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RESUMO
A interação medicamentosa se refere a uma reação de vários
componentes misturados para tratamentos diversos. Essa interação
pode ocorrer entre medicamento-medicamento, medicamento-alimento
ou medicamento-drogas. Se administrado isoladamente produz um
determinado efeito, porém quando associado a outro, o efeito pode ser
comprometido, caracterizando assim uma interação. É importante
entender essa interação, pois é muito comum entre os pacientes. O
presente estudo se refere a uma pesquisa descritiva transversalmente
que analisou o uso de interação medicamentosa com os
anticoncepcionais orais. A pesquisa foi respondida por 100 mulheres
com idade de 15 a 22 anos, convidadas para participar através da rede
social e por e-mail. Conclui-se que: A maioria das mulheres, (70%),
fazem o uso de anticoncepcional oral, e (67%) há mais de 3 anos.
(79%) disseram que usavam o antibiótico junto com o anticoncepcional
intercalados, mas (40%) admitiram fazer a interação. Com essa
interação, (60%) das entrevistadas declararam que não houve efeito
colateral, mas (27%) demonstraram alterações menstruais, (8%) com
sintoma de Tensão Pré Menstrual (TPM), (2%) de cólica e (3%) ficaram
grávidas. Sobre as informações, (51%), disseram que não houve
informação dos profissionais da saúde e (29%) buscaram informações
na internet sobre a interação, (29%) foi a mãe, (21%) foram os
professores e (28%) o profissional da saúde. A maioria se automedica,
acontecendo assim a interação medicamentosa. Os antibióticos são
mais restritivos, pois requerem prescrição médica e retenção da receita
na farmácia. Cabe ao farmacêutico a vontade de informar aos
pacientes sobre as interações medicamentosas. Essas interações
podem dificultar o tratamento, além de causar ao paciente reações
adversas.
Palavras-chave: Anticoncepcional. Interação Medicamentosa.
Antibióticos. Medicamentos.
1
Graduanda em Farmácia pelas Faculdades Integradas Maria Imaculada
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Doutora em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP); Mestre em Biologia Celular e
Molecular pelas Universidade Júlio Mesquita de São Paulo (UNESP); Especialista em Docência do Ensino
Superior pela Gama Filho; Especialista em Cosmetologia pela UNIMEP; Graduada em Farmácia Bioquímica
pela UNIMEP. Atua como docente e Coordenadora nas Faculdades Integradas Maria Imaculada; conselheira
pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP); Membro do Comitê de Educação
Permanente do CRF-SP e da Comissão de Educação do CRF-SP
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1 INTRODUÇÂO
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O questionário foi respondido por 100 mulheres, das quais 97 (97%) tinham
idade de 18 a 22 anos e somente 3 (3%), de 15 a 17 anos. Na pesquisa, 70 (70%)
das mulheres responderam que usavam contraceptivo oral.
O uso do anticoncepcional é um meio contraceptivo e não tem a idade correta
para iniciar o seu uso. A partir do momento que a menina chega na fase da
menstruação e os desejos sexuais começam a surgir, exige a necessidade do
acompanhamento médico. Como a vida sexual inicia mais cedo, se tornou comum o
médico prescrever o anticoncepcional. Infelizmente existem muitas famílias,
principalmente as mais religiosas, que são contra o uso do anticoncepcional. Em
outra pesquisa a idade média numa amostragem de 3542 pessoas, foi de 40 anos,
56,1% ou seja, 1987 dessas mulheres, viviam com companheiro. Essa pesquisa não
contemplou esse assunto. A pesquisa levou em conta o grau de instrução, pois
entendeu segundo os resultados que o esclarecimento e a idade maior, são os
fatores determinantes quanto ao uso do anticoncepcional (PANIZ; FASSA; SILVA,
2015). A autonomia feminina, hoje muito mais precoce, atrelados à inserção no
mercado de trabalho e à maior competitividade no mercado, também têm contribuído
para o referido resultado
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Mundial da Saúde, as infecções causam 25% das mortes em todo o mundo e 45%
nos países subdesenvolvidos” (SOUZA, Apud NICOLINI et al, 2015).
Foi perguntado sobre o uso do antibiótico e o anticoncepcional ao mesmo
tempo, 40 (40%), declararam ter feito essa interação. Mendonça e Rodrigues, em
seu estudo constatou que é 48% de mulheres de 18 a 25 anos, relataram também
fazer uso do antibiótico com o anticoncepcional, evidenciando uma possível
interação medicamentosa (MENDONÇA; RODRIGUES, 2017).
Em relação aos efeitos colaterais 60 (60%) que fizeram a interação
medicamentosa, não tiveram efeitos colaterais; 27 (27%) declararam que
menstruaram fora do período; 8 (8%) tiveram sintomas de tensão pré menstrual; 2
(2%) tiveram cólicas e 3 (3%) engravidaram (Figura 2).
Figura 3 – Distribuição das entrevistadas de acordo com a pessoa que informou sobre a
interação
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS