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Biologia para colorir/ Ilustrações Luciana Akemi Kimura. Rio de Janeiro: Editora
Autografia Edição e Comunicação, 2020.
94 p.; il.
ISBN: 978-65-5531-233-1
1. Biologia. 2. Ensino. 3. Artes l. I. Título. II. Luciana Akemi Kimura.
CDD: 570.7
Ficha Catalográfica elaborada pelo Bibliotecário Ricardo Takashi Kawata CRB 8 74/63
DALTÔNICO(A)
Bloco 1. Biodiversidade:
OS TRÊS DOMÍNIOS
VÍRUS
BACTÉRIAS
PROTOZOÁRIOS
ALGAS UNICELULARES
FUNGOS
INVERTEBRADOS
CORDADOS
CICLO REPRODUTIVO DAS ALGAS VERDES
CICLO REPRODUTIVO DAS BRIÓFITAS
CICLO REPRODUTIVO DAS PTERIDÓFITAS
CICLO REPRODUTIVO DAS GIMNOSPERMAS
CICLO REPRODUTIVO DAS ANGIOSPERMAS
ANGIOSPERMAS: MONOCOTILEDÔNEAS E EUDICOTILEDÔNEAS
FRUTOS E PSEUDOFRUTOS
SUCESSÃO ECOLÓGICA
Bloco 2. Organização e estrutura de células e
macromoléculas:
ORGANOGÊNESE
SISTEMA DIGESTÓRIO
SISTEMA RESPIRATÓRIO
SISTEMA CARDIOVASCULAR
SISTEMA CARDIOVASCULAR: CORAÇÃO, VASOS SANGUÍNEOS E
SANGUE
SISTEMA EXCRETOR
SISTEMA NERVOSO
SISTEMA ENDÓCRINO
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
BLOCO 1: BIODIVERSIDADE
OS TRÊS DOMÍNIOS
Inúmeras formas de classificar os seres vivos foram utilizadas ao
longo da história da humanidade. O homem sempre teve a
necessidade de organização dos seres vivos e uma maneira mais
adequada até o momento foi a utilização de características em
comum.
O naturalista francês Lineu (1707-1788) desenvolveu um sistema
baseado em características em comum e que organizava os seres
vivos em categorias taxonômicas, são elas: REINO – FILO – CLASSE
– ORDEM – FAMÍLIA – GÊNERO – ESPÉCIE. Com o avanço no
conhecimento em Genética e Evolução, uma organização em
DOMÍNIOS se mostrou mais fundamentada. A descoberta de
novas espécies tornou necessário o desenvolvimento dos estudos
filogenéticos, que organizam os seres vivos à partir de relações de
ancestralidade e descendência.
A nomeação e classificação dos seres vivos se modificou com o
desenvolvimento das tecnologias moleculares e a maneira mais
utilizada atualmente é a classificação em Três Domínios, como
sugeriu o microbiologista norte-americano Carl Woose em 1977.
O Domínio é a unidade taxonômica no qual um ser vivo pode ser
encaixado.
Escolha seis cores para representar: as Cianobactérias, as
Bactérias Primitivas, os Protistas, os Fungos, os Animais e os
Vegetais.
VÍRUS
O nome vírus significa “veneno” e foi dado quando descoberto
que causavam doenças em plantas. Não se sabia ao certo o que
seriam os vírus, apenas que eram partículas minúsculas, menores
que as bactérias.
Atualmente sabe-se que os vírus são organismos vivos
acelulares, possuem material genético e uma cápsula proteica,
alguns tipos de vírus apresentam um envelope lipoproteico.
Como os vírus não possuem capacidade de autoduplicar-se
eles dependem de uma célula hospedeira para sua replicação.
Com isso podemos considerar os vírus como parasitas
intracelulares específicos.
Em geral, os vírus tem afinidade por um tipo celular específico,
p. ex., o vírus da hepatite só ataca células do fígado; vírus da
caxumba se instala nas glândulas salivares parótidas, testículos,
ovários e pâncreas; vírus de mamoeiro somente afeta os
mamoeiros. Lembramos que vírus podem parasitar animais,
plantas, algas, protozoários e fungos, ou seja, seres vivos
formados por células.
O material genético viral pode ser o Ácido Desoxirribonucleico
(ADN) ou o Ácido Ribonucleico (ARN) e este é inserido dentro da
célula para que os vírus possam replicar utilizando a “maquinaria”
da célula.
Por essa especificidade podemos entender a necessidade de
recebermos tantas vacinas contra vírus, cada vacina é específica a
uma virose. Viroses são doenças causadas por vírus e elas têm
uma importância significativa na espécie humana.
Os antirretrovirais e interferon são exemplos de medicamentos
utilizados para combater infecções virais, esses medicamentos
reduzem a taxa de replicação dos vírus para que o nosso sistema
imunológico possa finalmente combater a infecção.
BACTÉRIAS
As bactérias foram, muito provavelmente, os primeiros seres vivos
a colonizar a superfície da Terra. Elas estão presentes até hoje em
todos os ambientes, seja ele aquático ou terrestre e têm
importância fundamental no equilíbrio do nosso planeta,
habitando-o por cerca de 3,8 bilhões de anos!
Por se tratarem de células procariotas, têm uma estrutura
celular bem simples formada de parede celular, membrana
plasmática, citoplasma com ribossomos e material genético na
forma de um único cromossomo circular que fica disperso no
citoplasma.
A classificação das bactérias obedece a dois critérios: tipo de
parede (GRAM positiva ou GRAM negativa); e ao formato que a
parede proporciona à célula: cocos se tiver formato de esferas,
bacilo se for parecido com um bastão, vibrião se tiver aspecto de
vírgula, espirilo e espiroqueta quando em formato espiralado.
Algumas podem apresentar estruturas locomotoras como flagelos.
As bactérias são importantes no processo de decomposição,
no ciclo do nitrogênio, na microbiota animal, na produção de
alimentos como queijos e iogurtes por lactobacilos e na produção
de gás oxigênio pelas cianobactérias.
Alguns tipos de bactérias causam doenças. Essa doenças são
combatidas por medicamentos conhecidos como antibióticos,
estes atuam destruindo a parede celular bacteriana ou o
metabolismo bacteriano.
PROTOZOÁRIOS
Os protozoários são eucariontes unicelulares de nutrição
heterotrófica. São exemplos a ameba, o paramécio, o
tripanossoma e a leishmania.
A classificação desses organismos segue a forma de
locomoção, podendo ser: ciliados, caso se locomovam por cílios;
flagelados, quando se locomovem por um ou mais flagelos;
sarcodíneos, se formam pseudópodes para locomoção ou
esporozoários, nesse caso não apresentam estruturas
locomotoras.
Os protozoários estão presentes em ambientes aquáticos e
terrestres, também fazem parte da microbiota de diversos animais.
Alguns protozoários são causadores de doenças, denominadas
protozooses.
ALGAS UNICELULARES
As algas são organismos fotossintetizantes que possuem em
comum o fato de terem a clorofila a. Diferentemente das plantas
que apresentam clorofilas a e b.
São considerados algas unicelulares as cianobactérias –
procariontes – que apresentam o pigmento clorofila depositado
em lamelas citoplasmáticas.
Euglenas, diatomáceas, Noctiluca e Ceratium são exemplos de
algas eucariontes, todas possuem cloroplastos com clorofila. As
algas unicelulares eucariontes possuem coloração variada,
caracterizando a nomenclatura como verdes, pardas, vermelhas ou
douradas. Alguns tipos de algas unicelulares apresentam flagelo
para locomoção e bioluminescência.
As algas unicelulares têm como importância a produção da
maior parte do gás oxigênio da atmosfera e pelo fato de serem
produtoras, compõem a base das teias alimentares aquáticas. As
carapaças de diatomáceas formam um tipo de rocha biogênica – o
diatomito – utilizada em componentes eletrônicos, farmacêuticos,
na agricultura, na construção civil entre outros.
Um fenômeno natural causado pela superpopulação e algas
dinoflageladas faz com que a água contenha uma quantidade
enorme de toxinas, provocando a morte dos seres aquáticos, tal
fenômeno é chamado de maré vermelha e ocorre em estuários ou
nos mares.
FUNGOS
Os fungos são seres eucariontes, podem ser unicelulares ou
pluricelulares, todos apresentam parede celular composta
principalmente de quitina e de celulose. As estruturas
filamentosas de alguns fungos são chamadas hifas. A reprodução
dos fungos pode ser assexuada ou sexuada.
Sua nutrição é heterotrófica por absorção, enzimas são
lançadas no alimento para desmontar as moléculas complexas em
moléculas simples que são absorvidas. Os fungos, juntamente
com as bactérias realizam a decomposição da matéria orgânica,
importante processo para que a reciclagem dos nutrientes ocorra,
devolvendo à água ou ao solo os micronutrientes incorporados
por plantas e algas. São exemplos de fungos os cogumelos,
bolores, leveduras (fermentos biológicos), estão dispersos em
todos os ambientes do nosso planeta.
As micorrizas são associações positivas que ocorrem entre
raízes de plantas e fungos, cerca de 80% das plantas apresentam
essa associação que promove maior interação entre a planta e o
ambiente e também a nutrição dos fungos.
Além da decomposição, os fungos são fontes de alimentos
para os animais, na indústria para produção de vinhos, cervejas,
pães, queijos como o gorgonzola, gouda e brie.
As micoses são doenças causadas por fungos, os
medicamentos antifúngicos são utilizados no combate às mesmas.
INVERTEBRADOS
Os animais estão agrupados dentro do Domínio Eukarya, e sua
diversidade é enorme. Eles são encontrados em todos os
ambientes terrestres e aquáticos tendo importância no equilíbrio
ecológico e participação nos ciclos biogeoquímicos.
Os animais Invertebrados são aqueles que não possuem
vértebras, com exceção dos Protocordados, que são Cordados
que não desenvolveram vértebras.
Diversos são os filos de Invertebrados, cada qual com algumas
características marcantes. São Filos de invertebrados mais
conhecidos:
TIPOS DE CÉLULAS E
ORGANELAS
Com exceção dos vírus, todos os seres vivos são formados por
células. Se forem formados por uma única célula, são unicelulares,
e se forem formados por muitas células, pluricelulares.
As células mais simples – procariontes – apresentam seu
material genético disperso no citoplasma, somente a organela
denominada ribossomo e parede celular externa à membrana
plasmática.
As células mais complexas – eucariontes – apresentam seu
material genético dentro de um compartimento membranoso, o
núcleo, além de diversas organelas. Estas podem ser animais ou
vegetais.
Vamos listar as organelas presentes no citoplasma e sua(s)
função(ões):
ORGANOGÊNESE
Após a formação dos três folhetos embrionários, o embrião
seguirá com seu desenvolvimento com a formação dos órgãos e
sistemas corporais, processo conhecido como organogênese.
Cada folheto embrionário irá se diferenciar em órgãos
específicos em perfeita sincronicidade, como em uma orquestra
onde cada instrumento tem seu momento certo para tocar.
A ectoderme será diferenciada em: epiderme, pelos, unhas,
mucosas, glândulas subcutâneas, glândulas mamárias, glândula
hipófise, esmalte dentário, meninges e sistema nervoso (encéfalo,
medula, gânglios e nervos).
A mesoderme será diferenciada em: ossos, cartilagem, músculo
cardíaco (coração), músculos esquelético, músculos lisos, ovários,
testículos, rins, vasos sanguíneos, vasos linfáticos, baço, córtex
das adrenais e membranas pericárdica, peritoneal e pleural.
A endoderme se diferenciará em: fígado, pâncreas, tireoide,
paratireoide, tonsilas, revestimento epitelial da cavidade do
tímpano, antro timpânico e da tuba auditiva, e revestimento
epitelial dos tratos respiratório, digestório e da bexiga.
Após a formação dos órgãos e sistemas corporais, o organismo
deixa de ser um embrião e passa a ser considerado feto. No ser
humano este processo ocorre por volta da 8ª semana de
gestação, quando ainda temos pouco mais de um centímetro e
meio de comprimento.
SISTEMA DIGESTÓRIO
Antes de falarmos diretamente sobre digestão precisamos
entender o que são os nutrientes. Nosso corpo necessita de
substâncias químicas para executar as suas funções básicas para
permitir o desenvolvimento. Os nutrientes são divididos em
micronutrientes: água, vitaminas e sais minerais, e
macronutrientes: proteínas, lipídeos e carboidratos.
O sistema digestório tem a função de absorver os
micronutrientes e reduzir os macronutrientes em suas menores
partes para que estas possam ser também absorvidas.
A digestão envolve processos mecânicos, como a mastigação,
e químicos, graças à ação de enzimas específicas para cada tipo
de macronutriente. O movimento peristáltico ao longo do tubo
digestório auxilia impulsionando o bolo alimentar e fecal.
O processo de digestão se inicia na cavidade bucal com
mastigação e salivação (onde são encontradas amilase salivar e
lipase lingual), segue pela faringe, esôfago e estômago (que
secreta ácido clorídrico e as enzimas pepsina e lipase gástrica),
transformando o bolo alimentar em quimo. Na sequência está o
intestino delgado, que é subdividido em três partes: duodeno,
jejuno e íleo. No duodeno o quimo recebe o suco biliar
(composto de sais biliares) e suco pancreático (composto de íons
bicarbonato, as enzimas tripsina, quimiotripsina, lipase
pancreática e amilase pancreática) formando o quilo. O quilo
segue recebendo suco entérico no jejuno e íleo, finalizando o
processo de digestão enzimática. Assim, os nutrientes serão
absorvidos e direcionados para corrente sanguínea. O que não foi
digerido nem absorvido recebe o nome de fezes que, no
intestino grosso, passam por reabsorção de água. No reto as
fezes são moldadas para serem então eliminadas pelo ânus. É
importante lembrar que a celulose (fonte de fibras) não passa por
digestão, mas colaboram com o bom movimento intestinal.
Consideremos também a microbiota intestinal, fundamental
para a proteção e manutenção saúde como um todo, como um
componente relevante no funcionamento desse sistema.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Respirar é absorver o oxigênio e liberar o gás carbônico. A
respiração pode ocorrer no ar ou na água, isso varia em cada tipo
de ser vivo. Nos seres terrestres mais complexos temos os
pulmões como órgãos especializados em realizar a troca gasosa
com o sangue.
A entrada de ar se inicia pela cavidade nasal onde é aquecido
e filtrado por pelos. O ar segue pela faringe, glote, laringe (onde
temos as cordas vocais) e chega até a traqueia. A traqueia possui
anéis cartilaginosos que a mantêm sempre aberta e um epitélio
ciliado, mantendo o ar úmido e filtrado. A traqueia se bifurca nos
brônquios que, no pulmão, ramificam-se ainda mais nos
bronquíolos, toda essa ramificação de bronquíolos é chamado de
árvore brônquica. Ao final de cada bronquíolo temos um alvéolo
pulmonar, é nele que ocorre a hematose, por difusão simples: o
gás carbônico do sangue entra no alvéolo e o gás oxigênio do
alvéolo segue para o sangue.
Depois que o gás oxigênio é absorvido pelas hemácias do
sangue, o sistema cardiovascular irá distribui-lo para todas as
células do corpo e recolher delas o gás carbônico resultante da
respiração celular. O sangue sempre retorna aos pulmões para
que a hematose ocorra.
Os movimentos respiratórios são chamados inspiração e
expiração e em ambos ocorre a participação dos músculos
intercostais e do músculo diafragma. O ar é inspirado depois que
a contração desses músculos ocorra, o que gera aumento do
volume da cavidade torácica, baixa na pressão interna sugando o
ar para os pulmões. Na expiração, o relaxamento desses músculos
diminui o volume da caixa torácica, gerando aumento da pressão
interna empurrando o ar para fora.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
O coração, sangue e vasos sanguíneos formam o sistema
cardiovascular. Esse conjunto tem como função bombear o
sangue para que os nutrientes, hormônios e o oxigênio cheguem
até todas as partes do corpo e também para que as excretas
sejam recolhidas e direcionadas para os órgãos excretores como
pulmões e rins.
O sistema cardiovascular tem como sua bomba impulsionadora
o coração, um músculo muito potente.
A pequena circulação ocorre entre o coração e os pulmões,
tem a função de garantir as trocas gasosas para a respiração. A
grande circulação ocorre entre o coração e os demais órgãos do
corpo e nesta, o trajeto percorrido pelo sangue é bem maior.
Veias são vasos que trazem sangue ao coração, onde a pressão
é mais baixa e a presença de válvulas auxilia no retorno
sanguíneo.
Artérias são vasos de maior espessura, pois neles a pressão é
maior e sua função é de levar sangue do coração até todas as
partes do corpo.
Os capilares são vasos extremamente finos que entram nos
tecidos banhando as células com plasma e recolhendo parte
deste. O plasma que não é recolhido pelos capilares é drenado
pelos vasos linfáticos.
O sangue é um tecido líquido composto de aproximadamente
55% de plasma; 44% de hemácias; 0,8% de leucócitos e 0,2% de
plaquetas no ser humano.
SISTEMA CARDIOVASCULAR:
CORAÇÃO, VASOS
SANGUÍNEOS E SANGUE
O coração possui quatro cavidades, sendo as duas superiores
chamadas de átrios e as duas inferiores chamadas de ventrículos.
O sangue sempre segue do átrio para o ventrículo, passando
pelas válvulas cardíacas. Cada lado do coração, direito e
esquerdo, possui válvulas e vasos específicos.
Do lado esquerdo do coração chegam quatro veias
pulmonares, duas de cada pulmão, trazendo sangue rico em gás
oxigênio (sangue arterial). A veias cavas são duas, a superior
trazendo sangue dos braços e da cabeça e a veia cava inferior
trazendo sangue das pernas e abdômen, ambas veias cavas
carregam sangue rico em gás carbônico (sangue venoso) até o
átrio direito.
Do ventrículo direito sai a artéria pulmonar, mandando sangue
venoso aos pulmões para ser oxigenado. Do ventrículo esquerdo
sai a maior artéria do corpo: a artéria aorta, que leva sangue para
todas as partes do corpo e, por este motivo, a musculatura do
ventrículo esquerdo é um pouco mais espessa que do ventrículo
direito.
As hemácias (ou eritrócitos ou glóbulos vermelhos) possuem
hemoglobina e são células anucleadas responsáveis pelo
transporte de gases aos tecidos (principalmente oxigênio).
Os leucócitos ou glóbulos brancos são divididos em duas
categorias: granulócitos e agranulócitos, devido às substâncias do
citoplasma. Dentre os glóbulos brancos, o monócito é a maior
célula, tem um único núcleo, assim como o linfócito e o basófilo,
que são um pouco menores. O eosinófilo possui núcleo em
formato de ferradura o neutrófilo possui núcleo trilobado. Os
linfócitos tem a função de produzir anticorpos e defender o
organismo contra invasores. As plaquetas são fragmentos de
células e sua função é a de coagulação sanguínea, auxiliando no
processo de cicatrização. Todas as células sanguíneas são
constantemente produzidas pelas células-tronco da medula óssea
vermelha.
SISTEMA EXCRETOR
Excretas são as substâncias químicas resultantes do metabolismo
celular que devem ser eliminadas pelos órgãos excretores. O gás
carbônico é a excreta resultante do processo de respiração celular
e é eliminado pelos pulmões. As excretas nitrogenadas são
resultantes do metabolismo que envolve as proteínas e podem
ser de três tipos: amônia, ureia e ácido úrico. No ser humano, a
ureia é a principal excreta nitrogenada e é eliminada pelos rins.
Possuímos dois rins e eles funcionam como um filtro de
sangue onde as excretas são eliminadas junto com a água. A urina
normal possui água, ureia, um pouco de ácido úrico e amônia,
pigmentos, resíduos de medicamentos e hormônios.
O sangue chega aos rins pela artéria renal e é filtrado por
unidades chamadas de néfrons, cada rim possui um milhão
desses pequenos filtros. O sangue passa pelo glomérulo renal do
néfron onde o plasma é extravasado formando um filtrado, que,
ao ser recolhido e passar ao longo dos túbulos tem as
substâncias reabsorvidas restando ao final a urina. O hormônio
antidiurético ou vasopressina atua no túbulo contorcido distal do
néfron, fazendo com que grande parte da água retorne ao
sangue.
A urina é recolhida pelos ductos coletores e, de gotinha em
gotinha, cai no interior dos rins onde é direcionado para a bexiga
urinária. Quando a bexiga está cheia, eliminados a urina que
passa pela uretra. Uma curiosidade: a bexiga urinária das
mulheres é um pouco menor que a dos homens, isso porque o
espaço da pelve feminina deve ser dividido com o útero. Os
homens possuem a próstata e sua uretra tem também a função de
eliminar o sêmen.
É de extrema importância eliminar as excretas, pois se isso não
ocorrer nosso corpo ficaria intoxicado. Quando os rins não
funcionam mais, as pessoas devem realizar a filtragem do sangue
através de um aparelho de hemodiálise.
SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso juntamente com o sistema endócrino
comandam e controlam o funcionamento das funções vitais.
A principal célula do sistema nervoso é o neurônio, uma
característica dessa célula é sua excitabilidade e transmissão de
impulsos elétricos e químicos. Cada neurônio é capaz de
comunicar com dezenas de outros por sinapses. Na sinapse os
neurotransmissores permitem a comunicação entre os neurônios.
A bainha de mielina, um tipo especial de gordura, funciona como
isolante elétrico garantindo o fluxo da corrente elétrica dentro do
axônio.
O sistema nervoso é dividido anatomicamente em central e
periférico. O cérebro, cerebelo e o bulbo juntos constituem o
encéfalo, fazendo parte do sistema nervoso central juntamente
com a medula.
Os nervos cranianos e medulares/raquidianos formam o sistema
nervoso periférico, levando e trazendo os estímulos nervosos do
corpo todo.
O processamento das informações ocorrem no sistema nervoso
central e são transmitidos para todo o corpo através dos nervos.
O cérebro é subdividido em regiões ou lobos: o lobo frontal é
responsável pelo pensamento, planejamento e emoções; o lobo
parietal pela sensação de dor, pela gustação e pelo tato; o lobo
occipital pela visão; o lobo temporal pela emoção, memória e
audição. No interior do cérebro temos também o lobo límbico,
responsável pela informação emocional e sexual, além de
memória.
SISTEMA ENDÓCRINO
Hormônios são substâncias químicas (a maioria de natureza
proteica), secretadas por glândulas endócrinas e lançadas na
corrente sanguínea. Pelo sangue, o hormônio irá chegar aos
órgãos-alvo onde se ligam e desencadeiam uma ação. Os órgãos
que secretam hormônios tem a função endócrina.
A glândula hipófise, localizada no crânio, é chamada de
glândula-mestra, apesar de ter o tamanho de uma ervilha, ela
produz uma série de hormônios, muitos destes comandam outras
glândulas endócrinas. A hipófise sofre influência direta do sistema
nervoso central.
Segue abaixo uma tabela com as glândula endócrinas e seus
respectivo hormônios.
adrenal
Paratireoide Paratormônio
Timo Timosina
Pâncreas endócrino Insulina e glucagon
Testículos Testosterona