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DIAGNÓSTICO
caracterizada pelo aumento de volume e
consistência do epidídimo e atrofia dos testículos.
Chamada de epididimite ovina, a enfermidade é
causada pela Brucella ovis, e está presente em
O diagnóstico clínico é feito pela palpação
algumas regiões do Brasil, conforme inquéritos
sorológicos. dos testículos, que apresentam consistência
macia e atrofia. Verifica-se também
aumento do volume da cauda e cabeça do
epidídimo. O diagnóstico sorológico
demonstra a presença de anticorpos
contra Brucella ovis e na cultura do sêmen,
a presença do microrganismo. Vale salientar
que somente a avaliação clínica dos animais
com sinais característicos (reprodutores e
matrizes) não é confirmatório da Brucelose
Ovina, deve-se levar em consideração as
infecções por outros agentes etiológicos.
TRANSMISSÃO
Por meio do sêmen, leite e colostro
contaminados e materiais oriundos de
abortos.
ECONOMIA
Os prejuízos econômicos causados pela
doença estão associados à diminuição da
fertilidade e da vida reprodutiva de
carneiros, períodos de parição prolongados
e, ocasionalmente, abortos em matrizes.
PREVENÇÃO E
CONTROLE
O controle da B. ovis é baseado na identificação,
isolamento e eliminação de animais
soropositivos. Recomenda-se como prevenção e
ECONOMIA
controle a criação isolada de carneiros jovens e Os prejuízos econômicos causados pela
adultos; os exames clínico e sorológico doença estão associados à diminuição da
periódicos, antes do período de monta; e a fertilidade e da vida reprodutiva de
entrada no rebanho de carneiros com exames carneiros, períodos de parição prolongados
clínico e sorológico negativos. e, ocasionalmente, abortos em matrizes.
VACINA
A vacina B19 é a mais utilizada em programas de controle
da brucelose bovina, podendo ser utilizada em fêmeas de
ESTUDOS
três a oito meses de idade. Protege cerca de 70% dos
animais quando expostos ao tipo virulento da bactéria. É
uma cepa lisa que pode causar aborto em animais prenhes
e, principalmente, induzir a produção de anticorpos contra Uma vacina ideal contra a brucelose deve apresentar as seguintes
um dos seus componentes estruturais, a cadeia O do características: não provocar a doença em animais vacinados;
lipopolissacarídeo (LPS), o que pode interferir em testes prevenir a infecção pela bactéria em animais de ambos os sexos;
sorológicos na diferenciação de animais vacinados daqueles prevenir aborto e esterilidade; promover proteção contra a
infecção por longo tempo com uma simples dose; não induzir a
naturalmente infectados.
produção de anticorpos persistentes os quais interferem no
diagnóstico de infecções a campo; ser biologicamente estável; não
A vacina RB51, é uma cepa rugosa, utilizada amplamente apresentar risco de reversão da virulência in vitro e in vivo; não ser
em países como Estados Unidos, Uruguai e Chile. No Brasil patogênica para humanos; e ser facilmente produzida em grande
ela pode ser ministrada em fêmeas entre nove e 12 meses escala e baixo custo.
de idade que não tenham sido vacinadas com a B19. Esta Dentre as perspectivas em vacinologia para a brucelose, as
vacina apesar de não interferir nos testes sorológicos, tem a pesquisas estão sendo direcionadas para vacinas de DNA, vacinas
desvantagem de ser resistente à rifampicina, um dos vivas atenuadas geneticamente e vacinas de subunidades. Esta
última composta de proteínas naturais ou recombinantes da
antibióticos usados no tratamento contra a brucelose
bactéria.
humana. Grandes estão sendo os esforços das instituições de ciência e
tecnologia do mundo todo na busca de uma nova vacina contra a
brucelose em bovinos. O Brasil vem fazendo sua parte nesta
corrida.
REFERENCIAS
BIBLIOGRAFICAS
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EMBRAPA CAPRINOS E OVINOS. Centro de Inteligência e
Mercado de Caprinos e Ovinos. Brucelose ovina. Disponível em:
https://www.embrapa.br/cim-inteligencia-e-mercado-de-caprinos-
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In Young EJ, Corbel MJ, eds. Brucellosis: Clinical and laboratory
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OBRIGADO