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Escola Profissional “Ômega”

Curso Técnico em Enfermagem

HEPATITES A; B; C e D
+
RUBÉOLA

Atividade Curricular: Assistências as Patologias


da Criança, Jovem, Adulto e Idoso.

Professor: Enf. Leonardo Rodrigues Taveira


 Hepatite A
 Doença viral aguda, de manifestações clínicas variadas. Os
sintomas se assemelham à uma síndrome gripal, o quadro clínico é
mais intenso a medida que aumenta a idade do paciente.

• No decurso de uma hepatite, há vários períodos:

1º FASE
- Prodrômico ou pré-ictérico: com duração em média de 7 dias,
caracterizado por mal-estar, cefaléia, febre baixa, anorexia, astenia,
fadiga intensa, artralgia, naúseas, vômitos, desconforto abdominal na
região do hipocôndrio direito, aversão a alguns alimentos e à fumaça
de cigarro.
2º FASE

- Ictérico: com intensidade variável e duração de 4 a 6 semanas. É


precedido por 2 a 3 dias de colúria. Pode ocorrer hipocolia fecal,
prurido, hepato ou hepatoesplenomegalia. A febre, artralgia e cefaléia
vão desaparecendo nesta fase.
3º FASE

- Convalescença: retorno da sensação de bem-estar, gradativamente, a


icterícia regride e as fezes e urina voltam à coloração normal.

 Agente etiológico:
• Vírus da hepatite A (HAV). Vírus de RNA, família picornaviridae.

 Modo de Transmissão:
• Fecal-oral, veiculação hídrica, pessoa a pessoa ( contato
intrafamiliar e institucional), alimentos contaminados.

 Período de Transmissão:
• Desde a segunda semana antes do início dos sintomas até o final da
segunda semana de doença.
 Forma Fulminante

• Ocorre necrose maciça ou submaciça do fígado. Os primeiros sinais


e sintomas são brandos e inespecíficos, icterícia e indisposição
progressiva, urina escurecida, e coagulação anormal são sinais que
devem chamar atenção para o desenvolvimento de insuficiência
hepática aguda (10 a 30 dias). A deteriorização neurológica
progride para o coma ao longo de poucos dias após a apresentação
inicial.

 Cuidados com o paciente:


• Afastamento das atividades normais;
• Se for criança orientar sua ausência temporária da creche,
pré-escola ou escola, durante as duas primeiras semanas da
doença;
• A desinfecção de objetos, limpeza de bancadas, chão entre
outros, pode ser feita utilizando cloro ou água sanitária;
 Medidas Preventivas

• Educação da população quanto as boas práticas de higiene, com


ênfase na lavagem das mãos após o uso do banheiro;
• A higiene dos alimentos antes do consumo;
• Disposição sanitária de fezes;
• Medidas de saneamento básico, com água tratada e esgoto;
 Hepatite B
 Agente Etiológico:
• Vírus de DNA, da família Hepadnaviridae.

 Modo de Transmissão:
• O HBV é altamente infectivo e facilmente transmitido pela via
sexual;
• Por transfusões de sangue;
• Procedimentos médicos e odontológicos e hemodiálises sem as
adequadas normas de biossegurança;
• Pela transmissão vertical (mãe-filho);
• Por contatos íntimos domiciliares ( compartilhamento de escova
dental e laminas de barbear)
• Compartilhamentos de seringas e de material para realização de
tatuagens e piercing.
 Período de Incubação:
• De 30 a 180 dias ( em média, de 60 a 90 dias)

 Período de transmissibilidade:
• De 2 a 3 semanas antes dos primeiros sintomas, mantendo-se
durante a evolução clínica da doença. O portador crônico pode
transmitir por vários anos.

 Complicações:
• Cronificação da infecção, cirrose hepática;

 Medidas de Controle:
• Não compartilhamento ou reutilização de seringas e agulhas;
• Triagem obrigatória dos doadores de sangue;
• Medidas adequadas de biossegurança nos estabelecimentos de
saúde;
• A vacinação é a medida mais segura para a prevenção da Hepatite
B
 Hepatite C
 Agente Etiológico:
• Vírus da Hepatite C (HCV). É um vírus RNA, família Flaviviridae.

 Modo de Transmissão:
• A transmissão ocorre, principalmente, por via parenteral.
- São consideradas populações de risco:
• Pessoas que compartilham material para uso de drogas injetáveis (
cocaína, anabolizantes e complexos vitamínicos);
• Inaláveis (cocaína) e pipadas (crack);
• Pessoas com tatuagem ou piercings;
• A transmissão sexual pode ocorrer, principalmente, em pessoas com
múltiplos parceiros e com pratica sexual de risco acrescido (sem uso
de preservativo).
 Período de Incubação:
• Varia de 15 a 150 dias (média de 50 dias).

 Período de Transmissibilidade:
• Inicia-se 1 semana antes dos sintomas e mantem-se enquanto o
paciente apresentar RNA-HCV detectável.

 Características epidemiológicas:
• O vírus C costuma apresentar uma fase aguda assintomática, de modo
que ele responde por apenas uma pequena parte das hepatites agudas
sintomáticas. Estima-se que existam 170 milhões de pessoas
infectadas em todo o mundo.

 Medidas de Controle:
• Não há vacina;
• É importante orientar os portadores de HCV para evitar a transmissão
do vírus;
• A possibilidade da transmissão vertical (mãe – filho) e pelo
aleitamento materno;
• Usuários de drogas injetáveis, inaláveis e crak não devem
compartilhar seringas, canudos e cachimbos.
 Hepatite D
 Agente Etiológico:
• Vírus da hepatite D ou Delta (HDV). Um vírus RNA, único
representante da família Deltaviridae. É um vírus defectivo
(incompleto), que não consegue, por si só, reproduzir seu próprio
antígeno de superfície, o qual seria indispensável para exercer a sua
função patogênica e se replicar nas células hepáticas. Assim sendo,
necessita do vírus da hepatite B.

 Modo de Transmissão:
• Pela via sexual;
• Transfusão de sangue;
• Procedimentos médicos e odontológicos e hemodiálise sem as
adequadas normas de biossegurança;
• Transmissão vertical (mãe – filho);
• Contatos íntimos domiciliares ( compartilhamento de escova dental e
lâminas de barbear);
• Acidentes perfuro cortantes;
• Compartilhamento de seringas e de material para a realização de
tatuagens e piercings.
 Período de Incubação:
• De 30 a 180 dias, sendo menor na superinfecção: de 14 a 56 dias.

 Período de Transmissibilidade:
• Uma semana antes do início dos sintomas e mantém-se enquanto o
paciente apresentar HCV – RNA detectável.

 Características Epidemiológicas:
• Em áreas endêmicas de infecção pelo HBV, o estado de portador
crônico (HBsAg positivo) constitui o principal fator para a
propagação do HDV, bem como grupos de risco acrescido, como
usuário de drogas, hemodialisados e politransfundidos. A distribuição
mundial do HDV também é geralmente baixa. Em regiões de baixa
endemicidade do HDV também é alta em pacientes infectados pelo
HBV.
 Medidas de Controle:
• A vacina contra a Hepatite B é uma forma de reduzir a
prevalência da Hepatite D;
• Os portadores devem ser orientados para evitar a disseminação
do vírus;
• Deve – se usar preservativos;
• Não doar sangue;
• Não compartilhar seringas e agulhas descartáveis;
• Os profissionais de saúde devem seguir as normas de
biossegurança em procedimentos odontológicos e cirúrgicos;
 Rubéola
• É uma doença infecciosa causada por um vírus do gênero rubivírus,
da família Togaviridae, cuja importância está ligada à sua
capacidade de produzir sérios problemas congênitos em recém-
nascidos de mães que contraem a doença durante a gestação,
especialmente no 1º trimestre.
 Sinais e Sintomas
• Seus principais sintomas são muito parecidos com outras doenças
virais comuns na infância, como sarampo e caxumba (papeira),
geralmente envolve:
- Febre;
- Manchas avermelhadas pelo corpo;
- Dor nos olhos, dor pelo corpo;
- Dificuldade ao engolir;
- Nariz entupido e inchaço dos pés.
Geralmente cura-se sozinha, mesmo sem tratamento, mas, em
infeções de mulheres grávidas, o embrião pode sofrer malformações.
 Transmissão
• A transmissão se da se o indivíduo contaminado tossir ou espirrar,
lança micropartículas pelo ar, assim passando rubéola a outro
indivíduo , o mais próximo possível.
 Rubéola Congênita
• A rubéola congênita ocorre apenas quando as mulheres apresentam
a infecção ativa durante a gestação. A síndrome completa da
rubéola é mais provável quando a infecção materna ocorre nos
primeiros dois meses de gestação. Com menos de 12 semanas de
gravidez, por volta de 80% dos fetos são afetados e entre 12 e 16
semanas, metade dos expostos serão afetados. Anormalidades
congênitas e retardo de crescimento são raras após 16 semanas de
gestação.
 Malformações Congênitas:

• Cataratas; Glaucoma; Surdez; Cardiopatia congênita;


Microcefalia com retardo mental; Espinha bífida; Alterações nos
pulmões; Alterações no fígado e ossos; Diminuição das plaquetas
(trombocitopenia).
 Tratamento

• Não existe tratamento específico para a rubéola, apenas medidas de


suporte e combate dos sintomas. Atenção especial deve ser dada à
prevenção através da vacinação pelo menos 3 meses antes da
gestação. Embora nenhum defeito congênito tenha sido relatado em
mulheres que fizeram a vacina durante a gestação, não é aconselhável
a vacinação durante a gravidez, devido aos riscos teóricos por tratar-se
de vírus atenuados.
 Atividade
1) Quais as fases de desenvolvimento da Hepatite e descreva as mesmas dando as suas
definições.
2) Em qual região do abdome se localiza o fígado e quais as técnicas usadas para percebe-
lo ao toque?
3) Qual o agente etiológico da hepatite A, o modo e o período de transmissão?
4) Descreva a forma fulminante da Hepatite e quais os cuidados devem ser tomados com
o paciente e para a prevenção da hepatite A?
5) Qual o agente etiológico da hepatite B?
6) Cite os modos de transmissão da hepatite B; qual o período de incubação e o período
de transmissibilidade da doença?
7) Quais medidas de controle?
8) Qual o agente etiológico da hepatite B?
9) Quais os modos de transmissão da hepatite C; qual o período de incubação e o período
de transmissibilidade da doença?
10) Quais as medidas de controle?
11) Qual o agente etiológico da hepatite D e qual a relação da mesma com a hepatite B?
12) Descreva qual o modo de transmissão da hepatite D; qual o período de incubação e o
período de transmissibilidade da doença?
13) Quais as medidas de controle?
14) Dê a definição de rubéola.
15) Quais os sinais e sintomas e como ela é transmitida?
16) Como ocorre a rubéola congênita e quais as malformações decorrentes da doença?
17) Qual o tratamento a ser realizado?

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