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INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA ENTRE ANTIBIÓTICOS E


ANTICONCEPCIONAIS

ALMELIN, Letícia Pessota1


Faculdades Integradas Maria Imaculada – FIMI
pessotaa@outlook.com

MARINI, Danyelle Cristine2


Faculdades Integradas Maria Imaculada – FIMI
danymarini@gmail.com

RESUMO
A interação medicamentosa se refere a uma reação de vários
componentes misturados para tratamentos diversos. Essa interação
pode ocorrer entre medicamento-medicamento, medicamento-alimento
ou medicamento-drogas. Se administrado isoladamente produz um
determinado efeito, porém quando associado a outro, o efeito pode ser
comprometido, caracterizando assim uma interação. É importante
entender essa interação, pois é muito comum entre os pacientes. O
presente estudo se refere a uma pesquisa descritiva transversalmente
que analisou o uso de interação medicamentosa com os
anticoncepcionais orais. A pesquisa foi respondida por 100 mulheres
com idade de 15 a 22 anos, convidadas para participar através da rede
social e por e-mail. Conclui-se que: A maioria das mulheres, (70%),
fazem o uso de anticoncepcional oral, e (67%) há mais de 3 anos.
(79%) disseram que usavam o antibiótico junto com o anticoncepcional
intercalados, mas (40%) admitiram fazer a interação. Com essa
interação, (60%) das entrevistadas declararam que não houve efeito
colateral, mas (27%) demonstraram alterações menstruais, (8%) com
sintoma de Tensão Pré Menstrual (TPM), (2%) de cólica e (3%) ficaram
grávidas. Sobre as informações, (51%), disseram que não houve
informação dos profissionais da saúde e (29%) buscaram informações
na internet sobre a interação, (29%) foi a mãe, (21%) foram os
professores e (28%) o profissional da saúde. A maioria se automedica,
acontecendo assim a interação medicamentosa. Os antibióticos são
mais restritivos, pois requerem prescrição médica e retenção da receita
na farmácia. Cabe ao farmacêutico a vontade de informar aos
pacientes sobre as interações medicamentosas. Essas interações
podem dificultar o tratamento, além de causar ao paciente reações
adversas.
Palavras-chave: Anticoncepcional. Interação Medicamentosa.
Antibióticos. Medicamentos.
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Graduanda em Farmácia pelas Faculdades Integradas Maria Imaculada
2
Doutora em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP); Mestre em Biologia Celular e
Molecular pelas Universidade Júlio Mesquita de São Paulo (UNESP); Especialista em Docência do Ensino
Superior pela Gama Filho; Especialista em Cosmetologia pela UNIMEP; Graduada em Farmácia Bioquímica
pela UNIMEP. Atua como docente e Coordenadora nas Faculdades Integradas Maria Imaculada; conselheira
pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP); Membro do Comitê de Educação
Permanente do CRF-SP e da Comissão de Educação do CRF-SP
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1 INTRODUÇÂO

Os contraceptivos são métodos utilizados pela população feminina para o


controle de natalidade. Possui outros benefícios como a redução no risco de cistos e
câncer ovarianos e endometrial, doença mamária benigna e outros fatores benéficos
(MARQUES, 2008).
Para entender como funciona as pílulas, são necessários ter entendimento
dos hormônios que são responsáveis pelo ciclo menstrual. O estrógeno e a
progesterona, que são dois hormônios que controlam o ciclo menstrual e a ovulação.
Existe uma glândula no cérebro com o nome de Hipófise, que estimulado produz os
hormônios FSH (Folículo Hormônio Estimulante) e LH (Hormônio Luteinizante),
aumentando ou diminuindo no decorrer do mês. Quando atingem um nível máximo
no organismo, induzem a produção do estrógeno e da progesterona. E com isso
ocorre a ovulação (MATTOS, 2012).
Para a composição das pílulas anticoncepcionais são usados dois hormônios
sintéticos: O estrógeno (normalmente etinilestradiol) e outro que imita a
Progesterona (geralmente a ciproterona ou a drospirenona). Combinando esses dois
hormônios, tenta-se “enganar” o organismo feminino a não produzir os hormônios
naturais e assim, a ovulação não acontece. A ação dos anticoncepcionais orais tem
o objetivo de manter os níveis hormonais constantes (progesterona e estrógeno),
assim como ocorre durante a gestação (MATTOS, 2012).
Mantendo esses níveis, inibi a secreção hipofisária de LH e FSH por meio de
retroalimentação, mantendo os óvulos “adormecidos” e impedindo a ovulação. Com
isso o desenvolvimento dos folículos é interrompido nos primeiros estágios de
crescimento e nenhum atinge o estágio de folículo maduro ou seja, quando se toma
anticoncepcional de forma correta, não há período fértil (NUNES, 2017).
Alguns fatores, são responsáveis pela ineficácia do anticoncepcional.
Destaca-se o uso incorreto, quando se esquece de tomar a “pílula”; vômitos e
diarreia que podem diminuir o tempo de permanência do medicamento no tubo
gastrintestinal e a interação com outros fármacos como: anticonvulsivantes e
antimicrobianos (LOPES,2014).
Quando se fala de interação medicamentosa, refere-se a uma reação de
vários componentes misturados para tratamentos diversos. Essa interação pode
ocorrer entre medicamento-medicamento, medicamento-alimento ou medicamento-
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drogas, como álcool, cigarro e drogas ilícitas. Quando um é administrado


isoladamente produz um determinado efeito, porém quando este é associado a outro
medicamento, alimentos, ou mesmo outras substâncias, ocorre um efeito diferente
do esperado caracterizando uma interação, e na maioria das vezes são indesejáveis
e prejudiciais ao indivíduo (ANTONIO, 2018).
As interações físico química são prejudiciais quando ocorrem entre dois
fármacos ativos, ou entre fármacos e nutrientes, no aparelho digestivo, reduzindo
assim a absorção de ambos (SILVA; RAMOS, 2016).
As interações farmacocinéticas se relacionam no percurso que o
medicamento faz no corpo. Por essa razão existem quatro processos que
determinam seu comportamento: absorção, distribuição, metabolismo e eliminação e
isso podem ser afetados pelos fármacos em geral (MARQUES, 2018).
A interação farmacodinâmica nada mais é do que a dinâmica do medicamento
no organismo humano. As interações farmacodinâmicas estão nos agentes
concorrentes, pois quando promovem efeitos semelhantes, tem como resultado a
simples adição, somação ou potencialização. Quando eles possuem efeitos opostos,
verifica-se o antagonismo (ABREU, 2020).
A interação medicamentosa é grave. Para isso foi classificada em três níveis:
Alta Gravidade: pode oferecer ameaças a vida, sendo a intervenção médica
necessária para minimizar os efeitos; Moderada Gravidade: nessa interação o
quadro clinico do paciente pode piorar havendo a necessidade de alteração da
terapia, e Baixa Gravidade: pode ter limitação nos efeitos clínicos esperados
(RIBEIRO NETO; COSTA JUNIOR; CROZARA, 2017)
A função principal dos antibióticos é eliminar ou impedir o crescimento de
bactérias, por essa razão se tornou durante muito tempo, os grandes vilões das
mulheres que tomavam a pílula anticoncepcional. Tempos atrás os médicos criam
que não podiam misturar antibióticos e anticoncepcionais hormonais, mas isso não
era embasado em evidências cientificas robustas, mas em estudos não controlados.
Somente a partir de 1990, onde muitos trabalhos foram publicados, gerando assim
mais confiança na classe médica. Segundo estudiosos, alguns mecanismos traz a
possibilidade da ineficácia do anticoncepcional combinado com uso de alguns
antibióticos, que “incluem diminuição da circulação entero-hepática pela redução na
microbiota intestinal, responsável pela manutenção dos níveis plasmáticos
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constantes do contraceptivo oral e o aumento da sua degradação enzimática no


fígado” (MEIRELLES; ROCHA, 2013).
Para boa parte da população, o grande vilão dos anticoncepcionais são os
antibióticos. A ideia de que os antibióticos cortam o efeito da pílula é muito difundida,
e durante muito tempo, a própria classe médica atuou de forma a propagar essa
informação. Sempre houve relatos esporádicos de falhas do contraceptivo hormonal
após uso de antibióticos, o que servia para dar uma suposta sustentação científica
para o fato. Porém, na última década, vários estudos foram conduzidos de forma a
avaliar a real interação entre anticoncepcionais e antibióticos. Os resultados foram,
de certo modo, surpreendentes. (RAMOS, 2017)
De acordo com Bolt a Rifampicina é um potente indutor do fígado e do
sistema citocromo P450, e resulta no aumento do metabolismo dos
anticoncepcionais orais e consequentes redução de seus níveis sanguíneos, sendo
que se reduz a eficácia contraceptiva (BOLT, 1994 apud SILVA, RAMOS, 2016).
O Citocromo P-450 são enzimas que faz o papel de oxidar um grande número
de substâncias para torna-la mais polares e hidrossolúveis. Elas metabolizam
substância externas, como os medicamentos que são ingeridos, e substâncias
internas, como toxinas que são formadas dentro da célula. Elas são encontradas
principalmente nas cúluas do fígado e também em todo o corpo (MOREIRA, 2018).
Em outras classes de antibióticos não há comprovação científica de que
tenham efeitos na eficácia da pílula. Alguns anos atrás, recomendava-se cautela na
associação de anticoncepcionais e antibióticos, como as tetraciclinas, metronidazol e
os derivados da penicilina, como amoxicilina e cefalosporinas, pois existiam relatos
esporádicos de anulação do efeito da pílula por esses antibióticos, havendo portanto
uma interação farmacocinéticas, pois resultam da interação entre fármacos afetando
a absorção e biotransformação (PINHEIRO, 2021).
As interações dos anticoncepcionais com outros fármacos, faz com que
sofram aumentos de falha no objetivo dos anticoncepcionais, que é o controle da
natalidade.
O objetivo deste trabalho foi avaliar as possíveis interações que podem
ocorrer entre os anticoncepcionais e os antibióticos, bem como a faixa etária, o
tempo de uso e se houve algum efeito colateral.
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2 METODOLOGIA

O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa das


Faculdades Integradas Maria Imaculada, CAAE 58027122.6.0000.5679. Este estudo
seguiu as exigências para pesquisas que envolvem seres humanos, de acordo com
a Resolução 466 de 2012 do Congresso Nacional de Ética em Pesquisa.
A pesquisa foi realizada por meio de um questionário com 12 perguntas
abertas e fechadas, disponibilizado por meio da plataforma Google que foram
respondidas por 100 mulheres, com idade de 15 a 22 anos. As questões
abrangeram a idade, o uso do contraceptivo oral, bem como a interação de outros
medicamentos como: uso de antibiótico, medicamento fitoterápico, corticoide,
derivados de ácido retinóico.
Cada pergunta gerou um gráfico que foi analisado e comentado.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O questionário foi respondido por 100 mulheres, das quais 97 (97%) tinham
idade de 18 a 22 anos e somente 3 (3%), de 15 a 17 anos. Na pesquisa, 70 (70%)
das mulheres responderam que usavam contraceptivo oral.
O uso do anticoncepcional é um meio contraceptivo e não tem a idade correta
para iniciar o seu uso. A partir do momento que a menina chega na fase da
menstruação e os desejos sexuais começam a surgir, exige a necessidade do
acompanhamento médico. Como a vida sexual inicia mais cedo, se tornou comum o
médico prescrever o anticoncepcional. Infelizmente existem muitas famílias,
principalmente as mais religiosas, que são contra o uso do anticoncepcional. Em
outra pesquisa a idade média numa amostragem de 3542 pessoas, foi de 40 anos,
56,1% ou seja, 1987 dessas mulheres, viviam com companheiro. Essa pesquisa não
contemplou esse assunto. A pesquisa levou em conta o grau de instrução, pois
entendeu segundo os resultados que o esclarecimento e a idade maior, são os
fatores determinantes quanto ao uso do anticoncepcional (PANIZ; FASSA; SILVA,
2015). A autonomia feminina, hoje muito mais precoce, atrelados à inserção no
mercado de trabalho e à maior competitividade no mercado, também têm contribuído
para o referido resultado
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No que refere ao tempo de uso dos anticoncepcionais, 67 (67%) das


mulheres, usavam há mais de 3 anos; 24 (24%) menos de 1 ano e meio e 9 (9%),
menos de 6 meses (Figura 1).

Figura 1 – Distribuição da entrevista, segundo o tempo de uso

Fonte: AUTOR, 2022

Em comparação a outro estudo realizado com universitária de saúde da


cidade de Ceres-GO, concluíram numa pesquisa com 52 mulheres, 14 (26,92%)
usavam há menos de 1 ano; 15 (28,85%) de 1 a 3 anos; 08 (15,38%) de 3 a 5 e 1
(1,92%) com mais de 10 anos (AMARAL, 2020).

No tocante as interações medicamentosas, 79 (79%) das mulheres admitiram


tomar anticoncepcional e antibiótico. Os efeitos de um fármaco são alterados pela
presença de outro fármaco, alimento, bebida ou algum agente químico ambiental.
Quando são administrados a um paciente, podem agir de forma independente com
aumento ou diminuição de efeito terapêutico ou tóxico, podendo ser muito perigoso
(HOEFLER, 2008).

Os autores Rang e Dale (2003) constataram que além do antibiótico


Rifampicina, outros fármacos, como fungicidas (Griseofulvina), anticonvulsivantes
(Barbiturícos, Difenil-hidantoína, Primidona e Carbamazepina) interagem com os
anticoncepcionais hormonais alterando os níveis plasmáticos regulares e diminuindo
a eficácia contraceptiva.
Mendonça e Rodrigues (2017), entrevistaram 396 mulheres e identificou que
287 delas usam antibiótico com o anticoncepcional, ocorrendo assim alguma
interação (MENDONÇA; RODRIGUES, 2017) “Segundo dados da Organização
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Mundial da Saúde, as infecções causam 25% das mortes em todo o mundo e 45%
nos países subdesenvolvidos” (SOUZA, Apud NICOLINI et al, 2015).
Foi perguntado sobre o uso do antibiótico e o anticoncepcional ao mesmo
tempo, 40 (40%), declararam ter feito essa interação. Mendonça e Rodrigues, em
seu estudo constatou que é 48% de mulheres de 18 a 25 anos, relataram também
fazer uso do antibiótico com o anticoncepcional, evidenciando uma possível
interação medicamentosa (MENDONÇA; RODRIGUES, 2017).
Em relação aos efeitos colaterais 60 (60%) que fizeram a interação
medicamentosa, não tiveram efeitos colaterais; 27 (27%) declararam que
menstruaram fora do período; 8 (8%) tiveram sintomas de tensão pré menstrual; 2
(2%) tiveram cólicas e 3 (3%) engravidaram (Figura 2).

Figura 2 – Distribuição da entrevista segundo efeitos colaterais

Fonte: Autor, 2022

O relato de efeitos causados com a interação entre antibiótico e


anticoncepcional, ocorreu pela primeira vez em 1971, onde um estudo de Reimers e
Jezek, (1987) observaram uma elevada incidência de sangramento intermenstrual,
considerado um sinal clinico de perda da eficácia do anticoncepcional, quando se
usava o contraceptivo oral e Rifampicina, que é um antimicrobiano para tratamento
de tuberculose. Em outro estudo, 88 mulheres que utilizaram, simultaneamente,
contraceptivos orais e Rifampicina, 62 tiveram distúrbios no ciclo menstrual e cinco
engravidaram (AMADO; CARNIEL; RESTINI, Apud ZACHARIASEN, 2011).
No tocante às informações sobre as interações medicamentosas, (51%) das
mulheres informaram que o médico ou outro profissional da saúde não prestaram
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nenhuma informação. A maioria (29%) buscaram as informações sozinha (Figura 3).


Todas (100%), acharam importante o profissional da saúde informar sobre essas
interações medicamentosas.

Figura 3 – Distribuição das entrevistadas de acordo com a pessoa que informou sobre a
interação

FONTE: Autores, 2022

A informação é uma arma poderosa, e a falta de esclarecimento sobre essas


interações pelos médicos e profissionais da saúde, fazem que a eficácia do
anticoncepcional seja questionada, sendo desastroso para muitas mulheres até
mesmo culminando numa gravidez indesejada. Mendonça e Rodrigues (2017), em
seus estudos, relata a importância dada ao médico relacionados as informações aos
pacientes sobre interações medicamentosas. Em seu estudo com 396 mulheres, 303
(76,51%) responderam que esta pergunta não foi feita pelo médico, sendo que 89
(22,47%) mulheres possuía interação medicamentosa com os referidos
medicamentos em uso e, que 214 (54,04%) mulheres faziam uso de algum tipo de
medicamento.
Das mulheres que relataram ter sido orientada a respeito de possíveis
interações existentes na prescrição, 20 (6,60%) faziam uso de antibiótico com
anticoncepcional havendo interação e, 73 (24,09%) mulheres faziam uso de
anticoncepcional ou de antibióticos, não havendo interação medicamentosa. A
orientação para o paciente e possíveis reações é uma das funções do Farmacêutico,
que pode esclarecer, evitando assim as interações. A falta de conhecimento sobre
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os medicamentos coloca em risco a saúde do paciente e a credibilidade do


profissional. (MENDONÇA; RODRIGUES, 2017).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na atualidade, muitas mulheres começam sua vida sexual mais cedo,


exigindo também a consulta médica. O anticoncepcional oral é um dos contraceptivo
mais usados pela maioria. O grande problema são as interações medicamentosas e
a falta, muitas vezes, dos profissionais da área na orientação, pois quando não se
tem informação, prejudica a eficácia do medicamento, trazendo assim, transtornos
para própria saúde, além dos efeitos colaterais que podem ser desastrosos, como
uma gravidez indesejada, por exemplo.
A população brasileira é considerada como aquelas que mais se
automedicam. Isso é possível devido a facilidade que se tem em comprar
medicamentos. Isso faz com que a interação medicamentosa seja uma grande
realidade. Os antibióticos são mais restritivos, pois requerem prescrição médica e a
retenção da receita na farmácia. O que acontece é que na hora muitos pacientes
não informa o uso do anticoncepcional ou outro medicamento para o médico, talvez
por achar não ser importante, e não somente os antibióticos, mas também os
fitoterápicos, corticoides, entre outros.
Através da pesquisa chegamos à seguinte conclusão: Das 100 mulheres que
responderam à pesquisa, 70 (70%) delas usam anticoncepcionais, sendo que as
demais utilizavam outros métodos contraceptivos, como preservativos, tabelinha. A
maioria, 79 (79%), tomaram anticoncepcional e antibiótico, promovendo assim essa
interação. No tocante a obter informações das interações, 100 (100%) das mulheres
acham que o profissional da saúde deve informar sobre as interações
medicamentosas.
Esse artigo mostra que o farmacêutico tem a responsabilidade de informar
para que se evite essa interação e poder também evitar as reações adversas
causadas pela desinformação. O seu trabalho tem reflexo positivo na adesão ao
tratamento e na redução de erros quanto ao uso incorreto da medicação.
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