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AULA 3

Doenças
Bacterianas
Daniele Rodrigues
Médica Veterinária
CONTEÚDO
Escherichia coli.
Família Enterobacteriaceae
(Enterobactérias)

 São bacilos Gram negativos;

 Não formam esporos;

 Anaeróbicos facultativos (conseguem viver tanto em um ambiente com gás


oxigênio quanto sem gás oxigênio);
◦ Anaeróbicos obrigatórios: não sobrevivem na presença de O2.

 Habitam: solo, água, vegetação e principalmente TGI;

 Algumas são patogênicas para o homem.


Família Enterobacteriaceae
Enterobactérias

FONTE: http://microbiologia.comunidades.net/enterobacterias2
Causado por?

FONTE: http://bahiadopovo.com.br/noticias/2097-2016/02/01/medico-denuncia-surto-de-infeccao-intestinal-em-brumado-
tanhacu-ituacu-caetite-e-adjacencias
ESCHERICHIA COLI

FONTE: http://profissaobiotec.com.br/escherichia-coli-uma-ferramenta-importante-para-biotecnologia/
Escherichia coli
 A E. coli, usualmente, permanece sem causar dano, confinada ao
lúmen intestinal;

Entretanto em indivíduos debilitados ou imunossuprimidos, ou ainda


quando as barreiras imunes do trato gastrointestinal são violadas,
mesmo as espécies não patogênicas podem causar infecções
(NATARO e KAPER, 1998).
5 Categorias de Escherichia coli
patogênicas
EPEC (enteropatogênica);
ETEC (enterotoxigênica) Diarréia do viajante
EIEC (enteroinvasiva);
EAEC (enteroagregativa);
EHEC (enterohemorrágica); ZOONOSE
STEC (shigatoxigênica);
- colite hemorrágica (CH) e síndrome hemolítica urêmica
(SHU) no homem.
ETEC (enterotoxigênica)
“Diarréia do viajante”
Tipos de Escherichia coli
Escherichia coli

• Existe uma toxina que é produzida pela cepa O157H:7 de E. coli


que coloniza o trato gastrointestinal dos bovinos e pode ser
transmitida para o homem através do consumo de carne
contaminada mal cozida, leite e verduras cruas.

• Comum casos de contaminação pelo consumo de hambúrgueres.


Escherichia coli
Fatores que podem predispor à infecção por Escherichia coli são as
mesmas para a Salmonella:

 Falta de higiene;

 Estresse (transporte, superlotação, temperaturas elevadas,


prenhez);

 Alterações repentinas nas rações, alterando a microbiota intestinal;

Imunossupressão.
Escherichia coli

Idade (animais e pessoas mais novas).


- Muito comum em bezerros, cordeiros e leitões.

Animais:
• Precisam receber os anticorpos da mãe;
• Possuem o organismo naturalmente mais frágil;
• Em suínos é FREQUENTEMENTE FATAL
EHEC – produtora de
Shiga provoca diarréia
sanguinolenta
FONTE: https://veja.abril.com.br/saude/bacteria-e-coli-presente-em-hamburguer-infecta-8-criancas/

FONTE: https://foodsafetybrazil.org/listeria-e-e-coli-atormentam-aos-brasileiros/
COLIBACILOSE
 Acomete principalmente, os bezerros nas três primeiras semanas
de vida.

 Manifesta-se como uma diarréia de cor esbranquiçada, de cheiro


desagradável;

 O animal torna-se apático; há perda de apetite, emagrecimento


progressivo e, em alguns casos, morte repentina.
COLIBACILOSE

FONTE: https://gepsaa.wordpress.com/2013/02/28/diarreia-de-leitoes-na-maternidade/
COLIBACILOSE

FONTE: http://www.realh.com.br/pecuariaforte/prejuizos-causados-pela-diarreia-em-bezerros/
A Escherichia coli é uma das bactérias
principais em casos de ?
PIOMETRA

Colibacilose

FONTE: http://upat.org.br/piometra-causas-sintomas-tratamento/
Urgências Reprodutivas de 2008 à 2010

FONTE: Hospital Veterinário Montenegro


DADOS

Em uma pesquisa realizada pela Fundação Educacional de


Ituverava, no estado de São Paulo, revelou que cerca de 5% das
cirurgias realizadas naquela cidade eram para combater casos da
doença.

Pesquisa de 10 de junho de 2018.


DEFINIÇÃO

É uma infecção bacteriana que acontece no endométrio (tecido que


reveste as paredes internas do útero) e é uma infecção secundária
que ocorre como um resultado de mudanças hormonais no aparelho
reprodutor das fêmeas.
PIOMETRA
 Observada durante o diestro - produção de progesterona pelo corpo lúteo, ou ainda
após a administração de progestágenos exógenos;

 Principal hormônio envolvido neste distúrbio é a progesterona - estimular o


crescimento e atividade secretória das glândulas endometriais e diminui contratilidade
miometro.

 Proliferação excessiva de glândulas produtoras de muco e formação de cistos no


endométrio, acompanhado por edema, infiltração de linfócitos e plasmócitos e acúmulo
de fluido no lúmen uterino.
PIOMETRA
 Contaminação bacteriana deste fluido se dá por via ascendente,
presumivelmente da flora vaginal, havendo colonização no útero
anormal;

 Desenvolvimento da piometra;

 Escherichia coli;

 Streptococcus, Pseudomonas, Salmonela, Proteus e Klebsiella


Piometra
Sinais Clínicos

 Aberta – corrimento vulvar purulento, mucopurulento ou


sanguinolento;

 Fechada - pior prognóstico devido a um maior risco de septicemia


ou endotoxemia;
◦ Compressão os distensão uterina pode permitir que o conteúdo
uterino infectado extravase dos ovidutos e cause peritonite.
SINTOMAS

FONTE: http://www.clinicaeobicho.com.br/news/piometra-o-que-eu-preciso-saber/
Piometra
Sinais Clínicos
Distensão abdominal;
Anorexia;
Letargia;
Perda de peso;
Vômito;
Desidratação;
Poliúria;
Polidipsia;
Aumento ou diminuição da temperatura corpórea;
Choque e coma.
Piometra
Diagnóstico

Histórico clínico reprodutivo;

Exame físico;

Hemograma - leucocitose acentuada com neutrofilia ;

Bioquímica sérica;

Urinálise;

Citologia vaginal

Radiografia e ultrassonografia abdominal.


Relembrando Farmacologia

CHOQUE

Pode ser entendido como um estado clínico de déficit circulatório


agudo, grave e generalizado, resultando em hipóxia celular com as
suas consequências.
RISCOS

Se não diagnosticada a tempo ou demorar para


realizar o tratamento pode causar choque séptico.
TRATAMENTO

 Os antibióticos intravenosos devem ser administrados assim que possível e


os de escolha incluem ampicilina (30 mg/kg IV, a cada oito horas),
enrofloxacina (5 a 10 mg/kg IV, a cada 12 horas) e cefoxitina (10 a 30 mg/kg
IV, a cada seis horas).

 Os aminoglicosídeos são evitados ou usados com cautela nos pacientes com


hipotensão ou função renal prejudicada.

 A fluidoterapia é mantida para as necessidades de manutenção e reposição


de perdas.
TRATAMENTO

 Essa antibioticoterapia vai eliminar as bactérias presentes na


circulação sanguínea e o animal vai se estabilizar um pouco, porém
o infiltrado permanece no útero;

 Após o animal melhorar ele já pode fazer a OSH


(Ovariohisterectomia).
RESUMO TRATAMENTO

1º = Analisar se é fechada ou aberta.

2º = Fluidoterapia e Antibioticoterapia.

3º = Decidir:

Cirurgia (ovariohisterectomia): fechada, idosas, casos graves,


sem interesse comercial.

Clínico (prostaglandinas): aberta, animal jovem, bom estado de


saúde e caso o animal tenha fins comerciais.
CONCLUSÃO

 O tratamento cirúrgico da piometra possui bom prognóstico.

 O sucesso e o desfecho do caso dependem da identificação


precoce, estabilização apropriada antes da cirurgia e boa conduta
pós–operatória.
PIOMETRA

FONTE: http://www.goldenfriendforever.com.br/piometra-o-inimigo-que-pode-ser-fatal/
PIOMETRA

FONTE: http://www.seubuldoguefrances.com.br/2010/11/piometra.html
PERGUNTA
Por que contraceptivo aumenta as chances de desenvolver
piometra?

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