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Tendências em Epidemiologia

 Epidemiologia Clínica
Medicina Baseada em Evidências: aplicação da
epidemiologia no diagnóstico clínico e no cuidado
direto do paciente, com maior rigor científico na prática
médica.
 Epidemiologia Social
Renascer do estudo da determinação social da
doença, busca melhorar o atendimento à saúde da
população, especialmente as mais subdesenvolvidas,
de maneira multidisciplinar, procurando trabalhar na
diminuição das desigualdades sociais e prevenção de
doenças evitáveis.
Epidemiologia das doenças transmissíveis

• Susceptibilidade e imunidade
• Aspectos clínicos e laboratoriais
– Manifestações clínicas
– Diagnóstico diferencial
– Diagnóstico laboratorial (técnicas de diagnóstico, nº de
amostras) etc.
– Tratamento
• Aspectos epidemiológicos
Epidemiologia das doenças transmissíveis

• Doença.
• Características gerais:
– definir a doença, seu curso (benigno ou maligno), import ância
epidemiológica.
• Etiologia da doença (agente, género e família)
• Reservatório
• Modo de transmissão
• Período de incubação
• Período de transmissibilidade
Epidemiologia das doenças transmissíveis

• Aspectos epidemiológicos.
• História e antecedentes da doença
• Vigilância epidemiológica
– Objectivos,
– Definição de caso (suspeito, confirmado, compatível, descartado,
vinculo),etc.
– Notificação do caso

• Medidas ( resposta) a serem tomadas


• investigação
DOENÇAS
IMUNOPREVENIVEIS
MAGNITUDE MUNDIAL

Na Eruropa em Cuba
eliminação do sarampo
em 1993

30 e 40 millhões de casos
885 000 defunções anuais

È responsável de quase a metade de 1,7 milhões de


mortes anuais por imunopreveníveis
SITUAÇÃO NO MUNDO
• O sarampo hoje é uma doença de infância
pouco perigosa, mas não foi sempre assim. A
alta mortalidade que provocou nos ameríndios
sem defesas imunológicas ou genéticas quando
foi introduzido na América, logo após a
descoberta de Colombo, indica que a sua
introdução na Europa pode ter sido igualmente
traumática, e teria provavelmente ocorrido nos
últimos séculos da existência do Império
Romano - em cujo declínio e queda as suas
epidemias combinadas com as da varíola teriam
sido factores importantes.
Situação em África
• Em 2008 na África cerca de 164.000 pessoas morreram de
sarampo, uma perda terrível de seres humanos que sofrem com a
extrema fome e as doenças, estas pessoas que vivem nesta região
sofrem sem recurso algum precisam de comida vitaminas e
remédios para prevenção de doenças.

• Em Setembro de 2011, o Comité Regional da OMS para a região


Africana adoptou o Objectivo de Eliminação do Sarampo até 2020
tendo definido os seguintes objectivos específicos:
– Reduzir as mortes por sarampo a menos de um caso por um
milhão de habitantes
– Elaborar e implementar o Plano Estratégico de Eliminação de
Sarampo en cada País membro do AFRO fornecendo os
recursos humanos e financeiros com a finalidade de eliminar o
sarampo
Situação em Angola
• O Governo de Angola considera o Programa Alargado de
Vacinação (PAV), um componente essencial dos Cuidados
Primários de Saúde. O programa começou em Angola, em 1979,
vacinando crianças menores de um ano de idade contra a
Poliomielite, Difteria, Tétano, Tosse Convulsa, Sarampo,
Tuberculose e administrando a vacina contra o Tétano as mulheres
grávidas com o objectivo de reduzir a morbidade e mortalidade das
doenças imunopreveníveis.

• A implementação da estratégia RED (atingindo cada Município) em


Angola é efectiva desde 2003 e constitui a estratégia para cobrir a
população alvo nacional com doses completas de todas as vacinas
do programa de imunização. A aplicação dos 5 componentes
operacionais ainda não esta desenvolvida de forma uniforme em
todos os municípios, nomeadamente:
Estratégia RED

• 1. Planeamento e gestão de recursos
❖ Melhor gestão dos recursos humanos e financeiros
• 2. Atingir às populações-alvo
❖ Melhorar o acesso de todos aos serviços de vacinação fixos
avançados e móveis.
• 3. Ligar os serviços às comunidades
❖ Em parceria com as comunidades, para promover e prestar
serviços.
• 4. Supervisão formativa
❖ Formação durante as visitas, retroinformação e companhamento
regular do pessoal de saúde.
5. Monitorização para a acção
❖ Utilizar ferramentas para análise e utilização dos dados, fornecer
• retroinformação para a auto-avaliação e melhoramento contínuo.
•FEBRE ALTA
•MAU ESTADO GERAL
•RINITE
•CONJUNTIVITE
•TOSSE SECA

•MANCHAS DE KOPLIK

EXANTEMA DE PONTOS BRANCOS


2-3 MM DE DIAMETRO DIFICIL DE OBSERVAR
APARECEM NUM CURTO PERIODO DE
TEMPO
ERUPCÇÃO

EXANTEMA MACULO-
PAPULAR

APARECE NO COlO CABELUDO E NA CARA


DISTRIBUIÇÃO CEFALOCAUDAL
ERUPCÇÃO MAXIMO 2- 3 DIAS
DURAÇÃO ATÉ 7 DIAS
EXANTEMA MORBILIFORME
DESCAMAÇÃO
COMPLICAÇÕES

•DIARREIA (8%)
•OTITIS (7%)
•PNEUMONIA (6%)
•ENCEFALITIS 1 x CADA 1.000 CASOS.
•KWASHIORKOR AGUDO (malnutrição)
PANENCEFALITIS ESCLEROSANTE
SUBAGUDA (PESA)
1 x 100,000 CASOS.

OS PACIENTES COM PENSAM NÃO SÃO CONTAGIOSOS


•Agente: Virus do sarampo Familia Paramyxoviridae, Género
Morbilivirus

•Reservatório: Homem.

•Vía de transmissão: Respiratória.

•Período de incubação: 11 días, oscila entre 8 e 14 días.

•Período de transmisibilidade: De uma semana antes de exantema


e 5 días depois

•Difusibilidade: Aproximadamente 90% de susceptíveis enfermam


quando estão em contacto com um caso de sarampo.
Aspectos epidemiológicos.....

•Estacionalidade: Desde finais de inverno até ao


principio de primavera.

•Ciclização: Antes da vacinação se produziam picos


epidémicos cada 2 anos.

•Grupos de risco: 40% dos casos ocorrem em


menores de 5 anos e 90% em menores de 15 anos.

•Taxa de letalidade: cerca de 0-4%.


SISTEMA DE VIGILANCIA DO SARAMPO

• Definição Padronizada de caso:


• Caso suspeito:
• Uma pessoa com febre e exantema generalizado
maculopapular (não vesicular) e/ou um dos seguintes sintomas:
tosse, coriza ou conjuntivite (olhos vermelhos) ou uma pessoa
cujo médico suspeite que tenha sarampo.

• Caso confirmado:
• Um caso suspeito que tenha confirmação laboratorial (com
anticorpo IgM positivo) ou um vinculo epidemiológico a casos
confirmados durante um surto.

• Caso provável: É aquele caso que concorda com a definição


de caso ,mas não confirmado laboratorialmente e que
tenha vinculo com um caso confirmado.
ESTRATEGIAS DE VACINAÇÃO
CAPTAÇAO: vacinação num período de tempo curto de todas
as pessoas entre 1 a 14 anos de idade, obtendo
cerca de 95 % de cobertura.

MANUTENÇÃO: vacinação de rotina, com coberturas igual ou


superiores a 95%, para cada coorte de crianças
por idade

SEGUIMENTO: vacinação indiscriminada entre 1 a 4 anos de idade


A vacinação deve ser realizada num curto período ,
com um intervalo máximo de 4 anos

VANTAGENS:
ALTA IMUNIDADE COMUNITARIA

REDUZ A TRANSMISSÃO ENTRE OS SUSCEPTÍVEIS


GARANTE A ELIMINAÇÃO DA DOENÇA
MAGNITUDE DO PROBLEMA EM ANGOLA

Desconhecido
Aspectos epidemiológicos
•Agente: Virus de rubéola,Togavirus do género Rubivirus
• Reservatório: Homem.
•Vía de transmissão: Respiratoria.
•Período de incubação: De 12 a 23 días.
•Período de transmisibilidade: Desde uma semana antes de
exantema até 5 días despois
•Estacionalidade: Desde finais de inverno até principios de
primavera ocorrem em 60% dos casos.
•Ciclização: Antes da vacinação se produziam picos
epidémicos cada 7 anos.
•Grupos de risco: Crianças menores de 15 años.
•Taxa de letalidade: cerca de 2%.
•QUADRO CATARRAL
•FEBRE
•CEFALEIAS
•MAU ESTAR GERAL
•ERUPÇÃO MACULOPAPULAR DIFUSA
•LINFADENOPATIAS
•FORMA SUBCLINICA 50% DOS CASOS
COMPLICACIONES

ARTRITIS OU ARTRALGIA

ENCEFALITIS 1 EM CADA 3000 CASOS

MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS 1 X
3,000 CASOS.

SINDROME DE RUBEOLA
CONGENITA
SISTEMA DE VIGILANCIA DE RUBEOLA

Definição Padronizada de caso

Toda a pessoa que apresenta erupção


com febre acompanhado de um ou mais
dos siguintes síntomas e sinais:
conjuntivitis, adenopatía retroauricular,
suboccipital ou cervical posterior.
•Caso suspeito:
Todo o casos que só apresenta exantema e febre.

•Caso provável:
Todos o caso que concorda com a definição de caso,
mas sem confirmação laboratorial e com vínculo
epidémico a um caso confirmação

Caso confirmado: É aquele caso confirmado por


laboratorio.
Síndrome de Rubéola
Congénita
TRANSMITIDA POR VIA TRANSPLACENTARIA, COM INFECÇÃO
DA PLACENTA E O FETO.

DEPENDENDO DA FASE DA GRAVIDEZ A INFECÇÃO


PODE RESULTAR EM MALFORMAÇÃO DE VARIOS TIPOS

ULTIMAS SEMANAS
INFECÇÃO VIRAL
2-3 SEMANAS HEPATITIS
MORTE DO EMBRIÃO PRIMERAS 12 PUERPURAL
SEMANAS
MALFORMAÇÕES
CONGENITAS
PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES DO
SINDROME DE RUBEOLA CONGÉNITA

•Morte fetal (aborto espontáneo e nado


morto)
•Baixo peso ao nascer.
•Atraso mental

Lesões cerebrais

•Microcefalia
Sistema auditivo
•Surdez neurosensorial (uni o bilateral)
•Surdez central. Defeitos da fala

Sistema cardiovascular

•Persistência do conducto arterial.


•Estenose pulmonar.
•Defeitos no ventrículo.
•Cardiopatía congénita complexa
Sistema ocular
•Retinosis pigmentaria.
•Cataratas.
•Microftalmía.

Manifestações neonatais transitorias


(infecção extensa , alta mortalidade)

•Trombocitopenia com ou sem púrpura.


•Hepatoesplenomegalia.
•Meningoencefalitis.
•Radiotransparencias óseas.
•Adenopatías
Manifestações de aparecimento tardia
ou relativas ao desenvolvimento

•Pneumonía intersticial de aparição


tardía(/ 3 e 12 meses)

•Diabetes mellitus insulinodependente


ESTRATEGIAS DE VACINAÇÃO

ELIMINAÇÃO DO VIRUS A LONGO E A CURTO PRAZO

ELIMINAÇÃO DA DOENÇA

VENTAGENS: ALTA IMUNIDADE COMUNITARIA

REDUZ A TRANSMISSÃO NOS SUSCEPTIVEIS

GARANTE A ELIMINAÇÃO DA DOENÇA


•Síndrome de Rubéola
Congénita eliminado en 1989

•Em muitos paises a doença foi


eliminada em 1995
INDICADORES DE VIGILÂNCIA DO SARAMPO E RUBEOLA
1. Proporção de centros informantes: pelo menos 80%
dos centros de vigilância devem presentar relatórios
cada semana sobre a presença ou não de casos
suspeitos

2. Proporção de casos suspeitos com investigação


adequada pelo menos em 80%.

3. Proporção de casos suspeitos cuja amostra de


sangue se obteve durante os 30 días posteriores ao
inicio da exantema: pelo menos em 80%.

4. Proporção de casos suspeitos cuja amostra de


sanguee se recebeu no laboratorio durante os 5 días
posteriores a sua obtenção: pelo menos em 80%.
INDICADORES DE VIGILANCIA SARAMPO / RUBEOLA….

5. Proporção de casos suspeitos cujos resultados


de laboratorio foram notificados durante os 4 días
siguintes logo apos chegada da amostra de sangue
ao laboratório: pelo menos em 80%.

6. Proporção de cadeias de transmissão com amostras


representativas para o isolamento do virus: pelo menos
em 80%.
É o primeiro caso descrito
de uma infecção do virus
em jeroglífico de Memphis,
a capital de Egipto antiguo,
desenhado
aproximadamente 3700
Antes de Jesus cristo, que
representa um sacerdote
chamado Ruma que
moestra as sequelas
clínicas de poliomielitis
paralítica.
• 1789 Underwood descreve a debilidade dos membros
inferiores em crianças com poliomielitis.
• Sec. XIX a primera epidemia na Europa.
• 1955 Descoberta da vacina IPV por Salk.
• 1959 Descoberta da vacina OPV
por Sabin.

Eliminada en 1962 ???.


Conhecida como paralesia infantil
Enfermedade infecto-contagiosa

Manifestações clínicas

Parálesia severa
inaparentes (1-1,6%)
(90 – 95%)
A Organização Mundial da Saúde declara que uma
zona está livre da doença quando transcorrem tres
años sem registo de nenhum caso.

•Em 1994, a OMS considerou a Região das Américas


(36 países) livre de polio (sept 1991, Perú)

•Em 2000 se fez na região do Pacífico (37 países,


incluindo China). (Cambodia 1997)

•En 2002 se declaou a Região da Europea. (nov


1998, Turquía)
Polio: ULTIMOS CASOS
REGIÃO DAS
AMERICAS
Luis Fermin Tenorio
Peru 1991

REGIÃO DO PACIFICO
Mum Chanty
Cambodia 1997

REGIÃO DA EUROPEA
Melik Minas
Turkey 1998
CARACTERISTICAS DA PARALESIA POR POLIO

➢ É DE FORMA AGUDA
➢ FLÁCIDA
➢ APARECE FEBRE NO INICIO
➢ DIFICULDADE PARA CAMINHAR
➢ NO HÁ ALTERAÇÕES DE SENSIBILIDADE
➢ PERNAS MAS AFECTADAS QUE OS BRAÇOS
➢ GRANDES GRUPOS MUSCULARES AFECTADOS
➢ MUSCULOS PROXIMAIS DAS EXTREMIDADES MAS
AFECTADOS
➢ ASIMETRICA
➢ SEQUELA TIPICA E PERMANENTE
AVANÇOS ATÉ A ERRADICAÇÃO DA
POLIOMIELITIS NO MUNDO

Nigeria
Afganistan
India
Pakistan
Aspectos epidemiológicos
•Agente: poliovirus, enterovirus do género picornavirus
•3 serotipos
•Reservorio: Humano.
•Vía de transmissão: Respiratoria e fecal oral.
•Período de incubação: De 4-40 días.
•Período de transmisibilidade: Antes do começo dos síntomas.

•Estacionalidade: Temporada de verão.

Grupos de risco: Menores de 15 anos.

•Taxa de letalidade: é muito baixo.


Poliovirus em nome
genérico que se aplica aos
tres tipos de virus:

• Brunhilde (tipo I),


• Lansing (tipo II),
• Leon (tipo III).
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL

OUTRAS
POLIONEUROPATÍAS. SÍNDROME DE
GUILLAIN BARRÉ

MIELITIS TRANSVERSA.
DEFINIÇÃO PADRONIZADA DE CASO:
CASO PROVAVEL:

TODA PESSOA MENOR DE 15 ANOS QUE PRESENTE


PARALISIA FLACIDA AGUDA (P.F.A)

CASO CONFIRMADO:

TODO CASO DE P.F.A QUE PRESENTE ISOLAMENTO


DO POLIOVIRUS SELVAGEM

CASO COMPATIVEL:

TODO CASO DE P.F.A , SEM TOMA ADEQUADA DE AMOSTRAS,


OU QUE PRESENTE SEQUELAS ATÉ AOS 60 DIAS, OU QUE FALECEU
OU NÃO TEVE SEGUIMENTO
INDICADORES DE VIGILÂNCIA

TAXA DE NÃOTIFICAÇÃO DE P.F.A: NÃO TIFICAÇÃO DE 1 CASO


EM CADA 100 000 MENORES DE 15 AÑOS.

% DE CASOS DE P.F.A COM UNA AMOESTRA ADEQUADA: AO


MENOS 80% DOS CASOS NÃOTIFICADOS DEVEM TER UMA
AMOESTRA DE FEZES DURANTE OS PRIMEROS 14
DIAS DESDE O INICIO DE PARALISIA.

% DE CASOS INVESTIGADOS NAS PRIMERAS 48 HORAS:


PELO MENOS 80% DOS CASOS.

% DE NOTIFICAÇÃO NEGATIVA SEMANAL OPORTUNA: AO


MENOS EM 80% DAS UNIDADES DEVEM REALIZAR A
NOTIFICAÇÃO NEGATIVA SEMANAL.
SINTOMAS E SINAIS

cerca de 50% dos casos são inaparentes

•MIALGIA

•MAL ESTAR GERAL

•FEBRE

•DISFAGIA A DOS LÍQUIDOS

•ANOREXIA

•CEFALEIA

•AUMENTO DE VOLUME DAS GLÁNDULAS SALIVARES.


Aspectos epidemiológicos
•Agente: Virus da parotiditis. Paramixovirus.
•Reservorio: Humano.
•Vía de transmissão: Respiratoria.
•Período de incubação: De 14 a 18 días.
•Período de transmisibilidade: Desde 1 semana antes de
pródromo até 1 semana depois.
•Difusibilidade: cerca de 60%.

•Estacionalidade: Desde finais de inverno até ao principios de


primavera.

•Grupos de risco: Menores de 15 anos.

•Taxaa de letalidade: Geralmente baixa.


COMPLICAÇÕES

•MENINGITIS ASSÉPTICA (50-60%)


•OTITE 20%
•SURDEZ 5 em cada 100 000 casos
•menos frequente: (miocarditis, artralgias,
nefretis)
Enfermidade causada por virus da hepatitis B
(VHB). Afecta o fígado

Segundo os sinais e síntomas, se identificam 3 fases:

Fase prodrómica ou pre-ictérica: mau estado geral,


anorexia, naúseas, vómitos, dores abdominaies, febre,
dor de cabeça, mialgias , exantemas maculares,
artralgias e urina escura. Aparece 1 ou 2 dias antes da
icterícia

Fase ictérica: 1- 3 semanas, hepatomegalia, dores


hepáticas.

Fase de convalescencia: dura meses, mal estar e fatiga:


INFECÇÃO CANCER
HEPATITIS B CRÓNICA CIRROSIS
ASSINTOMATICA
RESOLUÇÃO INF.CRONICA
INFECÇÃO OU ASINTOMATICA
POR IMUNIDADE
INFECÇÃO CANCER
VHB CRÓNICA CIRROSIS
INFECÇÃO
AGUDA RESOLUÇÃO OU INF.CRONICA
SINTOMATICA IMUNIDADE ASINTOMATICA

HEPATITIS
FULMINANTE
O RISCO DE DESENVOLVER UMA INFECÇÃO CRÓNICA
É INVERSAMENTE PROPORCIONAL A IDADE

6-10 %
ADULTOS

30- 50%

1-5 ANOS DE VIDA

90 % LACTANTES
INFECTADOS
TRANSMISSÃO:
A TRAVES DE SUBSTANCIAS CORPORAIS:

SANGUE E HEMODERIVADOS, SALIVA, L.C.R, LIQUIDO PERITONEAL,


PLEURAL, PERICARDICO, SINOVIAL E AMNIOTICO; SEMEN E
SECREÇÕES VAGINAIS, ATRAVES DE OBJETOS CONTAMINADOS,
EXPOSIÇÃO PERCUTÂNEA (DROGAS POR INJEÇÃO)

MODOS DE TRANSMISÃO:

•CONTACTO SEXUAL
•CONTACTO INTRA DOMICILIARIO
•TRANSMISSÃO VERTICAL
•USO DE DROGAS INJECTAVEIS
•NOSOCOMIAL

A HEPATITE B É 100 VEZES MAIS TRANSMISSÍVEL QUE A


SIDA
A HEPATITE B É 100 VEZES MAS
TRANSMISSÍVEL QUE A SIDA

O VHB SOBREVIVE ATÉ UMA SEMANA


NO
SANGUE SECA
Grupos de risco:

✓ Drogueiros
✓ Trabalhadores de saúde pública
✓ Pacientes transfundidos com sangue ou
derivados
✓ Transplante de órgãos
✓ Hemodializados
✓ Individuos com câmbio de parceiross
frequentes
✓ Filhos de mães portadores de HBsAg
✓ Retardados mentaies
✓ Operadores
✓ Tatuagens
✓ Homosexuaies masculinos
EXTENSOS SURTOS

ALTA LETALIDADE
ASSINTOMÁTICAS

FORMAS LEVES FEBRE


SINTOMATOLOGIA HEMORRAGICA
INESPECIFICA CLASSICA
PERIODO DE INCUBAÇÃO: 3-6 DIAS

FORMA CLASSICA : ENF. SISTEMICA GRAVE DE ALTA


LETALIDADE

•FEBRE
•POSTRAÇÃO
•COMPROMISSO HEPATO RENAL
•COMPROMISSO CARDIACO
•MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS
•CHOC

EVOLUÇÃO DA DOENÇA

INFECÇÃO REMISSÃO INTOXICAÇÃO


FASE INFECCIOSA:

FIBRE ELEVADA
CALAFRIOS
CEFALEIA
POSTRAÇÃO

LABORATORIO:

LEUCOPENIA COM NEUTROPENIA RELATIVA


TRANSAMINASAS ELEVADAS
ALBUMINURIA
MANIFESTAÇÕES HEMATOLOGICAS

OLIGURIA – ANURIA

HIPOTENSSÃO

AGITAÇÃO PSICOMOTOR

ESTUPOR

COMA

MORTE
•LEPTOSPIROSE

•MALARIA GRAVE

•HEPATITES VIRAIS

•DENGUE HEMORRAGICA

•FEBRE HEMORRAGICA ÉBOLA, MARBURG,


VALE DO RIFT
RECOMIENDA:

VACINAR CONTRA A FEBRE AMARILLA - ROTINA

12 MESES DE IDADE – PAISES COM ÁREAS


ENZOOTICAS

MANTER COBERTURAS MINIMAS DE VACINAÇÃO A


95%
Clostridium tetani.
tétanolisina: hemolisina lábil ao oxígeno
que não participa na patogenicidade da
bacteria.

EXOTOXINAS

tetanoespasmina ou toxina tetánica-


responsável pelas manifestações
clínicas da doença.
Período de incubação: 3 e 28 días, a
maioría aos 10 días (80%).

Quando o período de incubação é


mais curto, maior é a severidade e o
pronóstico muito reservado, ocorrendo
maior letalidade nos que incubam em
menos de 3 días.
Como se transmite ?

• Os esporos tetánicas se introduzem en


no corpo em geral através de uma ferida
contaminado com terra, pó ou fezes de
animais ou de humanos.

•Arranhaduras, queimaduras ou lesões


insignificantes ou inadvertidas.
Cómo se transmite ?.......
•Injecção de drogas contaminadas que se
vende na rua.
• Algumas técnicas cirúrgicas como a
circuncisão.
• Ocorreram “casos depois de lesão que
forão consideradas demasiado
insignificantes” para justificar a atenção
médica.
NO SE TRANSMITE DE PESSOA A
PESSOA.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS

Pródromos: febre de pouca intensidade,


irritabilidade, cefaleia, dor no local de injecção.

•Contrações musculares dolorosas, primeiro


nos maxilares e nos músculos do corpo e
depois no tronco.
•Rigidez abdominal.
•Aparecem espasmos generalizados (posição
de opistótonos) a expressão facial conhecida
como riso sardónica.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
DIAGNOSTICO

CLINICO LABORATORIAL

• OFERECE POUCA
FUNDAMENTAL UTILIDADE
• RARAS VEZES SE
ISOLA O
MICROORGANISMO
• Vacinação com DPT aos 2, 4, 6 e 18
meses de idade.
• Vacinação com DT em primeiro grau.
• Vacinação com Toxoide Tetánico en 9º
grau.
• Protecção activa mediante a aplicação de
doses de reforço com Toxoide Tetánico
cada 10 anos
As crianças com VIH ou com quadro
de inmunodeficiencia grave – seguem
o mesmo programa de dosis, se indica
a aplicação de toxoide tetánico.
PROFILAXIA PARA O
TRATAMENTO DA
FERIDAS

Antecedentes de Feridas pequenas e Todas as demais


imunização limpas feridas
antitetánica (doses)

Cerca ou menos de 3 Sim Não Sim Sim

3 ó más No1 No No2 No


MANIFESTAÇÕES CLINICAS

•No recém nascido usualmente a partir


do terceiro dia de vida como primeira
sinal deixa de mamar, por dificuldade de
agarrar e chupar a mama, devido ao
trismo.
MANIFESTACÇÕES CLINICAS
Posição característica com as pernas
extendidas e braços dobrados junto ao
peito, mantendo as mãos cerradas com
dificuldades para abri- las.
Crises contracturais generalizadas
levando aa opistótonos, que duram pocos
minutos.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
• INFECÕES SECUNDÁRIAS DAS
VIAS RESPIRATORIAS
• DISFUNÇÃO RESPIRATORIA POR
PAROXISMOS DA MUSCULATURA
RESPIRATORIA
• EDEMA CEREBRAL
• FLEBITIS
• FRACTURAS
VIGILANCIA DO TÉTANO NEONATAL
Definição Padronizada de caso:

Caso suspeito:

Um recém-nascido com capacidade


normal de mamar e chorar durante os
primeiros dois dias de vida e que, entre
o 3º e o 28º dia de vida, não consegue
mamar normalmente e fica rígido ou tem
convulsões, ou com ambos sintomas.

VIGILANCIA DO TÉTANO NEONATAL
•Caso confirmado:

•Não é recomendada qualquer


confirmação laboratorial.
•A confirmação do diagnóstico é clínico.
COMBINAÇÃO DE 2 ESTRATEGIAS

Aumento da cobertura de Inmunização


com Toxoide Tetánico nas mulheres em
idade fértil e grávidas

• Melhoramento da assistencia
obstétrica
• Enfatizar em partos institucionaies
ESTRATEGIAS : INCREMENTO DOS PARTOS INSTITUCIONAIS

VACINAÇÃO DA POPULAÇÃO COM O T.T

VACINAÇÃO DAS GRÁVIDAS

VANTAGENS:

GARANTE A ELIMINAÇÃO EM CURTO


PRAZO
VACINAÇÃO DA MULHER GRÁVIDA

A estrategia :

1ª dose - 22 semanas
Reactivação – 26 semanas
ou em SOS
TODOS DEVEM SER
INSTITUCIONAIS

O TETANOS NEONATAL
É UMA DOENÇA DE ELIMINAÇÃO
MANIFESTAÇÕES CLINICAS

•FORMAÇÃO DE PSEUDOMEMBRANAS NAS


AMIGDALAS, FARINGE, MUCOSA NASAL E NA PELE

•QUADRO FEBRIL NÃO MUITO INTENSO

•ESTADO GERAL COMPROMETIDO


FORMAS CLINICAS

•DIFTERIA NASAL
•DIFTERIA LARÍNGEA
•DIFTERIA FARINGEA
•DIFTERIA CUTÂNEA
EN CUBA ELIMINADA EN 1979.

A INCIDENCIA MAL CONHECIDA

IMPACTO DOS PROGRAMAS DE


VACINAÇÃO EM ÁFRICA DIFTERIA

ASOCIADA COM CONDICIONES


SOCIOECONOMICAS. AGLOMERAÇÃO DA
POPULAÇÃO
SURTO DE DIFTERIA NA EX-UNIÃO SOVIETICA, 1995

•Factores de risco:

Baixas Coberturas devido a:


• submissão irregular de vacinas
• Falta de reforço na idade escolar e adultos
• Transição política e desorganização sanitaria
• Perda de confiança na vacinação
• Excessivas contraindicações

Grandes movimentos populacionais e alto grau


de mobilização militar, facilitando a diseminação.
Os adultos contribuirão em grande número de
casos.
Aspectos epidemiológicos
•Agente: Corynebacterium difteriae.

•Reservatório: Humano.

•Vía de transmisão: Respiratoria.

•Período de incubação: De 2 a 5 días.

•Período de transmissibilidade: enquanto permanecer o


agente infeccioso.

•Difusibilidade: Baixa difusibilidade.


COMPLICAÇÕES

• MIOCARDITIS.

• PARÁLISIA DO VEIO DO PALADAR.


• PARÁLISIA DOS OLHOS, LÁBIOS E
DIAFRAGMA.
• OTITE
É UMA ENFERMEDADE BACTERIANA AGUDA

AFECTA A TRAQUEA E O TRACTO RESPIRATORIO


SUPERIOR.

SE CARACTERIZA POR;

•PERÍODO CATARRAL (1-2 SEMANAS)

•PERÍODO PAROXISTICO (6-10 SEMANAS)

•PERÍODO DE CONVALESCENCIA(2-3 SEMANAS).


Aspectos epidemiológicos
•Agente: Bordetella pertussis.

•Reservatório: Humano.

•Vía de transmissão: Respiratoria.

•Período de incubação: De 5 a 10 días.

•Período de transmisibilidade: Desde 7 días siguientes a


a exposição, até 3 semanas depois do inicio do paroxismo.

•Estacionalidade: Mais frequente desde finais de


inverno a principios de primavera.

•Ciclização: Cada 3 o 4 años.

•Grupos de risco: Menores de 15 anos.


COMPLICAÇÕES

•PNEUMONIA BACTERIANA

•CONVULSÕES
SECUNDARIAS DEVIDO DA
•ENCEFALITE PRESSÃO EXERCÍDA PELA TOSSE
• HIPOXIA HEMORRAGIAS
• OTITIS MÉDIA EDEMA DA CARA
• ANOREXIA PNEUMOTORAX
• DESHIDRATAÇÃO.
EXISTEM 2 VARIEDADES:

•CEPAS ENCAPSULADAS: H. INFLUENZAE TIPO B


É O MAIS PATOGENO

•CEPAS NÃO ENCAPSULADAS: NÃO INVASORAS


RESPONSÁVEL DE INFECÇÕES OTORRINOLARINGEAS

OTITIS
EPIGLOTITIS
BRONQUITIS
CARACTERISTICAS CLINICAS:

:
•MENINGITIS – (60 – 80 %)

•EPIGLOTITIS

•ARTRITE SEPTICA

•CELULITIS

•PNEUMONIA

•OSTEOMIELITE E PERICARDITIS (menos frequentes)


Aspectos epidemiológicos:

:
❑ Agente infeccioso: Haemophilus influenzae tipo b

❑ Distribução: Mundial

❑ P. de incubação: desconhecido, provável 2 a 4 días


❑ P. de transmissibilidade: todo o tempo que estejam
presentes os microorganismos

❑ Factores de risco: Hospedeiro: doente crónica


Creches, superlotação, baixo nivel socioeconómico,
❑ Crianças em idade escolar.

❑ A incidência é maior em menores de 5 anos,(menores de


2 anos)
COMPLICACÇÕES:

CONVULSÕES

AUMENTO DA PRESAÃO
INTRACRANIAL
MENINGITE PARALISIA DOS NERVOS FACIAIS

ACIDENTES CEREBROVASCULARES

ATAXIA

TROMBOSE DE SEIOS VENOSOS

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