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FISIOLOGIA ENDÓCRINA E DO
METABOLISMO
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Figura 1 – Demonstração dos mecanismos de ajustes do organismo para controle
da temperatura após variações normais
Sempre que pensamos em alguma doença, temos que ter em mente que o
organismo está fora do equilíbrio homeostático. As reações imunológicas de
defesa, nesse caso, ocorrem para que o equilíbrio seja retornado.
Tudo dentro do organismo funciona de forma integrada e interligada, pois
todos os sistemas são regulados pelo Sistema Nervoso ou Sistema Endócrino.
Por conta disso, o equilíbrio corpóreo é tão importante para a manutenção da vida.
Há um trabalho coesa para garantir que o organismo seja operacional.
Esses dois sistemas mantêm a homeostasia, mas funcionam de formas
diferentes. O Sistema Nervoso tem como característica uma ação rápida, mas
com baixa duração; ou seja, sua ação é de curto prazo e seu efeito é localizado.
Isso acontece porque se vale de impulsos nervosos, liberando
neurotransmissores nos terminais nervosos, o que gera uma resposta rápida e
local.
Já o Sistema Endócrino é aquele que produz os hormônios para gerar
respostas fisiológicas. Esses hormônios são lançados na corrente sanguínea para
alcançarem seus receptores-alvo. Dessa maneira, sua ação é lenta, já que precisa
percorrer grande parte da circulação para encontrar seu alvo. Apresenta ação
mais duradoura e o seu efeito é bem mais amplo que o estímulo nervoso (Figura
2).
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Figura 2 – Esquemas dos sistemas de controle (sistemas nervoso e endócrino)
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Figura 3 – Transdução de sinal
Crédito: Vectormine/Shutterstock.
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propriamente, podemos dividi-la conforme o tipo de estimulação. Assim, temos a
sinalização conhecida como autócrina, parácrina, endócrina e neuronal.
Detalhando cada tipo, encontramos diferenças importantes. A autócrina é
aquela que ocorre quando o receptor específico para recebimento da sinalização
está na mesma célula que produziu o sinal. Em outras palavras, ocorre
autossinalização, para que a resposta ocorra internamente, sem que o sinal se
desloque pelo corpo. Nessa comunicação, o sinal é enviado ao interstício e depois
volta para se conectar ao receptor que está na mesma célula.
A parácrina já difere da autócrina, pois o receptor específico de percepção
de sinal está em uma célula próxima. Dessa forma, a sinalização ocorrerá em
células vizinhas, ou ao redor da célula que enviam o sinal de comunicação.
Depois, temos a comunicação endócrina, que ocorre com os hormônios,
substâncias que são produzidas com a intenção de gerar uma resposta
intracelular. As células que têm a proteína receptora geralmente estão afastadas,
e assim precisam ser transportados pela corrente sanguínea para que possam
encontrar a célula que precisa ser sinalizada.
Por fim, na sinalização nervosa, temos a liberação de um neurotransmissor
pelo terminal axônico na fenda sináptica, que se ligará à célula-alvo, que pode ser
um neurônio ou um músculo. Essa sinalização é extremamente rápida, levando
alguns milissegundos para gerar uma resposta na célula-alvo.
Na Figura 4, temos um esquema que mostra alguns tipos de sinalização
pela molécula sinal no seu receptor específico.
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Figura 4 – Diversas maneiras de as células se comunicarem utilizando moléculas
sinalizadora extracelular
Crédito: Designua/Shutterstock.
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TEMA 3 – RECEPTORES INTRACELULARES
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As proteínas de membrana podem ser poros funcionais para transporte de
moléculas de um lado para o outro da estrutura, ou podem funcionar como
receptores de moléculas sinalizadoras.
A membrana tem proteínas integrais e periféricas. As integrais são aquelas
que atravessam a membrana como um todo, podendo ser divididas em proteínas
de passagem única e proteínas de passagem múltipla. Já as proteínas periféricas
ficam fracamente associadas à membrana.
A organela responsável pela produção das proteínas de membrana é o
retículo endoplasmático rugosos, que fabrica a proteína e a envia ao complexo de
golgi, para que essa organela faça as modificações necessárias antes de enviar
de volta para a membrana.
Ainda pensando na estrutura de membrana, na parte da superfície externa
temos o glicocálice. Essa camada é formada por cadeias glicídicas das
glicoproteínas e glicolipídeos de membrana, além de glicoproteínas e
proteoglicanos secretados pela célula. O glicocálice participa do reconhecimento
entre as células, da união entre elas, e da identificação das moléculas
extracelulares.
Na Figura 5, podemos observar a estrutura de membrana descrita com
todas as suas partes, e ter uma ideia do arranjo dessa organela tão importante
para a fisiologia corpórea.
Crédito: Zvitaliy/Shutterstock.
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Toda essa descrição de membrana celular é importante para que
possamos entender os receptores. Cada molécula tem um receptor específico, de
acordo com a sua estrutura. Assim, moléculas que são hidrofóbicas conseguem
atravessar a membrana e seu receptor, dessa maneira, estará dentro da célula.
Já moléculas sinalizadoras hidrofílicas jamais conseguirão atravessar a
membrana, e assim seus receptores estarão associados à membrana, para que
dessa forma consigam sinalizar a célula, que vai gerar uma resposta intracelular.
Vamos começar descrevendo os receptores intracelulares, que são
aqueles que se ligam a moléculas hidrofóbicas.
As moléculas que sinalizam por receptores intracelulares são os hormônios
esteroides, como cortisol, estradiol, testosterona e os hormônios da tireóide.
Todas essas moléculas passam livremente pela membrana plasmática, por um
processo de transporte chamado de difusão simples (Figura 6). Moléculas com
afinidade pelos lipídeos e tamanho condizente conseguem atravessar a
membrana sem ter gasto de energia. Portanto, a difusão simples é um transporte
passivo, que por definição não tem gasto energético.
Crédito: Designua/Shutterstock.
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que fazem parte de uma família de proteínas conhecida como receptores de
esteróides, ligam-se às regiões específicas do DNA, causando aumento da
expressão de genes específicos. Nesses casos, os efeitos do ligante não são
imediatos, porque essa célula necessita de tempo hábil para a transcrição gênica
e para a transdução do mRNA no interior do núcleo.
Vamos ver por exemplo o hormônio cortisol, que passa livremente pela
membrana plasmática e se liga a uma proteína receptora que está no citosol,
formando assim um complexo receptor-hormônio. Esse complexo entra no núcleo
pelo complexo do poro nuclear e ativa transcrição gênica de genes específicos
(Figura 7).
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como essas moléculas não podem ultrapassar a membrana diretamente,
precisam se ligar a receptores de membrana.
Os receptores de superfície estão presentes na membrana plasmática e
podem ser divididos em três grandes classes: os receptores acoplados a canais
iônicos, os acoplados a proteína G, e os acoplados a enzimas (Figura 8).
Crédito: Ellepigrafica/Shutterstock.
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Figura 9 – Esquema de receptor acoplado a canal iônico
Crédito: Designua/Shutterstock.
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Após ter uma noção da sinalização e ativação de receptores para gerar
respostas fisiológicas e metabólicas, precisamos conhecer um pouco das
estruturas que produzem as moléculas sinalizadoras. Assim, em nosso próximo
tema vamos relembrar os conceitos gerais das glândulas, para que depois
possamos detalhar as glândulas endócrinas.
Crédito: Tefi/Shutterstock.
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As glândulas endócrinas são cordões com células secretoras envolvidas
por uma rede de vasos sanguíneos. A taxa de secreção dessas glândulas é
modulada por hormônios. Não há ductos; dessa maneira, suas secreções são
lançadas na corrente sanguínea e seguem pela circulação até encontrar o alvo
específico. As partes secretoras de algumas glândulas endócrinas são
determinadas por células contráteis, que estão presentes entre as células
secretoras e a membrana basal. Apresentam formato estrelado, com núcleo
centralizado e citoplasma com prolongamentos que envolvem a porção secretora
da glândula. A contração dessas células é parecida com a contração das células
musculares. Quando se contraem, comprimem as partes secretoras e eliminam o
produto de secreção. Histologicamente, a glândula tireoide é formada de células
organizadas em folículos. Esses folículos são estruturas esféricas que formam um
espaço intracelular. Nesse espaço, ocorre a secreção de hormônios específicos.
As glândulas endócrinas são classificadas como cordonal e folicular ou
vesicular. As cordonais se organizam em fileiras ou cordões anastomosados e
separados por vasos sanguíneos. São a maioria das glândulas endócrinas, como
por exemplo adrenal, paratireoide, lobo anterior da hipófise, ilhotas de
Langerhans. As foliculares têm as células organizadas em folículos com uma
única camada de célula. Esses folículos são preenchidos com o material
secretado. O exemplo desse tipo de glândula é a tireoide.
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REFERÊNCIAS
GUYTON, A.C., HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2017.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto e atlas. 12. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
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AULA 2
FISIOLOGIA ENDÓCRINA DO
METABOLISMO
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segundo é o parácrino, quando o hormônio age na célula vizinha, difundindo-se
pelo interstício. E o último é o autócrino: o hormônio secretado volta para agir na
mesma célula que o produziu.
Crédito: Designua/Shutterstock.
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exceção: os hormônios da tireoide, que possuem duas tirosinas acopladas e
iodadas, sendo assim derivados de aminoácidos. Pelo fato de estarem iodados,
suas tirosinas perdem a característica hidrossolúvel, e eles passam a ser
lipossolúveis em todas as características.
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Depois de formadas, as vesículas serão enviadas para a superfície celular
com o auxílio do citoesqueleto da célula. Quando a membrana da vesícula
secretora encontra a membrana plasmática, elas se fundem, por possuírem
caráter lipofílico, e o conteúdo é secretado para o meio extracelular. Essa
liberação de conteúdo também é conhecida como extrusão dos grânulos.
Alguns hormônios tem a finalização da sua síntese dentro da vesícula,
devido ao empacotamento de enzimas específicas, que degradam ligações
peptídicas, juntamente com o hormônio. Dentro da célula secretora, as vesículas
podem se fundir e ter seus conteúdos misturados, liberando hormônios recém-
sintetizados, e aqueles que já foram sintetizados há algum tempo.
Os hormônios hidrossolúveis têm característica polar; devido a isso, se
solubilizam facilmente no interstício e no sangue, e por isso podem se movimentar
livremente por esses espaços. Mas existem exceções, como por exemplo o
hormônio do crescimento e o IGF (insulin-like growth factor), que costumam estar
ligados a uma proteína carreadora para circular.
Órgãos como fígado e rim são ricos em enzimas que degradam os
hormônios proteicos, enzimas proteolíticas, e isso faz com que os hormônios,
quando clivados, percam sua atividade biológica. Por essa razão, alguns
hormônios têm meia vida curta. Essa meia vida é definida como o tempo
necessário para degradar 50% da quantidade secretada de hormônio em dado
momento.
A secreção dos hormônios lipossolúveis é um pouco diferente, pois eles
não são armazenados em vesículas, sendo secretados por difusão conforme são
produzidos. Assim, não existe estoque desse tipo de hormônio na célula
secretora. A produção depende apenas da quantidade maior ou menor da
proteína precursora. A exceção é a tireoide, pois seus hormônios conseguem ficar
armazenados no coloide dos folículos tireoidianos.
Como descrito, os hormônios lipossolúveis são de fácil secreção, mas seu
transporte pelo sangue ou interstício é dificultado, devido ao fato de serem
hidrofóbicos.
Dessa maneira, esses hormônios precisam se ligar a proteínas para se
deslocarem. Essas proteínas podem ser as globulinas, capazes de se ligar a
andrógenos, estrógenos, glicocorticoides e hormônios da tireoide. Podem ser
também as albuminas, que são proteínas encontradas em grande quantidade
circulando no nosso organismo.
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Essas proteínas carreadoras, ao se ligarem aos hormônios, impedem a
disponibilidade da célula-alvo, bloqueando a ação do hormônio. Entretanto, a
ligação proteína carreadora mais hormônio deixa um pedaço bem pequeno do
hormônio livre; esse pedaço que entra em contato com a membrana plasmática
da célula-alvo e se difunde para o meio intracelular. Assim, ocorre a sinalização
intracelular e a resposta celular pela atividade do hormônio.
Como vimos, os hormônios lipossolúveis apresentam receptores
intracelulares em células-alvo.
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Os de “alças longas” são aqueles hormônios secretados pelos órgãos
efetores, com efeito negativo sobre a secreção dos hormônios tróficos hipofisários
e sobre os hormônios hipotalâmicos.
Os de “alça curta” funcionam no eixo hipotálamo-hipófise, de forma mais
rápida. Os hormônios hipotalâmicos são liberados, obedecendo a uma regulação
negativa, podendo exercer um efeito positivo, com ação liberadora, ou negativo,
com ação inibitória.
Os hormônios também podem ser liberados através de controle do sistema
nervoso. Um exemplo seria o efeito da luz sobre a atividade reprodutiva em
algumas espécies. Nas aves, o número de horas de exposição à luz influencia no
hipotálamo, modificando a secreção dos hormônios hipofisários gonadotrópicos,
mediante a ação da melatonina, que é um hormônio produzido pela glândula
pineal, e que faz com que as aves queiram se reproduzir. No homem, a quantidade
de luz influencia o ciclo de sono e vigília, determinado pelo sistema nervoso
central. A produção diminuída de melatonina de noite leva ao desenvolvimento de
insônia.
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Figura 4 – Ação hormonal
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Figura 5 – Desenho esquemático mostrando os hormônios que se ligam a
receptores de membrana e a receptores intracelulares, respectivamente
Crédito: Designua/Shutterstock.
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Figura 6 – Ação dos hormônios lipossolúveis
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O AMPcíclico é um mediador para muitos hormônios do organismo. Ele é
ativado pela enzima adenilciclase, que transforma o ATP (adenosina trifosfato) em
AMPc (adenosina monofosfato cíclica), quando o hormônio se liga ao receptor
específico.
Depois da ativação, o AMPc se liga a uma proteína quinase, que fosforila
outra proteína, desencadeando uma cascata de sinalização, e fazendo com que
ocorram mudanças metabólicas intracelularmente.
O GMPc (guanosina monofosfato cíclico) também é um segundo
mensageiro que atua no epitélio de intestino, coração e vasos sanguíneos,
cérebro e rins. Ele é derivado da conversão de GTP pela enzima guanilciclase. e
tem efeito contrário ao AMPc. Por exemplo, o GMPc está relacionado à contração
da musculatura lisa, enquanto o AMPc faz o relaxamento da musculatura lisa.
Outro segundo mensageiro hormonal é o cálcio, que regula diversos
processos celulares, sendo essencial para ativar a fosfolipase A2. O cálcio muitas
vezes é requerido, pois promove a interação do receptor do hormônio e dos
nucleotídeos. Ele pode agir tanto como um inibidor da atividade da adenilciclase,
quanto como estimulador da atividade cíclica da fosfodiesterase dos nucleotídeos.
A fosfolipase C é uma proteína hormônio sensível, presente na membrana
plasmática, e atua sobre o fosfatidil inositol, hidrolisando essa molécula para que
seus produtos sejam usados como segundo mensageiro. Os produtos gerados
são diacilglicerol e inositol trifosfato. O diacilglicerol ativa proteínas quinases para
gerar respostas celulares e o inositol trifosfato libera íons cálcio que estão no
retículo endoplasmático, para que as respostas ocorram. Os hormônios ACTH e
LH são exemplos desse tipo de mecanismo de segundo mensageiro pelo inositol.
Por último, temos os receptores nucleares, que se ligam a hormônios
lipofílicos que passaram por difusão simples pela membrana. Quando ocorre a
ligação do hormônio com o receptor nuclear, são unidas regiões específicas do
DNA, para que ocorra ativação ou inativação gênica, alterando a transcrição e a
produção de RNA mensageiro.
Na Figura 8, mostramos toda a ação dos segundos mensageiros em uma
única imagem, e assim o seu funcionamento ficará mais claro.
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Figura 8 – Desenho esquemático da ação dos segundos mensageiros
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REFERÊNCIAS
GUYTON, A.C., HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2017.
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AULA 3
FISIOLOGIA ENDÓCRINA E DO
METABOLISMO
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converte impulsos luminosos em descarga hormonal, participando do ritmo
circadiano ou relógio biológico e de outros ritmos biológicos, como os relacionados
com as estações do ano.
A tireoide fica na região cervical, região anterior do pescoço, na parte
anterior da traqueia, e possui dois lobos unidos por um istmo. Essa glândula
apresenta origem endodérmica.
A parte celular da tireoide é bem importante, pois determinará a produção
hormonal por essa glândula. Esta possui estruturas chamadas de folículos, os
quais possuem um formato específico, lembrando um cubo, e, por isso, é
conhecido como cuboide. Os folículos histologicamente possuem uma camada de
tecido epitelial e são as células que têm como função produzir uma substância
fluída, a qual fica no interior. A tireoide, além de possuir essas células foliculares,
também possui uma célula chamada de parafolicular, que tem como função
principal, dentro da glândula, produzir um hormônio de regulação de cálcio
conhecido como calcitonina.
Juntamente com a tireoide, possuímos a paratireoide. Esta última é uma
glândula dividida em 4 pequenas partes que se posicionam na parte de trás da
tireoide. É constituída por uma cápsula composta de tecido conjuntivo denso e
dois tipos de células, sendo elas: a principal, que secreta o paratormônio, e as
oxífilas, que ficam próximas aos vasos sanguíneos.
O pâncreas se posiciona anatomicamente bem atrás do estômago e muito
próximo à primeira porção do intestino delgado, conhecida como dudeno. Esse
órgão pode ser dividido em duas porções, uma que está relacionada à produção
hormonal e outra que está relacionada à produção de suco pancreático. Essa
divisão determina o seu funcionamento de secreção, pois pode produzir tanto
hormônios como substâncias relacionadas ao processo de digestão corporal.
Estruturalmente, tem três porções, uma cabeça, um corpo e uma cauda.
Tal divisão pode ser considerada anatômica e é importante para determinar a
localização de algumas estruturas específicas. As mais importantes são o ducto
de Wirsung e ampola de Vater.
As glândulas adrenais, também conhecidas como suprarrenais, ficam bem
em cima do rim. Histologicamente, possuem estruturas específicas para garantir
sua sustentação, as quais são tecido conjuntivo de revestimento com todas as
suas fibras e tecido adiposo. As adrenais são divididas em córtex, que é a porção
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mais externa com uma coloração amarelada, e medula, que é a parte mais interna
com coloração avermelhada.
As gônadas são representadas pelos testículos no homem e ovários nas
mulheres. Essas produzem hormônios sexuais e estão no controle de determinar
as características sexuais secundárias.
Créditos: Designua/Sutterstock.
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O hipotálamo, como glândula, tem um importante papel na formação e
liberação de algumas substâncias. Essas substâncias são conhecidas como
hormônios ocitocina e vasopressina. Esses dois hormônios, depois de serem
produzidos, serão enviados à hipófise para que essa glândula parceira possa
deixar armazenado.
Neurônios com funções especiais dentro do hipotálamo sintetizam e soltam
hormônios liberadores e hormônios inibidores que controlam a secreção dos
hormônios da hipófise anterior. Na tabela a seguir, temos os hormônios
liberadores e inibidores hipotalâmicos, que fazem esse controle na hipófise.
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e tem como função o crescimento. E, por último, temos a prolactina, que estimula
as glândulas mamárias na produção de leite.
Na hipófise posterior, temos o armazenamento dos hormônios ADH, que
agem no rim no processo de absorção de água, e a ocitocina, que está relacionada
com a contração uterina.
Na tireoide temos a produção dos hormônios T3 (tri-iodotironina), T4
(tiroxina) e calcitonina. T3 e T4 são estimulados pelo TSH e estão relacionados
com o metabolismo corpóreo. E a calcitonina é estimulada por um produto, que
no caso é o cálcio. Quando tem alta concentração de cálcio circulando, a
calcitonina faz deposição de cálcio no osso, diminui a absorção de cálcio no
intestino e diminui a absorção de cálcio no rim.
As paratireoides produzem o hormônio paratormônio, que juntamente com
a calcitonina produzida na tireoideu regulam a concentração de cálcio no sangue.
Em antagonismo com a calcitonina, o paratormônio aumenta concentração de
cálcio circulante, retirando do osso e aumentando a absorção no intestino e rim.
A glândula pineal sintetiza o hormônio metatonina (derivado do serotonina),
que tem como função modular os padrões de sono nos ciclos circadianos e
sazonais.
O pâncreas endócrino é responsável pela produção de insulina e glucagon.
Esses hormônios têm a relação com o metabolismo energético e são muito
importantes para o organismo.
As adrenais são glândulas que possuem duas partes: a medula e o córtex.
A medula é a parte interna que secreta o hormônio epinefrina (adrenalina), que
ajuda no controle da pressão arterial, da frequência cardíaca e do suor. E o córtex
é a região mais externa da glândula, que tem como função liberar cortisol,
hormônio classificado como corticosteroide e aldosterona, classificada como
mineralocorticoide. Essa região específica também tem a capacidade de produzir
hormônios do grupo sexual, como testosterona. “O córtex é a parte externa que
secreta os corticosteroides (cortisol) e os mineralocorticoides (aldosterona). O
córtex adrenal também estimula a produção dos andrógenos (testosterona e
hormônios similares)” (Grossman, S.d.). É importante saber que o córtex é dividido
em 3 zonas: a glomerulosa, a fasciculada e a reticular, sendo que cada uma delas
é responsável pela produção de um hormônio. A zona glomerulosa secreta
mineralocorticoides (aldosterona), a zona fasciculada secreta glicocorticoides
(cortisol) e a zona reticular secreta os andrógenos.
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As gônadas no sistema endócrino masculino são representadas pelos
testículos e estes fazem a secreção de testosterona, hormônio produzido nas
células de Leydig e secretado nos fluído dos túbulos seminíferos.
No sistema feminino, é o ovário que secreta os hormônios progesterona e
estrogênio. A progesterona é um hormônio produzido pelas células do corpo lúteo
do ovário, que é uma estrutura que se desenvolve no lugar que ocupa um óvulo
maduro que tenha sido liberado durante a ovulação. O estrogênio é produzido
pelos ovários e liberado no início do ciclo menstrual. Ele que proporciona as
características femininas das mulheres, além de ser o hormônio responsável pelo
controle do processo de ovulação e preparo do útero para a fase de reprodução.
A seguir, segue uma tabela com todos os hormônios do sistema endócrino
para podermos ter uma visão geral da glândula que secreta, qual hormônio ela
secreta, quais as principais funções e o local de ação. Assim, temos um panorama
geral e podemos passar para o próximo tema, que é a ação propriamente de cada
um desses hormônios.
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TEMA 3 – AÇÃO DOS HORMÔNIOS ENDÓCRINOS
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O cortisol é liberado em situações de estresse. Dessa maneira, aumentar
a glicemia é importante, pois o cérebro precisa de mais energia para agir em
situações adversas.
Temos também a pineal. Essa glândula produz um hormônio chamado de
melatonina. Esta tem sua secreção diminuída com a idade e é influenciada pelo
ritmo sazonal e circadiano, sobre o ciclo sono-vigília e sobre a reprodução. Sua
secreção segue um padrão dia-noite, sendo muito sensível à luminosidade, com
aumento da secreção no início da noite e queda no fim. A exposição à
luminosidade é suficiente para inibir a síntese do hormônio melatonina (Figura 3).
Na figura a seguir, podemos ver também que durante o dia temos a secreção de
serotonina, que é um neurotransmissor que atua no cérebro regulando o humor,
e a noite é transformado em melatonina para regular o sono. Mas, nos dois casos,
depende do ciclo circadiano para ocorrer a secreção.
Créditos: Yomogi1/Shutterstock.
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Figura 4 – Calcitonina e paratormônio (níveis de regulação hormonal do cálcio no sangue)
Créditos: Designua/Shutterstock.
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aumento das gonadotrofinas séricas e depois aumento da secreção gonadal de
esteroides sexuais.
O hormônio testosterona é uma substância que tem sua liberação por uma
célula específica conhecida como célula de Leydig. Elas ficam na região dos
testículos no aparelho reprodutor masculino. “A testosterona é secretada pelas
células intersticiais de Leydig no testículo” (Lima, 2017). O testículo também
secreta di-hidrotestosterona e androstenediona. A testosterona é o hormônio mais
abundante, mas no tecido alvo ele é convertido no hormônio di-hidrotestosterona,
que é mais ativo.
A secreção da testosterona é ativada com a liberação de hormônio da
hipófise. O hipotálamo secreta GnRH, que estimula a hipófise a secretar LH, o
qual estimula o testículo a secretar testosterona. O FSH no homem estimula as
células de sertoli a entrarem na espermatogênese.
Nas meninas, o GnRH secretado pelo hipotálamo estimula a hipófise
secretar LH e FSH e estes estimulam a produção de progesterona e estrógeno. A
liberação dos hormônios hipofisários só ocorre na puberdade com a primeira
menstruação (menarca). O LH estimula as células da teca do ovário a produzirem
progesterona e as células da granulosa são estimuladas pelo FSH para
produzirem estrogênios. Assim, a liberação desses hormônios segue o ciclo
menstrual, tendo fase ovariana e fase uterina. A fase uterina está relacionada ao
crescimento e descamação do endométrio uterino.
Na figura a seguir, temos a liberação dos hormônios femininos com a
relação do ciclo menstrual.
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TEMA 4 – MECANISMOS DE RETROALIMENTAÇÃO
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Já a retroalimentação positiva é menos frequente e se caracteriza por
possuir um estímulo inicial que causa cada vez mais estimulação e secreção
deste. Isso quer dizer que o estímulo provocará cada vez mais produção de
dado hormônio.
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TEMA 5 – HORMÔNIOS QUE INFLUENCIAM NO COMPORTAMENTO E
METABOLISMO
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Esse hormônio também tem efeito anti-inflamatório e é liberado
principalmente nas primeiras horas do dia, tendo seu nível de secreção diminuído
à noite.
A liberação de cortisol ocorre quando temos o estímulo da produção do
ACTH na hipófise. E este ocorre quando o hipotálamo faz a liberação de CRH. Na
figura a seguir, temos um esquema das alterações metabólicas e fisiológicas que
o cortisol faz no organismo.
Créditos: Brgfx/Shutterstock.
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REFERÊNCIAS
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AULA 4
FISIOLOGIA ENDÓCRINA E DO
METABOLISMO
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inibir a expressão de receptores de TRH, fazendo com que ocorra uma menor
estimulação da hipófise. Consequentemente, o hipotálamo também diminui sua
secreção hormonal.
Hoje, sabemos que hormônios como TRH e TSH são bem mais evidentes
no sexo feminino. Isso pode ser explicado pelo fato de o hormônio feminino
conhecido como estrógeno estimular a expressão de receptores de TRH na
glândula hipófise; assim, esse hormônio passa a ser produzido intensamente pelo
hipotálamo, e consegue estimular a hipófise, por ter a o que se ligar,
desencadeando um aumento das respostas metabólicas no organismo.
Como vimos na aula sobre os tipos de receptores, os que são específicos
para o TRH são acoplados à proteína G, e quando ativados desencadeiam uma
cascata de respostas intracelulares, que por sua vez mobilizam alterações de
transcrição gênica.
O TRH tem diversas funções, além de estimular a hipófise a liberar o TSH.
No sistema nervoso central, ele pode alterar o sono e aumentar a pressão arterial.
Crédito: Sakurra/Shutterstock.
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O TSH é importante para que a tireoide funcione, pois é ele que se liga em
receptores específicos na tireoide, para fazer com que essa glândula endócrina
libere seus hormônios e altere o metabolismo corpóreo.
O TSH é um hormônio de natureza glicoproteica, produzido em células
chamadas de tireotrofos, que representam aproximadamente 5% do total de
células da hipófise.
A atividade hormonal do TSH ocorre devido a modificações durante a sua
produção. Por ser um hormônio com parte proteica, ele é produzido no retículo
endoplasmático, e depois enviado ao complexo de Golgi para sofrer certas
modificações, como adições de moléculas de açúcar na sua estrutura. Essa
adição de açúcar é conhecida como glicosilação; quando é feita de forma
inadequada, o hormônio perde sua atividade biológica e para de funcionar.
A principal função do TSH é estimular as células da tireoide a produzirem
os hormônios tireoidianos que regulam o metabolismo. As células da tireoide que
são estimuladas são os folículos, ou células foliculares. A estimulação resulta em
dois processos de adaptação celular, conhecidos como hiperplasia e hipertrofia.
Dessa maneira, as células conseguem produzir hormônios específicos.
A secreção dos TSH ocorre em pulsos, ou seja, a cada duas ou três horas
há um pulso de liberação desse hormônio. De noite, sua produção e liberação é
mais ou menos duas vezes mais elevada do que de dia.
Os efeitos do TSH na tireoide podem ser percebidos quando temos uma
alta ou baixa secreção dessa substância. Quando há em circulação uma grande
quantidade desse hormônio, as células foliculares da hipófise ficam alteradas,
sofrendo processo de hipertrofia, que causa um aumento no tamanho das células,
e hiperplasia, que aumenta a quantidade de células. Além disso, ainda ocorre um
aumento dos vasos e alterações específicas para produção hormonal exagerada.
No caso de uma diminuição da secreção de TSH, as alterações são
exatamente contrárias as descritas para a hipersecreção.
Como descrito anteriormente, o TSH precisa se ligar aos receptores de
proteína G para funcionar. Os receptores estão alocados na membrana celular da
tireoide, e quando se ligam ao TSH desencadeiam i,a resposta intracelular que
ativa as respostas metabólicas.
O que o difere do TRH, é que essa ligação do TSH com seu receptor, e a
consequente cascata de sinalização, dependem de um segundo mensageiro,
chamado de AMPcíclico. Esse segundo mensageiro é especificamente a molécula
4
que faz com que ocorra toda a resposta celular ao estímulo. É ele que
efetivamente gera a resposta intracelular.
Crédito: Designua/Shutterstock.
5
diferem na velocidade e intensidade da ação, ou seja, o T3 é muito mais efetivo e
potente que o T4, mas tem menor quantidade circulante e meia vida curta.
A glândula tireoide tem células foliculares, em cujo interior há uma
substância chamada de coloide, ao redor células epiteliais com formato cuboide,
que produz os hormônios e os joga para o coloide que está no interior dos
folículos. A substância central (coloide) tem na sua constituição uma glicoproteína
conhecida como tireoglobulina, que tem grande importância, por conter os
hormônios da tireoide (Figura 3).
Crédito: Sakurra/Shutterstock.
7
hormônios ficam armazenados no folículo, até o momento de serem liberados.
Esse armazenamento é importante, pois as quantidades existentes garantem
suprimento hormonal por até 3 meses. Assim, se houver algum problema para
produzir hormônios tireoidianos, os efeitos só serão reparados após 3 meses do
problema.
Para ocorrer a liberação do T3 e T4, a tireoglobulina precisa sofre hidrólise
no folículo. Com estímulo de TSH, temos a formação de pseudópodes, que criam
pequenas vesículas pinocíticas no interior da célula. Essas vesículas acabam se
fusionando com o lisossomo da célula fazendo proteólise da tireoglobulina,
soltando MIT, DIT, T3, T4 e T3r.
MIT e DIT são moléculas inativas, e dessa maneira não saem das células.
Elas têm o iodo removido pela enzima iodotirosina-desiodase. Esse iodo será
reutilizado ou reciclado para um novo ciclo de formação hormonal.
O T3 e T4 livres saem da célula folicular por transporte passivo, conhecido
como difusão simples. Na Figura 4, temos um esquema de todo o processo
descrito até aqui para a formação dos hormônios T3 e T4.
8
TEMA 4 – FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DOS HORMÔNIOS DA TIREOIDE
9
plasma. Essa diminuição de colesterol se dá pelo aumento de secreção dessa
molécula na bile, e com isso sua retirada pelas fezes.
Os hormônios tireoidianos promovem a atividade excessiva de enzimas do
metabolismo, mas já sabemos que as vitaminas são precursoras de diversas
enzimas; assim, como existe a ativação de muitas enzimas quando há altos níveis
desses hormônios, podemos ter falta de vitamina. Isso não ocorre se houver maior
disponibilidade de vitaminas, juntamente com o aumento de secreção de T3 e T4.
Existe também uma regulação com peso corporal: quando temos uma
quantidade grande desses hormônios, quase sempre há perda de peso. Porém,
pode haver aumento de apetite: portanto, temos perda de peso quase sempre,
mas podemos ter aumento dependendo do controle alimentar.
Frequência cardíaca, fluxo cardíaco e débito cardíaco também são
alterados com a liberação de hormônios da tireoide. Todos esses parâmetros são
aumentados, devido ao aumento metabólico. A frequência cardíaca é diretamente
afetada quando temos aumentos hormonais.
A pressão arterial média não se altera em resposta à secreção hormonal.
Se temos apenas sistólica ou diastólica, há uma alteração devido a todas as
descompensações cardíacas envolvidas, ainda que na média tudo permanece
normal.
Podemos ter alterações nas atividades cerebrais, como nervosismo,
ansiedade, paranoia e preocupações exageradas.
Em relação aos músculos, fazem muito catabolismo proteico quando
temos hormônios da tireoide em excesso. Pode haver até tremor muscular leve.
Pelo fato de a atividade muscular e cerebral aumentar quando há excesso de
hormônios, podemos ter o desenvolvimento de um quadro de insônia e de
alterações de sono.
Por último, podemos ter regulações de glândulas endócrinas, devido aos
hormônios da tireoide. Um exemplo é o aumento da liberação de insulina, por
conta do aumento do metabolismo da glicose, que ocorre pela estimulação da
tiroxina. Esses hormônios podem inativar a produção de glicocorticoides pelo
fígado, aumentando a produção das adrenais, em função da retroalimentação em
jogo.
Na Figura 5, podemos ver um resumo das atividades metabólicas
realizadas pelos hormônios T3 e T4 no organismo.
10
Figura 5 – Desenho esquemático das funções de T3 e T4
Crédito: Vectormine/Shutterstock.
11
A glândula tireoide é controlada pelos hormônios secretados pela hipófise,
e a hipófise é regulada pelos hormônios do hipotálamo. Dessa maneira, temos a
regulação na liberação dos hormônios tireoidianos.
O TSH aumenta a secreção dos hormônios da tireoide, por estimular o
aumento da quebra de tireoglobulina no folículo, fazendo com que ocorra a
liberação de T3 e T4 para a corrente sanguínea. Também estimula o aumento do
funcionamento das bombas de iodeto, do iodização, e de forma geral faz com que
todos os processos de formação de T3 e T4 ocorram.
Esse hormônio liberado pela hipófise também proporciona a ativação de
um segundo mensageiro para que os hormônios tireoidianos sejam liberados. A
ligação com segundo mensageiro e a ativação de respostas celulares são
fundamentais para que ocorra a liberação de T3 e T4.
A hipófise é regulada pelo hipotálamo, ou seja, o hormônio liberador de
tireotropina (TRH) estimula a hipófise a liberar o TSH. O TRH proporciona a
liberação de TSH por efeito molecular. Na membrana da hipófise há receptores
específicos para esse hormônio liberador. Assim, ele desencadeia uma
sinalização intracelular imediata à sua ligação ao receptor. No caso do TRH,
temos a ativação do mecanismo de segundo mensageiro, que ativa os
mecanismos intracelulares, até que isso seja suficiente para ocorrer a liberação
do TSH.
A exposição ao frio pode ativar a liberação de TRH e a consequente
estimulação da produção e liberação de TSH. Isso acontece devido ao fato de o
frio estimular os centros de controle de temperatura que ficam no hipotálamo. O
que precisamos ter em mente é que, se aumenta o TSH, consequentemente
teremos aumento da liberação de T3 e T4, e isso pode gerar ativação metabólica
excessiva.
Além do frio, podemos ter alterações nas liberações hormonais de TRH e
TSH, quando temos oscilações emocionais. Um exemplo é o quadro de
ansiedade, que faz aumentar a atividade do sistema nervoso simpático e
consequentemente diminuir a liberação de TSH.
Os hormônios da tireoide, T3 e T4, determinam a homestase do organismo,
pois quando estão em grande quantidade na circulação, fazem retroalimentação
negativa na hipófise e no hipotálamo. Isso acontece para que ocorra a
manutenção da quantidade de hormônios no organismo.
12
A seguir, temos um esquema da retroalimentação negativa que ocorre
entre as glândulas hipotálamo, hipófise e tireoide.
13
Isso pode acontecer devido a uma inflamação da glândula, ou por
aparecimento de nódulos, tumores. Na figura a seguir, temos alguns sintomas
dessa patologia.
Crédito: Timonina/Shutterstock.
14
Figura 8 – Hipotireoidismo
Crédito: Timonina/Shutterstock.
15
REFERÊNCIAS
GUYTON, A.C., HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2017.
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AULA 5
FISIOLOGIA ENDÓCRINA DO
METABOLISMO
Crédito: Designua/Shutterstock.
2
modulada por hormônios. Como não tem ductos, suas substâncias são lançadas
na corrente sanguínea e seguem pela circulação até encontrar o alvo específico.
Nesta aula, estamos falando de fisiologia endócrina, por isso abordaremos
apenas o pâncreas endócrino e suas especialidades metabólicas. De saída, é
importante pontuar que o pâncreas é um órgão formado por dois tecidos distintos,
os ácinos pancreáticos e as ilhotas de Langerhans. Os primeiros têm a função de
liberar suco pancreático na primeira porção do intestino delgado e as últimas são
responsáveis por liberar os hormônios produzidos no órgão.
Como trataremos apenas do pâncreas endócrino, vamos detalhar as ilhotas
de Langerhans e suas células. Essas ilhotas têm quatro tipos diferentes de
células, alfa, beta, delta e F. As células alfa estão dispostas na periferia e formam
o revestimento das ilhotas pancreáticas, representando mais ou menos 25% do
total das células desse local. Elas têm a função de liberar um hormônio conhecido
como glucagon.
As células beta estão presentes na região central das ilhotas e são as mais
abundantes, chegando a aproximadamente 60% do total. Têm como função
secretar um hormônio conhecido como insulina. As células delta também estão
próximas da periferia e representam 10% do tecido, tendo como função a
produção de somatostatina. Já as células F representam 5% do total de células e
produzem polipeptídeo pancreático.
Na Figura 2, podemos observar o pâncreas e suas células:
3
Crédito: Sakurra/Shutterstock.
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Crédito: Meletios Verras/Shutterstock.
6
Crédito: Designua/Shutterstock.
7
biológica: a primeira é a SS14 e a segunda é a SS28. O número está relacionado
com a quantidade de aminoácidos utilizados para formar cada uma – a SS28 é
constituída da SS14 mais 14 aminoácidos. No pâncreas, temos apenas a
formação da SS14, sendo a SS28 muito mais efetiva para a regulação do
hormônio de crescimento no sistema nervoso.
A somatostatina produzida no pâncreas participa como molécula inibitória
para a insulina e o hormônio glucagon. Nos intestinos, esse hormônio pode
provocar a má absorção de substâncias e ocasionar uma diarreia líquida (aquosa),
além de diminuir a filtração que ocorre no glomérulo, o que resulta em uma
diminuição do volume urinário produzido pelos rins.
O polipeptídeo pancreático é um hormônio produzido nas células F do
pâncreas, mas seus efeitos ainda são pouco conhecidos. O que se sabe sobre ele
é que tem estrutura proteica e é mais produzido toda vez que aumentam os níveis
de acetilcolina no organismo. Na área farmacológica, é utilizado para inibir as
secreções de insulina e glucagon, quando estão fora de controle.
8
Assim que a insulina cai na corrente sanguínea por exocitose, vai ser
transportada até as células para que sinalize para a entrada de glicose. As células
têm receptores de insulina que são acoplados a enzimas, e, quando essa
molécula se liga ao seu receptor, ela desencadeia uma sinalização intracelular e
causa a translocação de vesículas com os transportadores de glicose GLUT que
se fixam e são expostos na membrana plasmática, de modo que a glicose consiga
entrar na célula e ativar seu metabolismo.
Existem vários tipos de GLUTs para transportar glicose, e cada um deles
só depende do tecido em que está. Cada uma das células do corpo tem vários
tipos de GLUT e em quantidades diversas, dependendo do tipo de tecido e da
demanda dele em relação à produção energética.
No Quadro 1, temos uma demonstração dos tipos de transportadores de
glicose e suas funções estabelecidas:
9
exponham o receptor GLUT4 para o meio extracelular, e, assim, a glicose entra
na célula e desencadeia as respostas metabólicas do organismo. A Figura 5
mostra como todo esse processo acontece:
10
ocorre principalmente nos músculos, nas células do tecido adiposo e no fígado.
No músculo, o nível de concentração de glicose aumenta quando ocorre a ligação
do hormônio insulina ao receptor das suas células, mas esse aumento só ocorre
quando o indivíduo está em atividade física ou quando acabou de fazer uma
refeição. Caso contrário, a glicose que chega ao músculo será transformada em
glicogênio e armazenada, de modo que esse glicogênio não seja perdido,
podendo ser utilizado como fonte energética para o músculo.
Uma das funções específicas da molécula de insulina é contribuir para o
armazenamento de glicogênio no fígado. A captação e a transformação no fígado
são muito importantes: quando houver queda do nível de glicose no sangue, o
fígado pode fazer a transformação do glicogênio armazenado em glicose,
aumentando o nível dessa molécula na circulação.
Podemos perceber que essa regulação entre insulina, glicogênio e fígado
ocorre por meio de um mecanismo de retroalimentação. O nível de glicose cai de
concentração no sangue, e, assim, diminui a secreção de insulina pelo pâncreas,
o que diminui a síntese de glicogênio no órgão e aumenta a liberação de glicose
no sangue. Esse mecanismo é importante para entendermos como o corpo
funciona entre as refeições e que sempre temos disponibilidade de glicose,
mesmo quando não estamos comendo.
É possível ainda que haja muita glicose na circulação e que o fígado não
consiga armazenar tudo em glicogênio. Nesse caso, ele fará a transformação de
glicose excedente em ácidos graxos, que serão empacotados em forma de
triglicerídeos e transportados para o tecido adiposo para serem armazenados em
forma de gordura.
Em síntese, a insulina apresenta muitos efeitos metabólicos, e os principais
deles estão sistematizados no Quadro 2:
No fígado
• Inibição da glicogenólise e da gliconeogênese;
• Inibição da conversão de ácidos graxos e aminoácidos em cetoácidos;
• Aumento da síntese de glicogênio;
• Aumento da síntese de triglicerídios e das lipoproteínas VLDL.
Nos músculos
• Aumento da captação de aminoácidos e da síntese proteica;
• Aumento do transporte de glicose e da síntese de glicogênio.
No tecido adiposo branco
11
• Aumento do armazenamento de triglicerídios;
• Aumento do transporte de glicose e metabolização a glicerofosfato;
• Aumento da hidrólise de triglicerídios extracelulares;
• Aumento no influxo de ácidos graxos livres;
• Aumento da esterificação dos ácidos graxos;
• Inibição da hidrólise de triglicerídios intracelulares.
Na maioria dos tipos celulares
• Aumento de atividade glicolítica;
• Aumento da captação de aminoácidos e da síntese proteica;
• Aumento da atividade da Na+/K+ -ATPase.
Fonte: Aires, 2013, p. 1109.
12
segundo mensageiro. O segundo mensageiro dessa sinalização é a 3’,5’-
adenosina monofosfato cíclico.
Primeiramente, o hormônio glucagon ativa uma enzima chamada de adenil
ciclase, que está presente na membrana das células do fígado. Essa ativação
desencadeia uma mensagem intracelular e ativa o AMP cíclico, e esse segundo
mensageiro, logo após sua ativação, faz uma cascata de fosforilações
intracelulares que geram como resposta celular a quebra do glicogênio em
glicose. Depois de tudo isso, essa glicose vai ser liberada na célula para circular
pelo sangue e encontrar seu receptor específico.
Esse esquema está resumido na Figura 6:
13
esquecer da regulação na liberação hormonal: quando há muita glicose na
corrente sanguínea, ocorre a inibição da liberação de glucagon.
Na Figura 7, temos um desenho esquemático das funções do glucagon e
da insulina, mostrando claramente que esses hormônios agem de formas
contrárias, mas que ambos têm grande importância para o metabolismo corpóreo:
Crédito: VectorMine/Shutterstock.
14
extracelular, a qual, se não for ajustada, provavelmente provocará uma intensa
desidratação nas células.
Da mesma forma, quando em nível muito elevado, pode provocar perda
dessa substância na urina, causando perda excessiva de água e fazendo com que
o indivíduo tenha uma grande perda de moléculas e íons essenciais, o que pode
levar a patologias severas que serão vistas em outro momento.
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REFERÊNCIAS
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AULA 6
FISIOLOGIA ENDÓCRINA E DO
METABOLISMO
2
Anteriormente também falamos um pouco da relação da glicose com as
células beta do pâncreas. Além da glicose, essas células também respondem ao
aumento do nível de aminoácidos circulantes. Como já vimos, a glicose entra na
célula beta e sofre oxidação, liberando ATP; isso gera um fechamento dos canais
de potássio e despolarização de membrana que, consequentemente, causa a
abertura de canais de cálcio, levando à liberação do hormônio insulina. Esse
hormônio é essencial para que ocorra o metabolismo, pois, como descrito
anteriormente, a entrada de glicose nas células leva a um processo metabólico
intenso.
Na Figura 1 há um esquema que mostra tudo que foi descrito.
Resumidamente, a imagem mostra as relações metabólicas no estado
alimentado.
4
Figura 2 – Relações metabólicas entre os tecidos no processo do estado de jejum
6
Figura 3 – Inter-relação metabólica dos tecidos corpóreos e a diabetes tipo 1
7
Na Figura 4 podemos observar um resumo da diabetes tipo 1, com seus
problemas e principais sintomas.
8
Mas, infelizmente, essa resposta inadequada ao hormônio faz com que as
células produtoras de insulina, que são as células beta pancreáticas, fiquem
esgotadas, sobrecarregadas, fazendo com que não consigam produzir mais
insulina do que já produzem. Exatamente nesse momento temos o aparecimento
da doença conhecida como diabetes mellitus tipo 2.
Os locais mais acometidos por essa resistência descrita há pouco é o
fígado, tecido adiposo e os músculos.
Esse estado metabólico pode ocorrer devido a uma sinalização genética,
mas já se sabe que a obesidade e o sedentarismo levam a esse processo
também. Esses dois problemas levam, conjuntamente com a diabetes, a um
aumento da predisposição de doenças cardiovasculares, devido ao aumento de
pressão, acúmulo de colesterol e acúmulo de gordura no abdome.
Na Figura 5, podemos observar exatamente como acontece a diabetes tipo
2.
9
Os sintomas dessa doença são muito parecidos com aqueles da diabetes
tipo 1, pois as pessoas acometidas pela doença possuem sede recorrente,
aumento da vontade de ingestão alimentar, grande quantidade de formação de
urina, formigamento nos membros, perda de peso, problemas nos olhos,
infecções constantes e ferimentos que não se cicatrizam.
Nesse tipo de diabetes geralmente os pacientes não usam o hormônio para
tratamento imediato, apenas em alguns casos, mas existem remédios que
auxiliam na clínica da doença quando ela aparece. Um dos medicamentos mais
utilizados é a Metformina, porém, ainda há muitas dúvidas sobre sua ação no
metabolismo; o que já se sabe é que ele interfere na produção e liberação da
molécula de glicose pelo fígado, diminui a intensidade da entrada de glicose pelo
intestino e aumenta a sensibilidade celular pelo hormônio, isso mais evidente no
músculo.
Na Figura 6, podemos observar a ação intracelular desse medicamento e
como ele controla a glicemia no organismo de pessoas com diabetes tipo 2.
Créditos: Ellepigrafica/Shutterstock.
10
Dessa maneira, este medicamento auxilia no tratamento e melhora na
qualidade de vida dos indivíduos doentes. Mas não podemos esquecer que
pessoas com essa doença precisam fazer atividade física regularmente, melhorar
a alimentação e, se forem obesos, perder peso o mais rápido possível.
Na Figura 7, podemos observar a relação metabólica da diabetes mellitus
tipo 2 e todo o metabolismo dos tecidos do corpo.
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TEMA 5 – OBESIDADE
12
além de regular a função neuroendócrina e o metabolismo da glicose e de
gorduras.
Ela reduz o apetite no indivíduo com base na inibição da formação de
neuropeptídeo Y, e também do aumento da expressão de neuropeptídeos
anorexígenos (hormônio estimulante de a-melanócito – a-MSH – e hormônio
liberador de corticotropina – CRH).
Na Figura 8 podemos observar todas as funções metabólicas
desenvolvidas pela leptina. Em relação à obesidade, ainda precisamos estudar
muito essa molécula, pois que se sabe é que em pacientes com aumento de
gordura essa molécula não funciona de maneira adequada. E, portanto, não faz a
redução do apetite como deveria.
Créditos: Designua/Shutterstock.
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Além do problema das adipocinas, precisa pensar na obesidade como um
todo. Portanto, mesmo com disfunções teciduais, a principal característica da
obesidade está no fato da pessoa ingerir mais alimento do que deveria.
A obesidade geralmente leva à resistência à insulina, e está relacionada
com a quantidade de gordura corporal; por exemplo, quanto mais gordura, maior
a resistência. E essa resistência pode estar relacionada com adipocinas
conhecidas como TNF-alfa e resistina. Essas moléculas têm atividade contrária à
da insulina.
O TNF-alfa atua negativamente na lipase lipoprotéica, que tem função de
hidrolisar os triglicerídeos das lipoproteínas no tecido adiposo. Isso leva a crer que
possui um efeito local, regulando o tamanho da célula de adipócito. Portanto, o
TNF- α, além de diminuir a ação dessa lipase, também reduz o transporte de
glicose pelo transportador GLUT-4 (inibição da via da lipogênese). Por essa razão
que a maioria dos obesos possuem diabetes tipo 2.
Na Figura 9 vemos os hormônios que participam dos estados da fome e
alimentado.
Créditos: Vectormine/Shutterstock.
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A obesidade é uma patologia muito comentada, principalmente quando se
fala em hábitos alimentares, mas podemos estabelecer uma relação muito forte
com a parte endógena, a regulação hormonal e o acúmulo de gordura pelo
metabolismo corpóreo.
A alimentação, o estresse e o sedentarismo podem afetar e predispor mais
o aparecimento da obesidade, mas a regulação endógena nunca pode ser
deixada de lado. Cada vez mais, fica clara a necessidade de uma mudança nos
hábitos de vida, incluindo uma alimentação saudável e uma diminuição do
estresse, para que as desregulações hormonais não ocorram.
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REFERÊNCIAS
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