Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
within the requirements. Results: The 90 dois milhões de pessoas com epilepsia e
Pediatric Neurology patient questionnaires 300 mil são crianças com idade inferior a
were collected, with an average age of 14 anos5.
10,91 years and identied drug interaction
in 69 questionnaires (76.66%). It was found A incidência estimada na população
in this study a total of 38 types of drug in- ocidental é de um caso para cada 2.000
teractions. Conclusion: This study allows pessoas por ano. A incidência de epilepsia
us to observe, that drug interactions may é maior no primeiro ano de vida e volta
be common in treating patients of Pediatric a aumentar após os 60 anos de idade. A
Neurology, suggesting that an active role of probabilidade geral de ser afetado por epi-
health professionals in monitoring therapy lepsia ao longo da vida é de cerca de 3%5.
would avoid possible adverse reactions A Interação Medicamentosa (IM) é um
from drug interactions. evento clínico em que os efeitos de um fár-
Keywords: Drug Interaction. Pediatrics. maco são alterados pela presença de outro
Neurology. fármaco, toterápico, alimento, bebida ou
algum agente químico ambiental. Quando
dois medicamentos são administrados con-
Introdução
comitantemente a um paciente, eles podem
A população pediátrica se ressente dos agir de forma independente ou interagir en-
poucos estudos que relacionem o perl de tre si, com aumento ou diminuição de efeito
utilização e ocorrência de Reação Adversa terapêutico ou tóxico de um ou de ambos6.
a Medicamentos (RAM) em crianças hos-
O desfecho de uma IM pode ser perigo-
pitalizadas1. As características siológicas
so quando promove aumento da toxicidade
são variáveis, principalmente na primeira
de um fármaco. Algumas vezes, a intera-
década de vida, acarretando mudanças na
ção reduz a ecácia de um fármaco, o que
funcionalidade de cada órgão2. Durante as
pode ser tão nocivo quanto a toxicidade7.
fases de crescimento, as crianças estão em
contínuo desenvolvimento, quando dife- As interações benécas terapeutica-
renças e processos de maturação não são mente aumentam a ecácia dos fármacos
matematicamente graduais ou previsíveis3. associados ou exercem efeito corretivo
sobre a reação adversa consequente ao
A epilepsia é uma das doenças neu-
uso de um deles. Embora muitos estudos
rológicas mais frequentes, sendo superada
tenham mostrado que as associações de
apenas pelo acidente vascular cerebral4.
fármacos podem causar interações clinica-
Afeta aproximadamente 1% da população
mente signicantes, poucos examinaram
mundial. A incidência dessa patologia varia
seu impacto sobre saúde e bem-estar do
de acordo com idade, sexo, raça, tipo de
paciente7.
síndrome epiléptica e condições socio-
econômicas. Nos países desenvolvidos, a Esse estudo teve como objetivo iden-
prevalência da epilepsia está em torno de ticar as possíveis interações medica-
0,5% da população. Nos países em de- mentosas em prescrições de pacientes da
senvolvimento, em torno de 1,5% a 2% da neurologia pediátrica, de forma a contribuir
população. Nos Estados Unidos existem com a farmacovigilância nessa faixa etária.
dados Micromedex 2.0 seguindo as mes- média de idade de 10,91 anos, sendo
mas classicações quanto à gravidade e identicada interação medicamentosa em
documentação descritas anteriormente, 69 receituários (76,66%). Encontrou-se um
acrescentando-se o provável mecanismo total de 38 tipos de interações medicamen-
que causa a interação relatada nessa base tosas, sendo 31 entre medicamentos para
de dados. A metodologia citada foi utilizada o diagnóstico principal e sete entre medi-
também no trabalho realizado por Nunes camentos do diagnóstico principal versus
et al10. medicamentos do diagnóstico secundário
O estudo foi aprovado pelo Comitê de ou comorbidade. Do total de receituários
Ética em Pesquisa, do HIAS sob o número (n=90), 67 (74,44%) tiveram medicamento
68/2011. (s) prescrito (s) para a doença epilep-
sia, considerando seus vários tipos. Os
Resultados quadros 1 e 2 fazem referências às intera-
Foram estudados 90 questionários de ções encontradas entre medicamentos da
pacientes da neurologia pediátrica, com neurologia.
Considerações nais
2. Kearns GL, Abdel-Rahman SM, Alander SW,
Blowey DL, Leeder JS, Kauffman RE. Develop-
Alguns estudos apesar de não serem
focados na pediatria, permitem um di- mental pharmacology: drug disposition, action,
recionamento quanto aos cuidados no and therapy in infants and children. N Engl J
tratamento nessa faixa etária. Um total Med. 2003; 349: 1157-67.
3. Silva P. Farmacologia básica e clínica. 6. ed. 10. Nunes C, Francelino EV, Lima JGC, Monteiro
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006. MP. Interação medicamentosa: fator de risco de
p. 1186-96. reação adversa a medicamentos (RAM). Med
Soc. 2012; 32: 1-29.
4. Porter RJ. Classication of epileptic seizures
and epileptic syndromes. In: Engel Jr. J, Pedley
11. Fernandes MA, Affonso CRG, Sousa LEN,
TA. Epilepsy: a comprehensive textbook. Phila-
Medeiros MGF. Interactions between pharma-
delphia: Lippincott-Raven: 1997. p. 47-57.
cotherapy in service mental health specialist.
Interdisciplinary Magazine Novafapi, 2012;
5. Ren WHP. Anesthetic management of epileptic
5(1): 9-15.
pediatric patients. Int Anesthesiol Clin. 2009;
47(3): 101-16.
12. Meiners MMMA, Bergsten-Mendes G. Pre-
6. Maranhão MVM, Gomes EA, Carvalho PE. Epi- scriçäo de medicamentos para crianças hospi-
lepsia e anestesia. Rev Bras Anestesiol. 2011; talizadas: como avaliar a qualidade? Rev Assoc
61(2): 232-54. Med Bras. 2001; 47(4): 332-7.
7. Hoeer R, Wannmacher L. Interações de 13. Bachmann KA, Lewis JD, Fuller MA, Bonglio
medicamentos. In: Ministério da Saúde (BR). MF (Ed.). Interações medicamentosas: o novo
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos padrão de interações medicamentosas e -
Estratégicos. Uso racional de medicamentos: toterápicas. 2. ed. São Paulo: Manole; 2006.
temas selecionados. Brasília: Ministério da
p. 394-5.
Saúde; 2012. Tema 4, p. 31-40.