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Tricomoníase
Giardíase
Amebíase
Enfoque desta aula:
Agente etiológico
Epidemiologia
Transmissão
Ciclo de vida
Diferentes formas do parasita
Patogenia
Diagnóstico
Tratamento
Controle
Tricomoníase
Agente etiológico
Tricomoníase é uma doença causada por pelo
protozoário Trichomonas vaginalis.
Taxonomia
Reino : Protista
Sub-reino: Protozoa
Filo: Sarcomastigophora
Sub-filos: Mastigophora
Família: Trichomonadidae
Epidemiologia
É uma doença sexualmente transmitida e de distribuição
mundial;
Doença não-viral mais prevalente;
Atinge principalmente mulheres (idades 16-35 anos) e
homens sexualmente ativos;
170 milhões casos e cerca de 10 a 20 milhões de novos
casos por ano;
4,3 milhões de casos por ano no Brasil (SVS, 2006);
Estimativa de novos casos de tricomoníase entre adultos, 1999.
Epidemiologia
2. Durante o parto
instalações sanitárias
Ciclo de Vida
Trofozoítos
Reproduz-se por
divisão binária
Relação longitudinal
sexual
Não forma
cistos
Trofozoítos
Flagelos
Membrana anteriores
ondulante
Flagelo
posterior núcle
Corpo parabasal e ap.Golgi o
cost
hidrogenossomo
a
s
Filamento
parabasal
axóstil
o
Habita o trato genito-urinário masculino e feminino;
Seu formato pode variar entre ovóides, arredondados ou elipsóides;
Possui 4 flagelos anteriores desiguais, uma membrana ondulante e
emitem pseudópodes para captar alimentos;
Morfologia
Hidrogenase
Acetato:succinato
CoA
Piruvato
Ferrrodoxina
Oxidoredutase Succinato
tioquinase
Patogênese
Mecanismos moleculares:
Infecta o epitélio do trato genital
A capacidade de adesão tem papel muito importante na patogênese
Adesão dá-se através de proteínas: adesinas (tratamento com tripsina
abole adesão)
Cisteíno-proteases extracelulares que digerem mucinas e imunoglobulinas
locais
A adesão é dependente de temperatura, pH e tempo
Draft genome sequence of the
sexually transmitted pathogen
Trichomonas vaginalisScience 2007,
315:207
No homem:
Assintomática (a maioria)
Uretrite aguda: corrimento abundante
Sintomatologia leve: escasso corrimento, disúria,
prurido
Complicações (raras): epididimite, infertilidade e
prostatite
Aumenta a transmissão do HIV
Aumento da transmissão do HIV associado à
tricomoníase pode ser o resultado de:
1. Inflamação local produzida
pela doença
2. Rompimento dos tecidos
produzido pela doença
3. Alta prevalência desta
doença em indivíduos
infectados pelo HIV
Homens seropositivos para HIV
4. Susceptibilidade à doença com uretrite sintomática e
pode ser resultado da Trichomonas tiveram 70X mais
imunossupressão associada RNA viral no sêmen do que
homens HIV positivos não
ao HIV infectados com Trichomonas.
Diagnóstico
1. Coleta da amostra
2. Homem
5. Exame
Inibe a síntese
de DNA
Taxonomia
Reino : Protista
Sub-reino: Protozoa
Filo: Sarcomastigophora
Sub-filos: Mastigophora
Classe: Zoomastigophorea
Família: Hexamitidae
Gênero: Giardia
Diferentes espécies de Giardia
Espécie Hospedeiro Características Comprimento Largura
(uM) (uM)
G. lamblia Vários Trofozoítos em forma 12-15 6-8
mamíferos- de pêra
Homem
G. muris Roedores Trofozoítos 3-12 5-7
arredondados
G. microti Ratos Cistos contém 2
Silvestres trofozoítos
diferenciados
G. psittaci Aves Trofozoítos em forma ~14 ~6
de pêra
G. ardeae Aves Trofozoítos ~10 ~6,5
arredondados
G. agilis Anfíbios Trofozoítos longos e 20-29 4-5
estreitos
Epidemiologia
Distribuição mundial (cosmopolita)
OMS: 500 mil novos casos/ano
Atinge principalmente crianças de 8 meses à 10-12 anos
(creches)
Surtos epidêmicos veiculados por água
Prevalência
5 a 43% em países em desenvolvimento
3 a 7% em países desenvolvidos
Mecanismos de Transmissão
Desencistamento
Passagem pelo estômago
Eclosão no intestino
delgado (1 cisto - 2
trofozoítos)
Proliferação dos
Excreção trofozoítas no duodeno
dos cistos divisão binária
Encistamento (ocorre no
Ciclo de Vida
Características Especiais
Eucarioto dos mais primitivos (Fóssil vivo)
Características de:
Eucarioto – membrana nuclear, citoesqueleto
Procarioto - ausência de nucléolo e de mitocôndria
Metabolismo – anaeróbio
Utiliza glicose e armazena glicogênio
Formas de vida - Trofozoíto
Piriforme (12-15 μm
Corpos basais
de comprimento) Núcleo
simetria bilateral
Crista
achatamento Lateral
dorsoventral Disco ventral
ambos dividem ao
Flagelo caudal
mesmo tempo
4 pares de flagelos
Formas de vida - Trofozoíto
habitat: duodeno e parte do
jejuno
mergulhados nas criptas
aderidos mucosa - disco suctorial
metabolismo: anaeróbio (não tem
mitocôndria)
aerotolerante
nutrição: membrana e pinocitose
Deslocamento rápido por
batimento dos flagelos
Reprodução: divisão binária
longitudinal
cultivável
Formas de vida - Cisto
CISTO
ovóides com parede cística (quitina)
núcleo
4 núcleos (duplas estruturas
internas)
eliminados com as fezes formadas
formas de resistência
água: 2 meses
axonema
Sintomatologia
Variável
Assintomática
Sintomática (agudo-crônico)
Aguda, intermitente e autolimitante
Dores abdominais (cólicas)
Diarréia (líquida) - muco + gordura - ausência de
hemáceas
Má absorção intestinal
Incubação: 12-20 dias
Mecanismo de patogenicidade
processo “principalmente”
mecânico
parasitas em grande
quantidade aderem e
recobrem a parede do
duodeno - “tapete”
“impression prints” - marcas
deixadas quando o parasita
descola, arrancando as
microvilosidades
Adesão dos trofozoítos às células epiteliais
do intestino delgado
Mecanismos de Adesão Via Disco Ventral
Mecanismos de Escape
Variação antigênica
VSPs - antígenos de superfície
Evasão do sistema imune
Sobrevivência diferentes condições
intestinais
Diagnóstico
Parasitológico
Imunológico
No soro – pesquisa de anticorpos por ELISA ou IFI –
pouco sensível e específico;
Nas fezes – pesquisa de antígenos por ELISA –
sensibilidade em torno de 85% a 95% e
especificidade de 90 a 100%.
Molecular
Amostras de água – pesquisa de DNA parasitário por
PCR.
Diagnóstico
Fonte: SVS,
2006
Resistência
Vacina para giardíase canina
Amebíase
Agente etiológico
Amebíase é uma doença causada pelo protozoário
Entamoeba histolytica
Taxonomia
Reino : Protista
Sub-reino: Protozoa
Filo: Sarcomastigophora
Sub-filos: Mastigophora
Classe: Lobosea
Família: Endamoebidae
Ameba
s com inúmeros
Protozoários
habitats:
Vida Vários gêneros e
livre espécies
Parasita Entamoeba
s histolytica
Comensai Entamoeba coli, E. dispar,
s E. hartmanni, E.
gengivalis, Endolimax
Vida livre, nana, Iodamoeba bütschlii
eventualme Acanthamoeba, Naegleria
nte
parasitas
Complexo: E. histolytica /E. dispar
Metabolismo
aeróbico facultativo - microaerófila
principal fonte energética – glicose (estoque –
vacúolos de glicogênio)
núcleo
Trofozoíto
pleomórfico, com grande variabilidade tamanho
motilidade – pseudópodes
Cisto: forma de resistência eliminada com as fezes
Membrana plasmática + parede cística (quitina)
1-4 núcleos (N) (divisão endomitose)
Vacúolos de glicogênio (V)
Corpos cromatóides (CC) – agregados de ribossomos
V
N
CC
N
Cisto Cisto
Desencistamento
intestino delgado - eclosão
37 º C – ambiente anaerobiose
1 Cisto 4 núcleos- divisões sucessivas
estômago
8 amebas pequenas(fase metacística)
Se alimentam e crescem (fase
trofozoítica)
extra-
intestinal
Amebíase intestinal
diarréias
colites
úlceras
perfurações
Forma intestinal
peritonite
apendicite
amebomas
Forma aguda fulminante
2. mecanismos independentes de
contato
2. liberação de colagenase e
cisteíno-proteases -
degradação matriz extra-
celular
Patologia
Ulceração
perfuração
Abscesso
fígado
Adesão
Relação Parasita-Hospedeiro
Amebíase
Mecanismos de defesa do hospedeiro
1.
Problemas
E. histolytica x E. coli
E. histolytica x E. dispar
E. histolytica X E. coli
Diagnóstico diferencial
E. histolytica X E. dispar
Formas
graves
Medicamento Adulto Criança
Vacinas (experimentais)
Alvos
trofozoítas (via oral)
cistos (impedir encistamento – bloqueio transmissão)
The genome of the protist parasite
Entamoeba histolytica.Nature 2005, 433:865
Infecção cutânea
crônica imunodeprimidos
Amebas de vida livre
Trofozoítos fagocitam e digerem microorganismos
Mecanismos de transmissão
Naegleria fowleri Acanthamoeb
a (rios, lagos, piscinas,
Encontradas em todo o mundo no solo, água
água encanada).
Cistos estáveis por 8 meses a temperatura ambiente.
cistos
trofozoítos
Acanthamoeba spp
Infecção ocular
(ceratites)
Acanthamoeba - Patogenia
Infecção ocular
Micro-lesão ou trauma pré-
existente
(lentes de contato, por exemplo)
Contato adesão
Acanthamoeba spp.
Pacientes com
imunodepressão
Infecção cutânea
crônica
Encefalite amebiana
granulomatosa
Termofílica
Naegleria fowleri
Família Vahlkamphidae Meningoencefalite
Gênero Naegleria
amebiana primária
N.gruberi
N. lovaniensis
N.
australiensis
Patogenia
Naegleria
Meningoencefalite amebiana primária, ocorre
principalmente em indivíduos jovens.
Doença rara, mas fulminante.
Meningoencefalite necrotizante hemorrágica.
Mecanismos de invasão: adesão, proteína formadora
de poros, fosfolipase, outras proteases.
Diagnóstico