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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ-UESPI

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS-FACIME


MATÉRIA:MICROBIOLOGIA
PROFESSORA:LILINE

LEPTOSPIROSE E
BORRELIOSE
ALUNOS: VICTOR FROTA E BRUNO ALVES
Morfologia e estrutura:

● Tamanho:
0.1micrômetro de largura
10 a 20 micrômetros de comprimento
● Forma:
bactérias finas, alongadas e helicoidais
extremidade em ganchos ou retas(movimentação)
● Habitat:
ambientes aquáticos ou solos lamacentos
Epidemiologia:

● Zoonose com ampla distribuição mundial(1.700.000 casos/ano)


● Principais reservatórios roedores
● Transmissão contato indireto
● Problemas relacionados:
saneamento básico
pobreza
● Algumas recomendações:
Imunopatogenia e fatores de virulência:

●Diversas formas clínicas


●Primeira fase:
febre, dores musculares, dor de cabeça e náuseas
estímulo inicial é feito pelo LPS
●Segunda fase:
insuficiência renal, insuficiência hepática e diátese
hemorrágica(Weil)
●Em alguns pacientes, desenvolve-se (SPHL)
hemorragia pulmonar, insuficiência respiratória
Diagnóstico:

● Sinais clínicos:

inespecíficos
● Fase inicial

testes sorológicos(aglutinação em placa ou látex, ELISA)


● Teste de soroaglutinação microscópica(MAT)

padrão-ouro
Tratamento e Profilaxias

● Tratamentos de escolha:

benzilpenicilina endovenosa
internação hospitalar(manutenção da volemia e controle de eletrólitos)
eritromicina ou doxiciclina
● Medidas a serem tomadas:

saneamento básico
uso de indumentárias de proteção individual
vacinação em animais domésticos
Relato de caso:

J.A.M, 62 anos, sexo masculino, casado, aposentado, procedente de Socorro,


admitido no pronto-socorro do Hospital Universitário São Francisco com
quadro de mialgia há uma semana, inicialmente acometendo região lombar,
progredindo para membros inferiores e finalmente tornando-se generalizada.
No decorrer dos sete dias também apresentou febre aferida, cefaléia, dor
abdominal, náuseas, vômitos, inapetência 6 e oligúria. Há 48 horas, iniciara
quadro de diarréia aquosa, com melhora da febre e cefaléia.
● Ao exame de admissão, apresentava-se em regular estado geral,
descorado+/4, desidratado+++/4, ictérico+/4, acianótico, eupnéico, FC:
116bpm, PA: 80X60 mmHg, afebril, consciente e orientado
● sorologia hepatite B e hepatite C negativas, sorologia dengue negativa
Borrelia: Morfologia e estrutura
● Tamanho
Diâmetro de 0,2 micrômetros e comprimento de 8-30
micrômetros
● Forma
Ondular e planar, uma forma única conferida pela morfologia do
endoflagelo
Mutantes de Borrelia burgdorferi que não sintetizam a proteína
FlaB (flagelina) apresentam forma de bastonete
Ambientes desfavoráveis (pH, temperatura) formas: císticas,
granulares ou sem parede
Borrelia: Morfologia e estrutura

● Membrana externa

Lipo-oligossacarídeo (LOS)
Lipoproteínas (Osps, de outer surface proteins)
● Periplasma

Entre 7 e 20 endoflagelos
Camada de peptídeoglicano
Ciclo Enzoótico e Epidemiologia:

● Ciclo de vida: Alterna entre artrópodes hematófagos (carrapatos do


gênero Ixodes), hospedeiros mamíferos ou aves
● Carrapatos no estágio de ninfa ou adultos podem transmitir Borrelia
aos seres humanos
● Doença de Lyme:
Endêmica nos EUA, é a enfermidade transmitida por vetores mais
comum no país
No Brasil, a doença é de notificação obrigatória, associada ao
carrapato da espécie Amblyomma cajennense
Fatores de Virulência
● Espiroqueta invasiva e persistente - infecção não toxigênica -
manifestações clínicas resultantes principalmente do estímulo à
resposta inflamatória
● Proteínas de B. burgdorferi importantes para adesão - permanência -
transmissão - patogenia da bactéria:
OspA (interage com uma proteína do carrapato)
P66 (interage com integrinas)
BBK32 liga à fibronectina
DbpA liga à decorina
Bgp liga a heparan sulfato e dermatan sulfato
OspA e OspC são capazes de ligar ao plasminogênio
Fatores de Virulência

● Mecanismos de evasão do sistema imune:

Variação antigênica via recombinação gênica (variação VlsE)


Inativação do complemento - B. burgdorferi expressa lipoproteínas de
superfície que ligam ao fator H do hospedeiro
Diagnóstico e Tratamento

● O diagnóstico da Doença de Lyme baseia-se inicialmente:


Sinais clínicos: dores locais nas articulações ou nos músculos - fadiga -
febre - mal-estar - erupção cutânea com padrão olho-de-boi - manchas
vermelhas - dor de cabeça - inchaço nas articulações
Histórico recente de permanência em região geográfica endêmica ou
suspeita
● Diagnóstico Laboratorial
Teste ELISA ou teste de imunodeficiência indireta (primeira abordagem)
Teste de Western-blot (diagnóstico positivo)
Diagnóstico e Tratamento

● Tratamento Doença de Lyme


Doxiciclina, penicilina, tetraciclina ou amoxicilina
● Diagnóstico da Febre recorrente
Observação das bactérias no sangue periférico ou no líquor do paciente
● Tratamento da Febre recorrente
Penicilina, tetraciclina ou eritromicina
OBS: Febre recorrente é causada por outras espécies de Borrelia
(B. recurrentis, B. hermsii, B. parkerii, B. duttoni, B. turicatae)
Profilaxia das Borrelioses
● Evitar atividades ao ar livre em áreas endêmicas de mata que
contenham carrapatos vetores
● Usar repelentes de insetos (20 a 30 % de DEET)
● Aplicar na roupa produtos que contenham permetrina
● Procurar vetores também em animais de companhia
● Lavar as roupas, em seguida, secar em altas temperaturas por 60
minutos, pelo menos
Referências

MURRAY, Patrick R.; ROSENTHAL, Ken S.; PFALLER,


Michael A. Microbiologia médica.8 Ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2017.

https://run.unl.pt/bitstream/10362/25693/1/
TESE_Definitiva_SALIMA_JAMAL_MST.pdf

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