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Leptospirose
Doença infecciosa, caracterizada principalmente por transtornos
reprodutivos, como abortos, natimortos, fetos mumificados e nascimento de
leitõ es fracos, que nã o sobrevivem.
existem identificados 23 sorogrupos de Leptospira interrogans, com
aproximadamente 200 sorovares infectando espécies animais e o homem.
As leptospiras mais comumente encontradas, infectando e causando
transtornos reprodutivos em suínos sã o: L. pomona, L. icterohaemorrhagiae,
L. tarassovi, L. canicola, L. gryppotyphosa, L. bratislava e L. muenchen. Dessas
as 4 primeiras já foram isoladas no Brasil, sendo a L. pomona a isolada com
maior freqü ência;
A L. pomona pode persistir até 6 meses, em solos saturados de umidade,
sobrevivendo apenas 30 min. em solo seco. Exposiçã o a temperaturas acima
de 50ºC causam sua morte. Elas sã o sensíveis a detergentes e desinfetantes
comuns.
Patogenia
Animal contamina a á gua através da urina, fetos abortados ou descargas
uterinas. Os suínos se infectam por contato com o material contaminado. A
infecçã o pode ocorrer por via oral, venérea, pele lesada, via conjuntiva ou
através das mucosas. As leptospiras alcançam o fígado através dos vasos
linfá ticos, em que se multiplicam durante, aproximadamente, 5 dias,
seguindo-se leptospiremia (está gio febril). Nessa fase, os organismos
podem ser encontrados em vá rios ó rgã os, embora o fígado e os rins sejam
os mais atingidos.
Aproximadamente com 10 dias apó s a infecçã o, inicia-se a produçã o de
anticorpos, e as leptospiras sã o eliminadas dos tecidos por fagocitose (com
exceçã o dos rins, onde elas se multiplicam e sobrevivem nos tú bulos renais,
fora do alcance dos fagó citos). A partir daí, podem ser eliminadas vivas
através da urina durante dias ou até meses, com ou sem dano ao
hospedeiro;
Sintomas
Aguda: podem nã o ser percebidos na granja, prostraçã o, anorexia e
elevaçã o da temperatura corporal. Os suínos recuperam-se
espontaneamente em 1 ou 2 semanas. Em casos de infecçã o por L.
icterohaehaemorrhagiae em leitõ es, pode ocorrer icterícia.
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Lesões
Diagnóstico
Feito através da aglutinaçã o microscó pica no soro dos reprodutores,
mas este teste nã o determina se a infecçã o é passada ou recente. Em
casos de transtornos reprodutivos, a maior parte das fêmeas
infectadas apresentará títulos soroló gicos quando da ocorrência dos
abortos e natimortos, porque estas manifestaçõ es ocorrem entre
uma a 4 semanas apó s a infecçã o e já deverã o existir ac circulantes. A
partir do 10º dia de infecçã o inicia-se a produçã o de ac, e os títulos
permanecem em elevaçã o nas 3 semanas seguintes, estabilizando-se
e podendo persistir por mais 6 meses;
Muitas vezes, é possível concluir que a infecçã o foi a causa de
transtornos reprodutivos, mediante o uso de testes soroló gicos
consecutivos com intervalo de 20 dias, em todos os animais da
granja (amostras pareadas). Isso ocorre porque os soros das porcas
que recém abortaram podem estar na fase estacioná ria,mas outros
suínos do rebanho podem apresentar títulos ainda em elevaçã o,
significando infecçã o recente.
No entanto, somente a cultura de leptospiras de fetos ou urina e a
tipificaçã o podem indicar o sorotipo responsá vel pela infecçã o;
Acs detectados em líquido da cavidade torá cica de natimortos, sã o
reveladores de infecçã o
Nã o há título soroló gico que seja considerado positivo para todos os
casos, visto que suínos infectados por leptospiras do grupo australis
podem apresentar-se negativos ao teste soroló gico. O diagnó stico
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Controle