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INTERCORRÊNCIAS EM
ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
Cada dia mais o reflexo da imagem no espelho faz com que as pessoas
busquem a perfeição, simetrias faciais, padrões de beleza corporais impostos
por uma sociedade que vive com ilusões do que é ser uma pessoa perfeita. As
redes sociais têm uma grande responsabilidade quando o assunto é padrão de
beleza, visto que as pessoas que utilizam essas plataformas postam apenas
fotos “perfeitas”, com definição corporal e facial, e realizam alterações nas
imagens para que fiquem de acordo com esses padrões, levando a uma
indistinção do que é real ou ilusão. Dessa forma, cada vez mais as pessoas estão
buscando procedimentos estéticos para se aproximar de um padrão que, em sua
maioria, não existe.
Crédito: Master1305/Shutterstock
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Figura 2 – Autoestima
Crédito: Iren_Geo/Shutterstock.
TEMA 1 – INTERCORRÊNCIAS
• Materiais incompatíveis;
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quer dizer que é um problema ou um erro, mas apenas um resultado que
não estava previsto e pode ser facilmente revertido.
Crédito: Tugol/Shutterstock
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• Volumizações em demasia após preenchimento – essa é uma das
intercorrências mais comuns, pois, muitas vezes, o paciente chega ao
consultório profissional com queixas, e os preenchedores são as melhores
opções de tratamento, porém, a mudança na fisionomia pode promover
uma alteração de identidade, fazendo com que o paciente não se
reconheça mais frente à sua própria imagem refletida. Em nenhum
momento pode ser identificado como um erro, pois trata-se apenas de
uma mudança de formas que não agrada aos olhos do paciente e não
deixa de ser uma intercorrência.
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responsabilidades do profissional conduzir da melhor forma possível o paciente
para que ocorra a regressão de tais efeitos.
Dependendo do caso, a regressão pode iniciar dentro das primeiras horas
após a realização do procedimento, porém pode perdurar por dias. Até a
regressão total, o paciente deve ter calma e seguir de forma correta todas as
orientações passadas pelo profissional, este que deve apresentar-se firme e
seguro para a resolução de qualquer efeito que possa ocorrer.
• hematoma/equimose;
• prurido;
• cefaleia.
Figura 4 – Hematoma
Crédito: Elenfantasia/Shutterstock
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TEMA 3 – COMPLICAÇÕES
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Quadro 1 – Complicações
ID PQ LT FS TBA PC BM
Assimetrias - - - ++ +++ ++ +
Infecção + + + + + + +
Queimaduras - + ++ - - - -
Ptoses + - - - +++ - -
Diplopia - - - + - -
Parestesias + - - + + + +
lesões vasculares - - - - - ++ -
Necrose - - - - - + -
Nódulos e granulomas + - - + - + +
Efeito Tyndall - - - + - + -
Irregularidades - - - + + + +
Legenda:
ID – Intradermoterapia BM – bioestimuladores
PQ – Peeling químico
- Nenhum risco
LT – Laserterapia
+ Risco baixo
FS – Fios de sustentação
++ Risco intermediário
TBA – Toxina botulínica A
+++ Risco alto
PC – Preenchimento
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ocorra o descumprimento dessa regra, será desencadeado um dever jurídico,
o que é denominado responsabilidade, ou seja, a responsabilidade civil aparece
quando ocorre o descumprimento obrigacional.
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Figura 6 – Código civil
Crédito: Zerbor/Shutterstock
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É certo que tudo precisa ser avaliado para realmente saber se o erro
foi decorrente de uma falha profissional ou se o paciente não seguiu as
orientações do profissional, acarretando uma complicação. Todo profissional
que trabalha diretamente com a vida deve contratar um seguro de
responsabilidade civil, pois, assim, existe uma segurança financeira caso seja
necessário.
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Figura 7 – Profissional
Crédito: riopatuca/Shutterstock
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REFERÊNCIAS
BITTAR, C. A. Reparação civil por danos morais. 4. ed. São Paulo: Saraiva,
2015.
BORGES, G. Erro Médico nas Cirurgias Plásticas. São Paulo: Atlas, 2014.
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MELO, N. D. Responsabilidade Civil por Erro Médico: Doutrina e
Jurisprudência. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
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AULA 2
INTERCORRÊNCIAS EM
ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
Figura 1 – Intercorrências
Créditos: Nevodka/Shutterstock.
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O procedimento estético muitas vezes é requisitado por parte do paciente
como uma alternativa de tratamento facial ou corporal menos agressiva e mais
segura. Porém, esse tipo de procedimento pode causar reações indesejadas e
complicações, parte das vezes por reação do próprio organismo, e outras vezes
por má qualificação profissional.
A classificação das lesões elementares ocorre por meio de alterações de
processos, que podem ser:
• degenerativos;
• metabólicos;
• circulatórios; e
• inflamatórios.
• edema;
• hematoma;
• inflamação;
• hipersensibilidade; e
• hiperpigmentação pós-inflamatória.
TEMA 1 – EDEMA
O líquido extracelular pode ser dividido em dois tipos, tendo como função
manter um equilíbrio constante no volume, sendo:
• intravascular; e
• intersticial.
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desequilíbrio entre pressão hidrostática e pressão osmótica, sendo então
caracterizado como uma retenção de sódio e água.
Figura 2 – Edema
Créditos: VectorMine/Shutterstock.
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Figura 3 – Comparação organismo normal e com edema
Créditos: yomogi1/Shutterstock.
Créditos: sruilk/Shutterstock.
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48 horas, se o edema persistir, é necessária uma atenção especial, pois existe
o risco de ser o início de um processo infeccioso. Assim como existe a
possibilidade de o edema surgir após dias da realização do procedimento, sendo
estabelecido como edema tardio.
É importante salientar que em alguns procedimentos estéticos o
profissional tem como objetivo estimular um processo inflamatório, isso ocorre,
por exemplo, nas técnicas para estimulação de colágeno. Dessa forma, a
presença do edema é normal e esperada.
1.1 Tratamento
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TEMA 2 – HEMATOMA
Figura 5 – Equimose
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equimose. Em alguns casos não ocorre regressão espontânea do hematoma,
sendo necessário intervenções mais agressivas para reverter o quadro.
Figura 6 – Hematoma
2.1 Tratamento
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responsabilidade de “limpar” a região. Porém, pode ser indicado pomadas que
auxiliam na regressão do quadro clínico – medicamentos contendo vitamina K,
heparina sódica, polissulfato de mucopolissacarídeo, arnica.
Quando o caso é mais grave, às vezes é necessária uma intervenção mais
invasiva. No caso de alguns hematomas, a remoção é realizada por meio de uma
cirurgia ou punções com seringa e agulha para esvaziar a região.
TEMA 3 – PRURIDO
Figura 7 – Prurido
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• Crônica – é a coceira que é persistente e a duração ultrapassa seis
semanas. Pode ser agravada se o paciente não controlar o ato de coçar,
nesses casos é necessário tratamentos para regressão.
• Localizada – como o próprio nome diz, é em uma região delimitada do
tecido cutâneo.
• Generalizada – acomete todo o tecido cutâneo.
3.1 Tratamento
• anti-histamínicos;
• corticoides; e
• anestésicos.
TEMA 4 – HERPES
O vírus do herpes pode ser ativado por vários fatores que de alguma forma
promovem uma mudança no sistema imunológico. Agressões durante alguns
procedimentos estéticos podem ser a causa da ativação, por exemplo,
laserterapia, preenchimentos, peelings químicos, entre outros. O herpes pode
ser desencadeado por dois vírus, o mais comum é o vírus herpes simples do tipo
1 - HSV-1.
Durante a manifestação clínica é possível dividir o herpes em três estágios
– prodrômico, clínico ativo e reparatório.
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• Estágio clínico ativo – ocorre após o estágio prodrômico, com o
aparecimento de pústulas e bolhas contendo no seu interior líquido citrino,
ou seja, o exsudato inflamatório. Nesse estágio, o desconforto existe,
podendo ser dor e prurido, podendo durar de dois até sete dias.
Figura 8 – Herpes
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Figura 9 – Estágio de reparação
Créditos: Cherries/Shutterstock.
4.1 Tratamento
TEMA 5 – DISCROMIAS
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Figura 10 – Hiperpigmentação pós-inflamatória
Créditos: Lado/Shutterstock.
5.1 Tratamento
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AULA 3
INTERCORRÊNCIAS EM
ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
TEMA 1 – FIBROSE
Figura 1 – Fios
Crédito: Bankkangshutter/Shutterstock.
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É importante salientar que as fibras de colágeno, no caso da fibrose, são
produzidas de forma desordenada, com ondulações e aderências teciduais, sendo
possível visualizar “repuxamentos” no tecido cutâneo do paciente.
A fibrose pode ser leve, moderada ou severa, a depender da agressão
causada na região. Na maior parte dos casos, a formação da fibrose está ligada
à existência de alterações na cicatrização, com desregulação entre o processo
proliferativo e o processo de apoptose celular. Por esse motivo, procedimentos
para a reversão de fibrose devem ser feitos o mais precocemente possível, com
vistas à obtenção de excelentes resultados.
1.1 Tratamento
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térmico e o mecânico. O efeito térmico é gerado pelo atrito celular, com
liberação de calor. Com isso, o metabolismo celular é estimulado,
favorecendo a circulação sanguínea. No efeito mecânico, ocorre
micromassagem celular, com melhora da permeabilidade cutânea, o que
favorece a absorção de ativos. Esse processo é chamado de fonoforese. A
associação dos dois efeitos leva à redução das aderências cicatriciais.
• Radiofrequência: consiste na emissão de correntes elétricas capazes de
alcançar tecidos mais profundos, causando fricção e formando um campo
eletromagnético que gera calor. É classificada como radiação não
ionizante, ou seja, não provoca danos à saúde humana, como câncer,
esterilidade, entre outros problemas que as radiações ionizantes podem
provocar. A técnica consiste em deixar o tecido cicatricial mais maleável,
com temperatura ideal entre 36 e 38 graus. É importante frisar que essa
mesma técnica, quando utilizada em temperaturas mais altas, pode piorar
o quadro clínico da fibrose, pois aumenta a síntese de fibras de colágeno,
piorando a aderência.
• Taping: esta técnica é utilizada na prevenção da fibrose, mas também pode
auxiliar em sua regressão. O procedimento se caracteriza por
descompressão tecidual, que auxilia na drenagem dos fluidos, melhorando
assim a mobilização do tecido cicatricial.
Figura 2 – Taping
Crédito: Gorlov-KV/Shutterstock.
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TEMA 2 – INFECÇÃO
• enrijecimento
• prurido
• eritema
• edema
• dor
Figura 3 – Prurido
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Crédito: Kateryna Kon/Shutterstock.
2.1 Biofilme
Figura 5 – Biofilme
Crédito: Art-UR/Shutterstock.
2.2 Tratamento
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Figura 7 – Necrose
Crédito: SGM/Shutterstock.
Figura 8 – Livedo
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• Dormência: a falta de sensibilidade na região é um dos sinais que o
profissional deve observar;
• Erupções: formação de bolhas, geralmente após 24 horas da
intercorrência;
• Necrose: último estágio da isquemia, pode ocorrer 48 horas ou semanas
depois.
Crédito: Designua/Shutterstock.
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A incidência da anafilaxia é de aproximadamente 20/100.000 habitantes
anualmente.
A intensidade da reação anafilática pode ser leve, moderada ou grave. Sua
evolução é considerada rápida, pois em cerca de 5 a 30 minutos já atinge o pico
da reação. Por esse motivo, alguns sinais devem ser observados por parte do
profissional.
Tais sinais podem ser desencadeados em várias regiões e sistemas do
organismo, como oral, cutâneo, cardiovascular, respiratório, ocular e
gastrointestinal.
Crédito: Designua/Shutterstock.
o prurido em mucosas
o edema de língua
o edema de lábios
• Cutâneo:
o eritema
o prurido
o urticária
o erupções bolhosas
• Respiratório:
• Cardiovascular:
o arritmia
o dor torácica
o choque hipovolêmico
• Ocular:
o edema periorbital
o eritema
o lacrimejamento
• Gastrointestinal:
o dores abdominais
o aumento nos movimentos peristálticos, sendo necessário uma
evacuação urgente
o náuseas
o vômito
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Figura 11 – Edema e eritema ocular
Figura 12 – Tratamento
Crédito: Kasimasimik/Shutterstock.
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TEMA 5 – ERROS DE PLANEJAMENTO
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AULA 4
INTERCORRÊNCIAS EM
ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
1.1 Protocolo
TEMA 2 – ELETROTERAPIA
2.1 Ultrassom
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As ondas ultrassônicas são emitidas por meio de um cabeçote, que possui
um transdutor capaz de se deformar quando existir um campo elétrico, ou seja,
pode transformar energia elétrica em vibrações mediante a compressão e
expansão da matéria, originando assim tais ondas. Esse efeito é denominado
piezoeletricidade.
Crédito: elenavolf/Shutterstock.
2.2 Radiofrequência
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radiação não ionizante, ou seja, não provoca danos à saúde humana, como
câncer, esterilidade e outros problemas que as radiações ionizantes acarretar.
Para aplicação da radiofrequência, o equipamento precisa ser programado
com a frequência desejada, intensidade e tempo de sessão. Recomenda-se que,
para regiões superficiais, a frequência seja de 2,4 MHz, se possível, e a
intensidade, no início da sessão, pode ser em 100%.
Um meio de contato é necessário para o deslizamento da manopla, e nesse
caso se utiliza glicerina ou gel glicerinado. A região deve ser dividida em
quadrantes de aproximadamente 15 cm2 cada um. Para fibrose e cicatrizes, a
temperatura deve chegar a 37 ºC e ser mantida durante cinco minutos em cada
quadrante. Assim que a temperatura for atingida, a intensidade pode ser
diminuída, apenas para manter o calor necessário. Nas regiões mais profundas,
as recomendações são as mesmas, entretanto deve se ajustar a frequência para
1,2/1,5 MHz, se possível.
A manopla precisa ser mantida sempre em movimento e nunca parada,
pois a energia se acumula e pode causar queimaduras. Os movimentos podem
ser circulares, vaivém ou ascendentes, o importante é que eles ocorram.
A temperatura deve ser constantemente aferida durante a aplicação por
meio de um termômetro infravermelho, evitando assim o superaquecimento da
região. O tempo de sessão depende do tamanho da região, mas geralmente varia
entre 20 e 40 minutos.
2.3 Correntes
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O equipamento é composto por canais em que ocorre a ligação dos
eletrodos à pele do paciente. Entre a pele e o eletrodo, é obrigatório o uso de gel
como meio de contato.
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antipiréticos, já que a dor e o aumento da temperatura fazem parte dos sinais
presentes nesse quadro.
Os anti-inflamatórios são divididos em dois grupos:
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3.1 Anti-inflamatórios não esteroidais
• meloxicam;
• nimesulida;
• cetoprofeno;
• diclofenac;
• piroxicam.
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Betametasona Ação longa 24 a 72 horas
3.3 Antialérgicos
• boca seca;
• tontura;
• pupila dilatada;
• visão turva;
• taquicardia;
• intestino preso;
• confusão mental.
• difenidramina;
• tripelenamina;
• clorfeniramina;
• prometazina.
• loratadina;
• cetirizina;
• epinastina;
• desloratadina;
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• levocetirizina;
• rupatadina.
TEMA 4 – ANTIBIÓTICOS
Figura 3 − Penicilina
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Crédito: volha_a/Shutterstock.
4.1 Classificação
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• Macrolídeos – nesse grupo pode ser encontrado um dos ativos mais
seguros, a eritromicina; diferentemente dos aminoglicosídeos, os
macrolídeos são bacteriostáticos, ou seja, impedem o crescimento
bacteriano. O mecanismo de ação ocorre mediante a ligação do ativo na
subunidade 23S do RNA dos ribossomos, inibindo a síntese das proteínas
bacterianas.
• Cloranfenicol – com ligação da subunidade 30S dos ribossomos e bloqueio
da peptidil transferase, apresenta ação similar à dos ativos inseridos no
grupo dos macrolídeos. Dessa forma, a associação entre os dois grupos se
torna contraindicada.
• Lincosamidas – está presente nesse grupo o antibiótico com maior eficácia
de absorção por via oral, a clindamicna, porém pode ser utilizado também
pela via tópica. O mecanismo de ação é similar à do grupo dos macrolídeos,
com inibição da subunidade 23S do RNA ribossomal.
• Glicopeptídeos – o primeiro ativo a ser incorporado nesse grupo foi a
vancomicina, sendo administrado com maior eficácia por via intravenosa,
com exceção de infecções intestinais, que pode ser realizada por via oral.
A ação é enzimática, em que a transpeptidação é inibida, ou seja, a síntese
da parede celular não ocorre.
• Rifamicinas – utilizada para tratamentos da tuberculose, sua ação acontece
pela inibição da RNA polimerase, e assim o processo de transcrição
bacteriana não é realizado.
4.2 Posologia
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Quadro 3 − Posologia
TEMA 5 – DESPIGMENTANTES
• ácido retinoico;
• ácido tranexâmico;
• ácido ascórbico;
• alfa – arbutin;
• TGP2;
• Lumiskin®.
• Oli-ola®;
• Bio-blanc®;
• Pomegranate;
• Pinus pinaster;
• Polipodium leucotomus;
• Glisodin®;
• Vitamina C;
• Vitamina E;
• Luteína;
• Santé beauté®.
5.1 Sugestões
Quadro 4 – Orais
Pinus Pinaster.................................... 50 mg
Glisodin.............................................. 200 mg
Luteína............................................... 20 mg
Oli-olá ............................................... 300 mg
Polypodium Leucotomus................... 240 mg
Quadro 5 – Tópicos
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Luminescence .................................... 3%
Lumiskin ............................................. 4%
Ácido tranexâmico .............................. 8%
TGP2 .................................................. 3%
Base second skin qsp ........................ 30 g
Luminescence ..................................... 3%
Alfa – arbutin ....................................... 2%
Ácido retinoico................................ 0.025%
Ácido tranexâmico ............................... 8%
TGP2 ................................................... 3%
Base omega gold qsp ......................... 30 g
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REFERÊNCIAS
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NELSON, M. R.; HAYES, W. K.; CURRIER, P. D. Eletroterapia clínica. 3. ed.
São Paulo: Manole, 2003.
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AULA 5
INTERCORRÊNCIAS EM
ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
Figura 1 – Rejuvenescimento
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TEMA 1 – TOXINA BOTULÍNICA A
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Figura 3 – Botox
Créditos: Tanyalovus/Shutterstock.
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A toxina botulínica é composta por duas cadeias, uma pesada (HC) e uma
leve (LC), a união entre as duas é feita por pontes dissulfídicas.
1.1 Toxicidade
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TEMA 2 – MECANISMO DE AÇÃO
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Figura 5 – Esquema mecanismo de ação
axônio axônio
acetilcolina toxina
botulínico
receptores
receptores nicotínico menos
nicotínico acetilcolina
musculo liberada
musculo
Créditos: Joshya/Shutterstock.
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TEMA 3 – APLICAÇÃO
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TEMA 4 – RECOMENDAÇÕES PÓS-APLICAÇÃO
TEMA 5 – INTERCORRÊNCIAS
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ocorre pelo volume de líquido injetado nos pontos de aplicação, sendo que,
uma reação transitória pode durar de algumas horas até, no máximo, dois
dias. se necessário para acelerar a estabilização pode ser realizada
compressas geladas nas primeiras 24 horas;
• Equimoses e hematomas – por ser um procedimento que faz utilização de
agulhas, existe o risco de perfuração de um vaso existe, causando os
hematomas. Caso ocorra um rompimento, pressionar a região por alguns
instantes para que não ocorra um extravasamento do sangue e, em casa,
utilizar pomadas que acelerem o processo de regeneração da região, como
a arnica em gel, pomadas com polissulfato de mucopolissacarídeo e
também com heparina. Administrar topicamente de 2 a 3 vezes no dia até
regressão total da reação.
• Cefaleia – é uma reação menos observada, mas que pode ocorrer após a
aplicação de Toxina Botulínica A. Sua etiologia ainda é desconhecida, mas
alguns estudos a relacionam com o trauma sofrido pelas agulhas, podendo
durar de uma a quatro semanas após a aplicação, sua regressão é
espontânea, porém se necessário é recomendado administrar analgésicos
para promover um conforto diário ao paciente;
• Elevação excessiva da sobrancelha – essa reação pode ocorrer devido
uma paralisação apenas na região central do músculo frontal, elevando as
extremidades compensatoriamente, promovendo uma aparência inestética.
Para a correção, o profissional deverá aplicar a toxina novamente em um
ponto estratégico, o local do ponto é acima de cada sobrancelha para que
o músculo relaxe e desça, ficando com aspecto harmônico.
• Assimetrias faciais – As assimetrias faciais são decorrentes de marcações
e aplicações realizadas de maneira errada por parte do profissional ou
também pelo descumprimento das recomendações básicas por parte do
paciente.
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Figura 6 – Assimetrias
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Figura 7 – Ptose palpebral
Créditos: Nakaridore/Shutterstock.
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REFERÊNCIAS
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AULA 6
INTERCORRÊNCIAS EM
ESTÉTICA FACIAL E CORPORAL
Preenchimento
Figura 1 – Rejuvenescimento
Créditos: Tanyalovus/Shutterstock.
TEMA 1 – PREENCHIMENTOS
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absorvíveis, o mais utilizado nas clínicas de estética é uma substância
biocompatível e biodegradável, chamada de ácido hialurônico (AH).
A técnica de preenchimento só fica atrás da aplicação de toxina
botulínica quando se trata de rejuvenescimento facial, e a escolha do ácido
hialurônico como ativo preenchedor torna a técnica mais segura, já que é um
produto produzido naturalmente pelo organismo humano, presente
principalmente na pele com função de reter água, conferindo hidratação e
volume na região onde a aplicação é realizada.
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Figura 3 – Preenchimento labial
Créditos: Millaf/Shutterstock.
Com base nessas características, seu uso tem crescido de forma muito
significativa, porém, juntamente com o aumento do procedimento, o risco de
complicações também se torna maior, principalmente quando realizado por
profissionais desqualificados e inexperientes.
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Figura 5 – Expansão do preenchimento
2.1 Composição
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estrutura semelhante em todas as espécies vivas e dispensando, portanto,
testes prévios de alergia.
Encontrado em vários produtos, o AH pode ser ministrado por via oral,
tópica ou injetável. Esse glicosaminoglicano tem alta higroscopia e viscosidade,
funcionando muito bem como lubrificante nos fluidos sinoviais. Confere
consistência gelatinosa ao humor vítreo e é um importante componente da
matriz dérmica extracelular.
Ele influi tanto no volume dérmico nas suas propriedades quanto na
capacidade de suportar pressões externas, além de influenciar na proliferação,
diferenciação, reparação tecidual e morfogênese celular.
Sabe-se que o ácido hialurônico sofre degeneração isovolêmica com
dois mecanismos principais de reabsorção: via corrente sanguínea e linfáticos
locais.
Quando utilizado em cadeia linear, tem como função apenas a
hidratação, permanecendo no organismo por 48 horas. Após esse tempo, a
degradação ocorre.
TEMA 3 – RETICULAÇÃO
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Tabela 1 – Tamanho das partículas
• Butanodiol-diglicidil-éter (BDDE);
• Dimetilformaldeído;
• Adivinilsulfona (DVS).
• Não massagear a região preenchida com força, pois nos primeiros dias
existe a possibilidade de deslocamento do produto da área que foi
preenchida;
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• Evitar consumo de bebida alcoólica nas primeiras 24 horas;
• Realizar compressas geladas, se necessário;
• Para preenchimentos labiais – evitar atritos nos lábios nas primeiras 24
horas;
• Para preenchimentos no nariz – manter o curativo por cinco dias.
TEMA 5 – INTERCORRÊNCIAS
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chamada de hialuronidase, ela tem como objetivo realizar a degradação
do ácido hialurônico. Em aproximadamente 72 horas os nódulos serão
degradados;
• Nódulos – são observados como uma complicação derivada de
preenchedores, que podem ser o ácido hialurônico, a hidroxiapatita de
cálcio e o ácido polilático. Nódulos podem ocorrer quando a distribuição
do produto não é realizada corretamente, quando o plano de aplicação é
muito superficial, ou ainda quando as massagens não são realizadas
como recomendado pelo profissional. Esses nódulos podem ser não
inflamatórios ou inflamatórios, e podem ser observados vários meses
depois.
Figura 6 – Nódulos
Créditos: L Julia/Shutterstock.
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inchaço e sensibilidade, a diferença é a presença de um infiltrado inflamatório
na região. Precisam ser tratados empiricamente como infecção, sendo assim,
para reversão do quadro, o uso de antibiótico se faz necessário, sendo
indicada tetraciclina 500 mg, de 12 em 12 horas, e aplicação de corticoide no
local para atrofia do granuloma.
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caso de cicatrizes anteriores que estabilizam e fixam as artérias no
lugar, tornando-as mais fáceis de serem penetradas com agulhas.
12
oral (no primeiro dia, tomar um comprimido de 20 mg e manter por mais
sete dias de 12 em 12 horas).
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Figura 8 – Ozonioterapia
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REFERÊNCIAS
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