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o Não há predisposição sexual ou racial.

É uma das doenças infectocontagiosas mais o Idade – maior incidência entre 60 e 90 dias,

importantes para cães. quando há diminuição da taxa de Acs


maternos passivamente transmitidos. Mas
o Causada por um Morbillivirus que acomete
pode acometer animais de qualquer faixa
os epitélios, sistema imune e SNC.
etária.
o Manifestações clínicas agudas, subclínicas e
o Mais de 50% das infecções são subclínicas
crônicas.
ou com sinais clínicos moderados.
o Caracterizada por diarreia, pneumonia,
o Até 75% dos cães susceptíveis eliminam o
hiperqueratose de coxins e plano nasal,
vírus sem manifestar sinais clínicos.
secreção ocular e alterações neurológicas.
o Mais de 30% dos cães tem envolvimento
o Altas taxas de mortalidade.
neurológico.
o Os animais podem apresentar a infecção

Gênero Morbillivirus, da família Paramyxoviridae. subclínica e posteriormente desenvolver


sinais neurológicos.
o RNA fita simples.
o Envelopado.
o Hemaglutinina – ligação do vírus à célula, o Aerossóis e gotículas contendo o vírus –
tropismo celular e mutações (diferentes secreções respiratórias, fezes e urina.
linhagens). o Baixa resistência do vírus ao ambiente –
o Tropismo por células do sistema imune, o que contato direto entre o animal infectado e o
causa efeitos imunossupressores, destruição susceptível.
celular e modulação da resposta imune o Vírus é eliminado 7 dias após a infecção. Os
inata. animais podem eliminar por até 90 dias.
o Pantrópico – neurotropismo e virulência o Transmissão vertical – transplacentária (rara),
variam de acordo com a cepa. apenas fêmeas em fase de viremia, ou
o Lábil – inativado pelo calor e procedimentos neonatal.
rotineiros de limpeza e desinfecção. o Período de incubação – 1 a 4 semanas. Vai
o Sensível ao éter e aos solventes lipídicos. depender da idade do animal, resposta
o Em climas quentes não sobrevive nos canis imune e patogenicidade da amostra viral.
após retirada dos animais enfermos. o Sinais neurológicos aparecem até 4 meses.
o Hipoclorito a 3% por 10 minutos.

o Replicação em medula óssea, timo, baço,


O Brasil é considerado país endêmico para a linfonodos mesentéricos, placas de Peyer,
cinomose. Aparece principalmente no inverno, células estomacais, células de Kupffer e
em épocas chuvosas e logo após campanhas de células ao redor dos vasos pulmonares e
vacinação antirrábica. bronquiais (1º pico febril e intensa
leucopenia) – 8 a 10 dias.
o Cão é o principal reservatório para o vírus da
o Principal característica da infecção no SNC
cinomose, servindo como fonte de infecção
é a panencefalite com desmielinização.
para animais selvagens.
Histórico Não há terapia antiviral específica eficaz, o

Falta de vacinação ou protocolo incompleto, tratamento é sintomático e de suporte.

vacinas inapropriadas, colostro da mãe com


o Nutrição e hidratação.
títulos inadequados de Acs, imunossupressão e
o Anticonvulsivantes.
exposição a cães infectados.
o Mucolíticos e expectorantes.

Sinais digestórios o Colírios para conjuntivite.


o Antieméticos, protetor de mucosa e
Anorexia, vômitos e diarreia.
probiótico.
Sinais respiratórios e oculares o Antibioticoterapia para tratamento de
infecções secundárias.
Rinite, conjuntivite, ceratoconjuntivite seca,
o Complexos vitamínicos – vitamina A
descarga nasocular serosa e mucopurulenta e
(modulador da imunidade), vitamina B
broncopneumonia.
(nutrição de neurônios e células da glia,
Sinais epiteliais estimulante do apetite, coenzima de
Hiperqueratose dos coxins e plano nasal e pústulas diversas reações metabólicas) e vitamina E
abdominais. (antioxidante).
o Acupuntura, toxina botulínica e fisioterapia
Sinais neurológicos
para mioclonias e sequelas motoras.
Hiperestesia, rigidez cervical, paresia, convulsões, o Analgésicos.
déficits proprioceptores e motores, mioclonias e o Antioxidantes.
alterações de comportamento.

Sinais dentários
o Reservado: animais sem sinais neurológicos.
Hipoplasia de esmalte dentário e filhotes
o Reservado a desfavorável: encefalite.
infectados antes da erupção dos dentes
o Eutanásia: quando há quadros neurológicos
permanentes.
muito complicados.

Sinais clínicos e exames complementares.


o Vacinação – V10, V8 ou V7.

o Patologia clínica: anemia, linfopenia, → Nobivac Puppy: massa viral 10x maior

leucopenia ou leucocitose, corpúsculos de que a maioria das vacinas. Pode ser

Lentz. usada a partir de 4 semanas de vida

o Testes imunocromatográficos p/ detecção para cães de locais de risco e que não

antígeno. mamaram o colostro.

o Mucosa nasal, saliva, conjuntiva, urina, → Iniciar vacinação entre 6 e 8 semanas

líquor, soro ou plasma. de idade. Repetir a cada 3 ou 4

o Métodos moleculares. semanas, até que o animal tenha 16

o Isolamento viral. semanas de idade. Última dose deve

o Imunofluorescência direta. sempre ser administrada com 16

o Métodos sorológicos. semanas ou mais.

o Diagnóstico molecular (PCR) é o teste ouro!


o Desinfecção adequada – não há
necessidade de vazio sanitário.
o Separar animais infectados dos animais
saudáveis.

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