Você está na página 1de 3

Interação dos Fármacos no Organismo

Conforme citado no artigo INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: FUNDAMENTOS


PARA A PRÁTICA CLÍNICA DA ENFERMAGEM, mar. 2001, escrito por Silvia Regina
Secoli, tem por objetivos rever os princípios farmacológicos relacionados aos mecanismos das
interações medicamentosas; descrever as classes dos medicamentos interativos, os grupos de
pacientes expostos ao risco e sugerir medidas práticas para a equipe de enfermagem, no
intuito de prevenir a ocorrência de reações adversas decorrentes de interações fortuitas.

Foi abordada a interação dos fármacos no organismo e o que eles causam ao ser
humano. O texto cita, a prescrição simultânea de vários medicamentos e a subsequente
administração é uma prática comumente utilizada em esquemas terapêuticos clássicos, com a
finalidade de melhorar a eficácia dos medicamentos, reduzir a toxicidade, ou tratar doenças
coexistentes. Tal estratégia denominada polifarmácia merece atenção especial, pois
medicamentos são substâncias químicas que podem interagir entre si, com nutrientes ou
agentes químicos ambientais e desencadear respostas indesejadas ou iatrogênicas.

As substâncias químicas influenciam nos processos fisiológicos ou mentais do


organismo, quando utilizados com bom senso e supervisão, elas mostrarão seus efeitos
biológicos benéficos ou efeitos colaterais de uma doença física ou mental, a exemplo disso
está o DHDA (Desordem De Hiperatividade E Déficit De Atenção) que pode responder a
estimulantes do SNC como o metil fenidato e a isotretenoína.

A farmacodinâmica descreve as ações dos fármacos no organismo e as influências das


suas concentrações na magnitude das respostas. A maioria dos fármacos exerce seus efeitos,
desejados ou indesejados, interagindo com receptores. Os fármacos atuam como sinais, e seus
receptores atuam como detectores de sinais. A maioria dos receptores é denominada para
indicar o tipo de fármaco que melhor interage com ele. Por exemplo, o receptor da histamina
é denominado receptor histamínico, é importante estar ciente de que nem todos os fármacos
exercem seus efeitos interagindo com um receptor. Os antiácidos, por exemplo, neutralizam
quimicamente o excesso de ácido gástrico, reduzindo os sintomas de azia.

Na prática a questão das interações medicamentosas é complexa, pois além das


inúmeras possibilidades teóricas de interferência entre os medicamentos, fatores relacionados
ao indivíduo (idade, constituição genética, estado fisio-patológico, tipo de alimentação) e a
administração do medicamento (dose, via, intervalo e sequência da administração)
influenciam na resposta do tratamento.

A interação do fármaco no organismo resulta em um efeito maléfico (tóxico) ou


benéfico (medicamentoso) pode trazer um efeito ruim ou um efeito bom. A dose e a via de
medicação, a dose e a via de administração vão guiar o fármaco a dizer se ele vai ser tóxico
ou vai ser benéfico

Concentração do fármaco trará um benefício medicamentoso e terapêutico, objetivo


desejado em uma faixa de concentração na qual aquele medicamento/ fármaco trará um efeito
tóxico para se ter um sucesso no tratamento da doença, escolher o fármaco mais adequado,
que o fármaco atinja a concentração adequada.

Para prescrever, analisa-se os seguintes aspectos

Situação fisiológica: idade, sexo, peso, gestações.

Hábitos do paciente: fumo álcool.

Doença: insuficiência renal, insuficiência hepática.

Característica das drogas

Via de administrar: Droga tóxica, fígado, rins, medula.

Tempo de eliminação da droga seletividade do fármaco.

Especificidade: capacitam um fármaco reconhecer um receptor.

Afinidade: tendência de um fármaco ligar ao seu receptor.

Eficácia: tendência de um fármaco uma vez ligado ativar o receptor.

Aí vem o agonista e antagonista. Agonista: substância que causa alteração na função celular
produzindo vários tipos de efeito. Antagonista: substância que liga ao receptor sem causar
ativação impedindo a ligação do agonista.

Dessensibilizacão: diminuição do efeito de um fármaco que ocorre gradualmente


quando administrado de modo continuo repetidamente.

Devem-se ser observados os processos de absorção, distribuição, metabolismo e a


eliminação conhecidos como: ADME. Tendo utilização de programas de informações, que
auxiliam no agrupamento dos dados e na detecção de interações medicamentosa.
Referência Bibliográfica

CLARK, Michelle A.... [et ai.] Farmacologia ilustrada [recurso eletrônico]; tradução e
revisão técnica: Augusto Langeloh. - 5.ed. - Dados eletrônicos. - Porto Alegre: Artmed, 2013.

PORTAL EDUCAÇÃO. Farmacologia: Conceitos Básicos. Disponível em:


<https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/farmacologia-
conceitos-basicos/681> Acessado em 21 de mar. 2020.

SECOLI, Silvia Regina. Interações Medicamentosas: fundamentos para a prática clínica da


enfermagem. mar. 2001.

Você também pode gostar