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Trichomonas sp

Protozoa Organismos unicelulares, eucariotos, que pertencem ao reino protista


Protozoários que se locomovem por meio de flagelos,
Filo: Sarcomastigophora cílios ou paseudópodos

Subfilo: Mastigophora Protozoários que apresentam um ou mais flagelos


Heterótrofos, desprovidos de cloroplastos, dotados
Classe: Zoomastigophora de um ou mais flagelos, ou com forma amebóide

Ordem:
Kinetoplastida
Gênero:
Trypanosoma
Leishmania
Um cariomastigonte (complexo flagelar junto ao núcleo)
Diplomonadida com 1-4 flagelos
Subordem : Diplomaina Simetria rotacional, presença de axóstilo e
Gênero: Giárdia disco adesivo

Trichomonadida 4-6 flagelos


Gênero: Trichomonas
Trichomonadida 3-6 flagelos com membrana ondulante

Família: Trichomonadidae – apresentam 3 a 6 flagelos e um sistema


de estruturas fibrilares, ligadas aos
bleferoblastos uma das quais é
denominada axóstilo

Gênero: Trichomonas

Espécies: Trichomonas tenax –aparece na boca: tártaro, cáries e lesões ulcerativas


Trichomonas vaginalis – tricomoníase humana
Pentatrichomonas hominis – não patogênico – parasita o intestino
Trichomonas

Flagelo anterior
Membrana ondulante

núcleo
Corpo parabasal e ap.Golgi

costa
hidrogenossomos

Filamento parabasal

axóstilo

• Protozoário flagelado parasita cavitário


• adaptado ao parasitismo monoxênico
• quatro espécies parasitam os humanos: T.tenax, T.hominis, T.vaginalis,
Trichomitus fecalis
• não possui forma cística
Trofozoíta de Trichomonas vaginalis

10 – 30m e 5 a 12m de largura


Não apresenta estruturas de sustentação sob a membrana – muda de
forma facilmente – formam pseudópodos
Trichomonas vaginalis

• parasita o trato genito-urinário masculino e feminino;


• É a única espécie de Trichomonas patogênica para o ser humano;
• Seu formato pode variar entre ovóides, arredondados ou elipsóides;
• Possui 4 flagelos anteriores desiguais , uma membrana ondulante e
emitem pseudópodes para captar alimentos ;
• medem em média 9,7µm de comprimento por 7 µm de largura;
• Sua reprodução é por divisão binária longitudinal;
• É anaeróbio facultativo utilizando glicose, maltose e galactose como fonte
de energia;
• Cresce bem na ausência de O2 e em ph entre 5 e 7,5;
• Não possui mitocôndrias. Hidrogenases transformam piruvato em acetato
e liberam ATP e H2.
Trichomonas vaginalis
CICLO VITAL A
tricomonose
é doença
venérea!
relação sexual

3 a 20 dias até o
aparecimento dos O trofozoíto sobrevive
sintomas = estágio infectivo
mais de uma semana
= estágio diagnóstico sob o prepúcio após
o coito

Trofozoíta na Trofozoíta na
Multiplicação por divisão
secreção vaginal vagina ou meato
binária longitudinal
ou prostática e uretral
na urina
Trichomonas vaginalis
Tricomoníase
Transmissão
Relação sexual
Uma das infecções sexualmente transmissíveis (DST) mais comuns
5 milhões de casos por ano
Doença cosmopolita difundida em todo mundo
È um importante cofator na difusão da AIDS

O parasita sobrevive :
- mais de 48h a 10ºC no exsudato vaginal
- 3h na urina coletada
- 6h no sêmem ejaculado
- 24h em toalhas de pano úmidas a 35 ºC

Período de Incubação:10 à 30 dias emMédia.


Trichomonas vaginalis

EPIDEMIOLOGIA

• é responsável por 1/3 de todas as vaginites

• presente em 180 milhões de mulheres no mundo

• os homens são portadores assintomáticos e disseminadores do parasita


• nas mulheres é mais comum na 2a e 3a década de vida,
nos homens é mais comum após os 30 anos;
Trichomonas vaginalis
PATOGENIA

• Infecta o epitélio do trato genital – nas mulheres a vagina e a


ectocérvice; nos homens a uretra e a próstata.
• Adere-se às células epiteliais através de adesinas depois de liberar
proteases que digerem a mucina e imunoglobulinas locais
• Hemólise.
QUADRO CLÍNICO
Desde formas assintomáticas – mais comum no homem – até o estado agudo

Na mulher

• corrimento vaginal abundante, fluido, bolhoso, amarelo-


esverdeado, odor fétido, mais comum no período pós-menstrual;
• prurido e/ou dor no baixo ventre ou dispareunia;
lEUCORRÉIA
Vaginite causada por T. vaginalis
Trichomonas vaginalis

QUADRO CLÍNICO

No homem

• é assintomática na maioria das vezes;


• prurido uretral leve, desconforto ao urinar;
• uretrite com fluxo leitoso, principalmente pela manhã – gota matinal;
• pode complicar com prostatite, balano postite, cistite e epididimite
pROSTATITE
Virulência:
• A patologia envolve 3 eventos:
– adesão célula-célula,
– Hemólise,
– secreção de proteinases.
• O parasita carece das vias de síntese de novo de ácidos graxos e nucleotídeos.
• Eritrócitos: importante fonte de ácidos graxos, nucleotídeos, aminoácidos e ferro.
• O ferro: participa em várias funções na fisiologia dos protozoários como metabolismo energético,
síntese de DNA e RNA e detoxificação de radicais livres, regula a expressão de genes relacionados à
virulência, evasão ao sistema imune do hospedeiro e contra estresse oxidativo – superóxido
dismutase – Ferro dependente.
– O Fe é obtido através da interação de ferritina e transferrina a receptores na superfície do
parasita.
• O parasita provoca hemólise do hospedeiro através de cisteíno-proteases ou proteínas tipo perforinas
de maneira dependende ou não de contato.
• A hemólise está diretamente relacionada com sua virulência.
Trichomonas vaginalis

DIAGNÓSTICO

No homem
•Colher secreção uretral no laboratório, pela manhã antes de urinar

• Colher urina de primeiro jato – 20ml, centrifugar e examinar o sedimento


• Colher secreção prostática e sub-prepucial

Na mulher
•Colher secreção vaginal sem fazer higiene prévia, de preferência
durante os primeiros dias após a menstruação

Preparar lâmina com salina isotônica morna e procurar o parasita

Cultivar em meio líquido – meios de Johnson & Trussell (CPLM), STS e


TYM
Trichomonas vaginalis

TRATAMENTO

Derivados nitroimidazólicos
Metronidazol ; 40 mg/Kg, por 5 dias
, tinidazol,
Clotrimazol; GRÁVIDAS
Agem por formação de radicais citotóxicos derivados da redução
do grupamento nitro. Agem nos organismos anaeróbios que têm
ferredoxina, flavodoxina ou transportadores de eletrons na sua
cadeia metabólica
PROFILAXIA
•Medidas aplicáveis às doenças sexualmente transmissíveis
•O material contaminado pode ser desinfectado com
hexaclorofeno 0,42M por 24h, ou pelo calor a 44°C.
Trichomonas tenax

• Patógeno da cavidade bucal mas pode viver em comensalismo.


• Tem formato ovóide com 4 flagelos anteriores e mede 4 a 16 X 2 a15µm
• vasta distribuição geográfica;
• transmitido diretamente pela saliva ou indiretamente pelo contato com
escovas de dente, alimentos lambidos;
• Presente no tártaro dos dentes, goma de mascar, criptas amigdalianas;

Hospedeiros:

• Possui uma distribuição mundial. Além do homem, algumas espécies de


primatas não humanos são também hospedeiros naturais deste
flagelado, além de cães e gatos.
Morfologia

N – Núcleo
GC- Golgi
FL – Flagelos Ondulantes
FR – Flagelo Periódico
C – Costa
V - Vesícula
Patogenicidade:
•A detecção da presença do T. tenax na cavidade bucal é indício
de uma higienização bucal precária,

•Incidência:
• Prevalência variando de 0 a 25%
• maior em indivíduos com problemas periodontais.
• Pessoas portadoras de Gengivite Ulcerativa Necrosante Aguda
(GUNA) - uma infecção bacteriana (bacilos fusiformes e espiroquetas,
possuem incidência de até 32%.
• Trabalhos europeus descrevem infecções respiratórias atribuídas a ele

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