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FARMACOLOGIA
Semestre: Iº
Tema III: Farmacodinâmica
3.1. – Difinição de Farmacodinâmica
Farmacodinâmica: é o ramo da farmacologia
que estuda o local e o mecanismo de acção, e os
efeitos do medicamento no organismo. Descreve
a acção do medicamento sobre o organismo.
3.3.1 - Propriedades dos medicamentos:
Efeitos terapêuticos (como alívio da dor e
diminuição da pressão arterial);
Efeitos colaterais;
Onde o medicamento age no organismo (
local de atividade);
Como o medicamento age no organismo
(mecanismo de ação)
Os efeitos de um medicamento no organismo
podem ser influenciados por muitos fatores, como
A idade da pessoa (consulte Medicamentos e
envelhecimento);
A composição genética de uma pessoa;
A presença de outros quadros clínicos além
daquele sendo tratado (consulte Considerações
gerais sobre resposta medicamentosa).
Ação farmacológica
Os medicamentos apenas afetam a taxa em que as funções
biológicas existentes ocorrem. Os medicamentos não
alteram a natureza básica dessas funções nem criam novas
funções. Por exemplo, os medicamentos podem acelerar ou
retardar as reações bioquímicas que provocam a contração
muscular, regulação do volume de água e retenção ou
eliminação dos sais do corpo pelas
Continuação (Ação Farmacológica )
O termo pró-fármaco ou pró-agente foi utilizado primeiramente por Albert, em 1958, para
descrever compostos que necessitavam de biotransformação prévia para promover efeito
farmacológico.
Pró-fármaco (Albert, 1958) É qualquer composto que sofre biotransformação antes de exibir
seus efeitos farmacológicos. (pró-fármacos acidentais, metabólitos ativos, compostos
intencionalmente preparados).
Latenciação de fármacos (Harper, 1959) É uma modificação química de um composto
biologicamente ativo para formar um novo composto que, através de reação química ou
enzimática in vivo, irá liberar o fármaco ativo (desenho planejado de pró-fármacos).
De acordo com Wermuth, os pró-fármacos podem ser classificados em:
• Pró-fármacos clássicos;
• Bioprecursores;
• Pró-fármacos mistos e;
• Fármacos dirigidos.
Continuação (Classificação dos Pró-fármacos)
BIOPRECURSORES: Diferentemente dos pró-fármacos clássicos, esse tipo de forma latente não
apresenta transportador. Constituem-se em moléculas resultantes de modificação molecular com a
formação de um novo composto que deve ser sofrer metabolização, geralmente, pelo sistema redox
celular para transformar-se em metabólito ativo.
FÁRMACOS DIRIGIDOS: Os transportadores utilizados nesta forma latente são capazes de transportar
os fármacos seletivamente do local de administração até o sítio de ação (receptores específicos). O
objetivo principal do fármaco dirigido é minimizar as reações adversas provocadas pela ação inespecífica
do fármaco em outros alvos, diminuindo, pois, a toxicidade.
Tipos de Pró-Fármacos de acordo com o grupo funcional do fármaco
Grupo Funcional Ligação Fármaco-Transportador Tipos de Pró-Fármacos
Indução enzimática
O efeito de indução resulta num aumento da atividade de sistemas microssómicos
de oxidação e conjugação com exposição repetida de substâncias endógenas e exógenas
(ex. fármacos) (Rang et al., 2011) (Lüllmann et al., 2008).
O aumento da atividade destas enzimas leva a uma velocidade de biotransformação superior e a diminuição
da disponibilidade quer do fármaco indutor como de fármacos coadministrados caso sejam metabolizados
pelas enzimas envolvidas. Isso significa que o fármaco terá menor duração dos seus efeitos farmacológicos
(Hardman & Limbird, 1996) (Rang et al., 2011) (Kopittke et al., 2010). Quando os produtos dessas reações
são metabolitos reativos, a indução enzimática pode aumentar o perigo de toxicidade e carcinogénese por
maior concentração desses metabolitos (Correia, 2007). A indução traduz-se num aumento de síntese e/ou
redução da degradação das enzimas microssómicas (Rang et al., 2011).
Inibição enzimática
A inibição enzimática do citocromo P450 diminui a velocidade de biotransformação e consequentemente
leva a um aumento rápido dos níveis plasmáticos de determinados fármacos, acarretando efeitos
farmacológicos mais prolongados quando os seus metabolitos são inativos mas também maior incidência
datoxicidade do fármaco (Kopittke et al., 2010) (Rodrigues, 2009).
2.8. – Excreção e Eliminação dos fármacos
Por excreção se entende a passagem dos fármacos da circulação sanguínea para o meio
externo. É através deste processo que os composstos são efectivamente removidos do
organismo.
A excreção dos fármacos do organismo geralmente se dá por via Renal ou Biliar e é
facilitada devido à metabolização dos fármacos nas fases de oxidação (redução) e conjugação
(hidrólise), já que podem aumentar a hidrossolubilidade dos fármacos.
A excreção renal é a mais comum, mas depende da natureza hidrofílica dos fármacos.
Esses podem ser filtrados no glomérulo renal, secretados no túbulo proximal, reabsorvidos
no lúmen tubular e transportados de volta ao sangue, e excretados para a urina. É o
equilíbrio entre essas dinâmicas que mostrará a taxa de excreção defármacos pelos rins.
A excreção biliar geralmente se dá pela ajuda de alguns membros da superfamília de
transportadores do conjunto de ligação do ATP. Para serem eliminados, os fármacos
passarão por todo o intestino delgado e intestino grosso, podendo sofrer circulação entero-
hepática, ou seja, ser reabsorvidos no intestino delgado, caindo na circulação porta e,
depois disso, na circulação sistêmica.
Continuação (Excreção dos fármacos e eliminação dos fármacos)
• Alguns fármacos são amplamente excretados na bílis.
• Estes fármacos sofrem transporte ativo contra um gradiente de concentração.
• Os fármacos têm maior propensão a ser excretados na bílis se:
o Possuem alto peso molecular;
o Contêm grupos polares e lipofílicos.
• A conjugação com ácido glucurónico facilita a excreção biliar;
• O ciclo entero-hepático limita a excreção biliar de fármacos.
Cinética de eliminação:
Semi-vida (T1/2): tempo (em minutos ou horas) necessário para que a concentração
plasmática de um fármaco diminua em 50% após a conclusão da absorção e distribuição do
fármaco:
o Por outras palavras, a quantidade de tempo necessária para eliminar metade do fármaco;
o Normalmente, são necessárias 5 semi-vidas para eliminar completamente um fármaco.
Curso estável: concentração do fármaco absorvido é igual à concentração do fármaco
Cinética de 1ª ordem:
.
Referências bibliograficas