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ENTEROBACTÉRIAS

Profª: Ana Beatriz Alkmim T. Loyola


Prof. Flávio Antonio de Melo
BACILOS GRAM NEGATIVOS
Características Gerais
✓ Bastonetes gram negativos.
✓ Habitat natural: trato intestinal de seres humanos e
animais.
✓ Bactérias aeróbias ou anaeróbias facultativas.
✓ Fermentam grande quantidade de carboidratos
✓ Produzem várias toxinas e fatores de virulência.
✓ Possuem estrutura antigênica complexa.
✓ Reduzem nitratos a nitritos.
✓ Fermentam glicose com produção de ácido
ou ácido e gás.
✓ oxidase negativo, catalase positivo
✓ Podem ser móveis por flagelos peritríqueos
ou imóveis;
BACILOS Gram 
ENTEROBACTERIACEAE

• Escherichia coli
• Shigella • Serratia
• Salmonella • Proteus
• Enterobacter • Yersinia
• Klebsiella • Citrobacter
BACILOS Gram 
ENTEROBACTERIACEAE

As enterobactérias que atualmente predominam nas IRAS


(Infecção Relacionado a Assistência da Saúde) são:

•Escherichia coli;
•Klebsiella spp.;
•Enterobacter spp.
Enterobacteriaceae
As Enterobacteriaceae podem ser isoladas de
vários sítios infecciosos e são responsáveis por:
• Abscessos;
• Pneumonia;
• Meningites;
• Septicemias;
• Infecções de feridas, trato urinário e trato
gastrintestinal.
Enterobacteriaceae

• Adquire resistência a antimicrobianos com


facilidade

• A resistência pode ser mediada por plasmídios


Escherichia coli Patogenia

• INFECÇÃO URINÁRIA

• Meningitidis; Septicemia

• DOENÇAS DIARREÍCAS ASSOCIADAS A E. coli

EPEC → diarréia infantil em berçários

ETEC → diarréia dos viajantes “diarréia aquosa”

EHEC → colite hemorrágica e síndrome


hemolítico-urêmica

EIEC → diarréia com sangue


ENTEROBACTÉRIAS
Shigella
→ S. dysenteriae - S. sonnei - S. flexineri - S. boydii

• INVASÃO CÉLULAS EPITELIO INTESTINAL →

DOR ABDOMINAL - FEBRE - DIARRÉIA AQUOSA →


COLITES (SANGUE E MUCO NAS FEZES) →

INFLAMAÇÃO DO CÓLON

NECROSE DO EPITÉLIO INTESTINAL


g
Shigella
Patogenia
Shigella penetra na célula epitelial

Multiplica-se dentro da célula

Invasão das células epiteliais vizinhas

Abscesso é formado à medida que as células do


epitélio intestinal são mortas pela infecção
Epidemiologia, Prevenção e Controle
Shigella
✓ Transmitidas por alimentos, dedos, fezes,
moscas e de pessoa para pessoa.
✓ A infecção ocorre em crianças com menos de 10
anos de idade.
✓ Eliminação do microrganismo do reservatório
(ser humano):
➢Através do controle sanitário da água, alimentos
e leite.
Epidemiologia, Prevenção e Controle

Shigella
➢ Disponibilidade de esgotos e controle das
moscas.
➢ Isolamento dos pacientes e desinfecção das
fezes.
➢ Detecção de casos subclínicos e portadores
(manipuladores de alimentos).
ENTEROBACTÉRIAS

Salmonella
→ “ S. typhi ” - S. paratyphi - S. enteritidis - S. choleraesuis

• FEBRE ENTÉRICA OU FEBRE TIFÓIDE

CÉLULA INTESTINAL → SANGUE → FEBRE - MAL ESTAR -

CEFALÉIA - CONSTIPAÇÃO - BRADICARDIA - MIALGIA -

HEPATOESPLENOMEGALIA

• BACTEREMIA • ENTEROCOLITE
g
Salmonella

Estrutura antigênica

✓ Antígenos O

✓ Antígenos H

✓ Antígenos K ( capsulares - Vi ): Capacidade


de invasão.
Salmonella
Patogenia
Ingestão de alimentos ou bebidas contaminadas

Penetração da mucosa intestinal

Multiplicação local
Disseminação via linfáticos e corrente sanguínea

Febre Entérica
Septicemia
Enterocolite
Salmonella

Epidemiologia, Prevenção e Controle

✓Cozimento total das aves domésticas carnes e


ovos infectados.

✓ Portadores não devem trabalhar em


manipulação de alimentos.
ENTEROBACTÉRIAS

Enterobacter
→ E. aerogenes → E. cloacae
• INFECÇÃO TRATO RESPIRATÓRIO E URINÁRIO
• NÃO CAUSAM DIARRÉIA

Klebsiella
→ K. oxytoca • INFECÇÃO HOSITALAR
→ K. pneumoniae • PNEUMONIAS
• INFECÇÃO VIA URINÁRIA
g
Klebsiella pneumoniae

Patogenia
✓ É encontrada nas vias respiratórias e nas
fezes de cerca de 5% dos indivíduos normais.
✓ Pode provocar extensa consolidação
necrosante hemorrágica dos pulmões.
✓ Provoca infecção das vias urinárias e
bacteremia em pacientes debilitados.
Patogenia
Enterobacter aerogenes
✓ Pode ser encontrado em vida livre ou no trato intestinal.
✓ Provoca infecção das vias urinárias e sepse.
✓Possui vários fatores de resistência a antimicrobianos
Serratia marcescens
✓ Patógeno oportunista em pacientes hospitalizados.
✓ Causa pneumonia, bacteremia e endocardite em viciados
em narcóticos.
ENTEROBACTÉRIAS

Serratia
→ S. marcencens
• INFECÇÃO TRATO URINÁRIO
• FERIDAS CIRÚRGICAS
• PNEUMONIAS

Proteus
→ P. mirabilis → P.vulgaris
• INFECÇÃO TRATO URINÁRIO

g • INFECÇÃO HOSITALAR
Proteus sp
✓ As espécies provocam infecções em humanos
apenas quando deixam o trato intestinal.
✓ Provocam ITU, bacteremia, pneumonia e lesões
focais em pacientes debilitados ou que recebem
infusões intravenosas.
✓ As espécies produtoras de urease quando
provocam ITU favorecem a formação de cálculos.
✓ As cepas movéis de Proteus contêm antígenos H
Providencia sp

✓ São membros da microbiota intestinal normal.

✓ Causam infecções das vias urinárias.

Citrobacter sp

✓ Podem causar infecções urinárias e sepse.


Epidemiologia, Prevenção e Controle
✓As bactérias entéricas estabelecem-se no TGI
dentro de poucos dias após o nascimento,
passando a constituir parte da microbiota normal.
✓ Hospitais: bactérias transmitidas pela equipe,
pelos instrumentos ou pela medicação parenteral.
✓Controle: lavagem das mãos, assepsia
vigorosa, esterilização do equipamento,
desinfecção, restrição da terapia intravenosa,
precauções estritas para manter as vias urinárias
estéreis.
ITU – Infecção do Trato Urinário
DEFINIÇÃO DE I.T.U.

Presença de microrganismos na
bexiga, uretra, sistema coletor ou
rins, sendo mais frequentemente
causada por bactérias, embora
ocasionalmente fungos ou vírus
possam estar envolvidos.
BACTERIÚRIA

Presença de bactérias detectada em amostras de


urina de micção espontânea por contaminação
com bactérias da microbiota uretral, peri-uretral
ou vaginal

❖Assintomática: mais comum em grávidas e


idosos.

❖Sintomática: presença de bacteriúria


juntamente com sintomas
VIA DE INFECÇÃO ASCENDENTE
Fonte entérica
colonização da mucosa vaginal
mucosa periuretral
uretra
Fatores de virulência
Instrumentação bexiga CISTITE

Refluxo vesico-ureteral ureter


Fatores de virulência
rins PIELONEFRITE
QUADRO CLÍNICO

✓ Cistite: dor à micção (algúria), micção com


dificuldade (disúria), urgência urinária, freqüência
urinária de pequenos volumes e desconforto
supra-púbico.

✓ Pielonefrite: dor no flanco ou dor a punho


percussão e sintomas sistêmicos como febre,
calafrios e prostração.
VIA DE INFECÇÃO HEMATOGÊNICA

▪ Uropatógenos incomuns

– Staphylococcus aureus

– Candida sp

– Mycobacterium sp
ITU RECORRENTE

▪ Reinfecção
– microrganismo diferente do anteriormente
isolado
▪ Recidiva
– reisolamento do mesmo microrganismo
Por que os
microrganismos
devem ser
quantificados na
cultura?
▪ UFC/mL + dados clínicos = conduta

▪ O tratamento das ITU depende do


isolamento e do teste de suscetibilidade a
antibióticos do agente causal
UROCULTURA

➢Exame quantitativo

➢Triagem urina I

➢Coleta

➢ Transporte
COLETA DE URINA
COLETA DE URINA
• EM CRIANÇAS: saquinho estéril com fita adesiva,
trocar de coletor de 20 em 20 min.
OBRIGADO

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