Botulismo
abdominal;
Definição: paralisia motora, radicalmente fatal,
por meio de ingestão das toxinas, uma
intoxicação.
Etiologia: Clostridium botulinum, bastoneto gram
+, formador de esporos ovais, anaeróbico, móvel
por flagelos peritríquios. P.I. 35ºC.
Fatores de virulência: são 7 tipos de toxinas: A, B,
C (Calfa e C beta), D, E, F, G. Sendo mais ativa
A.
Viabilidade: 6 meses em cadáveres, fervura
(100ºc) é de 5 horas e a 120ºC ele tem viabilidade
por 10 – 20 minutos. São destruídos com ácido
clorídrico a 10% por 1 hora e formalina 20% em
24 horas. A toxina sobrevive à luz do sol,
dessecação e congelamento.
Epidemiologia: sua distribuição é mundial,
encontrado na água e no solo. As espécies
afetadas são animais de sangue quente, inclusive
aves, peixes. Equinos são mais sensíveis que as
outras espécies.
Transmissão: alimentos mal condicionados,
consequência pela ingestão que ocorre pelo
homem.
Vegetais, vegetação morta, cadáveres.
Em bovinos: a doença afeta com maior frequência
as vacas lactantes com cria ao pé, raramente ataca
bezerros. Os surtos epizoóticos são mais
frequentes no período das chuvas.
Cavalos e caprinos raramente apresentam
osteofagia.
Patologia: a porta de entrada é pelas mucosas do
aparelho digestivo e a toxina é facilmente
absorvida pelos linfáticos. Atuando na junção
neuromuscular, onde exerce efeitos bloqueadores
a liberação pré sináptica da acetilcolina, causando
paresia e paralisia flácida de diferentes músculos.
Sintomas clínicos: o p.i. e a evolução da doença
vão depender da quantidade de toxina ingerida
pelo animal podendo varias de horas há dias.
 Dificuldade de locomoção com
incoordenção;
 Fraqueza muscular;
 Falta e flexão dos membros;
 O animal permanece em decúbito esterno-
 Transtorno do movimento;
 Param de beber água e de se alimentarem;
 Paresia da língua e faringe;
 Paresia progressiva;
 Decúbito lateral;
Nos cães os sintomas tem algumas diferenças:
quadriplegia; hiporreflexia; hipotonia; midríase;
tônus mandibular diminuído; reflexo de náuseas
diminuído; reflexo palpebral diminuído; latidos
fracos.
Prognostico: desfavorável, letalidade muito alta.
Patologia: não há lesões
Diagnostico: demonstração da toxina no conteúdo
gastrointestinal, fígado, soro sanguíneo ou
alimentos contaminados, através de provas de
neutralização em camundongos com antitoxinas
especificas.
Tratamento: a antitoxina especifica ou polivalente
pode ser usada, mas sua eficácia é questionável.
O uso de estimulantes do SN é feito
principalmente em equinos e caninos. No homem
tem se utilizado o cloridrato de guanidina (11
mg/kg) para maior aceleração de acetilcolina.
O uso de antibióticos deve ser feito caso o animal
desenvolva infecção secundária, porem o uso de
Aminoglicosídeos deve ser evitado, pois também
podem bloquear a transmissão neuromuscular.
Controle: manejo!! Correção da deficiência de
fosforo nas pastagens, suplementação da dieta
com fósforo, uso de vacinas, trocar a dieta dos
animais, eliminação de cadáveres por meio de
incineração ou cobrindo com cal longe de lençol
freático
Campylobacter
NÃO OCORRE EM EQUINOS!!
Doença da reprodução venérea sua transmissão é
pelo coito.
Campylobacter fetus: subsp. Venerealis (bovinos),
subsp. Fetus (ovinos).
Enterocolite aguda (homem): Campylobacter
jejum (agente importante na saúde pública),
Campylobacter coli.
Sinonimia: vibriose genital
Definição: doença infecto contagiosa, causada
pelo Campylobacter afetando ovinos e bovinos.
Causando repetição de cio em intervalos
irregulares, aborto e infertilidade temporário ou
permanente.
Etiologia: gênero Vibrio, Campylobacter fetus:
subsp. Venerealis (bovinos), subsp. Fetus (ovinos,
não é venéreo, ingere pela água).
Habitat: mucosa genital macho e fêmea
Morfologia: gram -, bastonete, delicado, com
formas variadas, não sobrevive em condições boas
de O² (microaerófilo). Sua viabilidade/
desinfecção é baixa de 56ºC/ 5 minu. Ele morre no
calor e no frio e não resiste a diferença de pH.
Epidemiologia: distribuição geográfica é mundial
porem acomete mais na América Central e Sul,
sendo as espécies afetadas Campylobacter fetus:
subsp. Venerealis (bovinos), subsp. Fetus (ovinos,
não é venéreo, ingere pela água).
Mortalidade ocorre o surto e depois endemia,
letalidade é muito baixa, praticamente nula.
Transmissão: ocorre pelo coito, comportamento
homossexual, fômites/inseminação (vagina
artificial/ espéculo/ sêmen contaminado/mão dos
funcionários, cama contaminada).
Patogenia: macho é apenas portador, não tem sinal
clinico e nem alteração do sêmen.
A fêmea ocorre infecção ascendentes, ocorre a
colonização, entra pela vagina — cérvix --- útero
(+- 15 dias) vai para o corno uterino, oviduto e
trompas, ocorrendo o aparecimento de Ac locais
+- 48 dias pós-infecção.
Clínica: Infertilidade e falha de concepção, cios
repetidos à intervalos irregulares, endometrite,
aborto (4/5 – 7 meses) podendo ocorrer retenção
placentária.
O aborto ocorre com endometrite, placentite,
necrose; a placenta semi-opaca; feto em flocos de
pus no peritônio visceral.
Diagnostico: clinico e epidemiológico.
Laboratorial: placenta, mas normalmente já está
contaminada; feto pode mandar conteúdo
estomacal para fechar diagnostico; lavado
prepucial do touro; muco cervical. Todos
necessitam de meios de transporte adequado
TEM.
Cultura; iluminação de campo escuro;
imunofluorescência direta/PCR; elisa (IgA em
muco vaginal). Não se usa novilha para
diagnostico.
Prognóstico nas vacas é boa.
Tratamento: são sensíveis a tetraciclina;
eritromicina; dihidroestreptomicina => melhor
Quando o processo é local o tratamento é local,
quando sistêmico pode fazer junto com o local.
Imunológico: vacina terapêutica.
Profilaxia: seleção de animais; animais doentes
suspensos da reprodução; inseminação artificial;
vacinação 3 a 2 meses antes da monta, porem a
imunidade não é duradoura.
Leptospirose
Definição: doença infectocontagiosa podendo ser
aguda ou crônica, é uma doença da reprodução,
sendo veiculada pela água.
Etiologia: espiroquetas (forma de cabide), são
moveis e aeróbios, é uma bactéria que escolhe os
túbulos renais, sua via de eliminação principal é a
urina.
Não se cora bem com gram, coloração com sais de
prata, iluminação de campo escuro.
Meios enriquecidos  soro de coelho; soro Nos suínos ocorre aborto, sendo infectados em
albumina bovina; vitamina B (B1/B2); sais tempos diferentes podendo nascer uma parte
minerais/ác graxos. morta e outra fraca.
Crescimento demorado, temperatura em meio de Nos cães acomete animais mais jovens, ocorre o
Fletcher 30º, viabilidade morrem fácil, pH 7,2 a processo hemorrágico com icterícia, que ocorre
7,4 neutro ou alcalino. nas primeiras 24 horas. Já em cães mais velho
ocorre icterícia de cor mais forte rubimica pois é
Epidemiologia: a distribuição, região tropical,
forma urêmica.
terra úmida (pH 7,2-7,4 vai sobreviver de 13-
Nos cavalos não tem usualmente como os outros.
30dias). Áreas propicias, água de chuva, urina (pH
Ocorre oftalmiaperidica, ocorre depois de 2 a 8
neutro ou ligeiramente básico). Fatores
meses, tem como uma reação alérgica.
predisponentes: densidade populacional;
promiscuidade animal; contato com áreas
alagadas; lixão.
Predisposição para animais mais jovens, porem
acomete todas as idades.
Portadores verdadeiros: portador predileto ele
elimina o resto da vida a não ser que seja
eliminado, e portadores temporários:
Transmissão: os portadores eliminam a
urina/água.
Tem também a transmissão pelo coito pois é uma
doença venera, leite, carcaça, transplacentária, Diagnóstico: Pode ser agudo ou crônico sempre
vetores, lambedura. clinico e epidemiológico.
Diferencial: bovinos: abortiva, anemia. Suínos:
Patogenia: a porta de entrada é pele lesionada,
diversas da reprodução. Caninos: intoxicação
abrandada (enrugada), mucosa integra.
cumarínicos.
A Leptospiremia vai para o órgão de eleição
Fígado e depois para os focos secundários de
multiplicação (rim, úbere, glândulas mamarias,
cérebro, pulmão, órgão da reprodução).
O quadro agudo ocorre febre, anemia,
hemoglobinemia, hemoglobinúria, icterícia.
Túbulos renais: Leptospirúria, vai ter
glomerulonefrite, albuminúria persistente.
Glândula mamaria: ocorre alteração palpáveis
Útero: 25 - 40% dos casos ocorre morte fetal,
aborto de feto autolisado.
Quadro Clínico: P.i é de 3 a 4 dias ou até 14 dias
em bovinos, em cães é de 5 a 20 dias.
O disgnostico de rebanho é feito por teste de
aglutinação microscópica (SAM=soro aglutinação
microscópica).
Tratamento: identificação e tratamento dos
animais doentes. Em bovinos se usa
Dihidroestreptomicina (antibiótico que chega nos
túbulos renais).
Caninos: Doxiciclina, Dihidroestreptomicina,
Hepatoprotetores, dieta energética (arroz com leve
cheiro de carne).
Suinos: Terramicina na ração porem não é o
melhor, Dihidroestreptomicina é um antibiótico
agressivo.
Equinos: Dihidroestreptomicina
A fase aguda é sensível a penicilina.
Eles sobrevivem em ambientes úmidos
País de 1º mundo não tem mais aftosa, a zona
livre sem vacinação no Brasil é o Estado de Santa
Catarina.
As espécies afetadas são animais biangulares
(casco bipartidos) são mais de 70 animais.
Sexo e idade: animais mais jovens tem imunidade
colostral e os mais velhos tem imunidade
adquiridas, então normalmente os animais que
contrai a doença são de meia vida nem tão jovens
e nem tão velhos.
Fatores de susceptibilidade  aves veicula o
vírus.

Controle e profilaxia: deve ser feito a vacinação,
drenagem de águas paradas, cloração da água,
desinfecção e limpeza, controle de roedores,
controle de animais silvestres, isolamento dos
animais afetados, quarentena de animais recém-
adquiridos.
Doenças Vesiculares
Estomatite vesicular; exantema vesicular; doença
vesicular dos suínos  não existe no país, são
doenças exóticas cujo o suíno é a sentinela
Febre aftosa (se alastra rapidamente, teoricamente
não se encontra mais no país)
Transmissão: ocorre por contagio indireto
(animais doentes/portadores) estando ambos no
mesmo espaço e tempo. Aerossóis; água
contaminada; veiculadores animados; leite/carcaça
(eliminação); sêmen (eliminação); sacos de ração
(contaminação); couro (contaminação); alimentos
(contaminação).
Morbidade de 100% e letalidade de 1 a 2% se for
do tipo C é de 4 a 5%.
Imunidade: o vírus sofre mutação de tipo ou outro
subtipo.
Faltou a professora terminar a aula!!

É uma doença infectocontagiosa de caráter agudo

e epidêmica, vesículas na mucosa oral e febre, a
morbidade é de praticamente 100% do rebanho.
Etiologia: RNA vírus (sem envelope sendo mais
complicada a erradicação/descontaminação),
família picornaviridade (pequeno), gênero
Aphtovirus
A vacinação causa lesão por conta do coadjuvante
= óleo.
Existem 7 tipos imunologicamente distintos: A, O,
C, SAT 1, SAT 2, SAT 3, Asia1
No Brasil: A (13, 16, 17, 24,...)
Viabilidade: fatores ambientais; materiais
contaminados com sangue/ secreção  sobrevive
mais tempo.
Carcaça/ produtos de origem animal; pH
desinfetantes  ac cítrico 0,2%, solução mãe
10%, carboidrato de sódio 4%, formalina 10%