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DOENÇAS INFECIOSAS EM PEQUENOS

ANIMAIS

Vítor Coelho
Médico Veterinário
2021/2022
Doenças causadas por microrganismos patogénicos
incluindo bactérias, vírus, parasitas ou fungos.
🐾 São classificados como procariontes, ou seja, são
microrganismos unicelulares com uma estrutura interna simples
e que não possuem núcleo.
🐾 Podem possuir parede celular ou não.
🐾 Possuem normalmente fímbrias que permitem a movimentação
e ligação ao hospedeiro.
🐾 Classificação:
a. Parede ou não (Gram-positivo & Gram-negativo)
b. Forma (redondo – coccos; cilindrico – bacilos; espiral – espirila)
🐾 Microrganismos mais reduzido que as bactérias ou os
fungos
🐾 Necessitam de uma célula hospedeira para se replicarem.
🐾 Podem conter DNA ou RNA como material genético
🐾 Hospedeiro-específicos
🐾 Genoma incluído no capsídeo, que pode estar ou não
envolvido por uma estrutura lipídica - envelope
🐾 Funções capsídeo e envelope:
a. Ligação ao hospedeiro
b. Entrada nas células
c. Transferência do material genético entre células
d. Determinar estabilidade do vírus relativamente a inativação física
e química
🐾 Grupo de microrganismos eucariotas (contêm o material
genético no interior de um núcleo).
🐾 Podem ser constituídos por uma única célula ou múltiplas
células
🐾 Multicelulares – hifas
🐾 Saprófitas, mutualistas ou parasitas.
🐾 Vantagens e desvantagens (medicamentos, micotoxinas...)
🐾 São organismos que vivem num hospedeiro, obtendo o seu
alimento do ou às custas do mesmo.
🐾 Categorias: ectoparasitas (artropodes) e endoparasitas
(protozoários e helmintes)
Doença infeciosa que é transmissível entre animais e
pessoas.
🐾 Vertical - transmissão da mãe para o filho durante a
gravidez, o nascimento ou amamentação
🐾 Horizontal
a. Direto – transmissão entre membros da mesma espécie que não
estão relacionados
b. Indireto
i. objetos inanimados (fómites) contaminados
ii. vetores
• Biológico
• Mecânico
iii. Veículos
🐾 Equinococose – Feco-oral
🐾 Nemátodes (Vermes redondos) – Feco-oral
🐾 Giardiase – Feco-oral
🐾 Toxoplasmose – Feco-oral
🐾 Salmonelose – Feco-oral
🐾 Leptospirose – Feco-oral/Contato direto
🐾 Bartonelose (Cat-Scratch Disease) – Contato direto
🐾 Sarna – Contato direto
🐾 Tinha – Contato direto
🐾 Raiva – Contato Direto
🐾 Leishmaniose - Vetor
1. Leucemia Felina (FeLV)
2. Síndrome de Imunodeficiência Felina (FIV)
3. Panleucopenia Felina
4. Peritonite Infeciosa Felina (PIF)
5. Coriza
6. Bartonelose – Cat-Scratch Disease
🐾 Agente: Oncornavírus (Ɣ-retrovírus)
🐾 Excreção: saliva, secreções nasais, fezes e leite
🐾 Transmissão:
a. Horizontal: Contacto direto através do grooming, de mordeduras
b. Vertical: amamentação
🐾 Factores de risco: idade jovem, elevada densidade
populacional, fracas condições sanitárias
🐾 Idade - maior resistência
🐾 As consequências mais comuns são:
a. Mielossupressão
b. Neoplasias (Linfoma – 62x mais provável)
c. Estomatite
🐾 Menos comuns:
a. Doenças imuno-mediadas
b. Enterite crónica
c. Desordens reprodutivas
d. Neuropatias periféricas
Progressivo
•Persistentemente viremicos
•Desenvolvimento de doenças secundárias associadas

Regressivo
•Resposta imunitária efetiva
•Replicação viral e viremia contidas antes da infeção da medula ossea
•Anteriormente designado de viremia transitória
•Excreção na saliva

Abortivo
•Gatos imunocompetentes
•Não chegam a desenvolver viremia

Focal
•Forma atípica
•Caracterizado por uma replicação viral local persistente (bexiga, olhos, glandulas
mamarias...)
🐾 Teste Rápido
🐾 PCR
🐾 Tratamento suporte
🐾 Cuidados enfermagem
🐾 Tratamento de infeções secundárias
🐾 Reservado a mau
🐾 70-90% dos gatos infetados que
desenvolvem doença têm
esperança média de vida de
18meses a 3 anos.
🐾 Vacinação
✓ gatos com risco de exposição – exterior
✓ a partir das 8 semanas de idade
✓ reforço 3-4 semanas depois

Testar primeiro!
🐾 Agente: Lentivírus (retrovírus)
🐾 Transmissão:
a. Horizontal: mordeduras
b. Vertical - raro
🐾 Excreção na saliva
🐾 Fatores de risco: acesso ao exterior, machos
🐾 Afeta qualquer idade (++ >6 anos)
🐾 3 Fases:
a. Fase inicial aguda (geralmente 4 a 6 semanas após infeção)
b. Fase assintomatica (pode durar anos)
c. Fase sintomática terminal – “feline acquired immunodeficiency
syndrome” (feline AIDS)
🐾 Sinais relacionados com inflamação ou anomalias
funcionais de órgãos (alteraçõs neurológicas, p. ex.)
🐾 Vírus responsável por imunodeficiencia (propício a infeções
secundárias) ou imuno-estimulação (doenças
imunomediadas)
🐾 Frequentemente associados com doenças secundárias
relacionadas
a. Neoplasias
b. Infeções
🐾 Fase aguda (dias a semanas) com:
a. Febre
b. Letargia
c. Enterite, estomatite, dermatite, conjuntivite
d. Doença respiratória superior
e. Linfadenomegalia generalizada
🐾 Fase assintomática (pode durar anos)
🐾 Ultima fase sintomática – “SIDA felina” – normalmente idade 4-6
anos ou mais
a. Sinais clínicos refletem infeções oportunistas (gengivostomatite
crónica, rinite crónica), mielosupressão, neoplasias e doença
neurológica
🐾 Teste rápido
• Falsos negativos
 Gatinhos – falsos positivos (retestar aos 6 meses de idade)
🐾 PCR
🐾 Isolamento
🐾 Esterilização
🐾 Check-ups frequentes
🐾 Tratamento de suporte
🐾 Terapia antiviral
 Interferon omega
🐾 Vacina ???
🐾 Agente: Parvovírus
🐾 Excreção: fezes
🐾 Transmissão: Feco-oral, fómites
a. Vertical: intrauterina ou peri-natal
b. Horizontal
🐾 Qualquer idade, ++ gatinhos jovens
🐾 Taxa de mortalidade > 90% em gatinhos
🐾 Gastrointestinais: diarreia, anorexia, vómitos
🐾 Febre
🐾 Desidratação
🐾 Morte súbita
🐾 Hemograma: panleucopenia (diminuição generalizada dos
glóbulos brancos)
🐾 Sinais clínicos
🐾 Testes rápidos (fezes)
🐾 Suporte
a. Fluidoterpia
b. Antibioterapia
c. Antieméticos
d. Protetores gástricos
🐾 Cuidados enfermagem
🐾 Transfusões plasma
🐾 Vacinação!
✓ Primeira 8 semanas idade
✓ Reforços subsequentes 3-4 semanas
depois até às 16-20 semanas

✓ Adultos não vacinados – uma dose


seguida de reforço anual
🐾 Agente: Coronavírus
🐾 Excreção: nas fezes 1 semana após infeção; durante semanas,
meses ou para a vida (portadores)
🐾 Transmissão:
a. Horizontal – feco-oral
b. Vertical – raro (placenta)
🐾 Sobrevive até 7 semanas no meio ambiente “seco”, mas
rapidamente inativado com a maioria dos detergentes e
desinfetantes;
🐾 1 em 9 gatos infetados com o vírus desenvolvem doença (PIF)
🐾 Factores de risco: idade (cerca de 70% < 1 ano); gatos inteiros;
stress
🐾 Depende:
a. Carga viral
b. Resposta imunitária do gato
🐾 ALTAMENTE variável
a. Febre, letargia, anorexia
🐾 Duas formas:
a. Seca
b. Efusiva
Forma • Lesões piogranulomatosas órgãos(convulsões)
• Alterações oculares

Seca • Mais difícil de diagnosticar

Forma • Polierosite (Esfusão abdominal e/ou torácica)


• Vasculite

Efusiva
🐾 Muito difícil ante-mortem
🐾 Hemograma: leucopenia ou leucocitose com linfopenia
🐾 Bioquimicas:
a. aumento proteinas totais (com aumento das gamma
globulinas)
b. Racio albumina/globulinas
i. >0,8 – muito pouco provável
ii. <0,4 – muito provavel (principalmente se feito do líquido
efusão)
c. Possivel aumento enzimas hepaticas e BUN e creatinina
d. Hiperbilirrubinemia
🐾 Teste Rivalta
🐾 PCR
🐾 Ineficaz
🐾 Doença invariavelmente mortal
🐾 Agentes: Calicivírus, Herpesvírus-1, Chlamydophila felis,
Bordetella bronchiseptica e Mycoplasma spp.
🐾 Transmissão
🐾 Fatores de risco: abrigos; elevada densidade populacional
🐾 Periodo de incubação: geralmente 1-6 dias para os
agentes víricos (baterianos podem demorar mais tempo)
🐾 Herpesvirus mais suscetivel a desinfetantes (o mais
adequado para todos: lixivia)
🐾 Espirros
🐾 Corrimento nasal e/ou ocular
🐾 Conjuntivite e quemose
🐾 Úlceras da córnea (herpesvirus)
🐾 Úlceras (++ linguais, labiais,
nasais) (calicivirus)
🐾 Febre, prostração
🐾 Complexo gengivostomatite
linfoplasmocitário (calicivirus)
🐾 Sinais clínicos
🐾 Zaragatoas orofaríngeas - PCR
🐾 Tratamento de suporte e cuidados de enfermagem
a. Nebulizações
b. Limpeza olhos e nariz com soro fisiológico
c. Alimentos altamente palatáveis
🐾 Casos mais graves – hospitalização e fluidoterapia;
anorexia prolongada – tubos de alimentação
🐾 Antiviricos – FHV-1
🐾 Interferon 𝛚
🐾 Vacinação: não previne mas atenua sinais
🐾 Isolamento
🐾 Agente: Bartonella henselae (bactéria
Gram-negativa)
🐾 Transmissão:
a. Horizontal: vectores (pulga)
🐾 Bacteriemia crónica com picos
🐾 Infeção subclínica
🐾 Zoonose – transmissão através das
unhas de gatos com fezes contaminadas
a. Pápulas/pústulas no local de inoculação
b. Gânglios regionais aumentados
1. Esgana
2. Parvovirose
3. Tosse do Canil
4. Leptospirose
5. Leishmaniose
6. Febre da Carraça
🐾 Agente: Morbillivirus
🐾 Transmissão:
a. Horizontal: aerossol; gotículas
b. Vertical: transplacentária
🐾 Excreção: 7 dias após infeção e até 90 dias
🐾 Fatores de risco: cachorros não vacinados
🐾 Sensível a luz UV; eliminado a temperaturas de 50-60ºC
30minutos; inativado com desinfetantes de compostos de
amónio quaternário
🐾 A temperaturas de 0-4ºC sobrevive semanas no meio ambiente;
a -65ºC pode sobreviver estável até 7 anos
🐾 Letargia, inapetência, febre, infeção do trato
respiratório superior
🐾 Corrimento oculonasal serosa bilateral →
mucopurulenta; conjuntivite
🐾 Tosse seca (→ húmida e produtiva), dispneia
🐾 Vómitos, diarreia
🐾 Dermatite vesicular e pustular;
hiperqueratose nasal e digital
🐾 Sinais neurológicos (ataxia, convulsões
“chewing-gum”, mioclonias... ) – podem
aparecer mais tarde; pior prognóstico!
🐾 Hipoplasia do esmalte – infeçoes neonatais
🐾 Sinais clínicos + historia de falta de vacinas
🐾 Análises: linfopenia absoluta
🐾 PCR – cuidado vacinação!
🐾 LCR
🐾 Tratamento de suporte e cuidados enfermagem
a. Hospitalização
b. Fluidoterapia
c. Infeções secundárias oportunistas – antibioterapia, nebulizações,
coupage
d. Anti-eméticos
e. Anticonvulsivos
🐾 Vacinação
a. Imunidade persistente durante anos
b. Primovacinação – 6-8 semanas com reforços 3-4 semanas até às
16 semanas ou mais
c. Reforços tri-anuais após primovacinação
🐾 Agente: Parvovirus
a. Tipos: CPV2-a; CPV2-b e CPV2-c
🐾 Necessita de células em rápida divisão: intestino...
🐾 Transmissão:
a. Horizontal: contacto com fezes contaminadas (feco-oral); fómites; vectores
mecânicos
🐾 Muito comum; o maior responsável por enterites virais nos cães
🐾 Periodo de incubação: 7 a 14 dias
🐾 Factores de risco: não vacinados; raças predispostas (Rotweiller,
Doberman pinscher, Labrador, American Staffordshire terrier)
🐾 Altamente contagioso e frequentemente fatal
🐾 Extremamente estável e resistente a condições ambientais adversas
🐾 Vómitos
🐾 Diarreia
🐾 Anorexia
🐾 Febre
🐾 Leucopenia
🐾 Teste Rápido – Antigénio
a. Negativo não significa que não tenha!
🐾 PCR
🐾 Sinais clínicos
🐾 Análises
🐾 Suporte
a. Fluidoterapia
b. Anti-eméticos
c. Antibióticos
🐾 Cuidados enfermagem
🐾 Agentes:
a. Vírus: Parainfluenza (CPIV), Adenovirus (Tipo 2CAV-2)Tipo 2
b. Bactérias: Bordetella bronchiseptica
c. Mycoplasmas
🐾 Doença aguda, contagiosa
🐾 Excreção: até 8-10 dias após infeção vírus; várias semanas B.
bronchiseptica e Mycoplasmas
🐾 Transmissão: horizontal direto (secreções respiratórias)
🐾 Factores de risco: não vacinados, elevada densidade
populacional (canis,...)
🐾 Tosse aguda auto-limitante (tipo “ganso”)
que pode ser exacerbado pelo exercício
a. Duração variável consoante agente envolvido
🐾 Gagging e expectoração
🐾 Letargia, febre
🐾 Período de incubação: 3-10 dias
🐾 Resolução dentro de 6-14 dias (sem infeções
secundárias concomitantes)
🐾 História recente estadia hotel, exposição a outros cães com
sinais
🐾 Resposta ao tratamento
🐾 Antibioterapia
🐾 Antitússicos
🐾 Broncodilatadores

Prevenção → Vacinação:
✓ Anual
✓ Tosse do canil específica para Bordetella bronchiseptica e
Parainfluenza antes de entrar em hotel
🐾 Agente: Leptospira spp.
🐾 Transmissão:
a. Vertical: transplacentária
b. Horizontal
i. Direta (contacto com urina contaminada, mordeduras, ingestão de
tecidos contaminados, transferência venérea)
ii. Indireta – mais frequente (exposição do animal a solos e água
contaminada)
🐾 Periodo de incubação ? 7 dias…
🐾 Excreção: dias a meses
🐾 Factores de risco: cães jovens, raça grande
🐾 Febre
🐾 Letargia
🐾 Anorexia
🐾 Vómitos
🐾 Desidratação
🐾 Azotemia, ↑ transaminases, proteinuria
🐾 Sintomatoloia + exames complementares
🐾 Serologia
a. MAT (microscopic agglutination test)
b. Teste rápido ELISA
🐾 Tratamento de suporte
a. Hospitalização e fluidoterapia
🐾 Antibioterapia 3 semanas
🐾 Antiemeticos; Protetores gástricos
🐾 Maneio insuficiência renal aguda
a. Diálise
🐾 Agente: Leishmania spp. (++ Leishmania infantum)
🐾 Hospedeiro principal: cães
🐾 Transmissão
a. Horizontal indireta através da picada do vetor do género
Phlebotomus (“mosquito”); direta: venérea
b. Vertical ?
🐾 Lesões cutâneas
🐾 Linfadenomegalia localizada ou generalizada
🐾 Perda de peso
🐾 Inapetência
🐾 Intolerância ao exercício
🐾 Onicogrifose
🐾 PU/PD
🐾 Letargia
🐾 Lesões oculares
🐾 Esplenomegalia
🐾 Sinais clínicos
🐾 Análises e exames complementares
🐾 Serologia
a. Titulação de Anticorpos
🐾 Difícil e recidivas
🐾 Cura clínica é possível
🐾 Follow-up e monitorização essencial
🐾 Evitar exposição
a. Manter cão dentro de casa épocas do ano do
flebótomo, durante o nascer e pôr do sol
b. Evitar zonas propícias ao desenvolvimento
dos habitats do flebótomo
🐾 Desparasitantes externos
a. Repelente do flebótomo
b. Pipeta/coleira
🐾 Vacina
🐾 Agentes: Ehrlichia spp., Anaplasma spp., Babesia spp.,
Rickettsia spp., Borrelia spp. (doença de Lyme)
🐾 Transmissão:
a. Horizontal através da picada do vector – carraça (várias espécies)
🐾 Zoonose (semelhante gripe – febre, dores musculares, …)
🐾 Febre
🐾 Letargia
🐾 Anorexia
🐾 Perda de peso
🐾 Anemia e/ou trombocitopenia
🐾 Icterícia
🐾 Choque
🐾 Sinais clínicos
🐾 Serologia
a. Testes rápidos
🐾 Suporte
a. (Hospitalização)
b. Fluidoterapia
c. Antibioterapia

Prevenção – Desparasitações externas regulares


✓ Pipetas ou Coleiras
1. Raiva
2. Sarna
3. Tinha
4. Dirofilariose
🐾 Agente: Lyssavirus (RNA)
🐾 Transmissão:
a. Horizontal direta através da mordedura do animal infetado
🐾 Periodo de incubação: normalmente 2 a 8 semanas (muito variável;
depende da idade do animal infetado, local de inoculação e da
disseminação no SNC)
🐾 Excreção: 1-10 dias antes aparecimento dos sinais neurológicos até à
morte do animal
🐾 Morte dentro de 3 a 10 dias após aparecimento dos sinais clínicos
🐾 Cura extremamente rara
🐾 Inativado pela maioria dos desinfetantes
🐾 Inicialmente uma fase de prodromo que dura alguns dias e
que pode apresentar sinais subtis de comportamento
errático
🐾 2 tipos:
a. Paralítico
b. Psicótico
🐾 Paralítico
a. Ocorre 2 a 4 dias após infeção; dura 2 a 4 dias
b. Paralisia ascendente dos membros
c. Parálise laringe e faringe
🐾 Psicótico (a mais frequente em gatos)
a. 1 a 10 dias; envolvimento prosencéfalo
b. Comportamento erratico (Irritabilidade, fotofobia, hiperestesia,
resposta exagerada a estímulos visuais e sonoros, ladrar a
objectos inanimados)
c. Convulsões, ataxia e possível parálise
🐾 Sinais clínicos
🐾 Pos-mortem
a. Deteção de antigénio no tecido do encéfalo (através do teste de
immunofluorescencia direta)
🐾 Não recomendado
a. Doença fatal
b. Zoonose

🐾 Vacinação
🐾 Casos suspeitos – quarentena e
eutanásia!
🐾 Agente: Sarcoptes scabiei (ácaro)
🐾 Extremamente contagioso entre animais da mesma espécie por
contacto direto!
🐾 Ciclo de vida de 21-27 dias
🐾 Escava túneis na epiderme provocando uma reação alérgica
intensa
🐾 Grupos de risco: cães jovens e população sobrelotada
🐾 Extremamente prurítico! Reflexo otopodal
🐾 Lesões secundárias a auto traumatismo: alopecia,
escoriações, crostas nas margens das orelhas, nos
cotovelos, abdómen ventral, peito
🐾 Raspagens de pele e visualização da preparação ao
microscópio
🐾 Resposta ao tratamento (pipetas com selamectina ou
moxidectina-imidaclopride)
🐾 Além de tratar o animal, deve-se
tratar outros animais em contacto
e o meio envolvente
a. Camas
b. Tapetes
c. escovas
🐾 Mais frequente em crianças e
pessoas imunodeprimidas
🐾 No mínimo provoca prurido
🐾 Agente: Microsporum canis, Tricophyton mentagrophytes,
Microsporum gypseum
🐾 Não é comum em cães, mas é muito comum é gatos
🐾 Transmissão vertical através de contacto direto com o
hospedeiro, fómites ou ambiente contaminado
🐾 Pode ser autolimitante (depende da resposta imunitária do
animal)
🐾 Inflamação mínima a extensiva com descamação e crostas
🐾 Alopecia
🐾 Furunculose dermatofítica
🐾 Sinais clínicos
🐾 Lâmpada de Wood (falsos positivos!)
🐾 Meio de cultura DTM – diagnóstico definitivo
🐾 Lesões únicas – tricotomia e aplicação antifungico tópico
🐾 Lesões generalizadas
a. Tricotomia
b. Banhos 2 x/semana
c. Antifúngico oral
🐾 Tratamento até 2 semanas após cura
clínica e 2 DTM negativos
PROTOCOLOS VACINAIS E DE DESPARASITAÇÃO
🐾 Vacinas core
a. Parvovirose
b. Esgana
c. Hepatite Infeciosa
d. Raiva
🐾 Vacinas não-core
a. Leptospirose
b. Tosse do canil
c. Leishmania
Idade Vacina
6-8 semanas Puppy DP (Esgana e Parvovirose)
Esgana, Parvovirose, Hepatite,
8 semanas
Parainfluenza (DHPPi)
Esgana, Parvovirose, Hepatite,
12 semanas Parainfluenza + Leptospirose
(DHPPi + L4)
Esgana, Parvovirose, Hepatite,
Parainfluenza + Leptospirose
16 semanas
(DHPPi + L4)

12-24 semanas (3 a 6 meses) Raiva


Idade Vacina
Esgana, Parvovirose, Hepatite,
52 semanas (1 ano idade) Parainfluenza + Leptospirose + Raiva
(DHPPi + L4 + Raiva)
2 anos idade Leptospirose (L4)
3 anos idade Leptospirose (L4)
Esgana, Parvovirose, Hepatite,
4 anos Parainfluenza + Leptospirose + Raiva
(DHPPi + L4 + Raiva)
5 anos Leptospirose (L4)
... ...
🐾 Cães com mais de 16 semanas
a. Sem vacinas ou estado vacinal desconhecido: primovacinação
com reforço 3-4 semanas depois e depois anual
b. Fizeram primovacinação inicial mas depois atrasaram-se nos
reforços (anual): basta 1 dose “inicial”
🐾 Vacinas core
a. Panleucopenia
b. Herpesvirus
c. Calicivirus
🐾 Vacinas não-core
a. Clamidiose
b. Leucemia
c. Raiva
Idade Vacina
Panleucopenia + Herpesvírus +
Calicivirus
8 semanas
(+ Clamidia)
(+ FeLV)
Panleucopenia + Herpesvírus +
Calicivirus
12 semanas
(+ Clamidia)
(+ FeLV)
Panleucopenia + Herpesvírus +
16 semanas
Calicivirus (+ Clamidia)
Panleucopenia + Herpesvírus +
Calicivirus (+ Clamidia)
52 semanas (1 ano)
(+ FeLV)
Idade Vacina
Panleucopenia + Herpesvírus +
2 anos Calicivirus
(+ Clamidia)
Panleucopenia + Herpesvírus +
3 anos Calicivirus
(+ Clamidia)
Panleucopenia + Herpesvírus +
4 anos Calicivirus (+ Clamidia)
(+ FeLV)
Panleucopenia + Herpesvírus +
5 anos Calicivirus
(+ Clamidia)
... ...
🐾 Gatos com mais de 16 semanas
a. Sem vacinas ou estado vacinal desconhecido: primovacinação
com reforço 3-4 semanas depois e depois anual
b. Fizeram primovacinação inicial mas depois atrasaram-se nos
reforços (anual): basta 1 dose “inicial”
É normal que o animal, após vacinação, retorne à sua vida
normal. No entanto, tendo em conta que a vacinação
desencadeia uma resposta inflamatória, é normal que
decorram alguns efeitos secundários do mesmo.

🐾Desconforto local
🐾Febre
🐾Letargia
🐾Relutância em brincar ou fazer exercício
🐾Apetite reduzido
INTERNO
🐾 Até aos 3 meses: 15-15 dias

🐾 3-6 meses: mensalmente


🐾 Após os 6 meses: trimestralmente para o resto da vida

EXTERNO
🐾 Spot-on: mensal

🐾 Coleiras e orais: variável


LIMPEZA E DESINFEÇÃO
1. Usar farda adequada (pijama cirúrgico)
2. Lavar mãos entre manipulação de animais
3. Unhas mantidas curtas
4. Evitar comer na zona do internamento
5. Desparasitação interna regular
6. Vacinação em dia (tétano)
7. Mordeduras/arranhadela
1. Identificar e isolar animais doentes
2. Identificar jaulas com respetiva doença
3. Reduzir o número de pessoas em contato com animal
4. Utilizar roupa protetora adequada: avental, luvas, máscara
e touca.
🐾 Antes de colocar na máquina remover o máximo possível de
matéria orgânica
🐾 Não incluir panos cirúrgicos no mesmo ciclo de máquina de
toalhas contaminadas do canil

Descartar material em casos de


parvovirose/panleucopenia, tinha, calicivirose sistémica

🐾 Não sobrecarregar a máquina!


🐾 Detergente de máquina vulgar
🐾 Temperaturas altas
🐾 Lixívia – quantidades recomendadas pelo fabricante
(normalmente ½ - 1 copo por ciclo)
🐾 O processo de secagem é tão importante como o de
lavagem.
🐾 Preferencia por maquinas de secar
🐾 Sempre que possível expor à luz solar.
🐾 Evitar lugares húmidos e fechados
🐾 Detergente: função de separar gordura e sujidade. Não
elimina microrganismos
🐾 Desinfetantes: destroem os microrganismos. Não
removem necessariamente sujidade e gordura
Importante seguir sempre as recomendações
do fornecedor!

Cuidado com produtos de limpeza contendo odores –


podem provocar alergias e problemas respiratórios aos
animais

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