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1ª AVALIAÇÃO TEÓRICA DE DOENÇAS DE PEQUENOS

ANIMAIS – 9º PERIODO
2º MÓDULO 13-05-2020

GRUPO: Ana Clara Rizzo, Gabriella Gonçalves de Carvalho, Mariana Dutra


Franco Parisi

PARTE 1: Um gato veio a atendimento com secreção ocular e nasal serosa e


espirros. Ele apresenta bom estado geral. Tem 3 meses e não é vacinado.
Seus irmãos de ninhada apresentam espirros e lacrimejamento. Qual a sua
suspeita e sua conduta?
SUSPEITA: Complexo doença respiratória felina
CONDUTA: Para confirmar a suspeita podemos fazer o teste PCR. Como
tratamento faremos a limpeza das narinas com cotonete umedecido, com 0,5
ml de solução fisiológica em cada narina. Como colírios podemos usar
antiinflamatorios não esteroidais (diclofenaco 2 a 4 vezes ao dia ) e antibióticos.
Se o animal tiver ulcera uso de Quinolonas como o ciprofloxacino 24 vezes ao
dia dependendo da gravidade. Sem ulcera podemos usar a tobramicina 2 a 4
vezes ao dia. Como antivirais sistêmicos podemos prescrever o fanciclovir
125mg bid ou tid – 40mg/kg ou 90mg/kg durante 30 dias. Antivirais tópicos (4-
6x/d) a Trifluridina 1%(Colírio a 0,1% ou pomada a 0,5%)
O dianóstico é presuntivo, caso queira confirmar pode-se utilizar a PCR.

O que mudaria na conduta se a secreção fosse purulenta e esse gato


apresentasse febre?
Além da conduta anterior prescreveria antibiótico como a Amoxicillina + ácido
Clavulânico: 15 mg/kg bid ou Doxiciclina: 5mg/kg bid ou 10mg/kg sid. Se caso
tiver pneumonia associada e anorexia podemos fazer nebulização e
oxigenoterapia, além de hidratação parenteral e estimulante de apetite como a
ciproeptadina(1-2mg/gato a cada 12 horas).
E se esse animal fosse adulto e apresentasse uma doença grave, mesmo
sendo vacinado.Com o que você deveria se preocupar?
Devemos nos preocupar se este gato possui FIV/FeLV e testar os indivíduos
para estas doenças, pois por serem imunossupressoras agravam o quadro e
favorecem infecções secundarias.
PARTE 2: Numa sorologia realizada em um gato contactante de um indivíduo
aidético a fim de saber o risco de transmissão de toxoplasmose para esse
humano, como você atuaria no caso de animal soronegativo, IgM positivo, IgM
e IgG positivo e IgG positivo. Explique.
Animal Soronegativo: exame referente a um animal que é suscetível ou foi
recém infectado está na fase de eliminação de oocistos, a conduta é a
pesquisa de oocistos nas fezes ou a realização de uma PCR fecal, a sorologia
deve ser repetida em 2-4 semanas para confirmação da situação do animal. Se
o PCR fecal apresentar oocistos nas fezes, o proprietário aidético deve ser
orientado quanto à limpeza da liteira do animal.
IgM (+): o animal se encontra na fase inicial da infecção ou na reativação
desta, a eliminação de oocistos pode ou não estar ocorrendo, a conduta é a
pesquisa de oocistos nas fezes ou a realização de uma PCR fecal e também a
repetição da sorologia em 2-4 semanas para avaliar a soroconversão. Se a
PCR fecal ainda apresentar oocistos, a mesma orientação do caso acima deve
ser passada ao proprietário.
IgM (+) e IgG (+): animal está passando pela fase de convalescença, a
infecção é recente, mas o animal não elimina mais oocistos e não oferece risco
de transmissão.
IgG (+): o animal já está na fase de cura da doença, a imunidade já está
adquirida, a infecção foi prévia e ele não elimina mais oocistos e não oferece
risco de transmissão.

PARTE 3: Assinale todas as alternativas que se refiram à micoplasmose


hemotrópica:.
a) 8% de sensibilidade para a pesquisa em esfregaço sanguíneo
b) Causa hemólise devido à multiplicação intraeritrocitária do agente e a
mecanismos imunomediados.
c) Vetores artrópodes como pulgas Ctenocephalides felis são transmissores
potenciais.
d) Causa microangiopatia com possibilidade de Coagulação Intravascular
Disseminada, devido à acidose metabólica gerada pela hipóxia.
e) O principal mecanismo da anemia na infecção aguda se baseia na hemólise
extravascular dos eritrócitos infectados por intermédio do baço, medula óssea,
pulmões e fígado. Adicionalmente, pode haver anemia hemolítica
imunomediada agravando a doença e diminuindo a meia-vida dos eritrócitos.
f) Dipropionato de imidocarb
g) Doxiciclina
h) Febre, anemia e esplenomegalia agudas
i) Trombocitopenia, na maioria dos casos
j) Em geral, a estirpe virulenta age como patógeno primário causando anemia
hemolítica, enquanto as demais são oportunistas, provocando a doença (leve)
apenas em animais imunossuprimidos, esplenectomizados e/ou coinfectados
por outros agentes.
k) Todos os portadores devem ser tratados, mesmo se assintomáticos
l) Lesão Renal Aguda
m) Infecção de monócitos. Sensibilidade de pesquisa no esfregaço aumenta se
o esfregaço for realizado a partir da nata leucocitária
n) Leva à destruição do tecido medular, por mecanismos de inflamação e
fibrose
o) Sensibilidade de pesquisa no esfregaço aumenta se o esfregaço for
realizado com sangue fresco, sem anticoagulante.
p) Uveíte
q) A retirada dos micro-organismos pelos macrófagos do sistema fagocítico
mononuclear leva à remoção de pedaços da membrana dos eritrócitos e,
portanto, à diminuição de lipídios eritrocitários, aumentando a fragilidade da
membrana nesse processo.
r) Os resultados do hemograma se valores de eritrócitos, hemoglobina e
hematócrito diminuídos, volume corpuscular médio (VCM) aumentado,
concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) reduzida, aumento
absoluto de reticulócitos, anisocitose e policromasia.

PARTE 4: Com relação à Peritonite Infecciosa Felina, assinale as alternativas


corretas:
a. testes sorológicos como IFI e ELISA não servem para o diagnóstico da
doença, mas apenas para aferir a exposição dos gatos de uma colônia a um
coronavírus, a fim de segregar positivos dos negativo
b. é uma doença viral, imunemediada, progressiva, sistêmica e 100% fatal
c. os testes laboratoriais são a grande chave para o diagnóstico da doença, tão
variável em sua sintomatologia que só pode ser definida através de sorologia
d. apenas por meio de histologia, por biopsia ou necropsia, é que o diagnóstico
pode ser fechado
e. Glomerulonefrite, uveíte, efusão abdominal e vasculite são lesões
patognomônicas de PIF
f. A PIF é caracterizada por uma reação de hipersensibilidade do tipo Arthus,
traduzida por inflamação piogranulomatosa e vasculite
g. As manifestações oculares da PIF são múltiplas, destacando-se a
conjuntivite e a ceratite ulcerativa.
h. As oftalmopatias associadas à PIF se referem ao comprometimento da
túnica vascular do olho, como a uveíte e a coriorretinite
i. Para os animais doentes, a imunoistoquímica e a PCR do líquido ou das
lesões para pesquisa de Coronavírus se constituem os melhores testes
diagnósticos.
j. Para o diagnóstico de um indivíduo doente, a PCR fecal é um excelente teste
diagnóstico.
Comente as alternativas a) e j)
A: A alternativa está correta, pois se o gato foi exposto ao Coronavírus, ele vai
ter uma produção de anticorpos, gerando assim uma resposta positiva ao teste,
ocorrendo principalmente em animais que vieram de colônias ou gatis.
Para uma triagem de positivos em colônias, este teste é bom, ajudando a
cessar a transmissão da doença, através da separação dos animais positivos
para sorologia e PCR fecal.
J: O teste de PCR fecal é feito apenas para animais positivos na sorologia para
saber se esses indivíduos eliminam Coronavirus nas fezes, para assim
segrega-los. O melhor é fazer o RT-PCR, pesquisando o Vírus mutato ou
entérico em fluidos ou tecidos.

Em relação ao FeLV, correlacione:


(A)Infecção progressiva
(B)Infecção regressiva
(C)Infecção abortiva
(D)Infecção focal
(C) Observada somente em animais que foram experimentalmente infectados.
Nesta forma de manifestação da doença, apenas anticorpos virais são
detectados, mas a pesquisa de antígenos e o diagnóstico molecular sempre
são negativos.
(C)Associada à resposta imune eficaz contra as partículas virais. A replicação
viral é contida antes de o vírus chegar à medula. Os animais normalmente não
apresentam nenhum sinal de infecção e o vírus é eliminado da circulação
sanguínea.
(A)Caracterizada pela replicação intensa do vírus. Nesta forma, surgem
alterações da medula ossea e infecções causadas por agentes oportunistas
(bactérias, fungos ou vírus).
(D ) Observada em animais que apresentam focos de replicação viral
localizados em alguns órgãos como baço, linfonodos, intestinos e glândulas
mamárias.
(A) Decorre de uma resposta imunológica deficiente contra as partículas virais
do FeLV e os animais, em geral, sucumbem em alguns anos.
(A )Os testes mostram evidências de viremia persistente, por meio da detecção
de antígeno viral e RNA. Tais gatos são fontes de infecção, pois neles há
infecção de células epiteliais na segunda viremia.
(B)A antigenemia inicialmente detectada desaparece, bem como evidências de
RNA viral. No entanto, é possível a identificação de DNA pró viral, o que
explica as manifestações neoplásicas tais como leucemia e lionfomas.

Para identificar um gato infectado por FeLV, e que atua como Fonte de
Infecção, o melhor exame a se realizar é:
a) Pesquisa do antígeno do capsídeo p27, por testes de ELISA
b) Pesquisa de RNA viral por RT-qPCR
c) Pesquisa de DNA pro-viral por PCR na medula óssea
d) Imunofluorescência Direta do sangue periférico ou da medula óssea
e) Pesquisa de DNA pro-viral em sangue periférico
Justifique a resposta dada na questão anterior.

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