigarros por dia e consome álcool apenas finais de semana.
P.B.S está ansioso e não quer que sua esposa e filhos sejam informados da sua situação.
Ele também afirma que seu pai morreu de repente após um ataque cardíaco há anos
atrás. É imediatamente levado para a sala de reanimação. Observações sobre a
admissão incluem: Frequência respiratória: 18 respirações por minuto, Saturação de
oxigênio: 95%, Pressão arterial: 150/90 mmHg, Pulso: 94 batimentos por minuto,
Temperatura: 37 ° C. A partir do ECG, foi verificada elevação do segmento ST anterior.
Amostras de sangue também revelaram elevação da troponina T.

a) Caracterize o quadro clínico apresentado, determinando a classificação da síndrome


coronariana apresentada.

b) Considerando que a admissão aconteceu aproximadamente após 5 horas do inicio dos


sintomas, descreva as opções terapêuticas farmacológicas e não farmacológicas.

c) Descreva as opções terapêuticas para o tratamento ambulatorial após remissão dos


sintomas agudos.

2- Um homem de 40 anos, procura departamento de emergência devido a uma tosse


intratável no decorrer dos últimos dias. Nenhum outro membro da família apresenta tosse,
febre, infecção das vias aéreas superiores. Na semana passada teve alta do hospital com
diagnóstico de miocardiopatia dilatada idopática após extensa avaliação, que revelou uma
anatomia coronária normal e FE ventricular esquerda de 38% (55 a 75% normal). O
médico prescreveu digitálicos, furosemida e captopril por ocasião da alta. Ele esteve mais
ativo e observou uma melhora da dispnéia e da fadiga que o levaram inicialmente ao
hospital. Há 10 dias. Reconhece toda a assistência que recebeu e pede desculpas por ter
procurado a emergência para se queixar da tosse. Declara que foi a esposa que o obrigou
a procurar assistência médica, porque estava preocupada com seu coração. O paciente
diz que a tosse é diferente da sensação de congestão que teve há 10 dias. Ao exame, o
paciente não tem febre, a FC é de 60 batimentos por minuto, a PA de 100/60. As veias do
pescoço estão planas, o movimento ascendente carotídeo (ultrassom). Tórax e pulmões
claros. A FC o ritmo cardíacos estão regulares, sem qualquer sopro, galope ou atrito. O
abdômen apresenta-se macio e não hipersensível. Os membros não apresentam cianose
ou edema. A radiografia de tórax e o eletrocardiograma não apresentam alterações
agudas. O médico mostra-se satisfeito com a estabilidade hemodinâmica e a conclusão
de que a tosse não resulta de agravamento da IC. Qual a próxima etapa mais sensata
para resolução da tosse?

Farmacologia da dor, sedação e hipnose (opioides/AINES)

3- BF é uma mulher branca de 70 anos de idade, com ligeira insuficiência renal, que tem
cirurgia marcada para para remover sua vesícula biliar (colecistectomia). Ela tem um
histórico médico de convulsões por que ela toma carbamazepina 100 mg, além de
hipertensão controlada por hidroclorotiazida 25 mg. Ela relata as seguintes alergias:
dipirona, ácido acetilsalicílico. O que você recomendaria para o seu alívio da dor no pós-
operatório? Justifique sua escolha com base na potência de cada droga apresentada e no
risco das RAMs.
1- Meperidina
2- Oxicodona
3- Morfina
4- Codeína + paracetamol
5- Hidromorfina

4- Uma mulher de 53 anos de idade, foi admitida no departamento de emergência após


apresentar dois episódios de hematêmese, bem como, fezes melênicas. A paciente negou
dor abdominal ou desconforto e não relatou antecedentes pessoais ou familiares de
úlcera gástrica. A paciente relatou que foi prescrito naproxen 500 mg (AINE) duas vezes
por dia durante os 2 dias anteriores para uma entorse no tornozelo. No exame, o paciente
estava hipotensivo em posição supina, com pressão arterial de 90/30 mmHg e
taquicárdico, com uma freqüência cardíaca de 130 batimentos por minuto. O exame
abdominal foi benigno. A hemoglobina foi de 10,2 g / dL (normal 12,0 – 16,0 g/dl) e o
hematócrito foi de 33,4% (36 – 46%); Todos os outros valores laboratoriais avaliados
estavam dentro dos limites normais. A endoscopia revelou uma úlcera gástrica
hemorrágica de 1 × 1 cm no antro com vaso visível, que foi cauterizada no momento da
endoscopia. As biópsias do antro e do corpo foram negativas para Helicobacter pylori. O
cateterismo foi bem sucedido e o paciente foi tratado com um inibidor de bomba de
prótons (PPI) e permaneceu hospitalizado para observação e para avaliar a re-
hemorragia. Após 2 dias sem evidência de reavaliação e com os sinais vitais do paciente
voltando ao normal, ela foi alta em casa com um PPI oral.
a) Explique o provável motivo para as alterações laboratoriais e clínicas da hemostasia
sanguínea.

5- Mulher 26 anos de idade, fumante, portadora de DPOC, foi tratada com morfina nas
primeiras 2 horas após a cirurgia no joelho, em uma tentativa para titular analgesia. Foram
administradas 4 injeções intravenosas de morfina, totalizando 35 mg de morfina
administradas. Foi obtido alívio adequado da dor, e bom estado clínico com oxigenação
sanguínea normalizada. Após 40 minutos a paciente teve depressão respiratória profunda
seguida por parada cardíaca fatal. Explique o provável motivo para o insucesso da terapia
farmacológica analgésica.

Farmacoterapia dos Corticoides

6- Paciente: Maria, 65 anos, foi admitida para uma cirurgia cardíaca de revascularização
do miocárdio (ponte de safena) devido a doença arterial coronariana significativa.
História Clínica:
Maria possui histórico de hipertensão arterial, diabetes tipo 2 e tabagismo. Após avaliação
cardiológica extensa, foi decidido que ela era uma candidata adequada para a cirurgia de
revascularização.
Indicação para Cirurgia:
A doença arterial coronariana de Maria era avançada, com múltiplas lesões significativas
nas artérias coronárias. A decisão pela cirurgia de revascularização foi tomada para
melhorar o suprimento sanguíneo ao músculo cardíaco e reduzir o risco de eventos
cardíacos adversos.
Uso de Corticoide como Profilaxia Anti-inflamatória:
Antes do início da cirurgia, a equipe médica decidiu incluir uma terapia anti-inflamatória.
Optou-se pelo uso da metilprednisolona, como parte do protocolo perioperatório.
Terapia antimicrobiana com cefazolina. dose única 2 gramas por via intravenosa (IV) foi
administrada 1 hora antes do início da cirurgia.
Maria recebeu uma dose única de metilprednisolona por via intravenosa momentos
antes do início da cirurgia. Maria foi monitorada de perto na unidade de terapia intensiva
(UTI) após a cirurgia. O uso de corticoide foi continuado nas primeiras 24 horas pós-
operatórias.
A cirurgia de revascularização foi conduzida com sucesso pela equipe cirúrgica
especializada. As pontes de safena foram realizadas para restaurar o fluxo sanguíneo
adequado às áreas isquêmicas do coração. Maria teve uma recuperação estável e foi
gradualmente transferida para a unidade de internação. O corticoide foi descontinuado
após os primeiros dias, e Maria foi liberada para casa após uma semana de internação,
com orientações de acompanhamento e reabilitação cardíaca.
Com base no caso clínico, explique:
a) Quais as justificativas para o uso da terapia corticoide no procedimento cirúrgico?
b) Os corticoides podem diminuir a resposta imune, quais as características do protocolo
terapêutico realizado em Maria que minimizam estes riscos?

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