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UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE ANGOLA

Departamento de Farmacologia

FARMACOLOGIA CLÍNICA

INTRODUÇÃO

Prof. Fernando P. Kuatoko


 Por séculos, tratamentos orientaram-se por
hábitos culturais e determinismos religioso.

 Já a farmacologia clínica baseia-se em novos


referenciais capazes de propiciar cura ou pelo
menos alivio do sofrimento.
A Farmacologia clínica constitui uma das mais
importantes áreas de intervenção terapêutica
por parte do médico.
Objectivos da disciplina: 
 aluno seja capaz de identificar as abordagens
terapêuticas possíveis para diagnósticos bem
caracterizados e elaborar juízos terapêuticos
selectivos em função dos níveis de evidência
disponíveis (farmacoterapia documentada).

 Pretende-se que o estudante compreenda os


mecanismos e processos desencadeados pelos mais
diversos fármacos no organismo humano.

 Deverá, também, relacionar a administração daqueles


compostos com a estratégia correspondente.
 No final da disciplina e face a um caso clínico e
respectiva prescrição farmacoterapêutica, o
aluno deverá estar em condições de:
Interpretar os objectivos terapêuticos definidos (como

e quando os avaliar),
Potenciar a adesão à terapêutica;

Diminuir os erros de prescrição médica,


Orientar o doente face a possíveis inter-recorrências

(iatrogénicas ou não) durante o período de


tratamento.
Terapêutica/Considerações Gerais
 Os medicamentos são seleccionados com base
nas caracteristicas das drogas (eficácia, perfil de
segurança, via de administração e eliminação,
frequencia de dose e custo).

 Permite a avaliar os riscos e beneficio das drogas,


uma vez que toda droga tem algum risco.

 Adesão ao esquema de doses (grau em que o


doente segue o esquema terapêutico.
A Resposta à uma droga depende:
 Caracteristica e comportamento do doente (idade,
sexo, probablidade de gestação, etnias).

 Coexistencia de outras enfermidades e uso de


outras drogas (interacções medicamentosas).
A arte do terapêuta
 O acto terapêutico eficiente também é
artísticos, gratificação para quem se submete
ao tratamento ao mesmo tempo que avalia o
terapêuta (prescritor).

 No entanto, a satisfação do doente nem


sempre é sinónimo de boa prática médica.
Mas sim requer tomada de decisão coerente
e racional.
A arte do terapêuta
 O médico ao tomar uma decisão diagnóstica em
relação ao problema de saúde de um doente, um
grupo de doentes, uma comunidade ou um país,
precisa basear-se na melhor evidência científica
existente.
 A decisão terapêutica depende dos objetivos
pretendidos e da efetividade esperada entre as
diversas alternativas disponíveis.
Terapêutica: objectivos
 Diagnosticar:
 Tratar: p/ tal é necessário o conhecimento de:

Propriedades farmacológicas

Mecanismos de acção

Dose terapêutica

Reacções adversas,

Interacções medicamentosas

Relação custo benefício


 Visa a tornar o exercício médico eficaz, confiável
e respeitável por todo e qualquer doente.

 É imprescindível o conhecimento sobre a:


Farmacodinámica (acção farmacológica, efeito
terapêutico, tóxico, colateral ou indesejável): estuda
as acções dos fármacos sobre o organismo.
Farmacocinética: estuda as acções do organismo
sobre os fármacos (absorção, distribuição,
metabolismos “ biotransformação” e excreção).
Diferentes fórmulas de cálculo de dose
infantil tendo em conta a do adulto
 Fórmula de Cowling.
X = IDADE DA CRIANÇA (ANOS) + 1 : 24
X = % DA DOSE DO ADULTO

 Fórmula de Martinet.
X = IDADE (ANOS) + 1 x 100 : 20
X = É O NÚMERO DE VEZES QUE A DOSE INFANTIL É MENOR QUE A
DOSE DO ADULTO

 Fórmula de Young.
DOSE PEDIÁTRICA = IDADE DA CRIANÇA (ANOS) x DOSE DO
ADULTO : IDADE DA CRIANÇA + 12.
Escala de Junckler e Gaubius.
IDADE POSOLOGIA COMPARADA
ADULTO 1

1 ANO 1/15 A 1/12

1-2 ANOS 1/8

2-3 ANOS 1/6

3-4 ANOS 1/4

4-7 ANOS 1/3

7-14 ANOS 1/2

14-20 ANOS 2/3


Bibliografia
 GOODMAN & GILMAM, As Bases Farmacológicas
da Terapêutica, 10ª, 11ª, 12ª Ed. Editora McGraw-
Huill Interamericana do Brasil Ltda, RJ.
 FUSCH, FLAVIO Et all. Farmacologia Clínica
“Fundamento da Terapeutica Racional”, 3ª edição,
editora Guanabara Koogan, RJ – Brasil.
 LIMA, DARCY; Manual de Farmacologia,
Terapêutica e Toxicologia Clínica 2010 volumes 1,
2 e 3, edit. MEDSI, RJ – Brasil.
 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS DOEÇAS
CORRENTES, 2005
 WHOGSHINTON; Manual de Terapeutica Clínica,
32ª edição, Edit. Guanabara Koogan, RJ – Brasil.
 INDICE TERAPEUTICO – Portugal 2010
 PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLO DE
MALÁRIA; Normas de Tratamento de Malária,
MINSA – 2010.
 FONSECA, ALMIR LOURENÇO; Interacções
medicamentosas, 3ª edição, editora EPUB –
Portugal 1998
 PROGRAMA DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS;
Formulário de Medicamentos Essenciais para
Centros e Postos de Saúde, MINSA – 2000.
 BERTRAM G. KATZUNG – Farmacologia Básica &
Clínica, 8ª Ed., Editora Guanabara Koogan, RJ,
Brasil –2003
 PENILDON SILVA – Farmacologia 5ª Ed. Editora
Guanabara Koogan, RJ, Brasil –1998
 PRADO F. CINTRA et all Actualizações
terapêuticas 23ª Edição, Artes Médicas, SP Brasil

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