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K49b Kimura, Luciana Akemi

Biologia para colorir/ Ilustrações Luciana Akemi Kimura. Rio de Janeiro: Editora
Autografia Edição e Comunicação, 2020.
94 p.; il.
ISBN: 978-65-5531-233-1
1. Biologia. 2. Ensino. 3. Artes l. I. Título. II. Luciana Akemi Kimura.
CDD: 570.7

Ficha Catalográfica elaborada pelo Bibliotecário Ricardo Takashi Kawata CRB 8 74/63

Biologia para colorir


KIMURA, Luciana Akemi
ISBN: 978-65-5531-233-1
1ª edição, maio de 2020.
CAPA E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Talita Almeida
ILUSTRAÇÕES: Profa. Ma. Luciana Akemi Kimura
REVISÃO: Prof. Dr. Danilo Ciccone Miguel
Editora Autografia Edição e Comunicação Ltda.
Rua Mayrink Veiga, 6 – 10° andar, Centro
RIO DE JANEIRO, RJ – cep: 20090-050
www.autografia.com.br
Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução deste livro com fins comerciais sem
prévia autorização do autor e da Editora Autografia.
À minha família, principalmente, meu
esposo José
Eduardo e nossos tesouros Mário Eduardo
e Agnes, que
são tudo de mais importante que tenho na
vida!
À todos os meus queridos alunos que me
mantém apaixonados em lecionar!
Agradecimentos

Agradeço, inicialmente, à Deus pela VIDA e por ter colocado em


meu caminho pessoas maravilhosas.

Ao meu pai Mario Kimura e minha mãe Enida Kimura pelo


exemplo de vida, pelos ensinamentos, amor incondicional,
dedicação, educação e por sempre acreditarem em mim.

Aos meus irmãos Beatriz e Edegar pela união, amor e confiança.

Ao meu amado esposo José Eduardo pela paciência e pelo amor


verdadeiro.

Aos maiores tesouros que tenho nessa vida, Mário Eduardo e


Agnes, as maiores fontes de amor, inspiração e vontade de
crescimento profissional e, principalmente, pessoal.

À Universidade Estadual de Campinas pela qualidade e excelência


no Ensino.

Ao Professor Doutor Danilo Ciccone Miguel, pela competência,


inúmeros ensinamentos, pela confiança depositada em mim, pelo
incentivo e por acreditar no meu trabalho. Pelo exemplo de
dedicação e dignidade na vida profissional.

À professora Maria Toshiko Mano, inspiradora como pessoa e meu


modelo na arte de lecionar, agradeço pela primeira oportunidade
como professora.

À todos que contribuíram de alguma forma para o


desenvolvimento e concretização desta obra.
Às minhas queridas Consuelo, Natália, Paula e Vanessa, pela
amizade, companheirismo e cumplicidade em momentos únicos
de nossas vidas.

A todos os meus amigos e familiares, pelo apoio, e,


principalmente, por acreditarem em mim.

Aos meus queridos alunos pela confiança e carinho.


Manual de pintura da prancha de
Biologia
O presente manual tem como objetivo orientar a maneira correta
de pintar a prancha que você recebeu. Tenha atenção ao colorir
as imagens, pois esta etapa será muito importante para melhorar
a compreensão dos conteúdos abordados nas aulas de
Ciências/Biologia, além de possibilitar a ampliação do seu
vocabulário científico. Qualquer dúvida, procure auxílio
diretamente com o(a) professor(a) responsável!
Siga os seguintes passos:

1 – Antes de começar a pintar, leia atentamente as legendas e


visualize bem as imagens; o primeiro contato visual é muito
importante para que você saiba o que colorirá.
2 – Conte quantas legendas estão listadas na prancha e
separe o número correspondente de cores que utilizará.
Escolha cores de sua preferência, tenha cuidado para não
colocar cores muito parecidas. Exemplo: se a prancha tem 13
legendas, escolha 13 cores diferentes.
3– Comece a colorir. Sempre pinte primeiro o interior do
círculo correspondente na legenda e depois a imagem. Se
houver dúvidas em alguma legenda, não a pinte, deixe-a por
último.
4– Se achar que já estiver terminado, confira se não ficou
algo sem colorir. Caso tenha deixado alguma parte da imagem
ou legenda sem colorir, refaça a leitura da legenda e certifique
a qual legenda a imagem pertence.
5– Quando terminado, faça a revisão de tudo que coloriu.
Utilize a prancha como material de estudo complementar às
aulas e ao livro didático.

DALTÔNICO(A)

Se você é daltônico(a) também poderá realizar a pintura da


prancha, com algumas adaptações. Seria necessário apenas
substituir as cores por letras do alfabeto, números e até símbolos.
Os demais passos seguem igualmente!
Lista de conteúdos a serem
trabalhados nas aulas de
Ciências/Biologia
CAPA
FOLHA DE ROSTO
CRÉDITOS

Bloco 1. Biodiversidade:

OS TRÊS DOMÍNIOS
VÍRUS
BACTÉRIAS
PROTOZOÁRIOS
ALGAS UNICELULARES
FUNGOS
INVERTEBRADOS
CORDADOS
CICLO REPRODUTIVO DAS ALGAS VERDES
CICLO REPRODUTIVO DAS BRIÓFITAS
CICLO REPRODUTIVO DAS PTERIDÓFITAS
CICLO REPRODUTIVO DAS GIMNOSPERMAS
CICLO REPRODUTIVO DAS ANGIOSPERMAS
ANGIOSPERMAS: MONOCOTILEDÔNEAS E EUDICOTILEDÔNEAS
FRUTOS E PSEUDOFRUTOS
SUCESSÃO ECOLÓGICA
Bloco 2. Organização e estrutura de células e
macromoléculas:

TIPOS DE CÉLULAS E ORGANELAS


BIOMEMBRANAS
OSMOSE
ÁCIDOS NUCLEICOS
MITOSE
MEIOSE
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO

Bloco 3. Órgãos e Sistemas:

ORGANOGÊNESE
SISTEMA DIGESTÓRIO
SISTEMA RESPIRATÓRIO
SISTEMA CARDIOVASCULAR
SISTEMA CARDIOVASCULAR: CORAÇÃO, VASOS SANGUÍNEOS E
SANGUE
SISTEMA EXCRETOR
SISTEMA NERVOSO
SISTEMA ENDÓCRINO
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
BLOCO 1: BIODIVERSIDADE

OS TRÊS DOMÍNIOS
Inúmeras formas de classificar os seres vivos foram utilizadas ao
longo da história da humanidade. O homem sempre teve a
necessidade de organização dos seres vivos e uma maneira mais
adequada até o momento foi a utilização de características em
comum.
O naturalista francês Lineu (1707-1788) desenvolveu um sistema
baseado em características em comum e que organizava os seres
vivos em categorias taxonômicas, são elas: REINO – FILO – CLASSE
– ORDEM – FAMÍLIA – GÊNERO – ESPÉCIE. Com o avanço no
conhecimento em Genética e Evolução, uma organização em
DOMÍNIOS se mostrou mais fundamentada. A descoberta de
novas espécies tornou necessário o desenvolvimento dos estudos
filogenéticos, que organizam os seres vivos à partir de relações de
ancestralidade e descendência.
A nomeação e classificação dos seres vivos se modificou com o
desenvolvimento das tecnologias moleculares e a maneira mais
utilizada atualmente é a classificação em Três Domínios, como
sugeriu o microbiologista norte-americano Carl Woose em 1977.
O Domínio é a unidade taxonômica no qual um ser vivo pode ser
encaixado.
Escolha seis cores para representar: as Cianobactérias, as
Bactérias Primitivas, os Protistas, os Fungos, os Animais e os
Vegetais.
VÍRUS
O nome vírus significa “veneno” e foi dado quando descoberto
que causavam doenças em plantas. Não se sabia ao certo o que
seriam os vírus, apenas que eram partículas minúsculas, menores
que as bactérias.
Atualmente sabe-se que os vírus são organismos vivos
acelulares, possuem material genético e uma cápsula proteica,
alguns tipos de vírus apresentam um envelope lipoproteico.
Como os vírus não possuem capacidade de autoduplicar-se
eles dependem de uma célula hospedeira para sua replicação.
Com isso podemos considerar os vírus como parasitas
intracelulares específicos.
Em geral, os vírus tem afinidade por um tipo celular específico,
p. ex., o vírus da hepatite só ataca células do fígado; vírus da
caxumba se instala nas glândulas salivares parótidas, testículos,
ovários e pâncreas; vírus de mamoeiro somente afeta os
mamoeiros. Lembramos que vírus podem parasitar animais,
plantas, algas, protozoários e fungos, ou seja, seres vivos
formados por células.
O material genético viral pode ser o Ácido Desoxirribonucleico
(ADN) ou o Ácido Ribonucleico (ARN) e este é inserido dentro da
célula para que os vírus possam replicar utilizando a “maquinaria”
da célula.
Por essa especificidade podemos entender a necessidade de
recebermos tantas vacinas contra vírus, cada vacina é específica a
uma virose. Viroses são doenças causadas por vírus e elas têm
uma importância significativa na espécie humana.
Os antirretrovirais e interferon são exemplos de medicamentos
utilizados para combater infecções virais, esses medicamentos
reduzem a taxa de replicação dos vírus para que o nosso sistema
imunológico possa finalmente combater a infecção.
BACTÉRIAS
As bactérias foram, muito provavelmente, os primeiros seres vivos
a colonizar a superfície da Terra. Elas estão presentes até hoje em
todos os ambientes, seja ele aquático ou terrestre e têm
importância fundamental no equilíbrio do nosso planeta,
habitando-o por cerca de 3,8 bilhões de anos!
Por se tratarem de células procariotas, têm uma estrutura
celular bem simples formada de parede celular, membrana
plasmática, citoplasma com ribossomos e material genético na
forma de um único cromossomo circular que fica disperso no
citoplasma.
A classificação das bactérias obedece a dois critérios: tipo de
parede (GRAM positiva ou GRAM negativa); e ao formato que a
parede proporciona à célula: cocos se tiver formato de esferas,
bacilo se for parecido com um bastão, vibrião se tiver aspecto de
vírgula, espirilo e espiroqueta quando em formato espiralado.
Algumas podem apresentar estruturas locomotoras como flagelos.
As bactérias são importantes no processo de decomposição,
no ciclo do nitrogênio, na microbiota animal, na produção de
alimentos como queijos e iogurtes por lactobacilos e na produção
de gás oxigênio pelas cianobactérias.
Alguns tipos de bactérias causam doenças. Essa doenças são
combatidas por medicamentos conhecidos como antibióticos,
estes atuam destruindo a parede celular bacteriana ou o
metabolismo bacteriano.
PROTOZOÁRIOS
Os protozoários são eucariontes unicelulares de nutrição
heterotrófica. São exemplos a ameba, o paramécio, o
tripanossoma e a leishmania.
A classificação desses organismos segue a forma de
locomoção, podendo ser: ciliados, caso se locomovam por cílios;
flagelados, quando se locomovem por um ou mais flagelos;
sarcodíneos, se formam pseudópodes para locomoção ou
esporozoários, nesse caso não apresentam estruturas
locomotoras.
Os protozoários estão presentes em ambientes aquáticos e
terrestres, também fazem parte da microbiota de diversos animais.
Alguns protozoários são causadores de doenças, denominadas
protozooses.
ALGAS UNICELULARES
As algas são organismos fotossintetizantes que possuem em
comum o fato de terem a clorofila a. Diferentemente das plantas
que apresentam clorofilas a e b.
São considerados algas unicelulares as cianobactérias –
procariontes – que apresentam o pigmento clorofila depositado
em lamelas citoplasmáticas.
Euglenas, diatomáceas, Noctiluca e Ceratium são exemplos de
algas eucariontes, todas possuem cloroplastos com clorofila. As
algas unicelulares eucariontes possuem coloração variada,
caracterizando a nomenclatura como verdes, pardas, vermelhas ou
douradas. Alguns tipos de algas unicelulares apresentam flagelo
para locomoção e bioluminescência.
As algas unicelulares têm como importância a produção da
maior parte do gás oxigênio da atmosfera e pelo fato de serem
produtoras, compõem a base das teias alimentares aquáticas. As
carapaças de diatomáceas formam um tipo de rocha biogênica – o
diatomito – utilizada em componentes eletrônicos, farmacêuticos,
na agricultura, na construção civil entre outros.
Um fenômeno natural causado pela superpopulação e algas
dinoflageladas faz com que a água contenha uma quantidade
enorme de toxinas, provocando a morte dos seres aquáticos, tal
fenômeno é chamado de maré vermelha e ocorre em estuários ou
nos mares.
FUNGOS
Os fungos são seres eucariontes, podem ser unicelulares ou
pluricelulares, todos apresentam parede celular composta
principalmente de quitina e de celulose. As estruturas
filamentosas de alguns fungos são chamadas hifas. A reprodução
dos fungos pode ser assexuada ou sexuada.
Sua nutrição é heterotrófica por absorção, enzimas são
lançadas no alimento para desmontar as moléculas complexas em
moléculas simples que são absorvidas. Os fungos, juntamente
com as bactérias realizam a decomposição da matéria orgânica,
importante processo para que a reciclagem dos nutrientes ocorra,
devolvendo à água ou ao solo os micronutrientes incorporados
por plantas e algas. São exemplos de fungos os cogumelos,
bolores, leveduras (fermentos biológicos), estão dispersos em
todos os ambientes do nosso planeta.
As micorrizas são associações positivas que ocorrem entre
raízes de plantas e fungos, cerca de 80% das plantas apresentam
essa associação que promove maior interação entre a planta e o
ambiente e também a nutrição dos fungos.
Além da decomposição, os fungos são fontes de alimentos
para os animais, na indústria para produção de vinhos, cervejas,
pães, queijos como o gorgonzola, gouda e brie.
As micoses são doenças causadas por fungos, os
medicamentos antifúngicos são utilizados no combate às mesmas.
INVERTEBRADOS
Os animais estão agrupados dentro do Domínio Eukarya, e sua
diversidade é enorme. Eles são encontrados em todos os
ambientes terrestres e aquáticos tendo importância no equilíbrio
ecológico e participação nos ciclos biogeoquímicos.
Os animais Invertebrados são aqueles que não possuem
vértebras, com exceção dos Protocordados, que são Cordados
que não desenvolveram vértebras.
Diversos são os filos de Invertebrados, cada qual com algumas
características marcantes. São Filos de invertebrados mais
conhecidos:

PORÍFEROS: tem como representantes os espongiários,


animais aquáticos que retiram seu alimento por filtração da
água. Não possuem sistemas muscular, circulatório nem
nervoso.

CNIDÁRIOS: tem como representantes a água-viva, anêmona,


corais, caravelas e a hidra. Foram os primeiros na escala
evolutiva a apresentar movimento e um sistema digestório e
nervoso muito simples.

PLATELMINTOS, NEMATELMINTOS E ANELÍDEOS: são os


vermes, animais de corpo longo e mole, primeiros a
presentarem o corpo com divisão dorsal e ventral e iniciaram
processo de cefalização. O vermes podem ser achatados como
as planárias, cilíndricos com as lombrigas ou com corpo
dividido em anéis como a minhoca. Eles podem estar no solo,
água e também como parasitas animais e plantas.
MOLUSCOS: animais de corpo mole, alguns apresentam
concha. É um filo bem diversificado com exemplos de
representantes: caracóis, ostras e lulas. Ocupam ambientes
terrestres úmidos ou aquáticos.

EQUINODERMOS: Todos aquáticos marinhos, tem como


representantes as estrelas-do-mar, ouriços-do-mar, lírios-do-
mar, pepinos-do-mar entre outros. Utilizam-se de um sistema
ambulacrário para respirar, aderir ao substrato e se movimentar.

ARTRÓPODES: é o maior filo animal, tendo como característica


marcante a presença de exoesqueleto, patas articuladas e
corpo segmentado. Os insetos, aracnídeos, crustáceos,
quilópodes e diplópodes fazem parte do filo dos artrópodes.
CORDADOS
O nome cordado se deve ao fato do embrião apresentar uma
estrutura chamada notocorda.
Nos protocordados a notocorda pode estar somente na cauda
do embrião, daí o nome urocordado e depois desaparece no
adulto, como nas ascídias, ou se mantém inteira no animal adulto,
como nos anfioxos, chamados cefalocordados.
Na maioria dos cordados a notocorda dá origem às vértebras e
ossos da caixa craniana, que envolvem o sistema nervoso no
animal adulto.
Nos vertebrados temos aqueles com esqueleto cartilaginoso e
ausência de mandíbula, o animal tem a boca circular, os
ciclóstomos, e se alimenta de restos ou vive como parasita de
outros animais aquáticos, são as lampreias e feiticeiras.
A mandíbula surgiu depois com os peixes cartilaginosos, como
os tubarões, raias e quimeras, chamados condricties.
Na sequências surgiram os peixes de esqueleto ósseo,
denominados osteicties.
Os anfíbios (sapos, rãs, pererecas, salamandras e cobras-cegas)
ocuparam o ambiente de transição terra-água.
Os répteis, animais rastejantes como as serpentes e lagartos;
tartarugas, jabutis e cágados; e os jacarés e crocodilos
representam a conquista do ambiente terrestre e foram os
primeiros a terem ovos com casca dura.
Aves e mamíferos surgiram de linhagens de répteis. São
animais homeotérmicos e podem ser encontrados em
praticamente todos os tipos de ambientes. As aves possuem o
corpo coberto de penas, produzem ovos, possuem bico e
membros anteriores adaptados. Os mamíferos possuem o corpo
coberto de pelos, alguns como os monotremados produzem
ovos, outros possuem uma espécie de bolsa – o marsúpio, e a
grande maioria apresenta placenta para sustentar o embrião até o
nascimento.
CICLO REPRODUTIVO DAS
ALGAS VERDES
As algas verdes são eucariotos pluricelulares, fotossintetizantes e
sem tecidos diferenciados. Foram introduzidos no Reino Vegetal
recentemente por apresentarem características comuns às plantas
terrestres, algumas delas são: presença de celulose na parede
celular; clorofilas a e b; geração gametofítica e outra esporofítica e
presença de amido como reserva energética.
Estudos recentes comprovam que as plantas possuem como
ancestrais as algas verdes, compartilhando, assim características
em comum.
Um ciclo representa algo que não possua começo nem fim,
mas para estudarmos o ciclo estabelecemos um ponto de partida
para, a partir daí, correlacionar as etapas.
Os gametófitos são organismos que formam estruturas
chamadas de gametângios, nelas ocorre a produção dos gametas.
Os esporófitos produzem esporos em estruturas chamadas de
esporângios. Os gametas das algas verdes e das plantas,
diferentemente dos animais, são produzidos por mitose e os
esporos são produzidos por meiose.
Quando os gametófitos liberam seus gametas na água, o
reconhecimento químico da espécie leva à fusão do gameta
masculino com o feminino, a fecundação. Da fecundação é
originado um embrião que se desenvolve em um esporófito.
Quando o esporófito está adulto pode liberar seus zoósporos,
que são flagelados, estes zoósporos germinam e desenvolvem-se
em novos gametófitos, recomeçando o ciclo.
Num ciclo haplodiplobionte, como é chamado o ciclo de vida
das plantas, ocorre a alternância entre a geração haploide
(gametofítica) e diploide (esporofítica).
CICLO REPRODUTIVO DAS
BRIÓFITAS
As briófitas são vegetais que surgiram há cerca de 470 milhões de
anos e representam a transição entre ambiente aquático e
terrestre. Por esse motivo encontramos as briófitas em ambiente
úmido e sombreado. Seus folíolos não possuem camada de cera
para proteger contra dessecação e seus gametas precisam da
água para alcançar outras briófitas. Como exemplos temos os
musgos e as hepáticas.
As briófitas são criptógamas, não possuem as estruturas de
produção de gametas evidentes, ou seja, seus gametângios ficam
em um tipo de cripta no topo do corpo desses vegetais.
A ausência de vasos condutores de seiva limita o tamanho das
briófitas, que chegam a pouco mais de um centímetro de altura. A
absorção de água pelos rizoides ocorre por capilaridade e a
distribuição da glicose resultante do processo fotossintético
ocorre por difusão célula a célula.
Quando vemos um musgo, na realidade estamos vendo um
gametófito, nas briófitas é considerada a geração dominante da
planta pois é a que vive mais tempo no ciclo.
Quando chove, água do ambiente faz com que os
gametângios liberem seus gametas masculinos (anterozoides),
que nadam com a ajuda de flagelos até os gametas femininos
(oosferas). Após a fecundação, o zigoto se desenvolve acima do
gametófito feminino em um esporófito. O esporófito, quando
adulto, produz diversos esporos em sua cápsula (esporângio)
que, ao serem lançados no ar e caírem sobre solo ou rocha
úmida, germinam em novos gametófitos (masculinos ou
femininos). Os gametófitos adultos produzem seus gametas
recomeçando o ciclo.
CICLO REPRODUTIVO DAS
PTERIDÓFITAS
As pteridófitas receberam este nome pelo fato de suas folhas
lembrarem uma pena.
As samambaias, licopódios, avencas e cavalinha são exemplos
de pteridófitas, representando a geração esporofítica dessas
plantas. São encontradas em ambiente úmido e sombreado.
São plantas que, apesar de criptógamas e dependerem da
água para reprodução, possuem novidades evolutivas importantes
em relação às briófitas, como: vasos condutores de seiva; uma
camada fina de cera para proteger da dessecação e corpo
formado por raiz, caule e folhas.
Iniciando o ciclo pelo esporófito, verificamos embaixo da folha
da samambaia alguns ‘pontinhos’ escuros, são os soros, locais
onde os esporângios produzem e liberam os esporos no ar. Esses
esporos em contato com a umidade germinam em pequenos
gametófitos, que têm o formato de coração.
Na parte superior de cada gametófito desenvolvem-se os
arquegônios e dentro destes existe um gameta feminino (oosfera);
na parte inferior há os anterídios onde muitos anterozoides são
formados.
Em presença de água ambiental, como uma chuva ou gotas de
orvalho, os anterozoides são liberados para nadar até as oosferas,
fecundando-as. O produto da fecundação são zigotos que vão se
desenvolvendo em novos esporófitos enquanto o gametófito se
degenera. O esporófito recomeça o ciclo de vida da planta.
CICLO REPRODUTIVO DAS
GIMNOSPERMAS
As gimnospermas são plantas que representam, no processo
evolutivo, o domínio do ambiente terrestre e independência da
água para a reprodução. O nome quer dizer semente nua.
Portanto, o próprio nome já diz que possuem sementes e dentro
destas está o embrião ou esporófito jovem.
As gimnospermas são plantas lenhosas adaptadas em
ambientes de clima temperado ou frio, formando florestas como a
Mata de Araucárias e a taiga. Exemplos: pinheiros, cicas, ginkgo,
sequoias, cedro e araucária.
A estrutura reprodutiva das gimnospermas é evidenciada em
estróbilos ou cones, estes podem ser masculinos, com uma
aparência mais fina e alongada; ou feminino, sendo maiores e
arredondados, nesses há a formação das sementes.
No ciclo das gimnospermas tomaremos como exemplo
pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia). Essa espécie é dioica,
isso significa que possui a planta masculina e a planta feminina. O
esporófito é a geração dominante e o gametófito feminino é
reduzido ao óvulo e o masculino ao grão-de-pólen, ambos
possuem em seu interior os respectivos gametas.
Quando uma semente dispersada no ambiente germina origina
um esporófito jovem, o pinheiro. Quando o pinheiro cresce,
forma seus cones. Os cones masculinos liberam grãos-de-pólen
no ar e, quando esse pólen chega até os óvulos, ocorre a
fecundação simples e formação de semente.
Para que a fecundação ocorra sem a dependência de água, o
grão-de-pólen forma um tubo polínico e assim, o gameta
masculino (núcleo gamético) escorre por dentro desse tubo e
consegue fecundar o gameta feminino (oosfera).
A semente possui casca, endosperma para nutrir o embrião e
garantir a germinação do novo pinheiro, o esporófito jovem.
CICLO REPRODUTIVO DAS
ANGIOSPERMAS
As angiospermas foram o último grupo de plantas a surgir e
apresentam uma complexidade maior no seu ciclo reprodutivo e
estrutura anatômica. Podem se apresentar em vários tamanhos e
formas.
Todas as angiospermas possuem flores, sementes envoltas por
um fruto, dupla fecundação e endosperma triploide.
A polinização é variada, podendo ocorrer pelo vento
(anemofilia), pela água (hidrofilia) ou por animais (zoofilia).
Assim como as gimnospermas, a geração esporofítica é
dominante, representada pela planta que germinou da semente.
O gametófito encontra-se reduzido ao grão-de-pólen e ao óvulo.
As flores apresentam várias peças, cada qual com um função,
os estames liberam os grãos-de-pólen e o estigma é onde o grão
de pólen se deposita para poder germinar e fecundar o gameta
feminino. Após a fecundação, que ocorre dentro do ovário, será
formado o embrião, guardado dentro de um fruto.
Os frutos, em sua maioria, apresentam em seu interior uma ou
mais sementes. As sementes, por sua vez, guardam em seu
interior o embrião e o endosperma.
Existe uma imensa variedade de flores, frutos e sementes,
demonstrando as angiospermas como um grupo com enorme
biodiversidade e adaptação.
ANGIOSPERMAS:
MONOCOTILEDÔNEAS E
EUDICOTILEDÔNEAS
Classificar os seres vivos é algo muito complexo e que está em
constante aperfeiçoamento. Com estudos filogenéticos descobre-
se relações de parentesco e descarta-se outras. Ao falarmos das
angiospermas, dois grupos concentram a maior parte das
espécies: monocotiledônea e eudicotiledônea.
Ambos possuem estruturas anatômicas básicas de
angiospermas: raiz, caule, folha, flor, fruto e semente. Porém, cada
grupo as apresenta de uma maneira distinta, conforme a
composição genética e adaptativa.
O nome monocotiledônea se refere ao fato da semente
apresentar um único cotilédone unido ao embrião, o cotilédone
possui reserva nutricional para o embrião germinar. Nas
eudicotiledôneas estão presentes dois cotilédones. Durante a
germinação das monocotiledôneas o cotilédone permanece
dentro do solo (germinação hipógea), nas eudicotiledôneas os
cotilédones encontram-se na parte aérea da planta (germinação
epígea).
As nervuras das folhas, que são na realidade os vasos
condutores de seiva, estão dispostas em paralelo nas
monocotiledôneas e ramificados nas eudicotiledôneas. Já no
caule, os feixes vasculares ficam dispostos de maneira difusa nas
monocotiledôneas e com uma disposição organizada nas
eudicotiledôneas.
O número de peças florais como pétalas, sépalas e estames nas
monocotiledôneas é de três ou múltiplo de três, ao passo que
nas eudicotiledôneas é igual a cinco ou múltiplo de cinco.
A raiz, que é o órgão que absorve água e gases para respiração
também se apresenta distinto. As monocotiledôneas, na
germinação, possuem uma raiz principal que logo é substituída
por várias raízes adventícias ou cabeleira; nas eudicotiledôneas, a
raiz principal se mantém ao longo do desenvolvimento da planta
formando uma raiz principal, axial ou pivotante.
FRUTOS E PSEUDOFRUTOS
Os frutos são órgãos das angiospermas que guardam as
sementes, eles são formados pelo desenvolvimento do ovário da
flor. Existem dois tipos básicos de frutos: o seco e o carnoso.
Dentro da variabilidade de frutos podemos destacar alguns
tipos como:

· Fruto simples, que guarda uma ou mais sementes no interior,


exemplo pêssego, coco, manga, melancia, uva;
· Fruto agregado, como exemplo o morango e o abacaxi, que é
formado por inúmeros frutículos secos de uma única flor,
nestes, a parte comestível é o receptáculo floral;
· Fruto múltiplo, que é formado por vários flores juntas que
formam ao final vários frutos juntos numa única estrutura,
exemplo da amora e da framboesa;
· Fruto partenocárpico é aquele em que o ovário se desenvolve
sem haver sementes no interior, restam apenas óvulos não
fecundados, exemplo a banana e o limão taiti.
· Pseudofrutos tem a sua parte carnosa comestível originada
do receptáculo floral, tão bem desenvolvido que pode chegar
a envolver o fruto verdadeiro, como é o caso da maçã e da
pera ou o receptáculo sobressair ao fruto verdadeiro como no
caso do caju, onde o fruto verdadeiro é o que conhecemos
como a castanha.

A variedade de frutos nas angiospermas é imensa, sendo


adaptado para diferentes formas de dispersão. Os frutos doces
geralmente servem de alimento para animais que, ao defecar,
transportam as sementes; os frutos secos podem se abrir quando
maduros e suas sementes são leves ao ponto de voar e chegar a
partes distantes da planta-mãe; alguns frutos secos resistem ao
fogo ou ao congelamento; outros apresentam adesão aos pelos e
penas de animais que os carregam para longe.
SUCESSÃO ECOLÓGICA
Podemos pensar em sucessão ecológica como uma série de
eventos que ocorrem num ambiente onde há mudanças físicas e
biológicas, culminando numa situação chamada de clímax. Dois
tipos básicos de sucessão ecológica são estudados:

· Sucessão ecológica primária, que ocorre em um ambiente


recém-formado, sem nenhum tipo de vida estabelecida, p. ex.,
uma ilha vulcânica recém-formada; também um ambiente que
possuía formas de vida, mas que foi totalmente destruído,
como locais onde ocorrem catástrofes capazes de eliminar
formas de vida ali existentes. Inicia-se com organismos mais
simples e menos exigentes chamados de espécies pioneiras e
atinge seu ápice quando transforma-se em um ecossistema
complexo, com organismos mais exigentes e com grande
biodiversidade. Esse processo demora décadas ou centenas
de anos para acontecer. Os produtores como plantas, algas,
líquens e cianobactérias são primordiais para o
estabelecimento das formas de vida animal, pois representam a
base de qualquer cadeia alimentar.

· Sucessão ecológica secundária ocorre em um ambiente onde


há transição de ecossistemas, como um lago que está sendo
substituído por uma floresta ou um campo que esteja sendo
substituído por um lago. Nesse tipo de sucessão as formas de
vida sempre estarão presentes e serão gradativamente
substituídas. Esta forma de sucessão é mais rápida, ocorrendo
em anos ou décadas pois o que ocorre é a substituição
gradativa das formas de vida.
BLOCO 2: ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DE CÉLULAS E MACROMOLÉCULAS

TIPOS DE CÉLULAS E
ORGANELAS
Com exceção dos vírus, todos os seres vivos são formados por
células. Se forem formados por uma única célula, são unicelulares,
e se forem formados por muitas células, pluricelulares.
As células mais simples – procariontes – apresentam seu
material genético disperso no citoplasma, somente a organela
denominada ribossomo e parede celular externa à membrana
plasmática.
As células mais complexas – eucariontes – apresentam seu
material genético dentro de um compartimento membranoso, o
núcleo, além de diversas organelas. Estas podem ser animais ou
vegetais.
Vamos listar as organelas presentes no citoplasma e sua(s)
função(ões):

· Ribossomo: síntese de proteínas;


· Retículo Endoplasmático Rugoso: produção, armazenamento
e transporte de proteínas;
· Retículo Endoplasmático Liso: produção, armazenamento e
transporte de lipídeos; desintoxicação e produção de
hormônios sexuais;
· Complexo Golgiense: secreção celular; origina os lisossomos
e peroxissomos; formação do acrossomo do espermatozoide;
· Lisossomos: digestão intracelular; autofagia e autólise;
· Peroxissomos: inativação de substâncias tóxicas da célula e
local de reações metabólicas de catabolismo;
· Mitocôndrias: produção de energia por respiração celular;
· Cloroplastos: possui pigmento chamado clorofila,
imprescindível na fotossíntese;
· Vacúolo: armazena diversas substâncias como água, amido e
lipídeos.
BIOMEMBRANAS
As membranas biológicas estão presentes em todos os tipos de
células envolvendo todo o citoplasma da célula (membrana
plasmática), na constituição das organelas citoplasmáticas
membranosas (retículos, mitocôndrias, cloroplastos, lisossomos,
peroxissomos, Complexo Golgiense) e também envolvendo o
núcleo celular (membrana nuclear ou carioteca). Sua função está
diretamente ligada à sua constituição: transporte,
reconhecimento, sinalização, forma e adesão.
O retículo endoplasmático liso é o responsável pela produção
da maioria das biomembranas. As mitocôndrias e cloroplastos
produzem suas próprias biomembranas.
Uma biomembrana é formada por:

· Fosfolipídeos: apresentam uma cabeça polar que se liga à


água (porção hidrofílica) e uma cauda apolar que não se liga à
água (porção hidrofóbica). Existem diferentes tipos de
fosfolipídeos, cada qual com uma composição diferenciada da
cabeça e cauda.

· Proteínas: podem ser integrais, atravessando toda a


biomembrana e apresentar canais; ou periféricas, ficando
expostas na face interna ou externa da biomembrana. As
funções das proteínas de biomembrana incluem transporte de
substâncias pelos canais, adesão entre células, sinalização
celular, reconhecimento celular e manutenção da forma da
célula. Proteínas periféricas podem apresentar carboidratos
aderidos.
· Colesterol: sua interposição entre os fosfolipídeos promove a
fluidez da biomembrana. Apresenta uma porção polar e outra
apolar.

O modelo do mosaico fluido descreve a biomembrana como


uma bicamada lipoproteica, ou seja, duas camadas de
fosfolipídeos com proteínas inseridas.
OSMOSE
Toda substância (soluto ou solvente), ao entrar ou sair da célula,
irá atravessar a membrana plasmática. Dependendo da substância,
esse processo ocorrerá com ou sem gasto de energia celular.
A água é o solvente indispensável para a célula, o processo de
entrada ou saída de água é chamado de osmose e ocorre
passivamente. Nas células vegetais, o vacúolo é o principal
armazenador de água e nas células animais a água é dissolvida no
citoplasma.
O que determina se a água irá entrar ou sair da célula é a
concentração de solutos entre os meios intra e extracelular. A
direção da água sempre seguirá um gradiente de concentrações
de soluto, assim, o sentido da água é sempre do meio menos
concentrado para o mais concentrado.
As células sempre estarão em contato com um meio
extracelular e, desta forma, podemos classificá-lo como
HIPERTÔNICO (mais concentrado que o interior da célula);
ISOTÔNICO (concentração idêntica ao interior da célula) ou
HIPOTÔNICO (menos concentrado que o interior da célula).
Sabendo que a água segue para o local com maior
concentração:

· num meio extracelular HIPERTÔNICO, a quantidade de água


que sai da célula é muito maior do que a quantidade de água
que entra, sendo assim, o volume celular é diminuído. Numa
célula vegetal, por causa da parede rígida, a membrana
plasmática se descola, ficando ligada em alguns pontos,
chamamos essa aparência de plasmolisada.
· num meio extracelular ISOTÔNICO, a igualdade de
concentrações significará que quantidades idênticas de água
estão entrando e saindo da célula, não alterando seu volume;

· num meio extracelular HIPOTÔNICO, a quantidade de água


que irá entrar na célula será maior que a quantidade de água
que sai, isso porque seu interior estará mais concentrado que
o exterior. Dessa forma a célula terá seu volume aumentado. Se
for uma célula animal, essa entrada de água poderá provocar
seu rompimento (lise) e se for uma célula vegetal não ocorrerá
rompimento devido à parede celular, mas a célula ficará bem
inchada (túrgida).

Dessa forma podemos entender, por exemplo, como a água é


absorvida pelas raízes das plantas e como se dá o balanço das
concentrações de água e solutos no sangue e demais fluidos
corporais.
ÁCIDOS NUCLEICOS
Os ácidos nucleicos receberam esse nome pois, ao serem
descobertos, sabia-se apenas que o núcleo celular possuía
alguma substância de caráter ácido e proteínas. Com mais
estudos foram descritos dois tipos de ácidos nucleicos: o ácido
desoxirribonucleico (ADN ou DNA) e o ácido ribonucleico (ARN ou
RNA). Na realidade o DNA e o RNA encontram-se associados a
proteínas histonas formando a cromatina.
Os ácidos nucleicos carregam informações para o controle do
metabolismo celular. Tanto o DNA quanto o RNA são formados
por cadeia(s) de polinucleotídeos. O grupamento fosfato de um
nucleotídeo sempre se liga à pentose do nucleotídeo seguinte
formando a cadeia ou fita.
Um nucleotídeo é composto de um grupamento fosfato, um
açúcar de cinco carbonos (pentose) e uma base nitrogenada. A
pentose do DNA é a desoxirribose e do RNA é a ribose. As bases
nitrogenadas podem ser de cinco tipos e se ligam entre si de
maneira específica. Uma adenina se liga à timina ou à uracila, uma
citosina só se liga à uma guanina. A timina é a base nitrogenada
exclusiva do DNA e a uracila é exclusiva do RNA.
O RNA é composto de uma única cadeia de polinucleotídeos e
o DNA de duas cadeias de polinucleotídeos unidas por ligações
de hidrogênio entre as bases nitrogenadas.
Quanto à localização na célula eucarionte, temos DNA no
núcleo celular e nas organelas mitocôndrias e cloroplastos; o RNA
é encontrado no núcleo onde foi produzido, no citoplasma, na
constituição de ribossomos (RNA ribossômico), nas mitocôndrias e
nos cloroplastos.
As funções do DNA e do RNA são distintas e complementares.
MITOSE
Uma célula pode se dividir originando duas células-filhas com o
mesmo número de cromossomos e quando isso acontece,
dizemos que ocorreu reprodução do tipo mitose.
A mitose acontece nos seres pluricelulares para o crescimento
e a regeneração e nos seres unicelulares para que ocorra a
reprodução assexuada/bipartição/cissiparidade. Os gametas das
plantas se originam por mitose. Existe um mecanismo regulado
para o controle do ciclo celular.
Durante a intérfase, o material genético será duplicado, o
número de cromossomos irá dobrar para, posteriormente, ser
dividido entre as células-filhas. Cada cromossomo possuirá duas
cromátides-irmãs, resultado dessa duplicação. Só depois dessa
duplicação a célula eucarionte entra nas fases da divisão, que na
mitose são quatro: prófase, metáfase, anáfase e telófase.
Durante a prófase a cromatina começa a se condensar em
cromossomos, a membrana nuclear se desfaz e os centríolos
duplicados começam sua migração para os polos da célula
iniciando a formação do fuso. As células dos vegetais superiores
formam o fuso mitótico a partir do citoesqueleto, uma vez que
não apresentam centríolos.
Na metáfase, os cromossomos estão localizados na região
equatorial da célula, muito condensados e ligados ao fuso pelo
centrômero. Cada cromossomo terá duas fibras do fuso ligadas.
Na anáfase, as fibras irão se encurtar e separar as cromátides-
irmãs, dessa forma cada célula filha herdará uma cromátide de
cada tipo de cromossomo.
Na telófase ocorre a separação do citoplasma, nas células sem
parede celular essa separação é por “estrangulamento”, ou
citocinese centrípeta, e nas células com parede ocorre “de dentro
para fora”, ou citocinese centrífuga. Além da citocinese ocorre a
reconstituição da membrana nuclear e a descondensação
cromossômica. Lembrando que a célula possui diversas organelas
que também são distribuídas entre as células-filhas.
Nos procariotos a mitose é mais simples, o único filamento de
DNA circular é duplicado e depois separado por septos para cada
polo celular. Neste caso, uma nova parte da parede celular é
formada originando as duas células-filhas. Não há citoesqueleto
nem condensação cromossômica.
MEIOSE
A meiose é o tipo de divisão celular que ocorre somente em
eucariontes objetivando a formação dos esporos dos fungos e
das plantas e também dos gametas dos animais. Na meiose uma
célula-mãe origina quatro células-filhas, cada uma contendo a
metade do número de cromossomos. Contamos o número de
cromossomos pelo número de centrômeros presentes naquela
fase. Assim, dizemos que um cromossomo duplicado apresenta
duas cromátides.
Assim como na mitose, a meiose se inicia com o material
genético já duplicado na intérfase.
A meiose apresenta duas separações de material genético, a
reducional e a equacional, e duas separações de
citoplasma/citocinese para, assim, resultar quatro células-filhas. As
fases da meiose são: prófase I, metáfase I, anáfase I, telófase I,
prófase II, metáfase II, anáfase II e telófase II.
Os eventos de cada fase são idênticos aos da mitose, porém
algumas diferenças são importante para diferenciar a meiose:
– Na Prófase I pode ocorrer o crossing-over ou permutação:
troca de partes entre cromossomos homólogos que aumenta a
variabilidade genética.
– Anáfase I onde ocorre a separação dos cromossomos
homólogos, é a fase reducional, resultando duas células com um
cromossomo de cada tipo, com duas cromátides-irmãs cada.
– Anáfase II onde ocorre a separação das cromátides-irmãs,
restando um cromossomo de cada tipo nas quatro células. É a
fase equacional.
DESENVOLVIMENTO
EMBRIONÁRIO
Após a fecundação, onde os pró-núcleos do espermatozoide e do
óvulo se fundem, é formada a célula-ovo ou zigoto, que possui
todas as informações genéticas para um novo ser. A fecundação
humana ocorre na tuba uterina e demora cerca de 5 dias para o
embrião se implantar no útero.
Ainda na tuba uterina, mitoses sucessivas irão ocorrendo e o
desenvolvimento embrionário vai evoluindo, para então o zigoto
desenvolver-se para mórula.
A mórula continua em mitoses e distribuição das células
formando uma estrutura esférica preenchida de líquido, é a
blástula. Nesta fase o embrião estará se implantando no útero,
resultando enfim, numa gravidez.
A blástula sofre invaginação, formando um orifício chamado de
blastóporo, que está relacionado com o arquênteron ou intestino
primitivo, revestido pela endoderme. A fase que apresenta o
arquênteron, blastóporo e ectoderme é denominada gástrula.
A gástrula continua se desenvolvendo formando um terceiro
tecido embrionário, a mesoderme, que forma a notocorda e
cavidades celomáticas. A ectoderme dorsal forma o tubo neural
no embrião, esse tubo será o formador do sistema nervoso do
embrião. A presença de três folhetos embrionários, tubo neural,
notocorda e arquênteron caracteriza a fase de nêurula.
Após a nêurula, cada estrutura embrionária continuará se
diferenciando o formando os órgãos e sistemas. O feto apresenta
todos os órgãos e sistemas de um ser completo, apenas em
miniatura. No ser humano somos considerados fetos à partir da 8ª
semana de gestação.
BLOCO 3: ÓRGÃOS E SISTEMAS

ORGANOGÊNESE
Após a formação dos três folhetos embrionários, o embrião
seguirá com seu desenvolvimento com a formação dos órgãos e
sistemas corporais, processo conhecido como organogênese.
Cada folheto embrionário irá se diferenciar em órgãos
específicos em perfeita sincronicidade, como em uma orquestra
onde cada instrumento tem seu momento certo para tocar.
A ectoderme será diferenciada em: epiderme, pelos, unhas,
mucosas, glândulas subcutâneas, glândulas mamárias, glândula
hipófise, esmalte dentário, meninges e sistema nervoso (encéfalo,
medula, gânglios e nervos).
A mesoderme será diferenciada em: ossos, cartilagem, músculo
cardíaco (coração), músculos esquelético, músculos lisos, ovários,
testículos, rins, vasos sanguíneos, vasos linfáticos, baço, córtex
das adrenais e membranas pericárdica, peritoneal e pleural.
A endoderme se diferenciará em: fígado, pâncreas, tireoide,
paratireoide, tonsilas, revestimento epitelial da cavidade do
tímpano, antro timpânico e da tuba auditiva, e revestimento
epitelial dos tratos respiratório, digestório e da bexiga.
Após a formação dos órgãos e sistemas corporais, o organismo
deixa de ser um embrião e passa a ser considerado feto. No ser
humano este processo ocorre por volta da 8ª semana de
gestação, quando ainda temos pouco mais de um centímetro e
meio de comprimento.
SISTEMA DIGESTÓRIO
Antes de falarmos diretamente sobre digestão precisamos
entender o que são os nutrientes. Nosso corpo necessita de
substâncias químicas para executar as suas funções básicas para
permitir o desenvolvimento. Os nutrientes são divididos em
micronutrientes: água, vitaminas e sais minerais, e
macronutrientes: proteínas, lipídeos e carboidratos.
O sistema digestório tem a função de absorver os
micronutrientes e reduzir os macronutrientes em suas menores
partes para que estas possam ser também absorvidas.
A digestão envolve processos mecânicos, como a mastigação,
e químicos, graças à ação de enzimas específicas para cada tipo
de macronutriente. O movimento peristáltico ao longo do tubo
digestório auxilia impulsionando o bolo alimentar e fecal.
O processo de digestão se inicia na cavidade bucal com
mastigação e salivação (onde são encontradas amilase salivar e
lipase lingual), segue pela faringe, esôfago e estômago (que
secreta ácido clorídrico e as enzimas pepsina e lipase gástrica),
transformando o bolo alimentar em quimo. Na sequência está o
intestino delgado, que é subdividido em três partes: duodeno,
jejuno e íleo. No duodeno o quimo recebe o suco biliar
(composto de sais biliares) e suco pancreático (composto de íons
bicarbonato, as enzimas tripsina, quimiotripsina, lipase
pancreática e amilase pancreática) formando o quilo. O quilo
segue recebendo suco entérico no jejuno e íleo, finalizando o
processo de digestão enzimática. Assim, os nutrientes serão
absorvidos e direcionados para corrente sanguínea. O que não foi
digerido nem absorvido recebe o nome de fezes que, no
intestino grosso, passam por reabsorção de água. No reto as
fezes são moldadas para serem então eliminadas pelo ânus. É
importante lembrar que a celulose (fonte de fibras) não passa por
digestão, mas colaboram com o bom movimento intestinal.
Consideremos também a microbiota intestinal, fundamental
para a proteção e manutenção saúde como um todo, como um
componente relevante no funcionamento desse sistema.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Respirar é absorver o oxigênio e liberar o gás carbônico. A
respiração pode ocorrer no ar ou na água, isso varia em cada tipo
de ser vivo. Nos seres terrestres mais complexos temos os
pulmões como órgãos especializados em realizar a troca gasosa
com o sangue.
A entrada de ar se inicia pela cavidade nasal onde é aquecido
e filtrado por pelos. O ar segue pela faringe, glote, laringe (onde
temos as cordas vocais) e chega até a traqueia. A traqueia possui
anéis cartilaginosos que a mantêm sempre aberta e um epitélio
ciliado, mantendo o ar úmido e filtrado. A traqueia se bifurca nos
brônquios que, no pulmão, ramificam-se ainda mais nos
bronquíolos, toda essa ramificação de bronquíolos é chamado de
árvore brônquica. Ao final de cada bronquíolo temos um alvéolo
pulmonar, é nele que ocorre a hematose, por difusão simples: o
gás carbônico do sangue entra no alvéolo e o gás oxigênio do
alvéolo segue para o sangue.
Depois que o gás oxigênio é absorvido pelas hemácias do
sangue, o sistema cardiovascular irá distribui-lo para todas as
células do corpo e recolher delas o gás carbônico resultante da
respiração celular. O sangue sempre retorna aos pulmões para
que a hematose ocorra.
Os movimentos respiratórios são chamados inspiração e
expiração e em ambos ocorre a participação dos músculos
intercostais e do músculo diafragma. O ar é inspirado depois que
a contração desses músculos ocorra, o que gera aumento do
volume da cavidade torácica, baixa na pressão interna sugando o
ar para os pulmões. Na expiração, o relaxamento desses músculos
diminui o volume da caixa torácica, gerando aumento da pressão
interna empurrando o ar para fora.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
O coração, sangue e vasos sanguíneos formam o sistema
cardiovascular. Esse conjunto tem como função bombear o
sangue para que os nutrientes, hormônios e o oxigênio cheguem
até todas as partes do corpo e também para que as excretas
sejam recolhidas e direcionadas para os órgãos excretores como
pulmões e rins.
O sistema cardiovascular tem como sua bomba impulsionadora
o coração, um músculo muito potente.
A pequena circulação ocorre entre o coração e os pulmões,
tem a função de garantir as trocas gasosas para a respiração. A
grande circulação ocorre entre o coração e os demais órgãos do
corpo e nesta, o trajeto percorrido pelo sangue é bem maior.
Veias são vasos que trazem sangue ao coração, onde a pressão
é mais baixa e a presença de válvulas auxilia no retorno
sanguíneo.
Artérias são vasos de maior espessura, pois neles a pressão é
maior e sua função é de levar sangue do coração até todas as
partes do corpo.
Os capilares são vasos extremamente finos que entram nos
tecidos banhando as células com plasma e recolhendo parte
deste. O plasma que não é recolhido pelos capilares é drenado
pelos vasos linfáticos.
O sangue é um tecido líquido composto de aproximadamente
55% de plasma; 44% de hemácias; 0,8% de leucócitos e 0,2% de
plaquetas no ser humano.
SISTEMA CARDIOVASCULAR:
CORAÇÃO, VASOS
SANGUÍNEOS E SANGUE
O coração possui quatro cavidades, sendo as duas superiores
chamadas de átrios e as duas inferiores chamadas de ventrículos.
O sangue sempre segue do átrio para o ventrículo, passando
pelas válvulas cardíacas. Cada lado do coração, direito e
esquerdo, possui válvulas e vasos específicos.
Do lado esquerdo do coração chegam quatro veias
pulmonares, duas de cada pulmão, trazendo sangue rico em gás
oxigênio (sangue arterial). A veias cavas são duas, a superior
trazendo sangue dos braços e da cabeça e a veia cava inferior
trazendo sangue das pernas e abdômen, ambas veias cavas
carregam sangue rico em gás carbônico (sangue venoso) até o
átrio direito.
Do ventrículo direito sai a artéria pulmonar, mandando sangue
venoso aos pulmões para ser oxigenado. Do ventrículo esquerdo
sai a maior artéria do corpo: a artéria aorta, que leva sangue para
todas as partes do corpo e, por este motivo, a musculatura do
ventrículo esquerdo é um pouco mais espessa que do ventrículo
direito.
As hemácias (ou eritrócitos ou glóbulos vermelhos) possuem
hemoglobina e são células anucleadas responsáveis pelo
transporte de gases aos tecidos (principalmente oxigênio).
Os leucócitos ou glóbulos brancos são divididos em duas
categorias: granulócitos e agranulócitos, devido às substâncias do
citoplasma. Dentre os glóbulos brancos, o monócito é a maior
célula, tem um único núcleo, assim como o linfócito e o basófilo,
que são um pouco menores. O eosinófilo possui núcleo em
formato de ferradura o neutrófilo possui núcleo trilobado. Os
linfócitos tem a função de produzir anticorpos e defender o
organismo contra invasores. As plaquetas são fragmentos de
células e sua função é a de coagulação sanguínea, auxiliando no
processo de cicatrização. Todas as células sanguíneas são
constantemente produzidas pelas células-tronco da medula óssea
vermelha.
SISTEMA EXCRETOR
Excretas são as substâncias químicas resultantes do metabolismo
celular que devem ser eliminadas pelos órgãos excretores. O gás
carbônico é a excreta resultante do processo de respiração celular
e é eliminado pelos pulmões. As excretas nitrogenadas são
resultantes do metabolismo que envolve as proteínas e podem
ser de três tipos: amônia, ureia e ácido úrico. No ser humano, a
ureia é a principal excreta nitrogenada e é eliminada pelos rins.
Possuímos dois rins e eles funcionam como um filtro de
sangue onde as excretas são eliminadas junto com a água. A urina
normal possui água, ureia, um pouco de ácido úrico e amônia,
pigmentos, resíduos de medicamentos e hormônios.
O sangue chega aos rins pela artéria renal e é filtrado por
unidades chamadas de néfrons, cada rim possui um milhão
desses pequenos filtros. O sangue passa pelo glomérulo renal do
néfron onde o plasma é extravasado formando um filtrado, que,
ao ser recolhido e passar ao longo dos túbulos tem as
substâncias reabsorvidas restando ao final a urina. O hormônio
antidiurético ou vasopressina atua no túbulo contorcido distal do
néfron, fazendo com que grande parte da água retorne ao
sangue.
A urina é recolhida pelos ductos coletores e, de gotinha em
gotinha, cai no interior dos rins onde é direcionado para a bexiga
urinária. Quando a bexiga está cheia, eliminados a urina que
passa pela uretra. Uma curiosidade: a bexiga urinária das
mulheres é um pouco menor que a dos homens, isso porque o
espaço da pelve feminina deve ser dividido com o útero. Os
homens possuem a próstata e sua uretra tem também a função de
eliminar o sêmen.
É de extrema importância eliminar as excretas, pois se isso não
ocorrer nosso corpo ficaria intoxicado. Quando os rins não
funcionam mais, as pessoas devem realizar a filtragem do sangue
através de um aparelho de hemodiálise.
SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso juntamente com o sistema endócrino
comandam e controlam o funcionamento das funções vitais.
A principal célula do sistema nervoso é o neurônio, uma
característica dessa célula é sua excitabilidade e transmissão de
impulsos elétricos e químicos. Cada neurônio é capaz de
comunicar com dezenas de outros por sinapses. Na sinapse os
neurotransmissores permitem a comunicação entre os neurônios.
A bainha de mielina, um tipo especial de gordura, funciona como
isolante elétrico garantindo o fluxo da corrente elétrica dentro do
axônio.
O sistema nervoso é dividido anatomicamente em central e
periférico. O cérebro, cerebelo e o bulbo juntos constituem o
encéfalo, fazendo parte do sistema nervoso central juntamente
com a medula.
Os nervos cranianos e medulares/raquidianos formam o sistema
nervoso periférico, levando e trazendo os estímulos nervosos do
corpo todo.
O processamento das informações ocorrem no sistema nervoso
central e são transmitidos para todo o corpo através dos nervos.
O cérebro é subdividido em regiões ou lobos: o lobo frontal é
responsável pelo pensamento, planejamento e emoções; o lobo
parietal pela sensação de dor, pela gustação e pelo tato; o lobo
occipital pela visão; o lobo temporal pela emoção, memória e
audição. No interior do cérebro temos também o lobo límbico,
responsável pela informação emocional e sexual, além de
memória.
SISTEMA ENDÓCRINO
Hormônios são substâncias químicas (a maioria de natureza
proteica), secretadas por glândulas endócrinas e lançadas na
corrente sanguínea. Pelo sangue, o hormônio irá chegar aos
órgãos-alvo onde se ligam e desencadeiam uma ação. Os órgãos
que secretam hormônios tem a função endócrina.
A glândula hipófise, localizada no crânio, é chamada de
glândula-mestra, apesar de ter o tamanho de uma ervilha, ela
produz uma série de hormônios, muitos destes comandam outras
glândulas endócrinas. A hipófise sofre influência direta do sistema
nervoso central.
Segue abaixo uma tabela com as glândula endócrinas e seus
respectivo hormônios.

Glândula endócrina Hormônios(s)

Vasopressina, oxitocina, somatotrof ina, hormônio f olículo

estimulante, hormônio luteinizante, prolactina, hormônio


Hipóf ise
estimulador da tireoide, hormônio estimulador do córtes da

adrenal

Corpo pineal Melatonina

Tireoide Tiroxina e calcitonina

Paratireoide Paratormônio

Timo Timosina
Pâncreas endócrino Insulina e glucagon

Adrenais/suprarrenais Adrenalina, noradrenalina, cortisol e aldosterona

Ovários Estrógeno e progesterona

Testículos Testosterona

Relembrando que todo esse sistema nervoso está intimamente


ligado ao sistema endócrino/hormonal que, juntos comandam e
coordenam nosso corpo.
SISTEMA REPRODUTOR
MASCULINO
O Sistema Reprodutor Masculino é responsável pela produção de
hormônios, principalmente a testosterona, pela cópula e também
pela produção e eliminação dos espermatozoides.
Durante a puberdade a testosterona desencadeia uma série de
mudanças no corpo do menino como o aumento da massa
muscular, engrossamento da voz, crescimento de pelos em
regiões do corpo, produção e eliminação do sêmen. Mudanças
no comportamento e no interesse também são comuns na
puberdade.
Diversos órgãos constituem o sistema reprodutor masculino. A
uretra é o canal que elimina a urina e o sêmen e faz parte,
simultaneamente, dos sistemas reprodutor e excretor/urinário. A
próstata regula a saída de urina ou sêmen pela uretra. Os
testículos são ovais e pares, as gônadas masculinas, localizados
abaixo do pênis no interior da bolsa escrotal.
Os espermatozoides são produzidos nos testículos, cada
testículo possui centenas de túbulos seminíferos, onde os
espermatozoides são lançados. Estes túbulos se juntam no
epidídimo, que e os armazena. Na sequência temos o ducto
deferente, que passa pelo interior da virilha e dá a volta na bexiga
urinária chegando à próstata. Junto à próstata, os
espermatozoides recebem secreções leitosas e espessas que são
o líquido seminal, produzido pela vesícula seminal, e líquido
prostático formando o sêmen. O sêmen portanto é composto por
espermatozoides e secreções seminais e prostática que nutrem e
mantem a mobilidade dos espermatozoides, neutralizam a ação
da urina e a acidez da vagina.
Externamente temos o pênis, órgão cilíndrico que no interior
apresenta dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso, são
irrigados por artérias os enchem de sangue durante a ereção. O
pênis tem a parte anterior chamada de glande, ela é repleta de
terminações nervosas o que lhe confere alta sensibilidade.
No momento da ejaculação o sêmen é expelido graças à
contração da próstata e da musculatura pélvica.
SISTEMA REPRODUTOR
FEMININO
O Sistema Reprodutor Feminino é responsável pela produção dos
hormônios estrógeno e progesterona, pela produção e liberação
dos ovócitos, pela cópula, pela gestação e parto. Um par de
ovários formam as gônadas femininas.
Na puberdade o estrógeno desencadeia mudanças no corpo
da menina como crescimento de pelos em determinadas regiões,
aumento das mamas, acúmulo de gordura nos quadris e ciclo
menstrual. Mudanças no comportamento e no interesse também
são comuns nesta fase.
Internamente temos os ovários, já com milhões de ovócitos,
que, ao concluírem sua maturação, são liberados na tuba uterina,
geralmente um por ciclo, no que chamamos de ovulação. Na tuba
uterina é que a fecundação deve ocorrer para gerar um embrião.
Cada tuba uterina desemboca no útero, um órgão exclusivo
feminino, de constituição musculosa. Internamente ao útero
temos uma mucosa que forma um tecido especial chamado
endométrio, onde o embrião se fixa para haver a gestação e, se a
mulher não engravidar, o endométrio se descola e sai pelo canal
vaginal, fenômeno conhecido como menstrução.
O útero tem o formato de um pera invertida e fica localizado na
pelve, em frente à bexiga urinária. Entre o útero e o canal vaginal
temos o colo do útero, que apresenta um orifício por onde o
fluxo menstrual é eliminado e também por onde os
espermatozoides adentram. É no início do canal vaginal que uma
membrana conhecida como hímen se localiza, essa membrana
protege a genitália interna de infecções que podem ocorrer na
infância. Algumas meninas nascem sem essa membrana.
Externamente temos o pudendo feminino, formado pelo
monte pubiano, por grandes e pequenos lábios, pelo clitóris e
visualizadas a abertura da uretra e da vagina.
Durante o parto natural hormônios promovem a dilatação do
colo do útero e do canal vaginal, então, contrações uterinas
promovem a descida do bebê e sua saída.

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