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. Etiologia: Pestivirus, RNA vírus, 2 biotipos – citopático (CP) e não citopático (NCP).
O vírus pode mudar de um biotipo para outro, sorologia indistinguível.
CP = doença das mucosas, NCP = atravessa placenta e infecta o feto causando problemas reprodutivos (abortos, etc).
. Transmissão:
➢ Horizontal: inalação/ ingestão de partículas virais, via sexual.
➢ Vertical: transplacentária (chance de animais PI - persistentemente infectados).
OBS: os PI são um problema, não são identificados (ocorre a infecção ainda na formação do sistema imunológico,
que vai considerar o vírus normal e não produz Ac), há um exame específico já que a sorologia não detecta, em
sua maioria são animais que vem a óbito em pouco tempo, mas há os que nascem saudáveis, crescem e
permanecem na propriedade -> disseminadores -> infecção do rebanho -> possibilidade de novos PI no rebanho.
. Sinais clínicos:
➢ Forma entérica: diarreia sanguinolenta e lesões ulcerativas no TGI.
➢ Forma reprodutiva: ooforite, mortalidade embrionária, abortos e má formação, nascimento de produtos fracos.
➢ Diferencial de FA (febre aftosa), pelo desenvolvimento de úlceras no TGI.
. Infecção pré natal: aborto em terço inicial (IBR causa em terço final).
➢ NCP (não citopático):
Vaca prenha imunizada – pare um produto imunocompetente.
Vaca prenha não imunizada – até 125 dias (morte fetal e aborto, PI e sorologia negativa – caso não ocorra aborto),
125-180 dias (anormalidade congênita e forma neurológica – rara), + de 180 dias (nenhum efeito).
Formação do PI -> vaca não PI se infecta entre 40-125 dias de gestação -> transmissão vertical para o produto =
nascimento do PI -> rota + comum //////// vaca PI se torna gestante -> nascimento do PI -> rota – comum.
. PI (persistentemente infectado): fracos, normalmente morrem jovens, mas tem os com saúde perfeita = transmissores.
Perda econômica na desmama de 15-25 dólares quando não há controle do vírus.
EUA – touros vendidos com certificados livres de BVD.
OBS: NCP pode se mutar para CP e apresentar a forma entérica (quadros de diarreia = queda no desempenho).
. Doença das mucosas: CP
➢ Sinais clínicos: depressão, anorexia, estase ruminal, diarreia profunda aquosa sanguinolenta -> desenvolvimento
de úlcera nas mucosas do TGI, temperatura corporal de 40ºC, pode ser fatal devido a desidratação.
Animal que não é PI, tem a forma CP bem + branda que o PI (porque o PI não desenvolve anticorpos para BVD).
. Diagnóstico:
➢ Histopatologia: baço e linfonodos.
➢ PCR (isolamento viral com fragmentos do feto abortado), ELISA.
➢ Sorologia: é comum grande parte do rebanho ser positivo na sorologia, mas não significa que é doente, ele pode
ter sido acometido pela doença em algum momento da sua vida.
. Profilaxia: custo elevado para implantação de programas de erradicação.
➢ Eliminação de PI (exame específico para PI – nos EUA apenas).
➢ Vacina de R$10,00 – R$15,00.
➢ Rebanho fechado (não entra animal, só sai, mais comum em leiterias).
1. Convencer o proprietário.
Ex -> um rebanho de 100 animais -> R$12,50 x 200 (dose e reforço) = R$2.500,00. Supõe-se que o índice final de
reprodução seja 85% de prenhez, e tenha uma taxa de desmame considerando 5% de perda até o nascimento e 5% de
perda até a desmama = 75% bezerros desmamados. Com a vacina, suponhamos que a taxa de desmama suba para
78% -> 3% a +, onde há 100 bezerros = 3 bezerros, pesando 250Kg na desmama * 16 = 4.000 * 3 bezerros a mais com
a vacina = 12.000 -> em relação aos 2.500 da vacina, tem um retorno maior do que sem a vacina.
* Recomendação da vacina é dose reforço de 21-30 dias depois. Vacinar anualmente. Armazenamento de 5-8ºC.
* Ex de vacinas: cattlemaster® gold FP 5/L5 (contra muitas doenças) – única que demonstrava cientificamente para
diminuir o número de PI, portanto, tem um custo elevado (porém, cuidado para preparar a vacina para não inativa-la).
. Ações para diminuir a incidência de BVD:
Cuidar para introduzir PI e animais com infecção transitória, ao adquirir receptoras.
Surtos normalmente vem de compra de novilhas de reposição e receptoras de embrião.
Ovinos e caprinos podem transmitir também.
Identificação do PI: ELISA (sangue, pele e leite), PCR (sangue, pele e leite), teste imunoespecífico (pele).
Teste mais usado: ELISA (pele), é um teste rápido – 3 min, devemos repeti-lo com 30 dias.
Vacinação é muito importante, porém, não elimina todas as possibilidades de infecção.
Leiteria tem um controle mais intensivo para se livrar dos PI (testa todos bezerros -> positivos -> testa as mães PI ->
testa as avós PI = identificação de todos os PI). Já no gado de corte, é mais a vacinação, porque são muitos animais,
acabaria falindo o proprietário pela alta quantidade de animais.
. Faço as duas tricotomias -> 2 inoculações -> 72 h após a leitura -> fazemos o cálculo separado -> medição final da
aviária menos a inicial -> medição final bovina menos a inicial -> pegamos os dois resultados, bovina – aviária = resultado
(interpretamos como na tabela acima).
Animais inconclusivos, submetidos a teste novamente em 60 dias.
Animais confirmados com brucelose e tuberculose = eutanásia.
Propriedades com certificado de criação livre de tuberculose.
3 testes negativos consecutivos do rebanho -> intervalo de 90-120 dias entre o primeiro e o segundo teste, 180-240
dias entre o segundo e o terceiro teste.
. Normas para os positivos:
Isolamento do rebanho.
Eutanasiados em no máximo 30 dias após o diagnóstico -> sob serviço de inspeção federal oficial indicada pelo serviço
de defesa federal ou estadual (no Paraná é a adapar).
. OBS:
Cuidar com o leite dos bezerros -> há uma tuberculose que só é da glândula mamária e é negativa no teste PPD =
infestação dos bezerros.
É recomendado que ao fazer o teste PPD, realizar em todo o rebanho (animais com + de 1 mês) -> vacas negativas e
bezerros positivos = tuberculose em glândula mamária.
Profilaxia -> ferver o leite ou pasteurizar para depois dar para os bezerros.
. Animais anérgicos (mais velhos ou com baixa imunidade – produção ruim de anticorpos): animais positivos não
reagentes no PPD.
. Lei 569/48:
Remuneração de ¼ do valor do animal em caso positivo para tuberculose, mas há proposta do MAPA para remunerar
a brucelose também e reaproveitamento da carcaça.
. Enfermidades causadas pelas bactérias Clostridiuns -> móveis, anaeróbicas, esporuladas, gram + e exotoxinas.
. Esporulam na presença de O2 e ficam na forma vegetativa na ausência do O2.
. Habitam solo e TGI dos animais -> eliminados nas fezes.
•
Albendazol -> 10mg/kg em bovinos e 7,5mg/kg em ovinos.
Closantel -> 10mg/kg.
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. Penicilina G-benzatina 40.000 UI/kg/IM, a cada 3-5 dias.
. Ampicilina 20mg/kg/IM/TID por 1-2 semanas.
. A penicilina é mais usada pelo intervalo de dias de aplicação = facilidade.
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. A partir dos 3 meses de idade, máximo 4 -> reforço em 30 dias -> desmama em torno de 7-8 meses -> ao
perder imunidade materna, estará com imunidade da vacina já.
. Reforço a cada 6 meses.
. Vacinas polivalentes (engloba vários Clostridiuns).