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Universidade do Grande Rio Professor José de Sousa Herdy

RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO
LISO OU AGRANULAR

Enfermagem – 1º Período
Barra da Tijuca – Manhã

- Componentes -
Ana Carolina Leite Castello Branco Maia
Karlen Louise Hallais Rodrigues
Patrícia Rita Gonçalves Faitão
Rayane dos Santos Brito Rio de Janeiro
Viviane Amália Justino 2010
CARACTERÍSTICAS GERAIS

O Retículo endoplasmático liso...

- É uma organela celular;


- Presente em todas as células eucarióticas;
- Maior organela da célula eucariótica;
- Pertence ao Sistema de Endomembranas;
- Pertence a uma rede de distribuições;
HISTÓRICO

- Microscópio Óptico
Só era possível observar estruturas filamentosas e homogêneas, nas células glandulares do
pâncreas e da parótida, que denominaram Ergatoplasma;

- Métodos Histoquímicos
Permitiram reconhecer a presença de ribonucleoproteínas;

- Microscópio Eletrônico
Porter descreve o Retículo Endoplasmático, identificando ribossomos aderidos em sua estrutura;
Trabalhos posteriores identificaram uma variação de RE, mais sem a presença de ribossomos,
a qual deram o nome de Retículo Endoplasmático Liso;

Imagem da Célula através Imagem da Célula através


do Microscópio Óptico do Microscópio Eletrônico
CURIOSIDADE

Um grupo de cientistas brasileiros e americanos identificaram uma nova variação de Retículo


Endoplasmático, que por ter sido encontrado no núcleo, recebeu o nome de Retículo Nucleo-
plasmático (RN).
Após estudarem o núcleo de uma célula viva, com um microscópio dois fótons, puderam iden-
tificar o novo retículo, antes considerado como resíduo utilizado na preparação da célula.
Já se sabe que o Retículo Nucleoplasmático compartilha a função de armazenamento e libe-
ração de íons cálcio dentro da célula, com o RER.
A partir dessa descoberta, deverão ser feitas novas pesquisas para identificar se a organela
nuclear está presente em todos os tipos de células
MORFOLOGIA

Sistema labiríntico de túbulos irregulares, ramificados e anastomosados, onde o seu grau de


desenvolvimento varia, podendo superar o tamanho do RER.
PRINCIPAIS FUNÇÕES

1. Síntese de Lipídios
Grande parte das enzimas responsáveis pela biossíntese de fosfolipídios da membrana (biogê-
nese), e dos triglicerídeos estão circunscritas ao REL.

2. Síntese de Esteróides
O REL é a organela mais proeminente em grande parte das células glândulares endócrinas
esteroidogênicas, onde em geral se completa a via biossintética dos androgênios, estrogênios,
progesterona ou corticóides supra-renais, de acordo com o órgão considerado.

3. Transformações de Substâncias Químicas


(Detoxificação ou “Desintoxicação”)
Transformação de moléculas ou substâncias químicas (medicamentos/drogas) lipossolúveis
em compostos altamente hidrossolúveis, passíveis de serem eliminados rapidamente do orga-
nismo por diversas vias, principalmente pela urina.
Em alguns casos, a molécula oxidada pode ser mais perigosa que a original, por isso, apesar
de na maioria dos casos o termo “desintoxicação” poder ser aplicado a essa função do REL,
é mais conveniente chamar de transformação de substâncias químicas.
Ex. Em carne muito assada em brasa, existe uma substância relativamente inofensiva,
embora, depois de sua transformação no fígado, converta-se em 5,6-epóxido, um pode-
roso cancerígeno.
PRINCIPAIS FUNÇÕES

4. Mobilização de Glicose
Diante da necessidade de glicose no organismo (entre refeições/atividade física), moléculas
de glicogênio são mobilizados para a corrente sanguíneo em três etapas:
- Glicogenólise (Quebra)
- Desfosforilação (Desligamento)
- Difusão facilitada (Passagem)

5. Armazenamento e Liberação de Cálcio


O cálcio é armazenado em vesículas (Calciossomos), que são considerados componentes do
REL e integrantes do chamado compartimento sequestrador de cálcio.
Seu grau máximo de desenvolvimento é encontrado no músculo estriado, como nome de re-
tículo sarcoplasmático, onde o cálcio é fundamental para a contração muscular.

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PATOLOGIAS RELACIONADAS

1. Icterícia
É o amarelamento da pele, muito comum em recém-nascidos, causado
pelo subdesenvolvimento do REL nos Hepatócitos, o que impede o bom
funcionamento do processamento da bilirrubina, podendo ser tratada com
a exposição à luz azul de lâmpadas fluorescentes, pois esta transforma a
Bilirrubina, permitindo a sua eliminação pelos rins.

2. Diabetes
Subdesenvolvimento ou mutações no REL das células secretoras
de Insulina, hormônio que auxilia na absorção da glicose e controla
a quantidade de açúcar no organismo.

3. Hipertrofia Subcelular
Aumento do REL após a administração de barbitúricos, esteróides, hidrocarbonetos, expli-
cando a tolerância progressiva a estas substancias.
PATOLOGIAS RELACIONADAS
4. Stress do REL
O stress no RE tem vindo a ser relacionado com várias doenças, entre as quais a diabetes,
as doenças neurodegenerativas, tais como, a isquemia, a doença de Alzeimer, a doença de
Parkis, entre outras.

5. Tolerância ao Álcool
O álcool, ou mesmo certas drogas, como os sedativos, quando consumidos em excesso ou
com freqüência, induzem a proliferação do REL e de suas enzimas. Isso aumenta a tolerân-
cia do organismo à droga, o que significa que doses cada vez mais altas são necessárias para
que ela possa fazer efeito. Esse aumento de tolerância a uma substância pode trazer como
conseqüência o aumento da tolerância a outras substâncias úteis ao organismo, como é o caso
de antibióticos. Esse é um alerta importante para que possamos entender parte dos problemas
decorrentes da excessiva ingestão de bebidas alcoólicas e do uso de medicamentos sem pres-
crição e controle médico.
REFERÊNCIAS

E.M.F. De Roberts, Jr. "Bases da Biologia Celular e Molecular". Editora Guanabara, 2004.

JUNQUEIRA Luiz C., CARNEIRO José: “Biologia Celular e Molecular”, 8ª Edição,


Ed. Guanabara Koogan, 2004.

USP: “Patologias do Fígado”, São Paulo, dez. 2010. Disponível em:


< http://www.virtual.epm.br/material/tis/curr-bio/trab2004/1ano/figado/pato.htm>.
Acesso em: 10 Setembro 2010.

UFRGS: “Sistema de Endomembranas digital”, São Paulo, Jan. 2008. Disponível em:
< http://www.ufrgs.br/biologiacelularatlas/org2.htm>.
Acesso em: 11 Setembro 2010.

UFMG: “Uma organela no nucleo celular”, Minas Gerais, Ago. 2003 Disponível em:
< http://www.ufmg.br/noticias/no_19052003_organela.shtml>.
Acesso em: 13 Setembro 2010.

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