Você está na página 1de 101

Sumário

1. Introdução a farmacologia
2. Farmacocinética
2.1 Absorção
2.2 Distribuição
2.3 Biotransformação
2.4 Excreção
3. Farmacodinâmica
4. Farmacologia do Sistema Nervoso Simpático
5. Farmacologia do Sistema Nervoso
Parassimpático
6. Ansiolíticos e Hipnóticos
7. Antidepressivos
8. Fármacos utilizados no processo da dor
9. Antimicrobianos

NÃO AUTORIZO A REPRODUÇÃO


TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO,
POR QUALQUER MEIO
CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO.
Farmacologia
Introdução à Farmacologia
• Substitutiva → p. ex: insulina.
A farmacologia (do grego fármacon= droga; logia=
estudo) é a ciência que estuda como os medicamen- Sempre observe o quadro patológico para saber o
tos interagem com os organismos vivos. fim exato.
• Farmacocinética → o que o organismo faz O fim do medicamento depende do quadro patoló-
com o fármaco. gico.
• Farmacodinâmica → o que o fármaco faz
com o organismo (indicações, contra indica- Medicamento fitoterápico: derivados de plantas,
ções etc). porém não significa necessariamente que possuem
efeitos fracos. Também podem causar efeitos adver-
sos.

Bloqueadores neuromusculares: relaxamento de to-


dos os músculos, inclusive os que trabalham na res-
piração. Possuem ações NÃO REVERSÍVEIS.

Não existe um fármaco ideal, e sim o mais seguro


possível para o paciente.

O que seria então o “Fármaco ideal”:

- fácil administração;
Imagem da internet
- seletividade (não afeta de outra forma o orga-
Particularidades de cada paciente pode mudar a nismo);
forma como é administrado a medicação ( p. ex: po-
sologia). - eletividade;

Condições patológicas e interações entre medica- - reversibilidade;


mentos podem alterar o desempenho do medica- - segurança (efeitos colaterais);
mento.
- sem interações medicamentosas.
Cada medicamento tem seu efeito farmacológico.

Um medicamento pode ter mais de um fármaco.


Como são produzidas as vacinas?
O fármaco é a molécula ativa que realiza um efeito.
Pesquisa básica (laboratório) ensaios de atividade e
P.ex: antigripal é formado por mais de um fármaco.
toxicidade in vitro (células) ensaios de atividade e
Efeito ruim > reação adversa = também chamado de toxicidade in vivo (animais) → segurança e ativi-
efeito secundário. dade em humanos (dura anos) → farmacovigilância.

Fases de estudo de uma vacina possuem 4 fases. Au-


menta o número de pacientes, estuda-se a eficácia,
Fins dos medicamentos: a taxa de sucesso e a segurança. Taxa de sucesso
na fase 4 deve ser de 70 – 90% para ser aprovada.
• Preventiva → p. ex: vacina, anticoncepcio-
nal (dependendo do quadro). Ivermectina: é um fármaco usado no tratamento de
• Paliativa → p. ex: analgésico, antidepressi- vários tipos de infestações por PARASITAS (helmin-
vos.
• Curativa → p. ex: antibiótico, analgésico.

Dandara Leal, 2021.


tos), por via oral ou tópica. Tratamento de infesta- Mas recentemente, houve avaliação do tratamento
ções por piolho, sarna, oncocercose, estrongiloidí- de hidroxicloroquina em pacientes com covid-19
ase, tricuríase, ascaridíase e filariase. moderada. O resultado demostra que não houve di-
ferença na evolução dos pacientes que usaram ou
O mecanismo de ação da ivermectina consiste em
não o medicamento, porém vários efeitos colaterais
fazer aumentar a permeabilidade da membrana ce-
da hidroxicloroquina foram observados.
lular do parasita, o que resulta na sua paralisia e
morte.

Um estudo realizado em Monash University, na Aus- Conceitos Gerais em farmacologia


trália, demostrou que a Ivermectina possui atividade
antiviral, em TESTE IN VITRO, contra o vírus da Co- • Princípio ativo: substância que fará o efeito
vid-19 (SARS-Cov-2). farmacológico, exerce o efeito farmacológico.

• Fármaco: é uma substância química (molé-


Hidroxicloroquina: é um fármaco que pertence à fa- cula ativa) de estrutura conhecida que exerce um
mília dos compostos 4-aminoquinolina e sua princi- efeito quando administrado.
pal ação é ANTIMALÁRICA. O medicamento auxilia
no alívio das dores e desconfortos causados por do- • Medicamento: é uma preparação química,
enças reumáticas e, o uso indevido, provoca náu- administrada a um organismo vivo, produz um
seas, dor de cabeça, entre outros efeitos colaterais. efeito terapêutico. Contém um ou mais fármacos,
além de excipientes, conservantes, solventes.
O mecanismo de ação é exercido sobre estruturas
membranosas do Plasmodium, nas quais provoca a • Droga: é substância ou matéria-prima que
lise e morte do parasita. tenha a finalidade medicamentosa ou sanitária. É
Um estudo feito na França comprovou que a junção frequentemente associada a substância que cau-
da hidroxicloroquina e azitromicina (antibióticos sam dependência, narcóticas ou que alteram a
usados no tratamento de infecções bacterianas), consciência. Deixa para as ilícitas.
pode diminuir a carga viral em pacientes tratados
com esses dois remédios. Todavia, com a amostra- • Remédio: qualquer recurso utilizado para
gem pequena de apenas 36 pacientes e sem um obter cura ou alívio do sofrimento (elixires, chá,
grupo de especialistas para controlar a análise, o es- infusão e todas as terapias).
tudo não se mostrou definitivo.
• Placebo: é qualquer substância que seja ad-
Em contrapartida, um grupo de 1438 pacientes rece- ministrada a um paciente ou a um enfermo que
beram 4 tipos de tratamentos: com uso de hidroxi- trate de seu problema de saúde sem que essa
cloroquina e azitromicina, apenas hidroxicloro- substância seja realmente indicada para o seu
quina, apenas azitromicina e por fim, sem o uso des- problema. Não é remédio e nem medicamento.
tes dois medicamentos. Em comparação com o Mas tem um efeito. P Ex: orações, água para
grupo que não recebeu o tratamento com hidroxiclo- acalmar, passes, cirurgia espirita).
roquina, os testes demostraram a incidência de fa-
lência cardíaca em pacientes que tomaram o medi- • Biodisponibilidade: Também é definida
camento. Em todos os casos, não foi avaliada uma como a velocidade e extensão da absorção do
melhora significativa quanto ao risco de mortali- fármaco a partir de uma determinada forma far-
dade, concluindo que essa terapia não é efetiva. macêutica, tornando-se disponível no local de
ação. Associar a concentração que atinge na cir-
1376 pacientes hospitalizados com covid-19, o tra-
culação. Não significa que vá ter um maior efeito.
tamento com hidroxicloroquina não foi associada
Dada em porcentagem. É a concentração de fár-
com a diminuição ou aumento do risco de intubação
maco que alcançou a circulação.
ou óbito quando comparado com os pacientes que
não utilizam o medicamento.
Exemplo: Enalapril 70% produz o mesmo efeito, mais
Os estudos mencionados foram criticados devido estável, consegue atingir em uma concentração
aos pacientes avaliados já estarem em um quadro maior.
avançado da doença enquanto recebiam trata-
mento.

Dandara Leal, 2021.


Captopril 40% , produziu o mesmo efeito, menor do- trados na mesma dose molar, nas mesmas condi-
sagem, por isso maior POTÊNCIA. 100mg → 40 mg ções experimentais, não apresentam diferenças
alcançou a circulação, o resto se “perdeu”. estatisticamente significativas em relação à bio-
Enquanto que o Enalapril precisa de 70% na circula- disponibilidade.
ção para fazer efeito, o Captopril só preciso dos 40%
para fazer o mesmo efeito.
• Medicamento Genérico: idêntico ao de referên-
A biodisponibilidade de um fármaco refere-se à fra- cia, é bioequivalente. Passa por teste de equi-
ção (expressa em percentual) de uma dada dose valência terapêutica realizado pela ANVISA
que atinge a circulação sistêmica. A biodisponibili- para garantir a eficácia.
dade é determinada pela velocidade e extensão e • Medicamento Similar: não é testado a equiva-
via de administração. lência terapêutica pois a legislação não exige.

Observação: quanto MENOR a biodisponibilidade,


MENOR o risco para o paciente → “para fármacos Os genéricos são medicamentos que apresentam
fortes”. PORÉM, pode ser que em um paciente, princípio ativo idêntico a um medicamento de refe-
mesmo que a medicação tenha biodisponibilidade rência, o que é assegurado por testes apresentados
baixa, ele pode gera efeitos adversos. Então isso vai à Anvisa. Portanto, os medicamentos genéricos po-
variar de paciente para paciente, e de fármaco para dem substituir os de referência prescritos pelo mé-
fármaco. dico. Em geral, eles têm custo mais acessível. Se es-
pera os mesmos efeitos farmacológicos e colaterais.
Observação: leite dificulta a absorção do antibiótico Remédio de marca é um medicamento inovador, iné-
e pode causar interação medicamentosa, e alterar a dito no mercado, genérico é um clone perfeito do re-
biodisponibilidade. E assim alterar o efeito final. médio de marca e o similar é uma cópia “aproxi-
mada” desse medicamento.
Observação: na via intravenosa a biodisponibili-
dade é de 100%. Assim, Genérico é diferente de Similar.

Quando não se tem o efeito desejado da medicação,


dependendo do fármaco, pode-se aumentar a dosa- • Posologia: é a forma de utilizar os medica-
gem ou não. mentos, ou seja, o número de vezes e a quanti-
dade a ser utilizada a cada dia. Relacionada a
Por exemplo: Dipirona → pode aumentar a dosa- frequência da administração das dosagens re-
gem. gulamentares dos medicamentos e fármacos.
Propanolol → é um medicamento betablo-
queador, ou seja, inibe a estimulação dos receptores • Dosagem: é a quantidade de substância
beta-adrenérgicos (beta-1 e beta-2) presentes no or- ativa existente no medicamento, por unidade
ganismo (como no coração e nos vasos sanguíneos), de administração, volume ou massa.
não se pode aumentar a dose pois leva a intoxica-
ção. O que fazer então?

1°Se puder; aumente a dosagem Medicação de referência e similar são parecidos


visualmente.
2°Não podendo aumentar a dosagem, mude
a medicação.

• Bioequevalência: é um termo utilizado para


avaliar a equivalência biológica esperada in vivo
de duas preparações diferentes de um medica-
mento.

Portanto, são equivalentes farmacêuticos ou al-


ternativas farmacêuticas que, ao serem adminis-

Dandara Leal, 2021.


Cuidado com alguns pacientes: Succinato→ empregado em formas farmacêuticas
de liberação prolongada. Efeito tardio. Por exemplo:
Exemplo: paciente com insuficiência renal e hepá- Succinato de Metoprolol, liberação prolongada,
tica tem biodisponibilidade maior. A absorção do tempo par atingit a concentração máxima é de 6 à
fármaco é um fator decisivo para a biodisponibili- 12 horas; biosdisponibilidade de 65 à 70%;
dade e pode estar alterada em pacientes com insu- biodisponibilidade de 65 à 70%; tempo de ação de
ficiência renal e hepática. 24h.

Diversos fatores farmacocinéticos são alterados Tartarato → empregado em formas farmacêuticas


quando a função renal é comprometida. Estes fato- de liberação regular e na produção de sais
res incluem a biodisponibilidade, volume de distri- efervecesntes para melhorar o sabor de
buição (VD), ligação a proteínas e biotransforma- medicamentos. Liberação regular. Por exemplo:
ção. Os compostos têm de percorrer vários compar- Tartarato de Metaprolol, possui liberação regular,
timentos do corpo antes de serem eliminados. tempo para atingir a concentração máxima é de 1-2
horas; biodisponibilidade de 40-50%; tempo de
- O fígado excreta o fármaco (na insuficiência hepá-
ação de 6 a 12h. Liberção lenta, maior
tica, o fígado gasta mais tempo para transformar o
biodisponibilidade.
fármaco em subtância INATIVA, por isso o fármaco
fica mais tempo ativo na circulação.)

- Os rins realizam a filtração glomerular, a secreção Vias de administração


tubular ativa e a reabsorção tubular passiva (na in-
suficiência renal, os rins não consegue eliminar o • Enteral ( bucal, oral, sublingual e retal)
fármaco, que continua circulando no organismo). • Tópica ( epidérmica, inalatória, auricular etc.)
• Parenteral ( cutânea/transdérmica,
Nessas situações tem-se um aumento da biodispo-
intradérmica, subcutânea, intramuscular etc.)
nibilidade e do tempo de efeito.

Medicamento: siglas
➢ BD (Bis in Die): é a abreviação de “bis in die”, que
em latim significa duas vezes por dia.
➢ XR (eXtended Release): liberação estendida,
também pode ser encontrada como XL.
➢ SR (Sustained Release): liberação
sustentada/prolongada. Exemplo de
medicamento: Voltarem SR°.
➢ DL (Desintegração Instantânea).
➢ SL (Sub-Lingual).
➢ ER : liberação prolongada (extended release).
➢ DC : dor de cabeça.
➢ F : forte (concentração é o dobro do
convencional). Imagem livro: WHALEN, K.; FINKEL, R.;
➢ Diskus : dispositivo utilizado em inaladores em PANAVELIL, T. A. Farmacologia ilustrada. 6. ed.
pó. Porto Alegre: Artmed, 2016

Derivações de medicamentos Efeitos de 1° passagem / Metabolismo


Cloridrato: favorece a solubilidade em água e é de
de primeira passsagem
baixa toxicidade→por exemplo, para paciente com Primeiro lugar na circulação sanguínea que o
insuficiência renal e hepática. fármaco passa é pelo fígado. O efeito de 1°
Fumarato→ usado em formulações para asma e passagem é quando o fármaco perde 100% de seu
bronquite. efeito no fígado devido a enzimas que transformam

Dandara Leal, 2021.


as moélucas ativas do fármaco em 100% inativas.
No fígado existem as CYP, enzimas que
Semi-sólidas: utilizados para medicamentos de uso
transformam o fármaco em inativo.
tópico
A maioria dos fármacos administrados pela via oral
- Pomadas
e retal sofrem o efeito de 1° passagem.
- Cremes
O fármaco que não sofre esse efeito de 1 passagem :
absorvido no TGI, vai para a circulação, passa pelo - Géis
o fígado → circulação sanguínea → fígado →
circulação... até ser totalmente metabolizado e - Pastas
excretado.

Formas farmacêuticas especiais


Pessário: é um dispositivo médico de silicone para
colocação ntravaginal e suporte do prolapso dos
orgãos pélvicos, melhoram os sintomas causadis
pela descida dos orgãos.

Linimento: é uma preparação farmacêutica tópica


para aplicação na pele (bálsamo), menos viscoso
que pomada em creme.

Enema: também clister, é a introdução de água por


via retal para lavagem intestinal, purgação ou
administração de medicamentos através de uma
sonda retal.
imagem da internet.
Supositório: forma farmacêutica destinada à
inserção via retal, na qual amolecem, se dissolvem e
exercem efeitos sistêmicos ou localizados.
Formas farmacêuticas
Adesivo: são peparações farmacêuticas de vários
Líquidas: facilitam a administração, mascaram tamanhos, conntendo uma ou mais substâncias
sabores e são indicados para crianças e idosos por ativas, a serem aplicados na pele íntegra para
permitirem o ajuste de dose. liberar as substâncias ativas para a circulação
- Soluções sistêmica.

- Gotas Óvulo: forma farmacêutica de dose única e s´lida, na


qual amolece, se dissolve, e exercem efeitos
- Xaropes sistêmicos ou localizados. Moldado para utilização
pela via vagina.
- Suspensões

- Elixires
Uso racional de medicamentos
Sólidas: são geralmente as preparações mais • Fatores do paciente: genéticos, doenças, idade,
estáveis. meio (pH), uso de tabaco, etanol.

- Comprimidos

- Cápsulas • Fatores fármacos: formas farmacêuticas, vias


de administração, dose, esquema posológico e
- Drágeas duração.
- Pós

- Granulados

Dandara Leal, 2021.


Farmacologia
Farmacocinética Antes de ser eliminado, precisa ser transformado
quimicamente, processo chamado
Biotransformação ou Metabolização, formando
A Farmacocinética corresponde as. etapas que o metabólitos (resíduos, moléculas pequenas) que
fármaco ou princípio ativo passa no organismo. são próximos da água (hidrossolúveis) e estão
Podendo ser: Absorvido, Distribuído, prontos para ser excretados. A duração desse
Biotransformado e Eliminado. processo depende de fármaco para fármaco.
Lembrando que na via intravenosa/endovenosa, o
processo de absorção não ocorre, uma vez que o
fármaco é administrado diretamente na
circulação.

O processo de absorção é a entrada do fármaco


no organismo até a corrente sanguínea,
alcançando a corrente sanguínea temos a
distribuição.

É no momento da distribuição na circulação que o


fármaco encontra o seu receptor ou receptores e
desenvolve o seu efeito farmacológico e
desenvolve suas reações adversas.

Realizando seu efeito, o fármaco pode ser


eliminado, e para isso ele precisa ser
transformado quimicamente, sendo o principal Absorção
local de biotransformação no fígado. Sendo uma
etapa fundamental para a eliminação do fármaco Durante esse processo, uma quantidade do
posteriormente. fármaco é perdida (biodisponibilidade) todavia a
concentração que sobra é suficiente para se
Observação: para pacientes com insuficiência
alcançar o efeito desejado.
hepática→ problemas na eliminação do fármaco,
lentidão ou insuficiência. O fármaco não vai ser Remédio→ chás, infusões, elixires e terapias;
transformado em moléculas inativas, o que
significa que ele vai permanecer mais tempo ativo Fármaco→ molécula ativa do medicamento;
no organismo, gera os efeitos farmacológicos,
Medicamento → é prescrito, são as soluções,
mas também gera mais efeitos colaterais no
cápsulas, suspensão, comprimidos etc. É o que
paciente. Evitar modificar a dosagem padrão
tem na drogaria.
(posologia), pois pode interferir nos efeitos
farmacológicos, ideal é alterar o horário (de 8 em Placebo→ tudo aquilo que não é remédio mas
8h etc.). gera um efeito podendo ser positivo ou negativo;

O fármaco entra na corrente sanguínea, encontra Metabolismo de primeira passagem→ via oral
seu receptor, faz seu efeito e está pronto para ser e retal; assim que alcançam a circulação o
eliminado, o que pode ser por várias vias fármaco passa lá no fígado, já sofrendo um
dependendo do princípio ativo. Por exemplo: processo sutil de transformação e segue na
álcool eliminado através do suor e do ar exalado. circulação para ser distribuído, todavia muitos
Tem medicamento que é excretado através do princípios ativos podem perder toda a sua
leite materno. A bula do medicamento informa a concentração nessa passagem. Então, esse
forma que é excretado e se ele passa por efeito de metabolismo de primeira passagem não acontece
primeira passagem. na clínica pois se sabemos que o fármaco sofre
efeito de primeira passagem e sofre perda de

Dandara Leal,2021.
100% de sua concentração, não se administra por Canais iónicos são proteínas de membrana que
via oral ou retal. Mas existem fármacos que formam poros aquosos.
precisam passar por essa passagem para ser
Transporte ativo→ transportadores de fármacos =
transformado em fármaco ativo.
grande parte do fármaco já está na circulação (foi
Tempo de meia vida→ significa o tempo absorvido), processo final da absorção; sem
necessário para redução de 50% da concentração diferença de concentração e utiliza ATP. Último
inicial. Por exemplo: um fármaco que possui processo para todos os fármacos. Moléculas
biodisponibilidade de 70%; a concentração que hidrossolúveis grandes, ou molécula grandes
ela atinge a circulação é de 70%. Quando atingir podendo ser ou não lipossolúveis.
35%, metade dos 70, diz-se que chegou no seu
Se existe um transportador para vários fármacos,
tempo de meia-vida. Ainda podendo ser eficaz se
eles vão competir pelo mesmo transportador. →
for potente. Esse tempo de meia vida pode mudar
Competição.
de paciente para paciente, com as suas condições
patológicas. A difusão facilitada é utilizada primeiro para os
fármacos com moléculas grandes, passando
através de transportadores. Acontece pela
• Via Endovenosa: o fármaco alcança a
diferença de concentração, e não gasta energia.
circulação com 100% de concentração
(não sofre absorção), ao chegar em 50% Os fármacos hidrossolúveis não têm afinidade de
ele alcançou o seu tempo de meia-vida. absorção (membrana lipoprotéica), então
também utilizam a difusão facilitada.
• Observar tempo de duração de efeito e
Importante: Dipirona dura 4 horas no organismo,
tempo para reduzir a concentração, são
ao passo que o antidepressivo fica 12 horas. A
diferentes.
dipirona fica menos tempo por ser mais
hidrossolúvel, se não tem afinidade com
Dose de ataque: conceito teórico utilizado para organismo é excretada mais fácil. Já o
dose de profilaxia ou prevenção, diminuir risco de antidepressivo possui mais afinidade com o
infecção ou de dor após um processo médico. Por organismo por ser mais lipossolúvel, então sua
exemplo; o paciente vai passar por uma cirurgia aderência a célula é maior, e seu processo de
complexa. É a dose de 2 a 4 vezes a mais que a distribuição é lento, de biotransformação é mais
dose usual/ convencional, de 400 a 800 lento já que tem que transforma lipídio em água,
miligramas preventivo. Utilizada em sedativos e sua excreção também vai ser lenta.
etc.
Medicamentos de curta duração são
Índice terapêutico ou Intervalo terapêutico: hidrossolúveis. A absorção lenta e os outros
mede a potência da medicação. Quanto mais passos são rápidos. Exemplos: dipirona,
potente, menor a concentração requerida. O paracetamol. Não significa que seu efeito é muito
índice terapêutico é INVERSAMENTE proporcional tardio.
à potencial. Então quanto MAIS POTENTE, MENOR
Medicamentos de longa duração (8 ou 12 h ou +)
O ÍNDICE terapêutico. Não pode aumentar a
são lipossolúveis. Facilidade para ser absorvido,
dosagem. Por exemplo: dipirona < morfina.
mas os outros processos são lentos.

Potência Índice terapêutico

Tipos de Absorção
Transporte passivo→ transporte paracelular
(poros) e difusão passiva = grande parte está no
tecido, obedece a um gradiente de concentração ,
não gasta energia. →Moléculas pequenas e/ou
lipossolúveis.

Dandara Leal,2021.
Fatores que influenciam a menos efeito adverso, eficácia no paciente é
maior. O conceito teórico não dita a clínica.
velocidade de absorção
O prefixo lipo, do grego lópos, significa gordura,
• Polaridade: hidro ou lipossolúvel.
então lipossolubilidade é a capacidade de uma
• Grau de ionização
molécula de se dissolver em gorduras, ou seja,
• Concentração (dosagem) moléculas mais apolares. Como sabemos que a
• Forma farmacêutica (líquido ou sólido)) água é polar e o óleo apolar, sabemos que as
• Área absortiva (grande ou pequena) forças existentes nessas moléculas são de
• Circulação local (vascularização) (grande ou natureza diferente, e por esta razão, as duas
pequena) substâncias não se misturam. A partir disto,
• Condições patológicas do paciente criou-se a regra do “semelhante dissolve
(inflamação, inchaço, insuficiência) semelhante”, ou seja, para que duas substâncias
• Tempo de esvaziamento gástrico se misturem resultando numa mistura
• Motilidade intestinal homogênea, é necessário que ambas tenham
• Presença de alimento características de polaridade semelhantes.
• Via de administração
Grau de ionização→ o grau de ionização das
moléculas é um dos principais fatores que
influenciam a passagem de fármacos através das
membranas. A maioria dos fármacos são ou
bases fracas ou ácidos fracos.

O grau de ionização é determinado pela


constante de dissociação de ácido (pKa) do
fármaco e pelo gradiente de pH através da
membrana, o pKa (constante de ionização) = valor
do pH em que metade do fármaco encontra-se em
sua forma ionizada e a outra metade na forma
não-ionizada.

pH= é do meio

pKA= do fármaco

Em geral, fármaco ácido terá melhor absorção no


meio ácido. O fármaco básico terá melhor
Polaridade→ as moléculas apolares dissolvem- absorção no meio básico.
se livremente na camada lipídica da membrana, Exemplo: ASS (ácido acetilsalicílico) é um fármaco
difundindo-se prontamente através das ácido. Ele vai ser melhor absorvido no estômago?
membranas celulares. Sim, vai ser melhor absorvido já que é um meio
ácido (pH d 1,5 – 2). Vai ser absorvido no
intestino? Sim, também, pois o intestino é maior
em área, mesmo sendo alcalino (pH 6-8), vai ser
difícil de ser absorvido, porém a área de absorção
(tamanho) é muito maior do que a do estômago.

A partição pelo pH não é o principal


determinante do local de absorção de fármacos
no trato gastrointestinal. Isso ocorre em razão da
enorme área de absorção das vilosidades e
Secobarbital> Pentobarbital> Fenobarbital> microvilosidades do íleo, comparada com a área
Barbital de absorção do estômago, que é muito menor,
O secobarbital é mais lipossolúvel que o barbital, diminuindo, assim, sua importância.
sua absorção é mais rápida, mas o início de efeito Quando o fármaco é alcalino, mas está em meio
é só 2 minutos a menos etc. A escolha do básico, vai ser difícil de ser absorvido.
medicamento deve ser: segurança do paciente;

Dandara Leal,2021.
Interação com alimento
Alimentos rico em gordura aumentam 4 vezes a
absorção, pois diminui a motilidade intestinal. Ex:
albendazol, carbamazepina e diltiazem.

Alimentos ricos em carboidratos também


interferem na absorção de fármacos.Ex: fenitoína,
griseofulvina, hidralazina, itraconzaol, labetalo,
Fármacos com pKa acima de 8 → melhor
lítio.
absorvidos no intestino.
Alimentos ricos em fibra interfere na absorção dos
Fármacos com pKa abaixo de 7 → melhor
seguintes fármacos. Ex: mebendazol, metoprolol,
absorvidos no estômago.
metoxalen, ntrofurantoína, propoxifeno e
Forma não ionizada/ dissociada→ Maior propranolol.
absorção→ HA

Dissociado/não ionizado → repulsão ou mais


dificuldade para ser absorvido → A- + H+ Interações com medicamentos
As formas Ionizadas (A-) possuem Reação de Precipitação: ou formação de
lipossolubilidades muito baixas, sendo incapazes quelato, os dois fármacos perdem atividade
de atravessar as membranas (mais difícil), exceto farmacológica. Exemplo: Tetraciclina (antibiótico)
quando existe um transporte específico. interage com cálcio, sais de alumínio ou
magnésio→ os principais antiácidos são
formados por carbonato de cálcio, hidróxido de
FÓRMULAS alumínio ou hidróxido de magnésio→ A
tetraciclina interage com o antiácido (com o cálcio
Fármacos ácidos: ou etc.), ao reagir, a tetraciclina envolve o cálcio
(incorpora os sais), forma um composto chamado
PH- pKa = log (ionizada/ não ionizada)
Quelato.

Adsorção (incorpora/sugar): Carvão ativado +


alcaloides → Alcaloides são derivados de
Fármacos básicos:
vegetais, encontrados em grandes quantidades
PH – pKa = log (não ionizada/ ionizada) em extratos → O carvão ativado absorver os
alcaloides, incorporando e facilitando o processo
de excreção desses derivados, muito utilizado
Exemplo: Aspirina
para casos de intoxicação de fármacos→ O
fármaco perde completamente sua atividade
pH= 2,0 farmacológica.
pKa= 4 (aspirina)
Reação de oxirredução : associação de
pH – pKa = log (ioniz/ não ionizada) Vitamina C + Sulfato ferroso→ muito utilizado
durante a gravidez para suplementação (sulfato)
2 – 4 = log (ioniz/ n ioniz)
→ a vitamina C promove uma reação de
-2= log (ioniz/ não ioniz) oxirredução do sulfato ferroso, facilitando sua
absorção. Provoca-se essa interação, é benéfico.
-2= log x

X= 10 - 2 Alteração do pH: antiácidos + anti-inflamatório,


antibióticos, barbitúricos (anticonvulsivantes) →
x= 0,01 antiácido com fármacos ácidos → não podem ser
x= 1/100 (ionizada/ não ionizada) associados juntos → prejudica a absorção

Concentração não ionizada> concentração ionizada =


boa absorção!

Dandara Leal,2021.
Alteração do pH: antiácidos + anfetaminas, • Cálcio: utilizado na Osteoporose. Tomada
efedrina e quinidina (aumento) → Anti ácidos com antes de dormir, além de ser melhor
medicamentos alcalinos→ aumenta a absorção absorvido à noite, ele deve ser ingerido longe
das refeições, pois precisa de um ambiente
Turvação e Precipitação: Anfoterecina B + Soro ácido no estômago para ser assimilado.
fisiológico → Reação entre dois compostos fora do • Bombinhas de asma: precisam ser agitados
organismo → Anfoterecina B quando diluída em antes na inalação (deixar a medicação bem
soro fisiológico era precipita e o soro fica turvo, a diluída nos gases do aerossol).
anfoterecina aglomera e perde capacidade de
absorção ou seu efeito.

Tampões: ácidos fracos + bases fracas → Os comprimidos de liberação controlada são


formas farmacêuticas que não liberam
Neutralização ( Tampões)
imediatamente todo o fármaco, fazendo-o de
Formação de substâncias insolúveis: forma gradual e contínua em diferentes tempos e
Tetraciclina também pode interagir com ferro, locais.
bismuto e zinco (suplemento vitamínico). Se a
prescrição for associada a absorção desses
fármacos juntos, eles perdem seus efeitos pois se
precipitam e forma Quelato. Outro exemplo é a
Warfarina ou a digoxina associada a
colestiramina formam quelato.

Alteração da motilidade gastrointestinal:


Atropina + opiode diminuem a motilidade
intestinal (lento) e assim aumentam a absorção,
maior a biodisponibilidade. Metoclopramida
(plazil) + eritromicina (antibiótico), quando
associadas entre si ou com outros fármacos,
aceleram a motilidade intestinal, expulsão do
conteúdo gástrico. Diminui absorção, diminui o
efeito farmacêutico ou impede.

Indicações na prescrição
• Alendronato= utilizado no tratamento da
osteoporose. Deve ser tomado com um copo
grande de água e o paciente deve permanecer
em pé por pelo menos 30 minutos (para evitar
Esofagite = Inflamação que danifica o tubo que
vai da garganta ao estômago (esôfago).
• Levotiroxina (Hormônio T4) = utilizada no
hipotireoidismo. Deve ser ingerido em jejum
de pelo menos 30 minutos.
• Sulfato ferroso + Vitamina C = utilizado na
gravidez. A Vitamina C aumenta a
biodisponibilidade do sulfato ferroso.
• Sinavista (Inibidor da HMG-CoA redutase) =
utilizado na hipercolesterolemia, ele inibe a
síntese de colesterol. Pode ser uma
medicação que tem um efeito no organismo
relativamente curto, deve ser tomada à noite
para seu pico de ação coincida com o
momento em que a produção de colesterol no
organismo é maior.

Dandara Leal,2021.
Farmacologia
Distribuição
A partir do momento que o fármaco chega na
corrente sanguínea, ele se liga às proteínas
plasmáticas. Ao alcançarem a circulação
sanguínea podem se ligar, em diferentes
proporções às proteínas plasmáticas. Essa
ligação é uma medida da afinidade do fármaco
pelas proteínas do plasma, especialmente pela
albumina e pela alfa-1-glicoproteína ácida. As
proteínas plasmáticas irão fazer a distribuição
do fármaco pelo organismo.
imagem da internet
A quantidade de fármaco que chega na circulação
é muito maior do que a quantidade de proteínas
plasmáticas existente. Então uma parte do
fármaco ficará ligado nas proteínas e a outra A ligação com as proteínas depende: da
parte ficará livre, essa quantidade livre é que vai afinidade, da concentração dos fármacos e da
iniciar os efeitos farmacológicos. concentração (quantidade) das proteínas no
organismo.
ALBUMINA mais ligada aos Fármacos ácidos.

ALFA 1 GLICOPROTEÍNAS mais ligada aos


Fármacos básicos.

Fármacos que realizam efeitos imediatos e saem


rápido do organismo possuem pouca afinidade
com o organismo e inclusive pouca afinidade com
as proteínas plasmáticas, pois ele fica mais livre.

Ao passo que fármacos que possuem altíssima


afinidade costumam permanecer mais tempo no
organismo.
Interações medicamentosas
Para que um fármaco desenvolva seu efeito, ele A afinidade também pode ser influenciada por
necessita estar livre. Através dessa ligação às interações medicamentosas.
proteínas, ele será liberado aos poucos e irá ➢ Warfarina + Fenilbutazona = Hemorragia -
realizar seus efeitos farmacológicos, diminuindo a > efeito mais intenso da warfarina
velocidade da distribuição, não fazendo com que ➢ Tolbutamida + Salicilatos = Coma
a duração do efeito seja mais curto. Hipoglicêmico
➢ Digoxina + Verapamil = Intoxixação
➢ Ligação às proteínas digitálica
➢ Acúmulos nos tecidos (pode oferecer um ➢ Fenitoína + Fenilbutazona = Aumento
risco ao paciente) depressão central -> anti convusivante
➢ Volume de distribuição fica livre

Durante o processo de distribuição é que o Observação: as gestantes fazendo uso de


fármaco faz seu efeito. anticonvulsivantes devem receber vitamina K, no
último mês de gestação, pois os
anticonvulsivantes ligam-se bastante a albumina
e podem deslocar a vitamina K por competição. 2
horas é o mínimo para associar medicações que
podem ter uma interação medicamentosa.

Dandara Leal, 2021.


Volume de distribuição • Partição pelo pH (absorção, pH do
sangue)
Volume de distribuição (VD) , também conhecido • Partição óleo: água (lipo com lipo, água
como volume aparente de distribuição, é um (hidro/ com sangue)
termo usado farmacologicamente para
quantificar a distribuição de uma droga pelo
corpo após administração Logo que o fármaco entra no organismo, ele tem o
potencial de distribuir-se em qualquer um dos três
Drogas muito lipossolúveis (muita afinidade) =
compartimentos funcionalmente distintos de água
volume de distribuição alto = ALTO VD
corporal, ou ser sequestrado em um local celular:
Ex: Morfina, Digoxina, Fluoxetina
a) Compartimento plasmático: Se um fármaco
Drogas hidrossolúveis (pouca afinidade) = tem massa molecular muito alta ou liga-se
volume de distribuição baixo = BAIXO VD extensamente às proteínas, ele é muito grande
para atravessar as fendas dos capilares e, assim,
Ex:warfarin, indometacina, enalapril.
é efetivamente aprisionado dentro do
Fármacos com maior volume de distribuição -> compartimento plasmático (vascular).
maior concentração de fármacos nos tecidos
b) Líquido extracelular: Se um fármaco apresenta
extracelulares e menor concentração no sangue.
baixa massa molecular, mas é hidrofílico, ele pode
Fármacos com menor volume de distribuição -> passar através das fen-das endoteliais dos
maior concentração de fármaco no sangue e capilares para o líquido intersticial. Contudo,
menor concentração nos tecidos. fármacos hidrofílicos não podem se mover
através das mem-branas celulares lipídicas para
O volume de distribuição pode estar aumentado entrar no líquido intracelular.
por insuficiência renal (devido a retenção) e
insuficiência hepática (devido ao fluido corporal c) Água corporal total: Se um fármaco apresenta
alterado e ligação a proteínas plasmáticas). baixa massa molecular e é lipofílico, ele pode se
Desta maneira, também pode estar diminuído na mover para o interstício através das fendas e
desidratação. também passar através das membranas
celulares para o líquido intracelular. Esses
Acúmulo nos tecidos. fármacos se distri-buem em um volume de cerca
de 60% da massa corporal

Reservatório de fármacos:
• Fígado (a Quinacrina ou Mepacrina é um
antibiótico usado principalmente com função
antiparasitária, principalmente contra Giardia
e contra Trichomonas, ela acumula no fígado)
(pacientes com malária tendem a acumular
fármacos no fígaco)
• Gordura ( Tiopental é um barbitúrico de curta
duração, indicado para a indução de anestesia
geral, acumula nos tecidos adiposos)
• Osso (tetraciclina)

Fatores que influencia o acúmulo nos


tecidos:
• Permeabilidade através das barreiras
(lipossolúvel atinge tecido)
• Ligação dentro dos compartimentos
(tendência em se acumular)

Dandara Leal, 2021.


Farmacologia
Biotransformação
Etapa extremamente importante, pois, prepara o não sofrem com a ação do ácido clorídrico. Porém,
fármaco para ser excretado/eliminado. precisam ser absorvidos, distribuídos e aí sofrem a
biotransformação para fazer o efeito farmacoló-
Para que seja eliminado o fármaco precisar ser Bi-
gico, eles demoram um tempo para gerar seus
otransformado.
efeitos e é necessário que o paciente tenha um fí-
A biotransformação também chamada de meta- gado saudável.
bolização é um processo que acontece principal-
mente no fígado, mas também pode ocorrer nos
rins, trato gastrointestinal, pulmões e no sangue.
Fases da Biotransformação
• Fase 1: Oxidação, Hidroxilação, Desalquilação, De-
saminação e Hidrólise (Adição de radicais).
• Fase 2: Conjugação (Adição de compostos)

Os rins não conseguem eliminar os fármacos lipo-


fílicos de modo eficiente, pois estes facilmente
atravessam as membranas celulares e são reab-
sorvidos nos túbulos contorcidos distais. Por isso,
os fármacos lipossolúveis sao primeiramente bio-
transformados no fígado em substâncias mais po-
Imagem da internet lares (hidrofílicas), usando dois grupos gerais de
reações, denominados fase I e fase II
Nessa etapa o fármaco é transformado quimica-
mente afim de ser preparado para sua excreção. A fase 1 tem como reações mais comuns: Redução;
Oxidação e Hidrólise. Passa todos os fármacos de
Radicais como hidrogênio, oxigênio, são inseridos
todas as vias de excreção menos de eliminação
para que o fármaco fique mais próximo a estrutura
fecal ou biliar.
da água. Já que a principal via de excreção é a
urina (95% da urina é água), assim quanto mais A Fase 2 é também chamada de Fase Sintética e só
próxima a estrutura do fármaco com a estrutura ocorre para fármacos que tem excreção fecal ou
da água, mais fácil será sua excreção. biliar. Nessa fase um outro composto é adicionado
à estrutura do fármaco formando um conjugado
Esse processo busca a transformação química do
inativo (conglomerado). Temos adição de
fármaco e é realizado por enzimas chamadas CYP
compostos. Os compostos mais comuns que são
( CYP1, CYP2, CYP3, CYP4 e seus subtipos). Obje-
conjugados aos fármacos são: Ácido Glicurônico;
tivo principal é detoxificar ou inativar compostos,
Sulfato; Acetato; Glutationa; Glicina/ Glutamina.
facilitando sua excreção pela formação de produ-
tos mais polares e menos lipossolúveis (deixá-los
mais aquosos) durante a biotransformação.

Existe uma segunda função da biotransformação


que é ativar pró-fármacos ou transformar meta-
bólitos ativo.

Os pró-fármacos são fármacos que são adminis-


trados em forma inativa, sendo ativados somente
após biotransformação (metabolismo normal).
Exemplo: Enalapril. Nem sempre ao chegar na fase 2 o fármaco fica
completamente inativado o que permite que ele
Os pró-fármacos não perdem nada durante a ab-
seja reabsorvido (absorvido novamente). Esse
sorção, já que eles chegam no estômago inativos e

Dandara Leal, 2021.


fármaco ainda está lipossolúvel, e vai passar dos fármacos biotransformados por essas isoenzi-
novamente pelos mesmos processos. mas CYP, com concomitante redução do efeito far-
macológico.

• Fármacos inibidores enzimáticos → compos-


tos que inibem enzimas e dificulta a transformação
do outro fármaco em inativo, deixando-o ativo por
mais tempo e trazendo consequências ao paciente
(efeitos colaterais). Inibindo a transformação do
fármaco para inativo. A inibição da atividade das
isoenzimas CYP é uma fonte importante de intera-
ções de fármacos que leva a efeitos adversos gra-
ves. A forma mais comum de inibição é pela com-
petição pela mesma isoenzima. Alguns fármacos,
contudo, são capazes de inibir reações das quais
nem são substratos (p. ex., cetoconazol), provo-
cando interações. Numerosos fármacos são capa-
zes de inibir uma ou mais vias de biotransforma-
imagem da internet
ção CYP-dependente da varfarina. Por exemplo, o
omeprazol é um inibidor importante de três das
isoenzimas CYP responsáveis pela biotransforma-
Pró-Fármacos ção da varfarina. Se os dois fármacos são tomados
juntos, a concentração plasmática de varfarina
Após a transformação química que acontece na aumenta, levando ao aumento do efeito anticoagu-
Fase 1 é que eles ficam ativos. lante e do risco de sangramentos. Os inibidores
CYP mais importantes são eritromicina, cetocona-
Exemplos de pró-fármacos: Cortisona em → zol e ritonavir, pois inibem várias isoenzimas CYP.
Hidrocortisona; Enalapril em→ Enalaprilato;
Diazepam em -> nordiazepam-> oxazepam→
Clordiazepóxido; Fenobarbital em →Primidona;
Sulfassalazina em→Messalazina.

Observação: Paracetamol a partir da sua trans-


formação quimica ele vai se transformar em me-
tabólitos inativos e tóxicos que podem gerar efei-
tos hepatotóxicos.

Interações Medicamentosas na
Biotransformação
• Fármacos que são indutores enzimáticos →
induz a enzima da biotransformação (ativa a en-
zima), transformam em inativos mais rápido. Au-
menta o processo de inativação do outro fármaco.
As enzimas dependentes de CYP450 são um alvo
importante de interações farmacocinéticas de fár-
macos. Uma dessas interações é a indução de iso-
enzimas CYP-específicas. Xenobióticos podem in-
duzir a atividade dessas enzimas. Certos fármacos
(p. ex., fenobarbital, rifampicina ecarbamazepina)
são capazes de aumentar a síntese de uma ou mais
isoenzimas CYP. Isso resulta no aumento da bio-
transformação de fármacos e pode levar a redu-
ções significativas nas concentrações plasmáticas

Dandara Leal, 2021.


Farmacologia
Excreção
Os fármacos devem ser suficientemente polares • Filtração tubular
para serem eliminados do organismo. A saída do
fármaco do organismo ocorre por numerosas vias, Primeira etapa do processo da excreção, mediada
sendo a eliminação na urina por meio dos rins a pela diferença de pressão. Os fármacos chegam
mais importante. Pacientes com disfunção renal aos rins pelas artérias renais, que se dividem para
podem ser incapazes de excretar os fármacos, formar o plexo capilar glomerular. O fármaco livre
ficando sujeitos ao risco de acumulá-los e (não ligado à albumina) difunde-se através das
apresentar efeitos adversos fendas capilares para o espaço de Bowman como
parte do filtrado glomerular
Existem várias vias de eliminação ou excreção:
Os fármacos chegam através dos capilares e no
• Via de eliminação renal glomérulo são filtrados.
• Excreção biliar
• Excreção pelos pulmões Para que sejam filtrados os fármacos precisam ser
• Excreção pelo leite materno moléculas pequenas e livres.
• Excreção pelas glândulas salivares A função renal é de extrema importância para a
• Excreção pelas glândulas lacrimais eliminação de inúmeros metabólitos.
• Excreção pelas glândulas sudoríparas

Eliminação Renal • Reabsorção Tubular


A eliminação de fármacos pelos rins na urina
O papel da reabsorção é de recuperar as
envolve os processos de filtração glomerular,
moléculas que foram filtradas, mas são essenciais
secreção tubular ativa e reabsorção tubular
ao organismo e devem retornar para a circulação.
passiva.
Reabsorve compostos que ainda não estão
- Filtração inativos ou que ainda não estão aquosos.

- Reabsorção Acontece, principalmente, no túbulo contorcido


proximal (primeiro segmento do néfron).
- Secreção
Exemplos de compostos reabsorvidos:
aminoácidos, glicose, ureia, sódio e água.
Fármacos ainda ativos ou lipossolúveis. 80 a 90¨%
dos infiltrados são reabsorvidos.

Alterações de pH podem interferir na reabsorção


tubular (intoxicação). → Intoxicação com
substâncias básicas.

• Secreção Tubular
Moléculas que não foram filtradas e se encontram
do lado externo do néfron ou dos rins pelo fato de
serem moléculas grandes.

Acontece no final dos néfron, utiliza


transportadores chamados OCT (compostos
Imagem do livro: WHALEN, K.; FINKEL, R.; PANAVELIL, T. A. Farmacologia básicos) e OAT (compostos ácidos) que captam o
ilustrada. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.

Dandara Leal, 2021.


fármaco ou compostos e os jogam para dentro dos
néfrons.

É um processo que gasta energia e precisa de


transportador, também sendo um processo
saturável (pode ser inibido).

A remoção de íons hidrogênio, potássio e amônia


estão entre os processos mais importantes, além
da secreção de medicamentos.

Interação medicamentosa na
secreção
A secreção é um processo que precisa de
transportador.

Muitas vezes os fármacos (mais de um) terão que


competir entre si por um mesmo transportador que
servem para ambos.

Eliminação biliar
Excreção pelas fezes, o fármaco sofreu a fase 2 da
biotransformação. Exemplo: corticoides.

A grande maioria dos fármacos que são


excretados pelas fezes eles podem ser
reabsorvidos.

Alguns compostos principalmente os


GLUCURONÍDEOS (compostos com adição de
ácido glicurônico) ficam concentrados na bile e são
enviados para o intestino.

O fármaco excretado pela bile pode ser


reabsorvido (circulação enterro-hepática), caso
esteja ainda apolar ou lipossolúvel.

Dandara Leal, 2021.


Farmacologia
Farmacodinâmica
Os mediadores do organismo são agonistas fisio-
lógicos.

Trata-se do que o fármaco faz com o organismo: as • Fármaco Antagonista: bloqueia a ação do ago-
interações do fármaco com os organismos. nista fisiológico (mediadores do nosso organismo;
ex: dopamina, serotonina; que controlam nossas
A farmacodinâmica descreve as ações dos fármacos funções vitais).
no organismo e as influências das suas concentrações
na magnitude das respostas. Exemplo: Adrenalina que em situações atípicas pode
ocasionar taquicardia -> Fármaco que bloqueia a
A maioria dos fármacos exerce seus efeitos, deseja-
ação da adrenalina -> ao bloquear a adrenalina, BLO-
dos ou indesejados, interagindo com receptores (isto QUEIA a taquicardia -> diminui débito cardíaco, dimi-
é, macromoléculas-alvo especializadas) presentes na nui a frequência cardíaca e
superfície ou no interior da célula. diminui a pressão arterial.
O complexo fármaco-receptor inicia alterações na Ex: Diurético -> Diuréticos são
atividade bioquímica e/ou molecular da célula por usados para tratar hiperten-
meio de um processo denominado transdução de si- são e insuficiência renal e
nal. Os fármacos atuam como sinais, e seus recepto- cardíaca, pois ajudam na eli-
res atuam como detectores de sinais. minação de sódio. -> BLO-
Quando atingem os locais de ação (na distribuição) é QUEIA a reabsorção de sódio,
que produzem seus efeitos farmacológicos. levará consigo a água, excre-
tar sódio.
A interação do fármaco com o receptor segue o mo-
delo chave-fechadura. Pode existir, dependendo do Ex: Depressão: deficiência na
fármaco, mais de uma fechadura. Ele deriva de a ca- transmissão de serotonina ->
pacidade do fármaco fazer efeito, mas as fechaduras pouco produzida e pouco li-
derivam as reações de efeitos adversos. berada no sistema nervoso
central -> neurotransmissão
Fármaco + Receptor Complexo farmacorreceptor → repolarização sódio e cálcio
Efeito biológico que se ligam a receptores
para desenvolver efeitos; se
tem pouca saída de neuro-
transmissor logo tem-se
pouca quantidade-> seroto-
nina faz despolarização ao se
ligar ao receptor e é recaptada novamente-> precisa-
mos IMPEDIR, INIBIR, BLOQUEAR a recaptação neu-
ronal de serotonina.

Fármaco e Receptor
• Fármaco Agonista: ativa o receptor, desencadeia
sinalizações celulares e ocasiona um efeito farma-
cológico. Faz a mesma coisa que o mediador fisio-
lógico. Imita o que o mediador do organismo faria.

Exemplo: Epinefrina é um descongestionante nasal


– FAZ o processo de vasoconstrição (mesma coisa
que a adrenalina que é fisiológica)

Exemplo: Broncodilatadores FAZEM broncodilata-


ção quando não se tem adrenalina o suficiente,
ajuda o neurotransmissor fisiológico.

Dandara Leal, 2021.


Tipos de efeitos •

Receptores
Receptores nucleares

➢ Efeitos farmacológico: é o efeito principal.


A farmacologia define receptor como qualquer molé-
➢ Efeito secundário / efeito colateral: se refere a cula biológica à qual um fármaco se fixa e produz uma
qualquer efeito apresentado pelo fármaco dife- resposta mensurável.
rente do efeito principal a ele referido. Esse efeito
Assim, enzimas, ácidos nucleicos e proteínas estrutu-
pode ser benéfico, neutro ou maléfico. Exemplo:
rais podem atuar como receptores de fármacos ou de
antialérgico e sono excessivo. Pode ser bom ou
agonistas endógenos (fisiológicos).
ruim de acordo com o ponto de vista do paciente.
Relaciona-se a s fechaduras ao qual vai se ligar. Contudo, a fonte mais rica e terapeuticamente rele-
Qualquer efeito diferente do principal, podendo vante de receptores farmacológicos são proteínas que
ser benéfico ou maléfico. traduzem sinais extracelulares em respostas intrace-
lulares.
➢ Reação Adversa/ RAM: consiste em uma rea-
Esses receptores podem ser divididos em quatro famí-
ção nociva (reação adversa de medicamento),
lias:
sempre ruim. Exemplo: dor no estômago, risco de
queda, cólicas. Estritamente relacionadas às 1) canais iônicos disparados por ligantes;
contraindicações.
2) receptores acoplados à proteína G;

Existem fármacos que interagindo com enzimas po- 3) receptores ligados a enzimas e
dem induzir ou inibir as ações dessas enzimas. 4) receptores intracelulares.
Sabemos que na biotransformação as enzimas po-
dem modificar os fármacos para torna-los inativos e
elas podem ser inibidas etc. Pode ocorrer que o DNA Canais iônicos: proteínas que transportam íons ou
modifique de tal forma a produção da enzima que o por onde passam íons, e que representam locais de
organismo, para aquele fármaco, seja um indutor ou ações de fármacos. São proteínas de membrana que
inibidor. formam poros aquosos através da bicamada lipídica,
pelos quais passam os íons entre o meio extracelular
Exemplo: descendentes de japoneses – a enzima que
e intracelular.
transforma o álcool é deficiente no organismo dos ja-
poneses, consequentemente o álcool causa mais efei- O fármaco é absorvido, cai na circulação e se liga às
tos colaterais mesmo com um baixo consumo. Chave- proteínas transportadoras, enquanto as proteínas es-
fechadura diferente no organismo. tão distribuindo/transportando o fármaco, ele não
gera efeitos farmacológicos. Apenas quando o fár-
➢ Farmacogenética: alterações genéticas influen-
maco está livre é que ele se liga aos receptores e pro-
ciando no efeito final e que pode mudar a res-
duz seu efeito.
posta terapêutica. A farmacogenética é uma
área da ciência que investiga a relação entre a Exemplos de fármacos que atuam em canais iônicos:
resposta e medicamentos, de acordo com a vari-
• Benzodiazepínicos (sedativos) (agonistas de ca-
abilidade genética de cada pessoa. Inclusive ini-
nais de cloro);
bição e indução.
• Bloqueadores de canais de cálcio (antagonista de
Mas se fármaco no paciente não teve efeito: pode ser canais de fármacos, anti-hipertensivos, causa va-
resistência, problemas na absorção ou na farmacoci- sodilatação);
nética em geral. • Anestésicos locais;
• Diuréticos;
• Inibidor de bomba de prótons (protetores da mu-
Alvos terapêuticos (fechaduras) cosa gástrica);
• Sulfonilureias (hipoglicemiante, servem para au-
Os fármacos podem se ligar em cincos fechaduras di- mentar a produção de insulina) (bloqueio dos ca-
ferentes/alvos terapêuticos: nais de cálcio).

• Canais iônicos
• Enzimas
• Proteínas transportadoras

Dandara Leal, 2021.


Enzimas: existem fármacos que atuam em enzimas; força de contração e da pressão arterial – betas blo-
as enzimas são proteínas caracterizadas por trans- queadores bloqueiam o papel da adrenalina e sua
formar substrato em produto. São moléculas orgâni- ação sobre o organismo.
cas de natureza proteica e agem nas reações quími-
Os receptores adrenérgicos ou adrenorreceptores
cas das células como catalisadoras, ou seja, aceleram
pertencem à classe de receptores ligados à proteína G
a velocidade dos processos sem alterá-los. Geral-
e que são alvos das catecolaminas. Os receptores
mente são os catalisadores mais eficazes, por sua alta
adrenérgicos são ativados por seus ligantes endóge-
especificidade.
nos, as catecolaminas: adrenalina (epinefrina) e nora-
Exemplos de fármacos que atuam em enzimas: drenalina (norepinefrina).

• Anti-inflamatórios não esteroidais (antago-


nistas, inibem uma enzima)
• Inibidores da ECA (antagonista)
• Inibidores da PDE (antagonistas)
• Inibidores da HMG-CoA redutase (diminui a
síntese de colesterol) (antagonista)

Proteínas transportadoras: que transportam


algo. As proteínas transportadoras incorporam um sí-
tio de reconhecimento que as torna específicas para
determinada molécula, e esses sítios de reconheci-
mento também podem constituir alvos para drogas
que bloqueiam o sistema de transporte. No transporte
de moléculas através dos carreadores ocorre ligação
da substância a ser transportada nos sítios específi-
cos da proteína carreadora.

Exemplo:

• Insulina
• Antidepressivos (inibe a captação neuronal
de serotonina, aumenta a concentração de
serotonina em uma fenda sináptica)
• Insulina (ao ativar o transportador glut-4,
guarda a glicose)

Agonista Beta: são fármacos utilizados em para-


Receptores fisiológicas: locais onde os fármacos das cardíacas, em choque anafilático etc., atuam
atuam. Proteína caracterizada por um domínio Intra- como a adrenalina faria mas também ativam os re-
celular e Extracelular, ou seja, transmembrana. Pro- ceptores betas.
teína transmembrana.

Exemplos de fármacos que atuam sobre os recepto-


res: Anti-histamínicos: bloqueiam o papel da hista-
mina sobre os receptores H1 e H2, histamina participa
• Beta bloqueadores (antagonistas; atuam so-
sobre o controle do sono atua sobre H1 e no H2 é o re-
bre os receptores beta e assim bloqueiam o
ceptor estomacal que a histamina atua. Papel do fár-
papel da adrenalina e da noradrenalina);
maco é bloquear o papel da histamina sobre os recep-
• Anti-histamínico;
tores H1.
• Antagonista muscarínicos;
• Antagonistas D2; Patológico – efeito antialérgico.
• Agonistas Beta (ativa os receptores Beta)
Fisiológico – interfere no sono, envolvido com a hista-
(aumentam a frequência cardíaca) (atuam
mina.
como a adrenalina).
Receptores H1 periféricos → alergias.
Adrenalina é um neurotransmissor que tem como uma
de suas funções o aumento da frequência cardíaca, da
Dandara Leal, 2021.
H2 bloqueiam a síntese de HCL que é induzida pela • Anti-inflamatórios esteroidais (glicocorticoide)
histamina, eles têm efeito na proteção da mucosa (atuam dentro do núcleo);
gástrica.
• Antibióticos (bacteriostático=inibe a replicação
bacteriana mais associados aos receptores nucle-
ares; bactericida= morte da bactéria);

• Corticoides: apresentam vários usos clínicos; ação


no DNA. Atravessam a membrana celular e atuam
ativando receptores ligados ao DNA da célula, ao
fazer isso, eles induzem fatores de transcrição que
produz a síntese da proteína Lipocortina 1. Essa li-
pocortina 1 que realizará o efeito farmacológico fi-
Antagonistas muscarínicos: o sistema nervoso nal dos corticoides/anti inflamatórios esteroidais.
colinérgico é referente ao sistema que depende da li- Estimula a síntese de proteína Lipocortina 1.
beração de acetilcolina para atuar. No sistema ner-
voso periférico, os receptores muscarínicos da acetil-
colina ocorrem principalmente nas células efetoras
autônomas inervadas pelos nervos parassimpáticos.
Conceitos de Farmacodinâmica
Os antagonistas muscarínicos evitam os efeitos da
➢ Dessensibilização ou Taquifilaxia: redução gra-
Acetilcolina por meio do bloqueio da sua ligação aos
dual de efeito de um fármaco em doses consecutivas.
receptores muscarínicos nas células neuro efetoras
Relacionada a tolerância da concentração de um fár-
em junções parassimpáticas e simpáticas colinérgi-
maco. Pode acontecer a partir de alguns dias, 7 dias
cas, nos gânglios periféricos e no SNC.
ou meses, durante a terapia farmacêutica.
A administração repetida ou contínua de um agonista
ou de um antagonista pode causar alterações na res-
Antagonistas D2 (D de dopamina): dopamina é ponsividade do receptor. Para evitar possíveis lesões
um mediador fisiológico que tem várias funções entre às células (p. ex., altas concentrações de cálcio inici-
elas participar no sono e nas emoções. Em condições ando morte celular), vários mecanismos se desenvol-
patológicas, está relacionada a esquizofrenia que se veram, buscando proteger a célula da estimulação
dá pelo excesso de dopamina. Os antagonistas D2 excessiva.
bloqueiam a ação da Dopamina. Atua nos receptores Principais motivos: alterações de receptores (estru-
D2. tura); perda de receptores (destruição); exaustão de
mediadores (diminuição ou não produção dos media-
dores); aumento da degradação metabólica (orga-
nismo como indutor enzimático); adaptação fisioló-
gica e extrusão ativa das drogas das células (expul-
são do fármaco; ex; quimioterapia). Podem ocorrer
por alterações genéticas.

➢ Dependência: vontade de usar de novo.

➢ Dessensibilização: tem que aumentar a dosagem.

➢ Down Regulation: inibição na expressão gênica do


receptor. Perda de receptores. Receptores deixam de
Receptores nucleares: o fármaco precisa entrar existir. Além disso, os receptores podem ser dessen-
na célula. Pode atuar sobre o núcleo, no receptor no sibilizados (down-regulated) por internalização ou
DNA ou no próprio DNA. sequestro no interior da célula, ficando indisponíveis
Exemplos de fármacos que atuem em receptores nu- para novas interações com os fármacos.
cleares:
➢ Up regulation: bloqueio contínuo de receptores pelo
• Quimioterápicos (atuam na inibindo a replica-
uso crônico de antagonistas. Ex: Diurético; paciente
ção do DNA das células neoplásicas);
utiliza todos os dias de tal forma que o organismo se

Dandara Leal, 2021.


adapta e deixa de responder como fazia antes e o pa- do efeito máximo. Potência é uma medida da quanti-
ciente tem que aumentar cada vez mais a dose. dade de fármaco necessária para produzir um efeito
de determinada intensidade. Resumindo, a concentra-
➢ Tolerância: dose cada vez maiores para se obter o ção de fármaco que produz 50% do efeito máximo
efeito desejado. Relação com a dessensibilização. Se (CE50), em geral é usada para determinar a potência.
tem dessensibilização, você tem tolerância.
Quanto maior a afinidade, maior a potência e menor
a concentração (Kd) necessária a fim de produzir
➢ Dependência física e química: Química -> senti- efeito.
mento (preciso tomar café todo dia se não terei dor de
cabeça), depende daquilo para se SENTIR bem, neces-
sidade. Física -> síndrome de abstinência, sinais de
abstinência.

➢ Idiossincrasia: é uma resposta inesperada, anor-


mal, normalmente relacionada como diferenças gené-
ticas.
Apresentam baixa incidência na população. Reação
adversa ligado a condições genéticas. As reações idi-
ossincráticas correspondem às respostas quantitati-
vamente anormais a determinadas substâncias quí-
micas, provocados por alterações genéticas. O ani- Fármaco X: menor concentração. Eficaz. Mais potente
mal pode ter uma resposta adversa com doses bai- (menor concentração, e maior afinidade ao receptor).
xas, não tóxicas, ou então ter uma resposta extrema-
Fármaco Y: maior concentração. Eficaz. Menos po-
mente intensa com doses mais elevadas. É uma rea-
tente pois precisa de uma maior quantidade para ge-
ção anormal a droga por inibição de uma atividade
rar um efeito.
enzimática
A Potência compara dois fármacos.
Exemplo: pacientes com deficiência na enzima desi-
drogenase da glicose-6-fosfato desenvolvem hemó-
lise (reação adversa) quando são tratados com sulfo-
Exemplo: paciente hipertenso que não toma água de-
namidas (medicação).
vidamente, qual medicação utilizo? Fármaco Diuré-
Exemplo: japoneses e menor tolerância ao álcool. tico ou Fármaco Vasodilatador para trata a hiperten-
são. Olhando o gráfico anterior de EFICÁCIA, qual fár-
maco é o diurético e qual é o vasodilatador? Fármaco
Potência X Eficácia: X é o Vasodilatador, pois se o paciente não toma
água, o vasodilatador vai ser melhor/ mais eficaz, já
se usar o diurético vai gerar desidratação (perda de
Eficácia: capacidade
água) no organismo do paciente, sendo assim o vaso-
de produzir efeito na-
dilatador mais eficaz (fármaco x). Lembrando que é
quele organismo, na-
um caso Individual.
quele indivíduo. – É sub-
jetiva. Relembrando que a Eficácia é o tamanho da resposta
que o fármaco causa quando interage com um recep-
tor daquele paciente específico.
Potência: fármaco é
A eficácia máxima de um fármaco (Emáx) con-
potente em todos os pa-
sidera que todos os receptores estão ocupados pelo
cientes naquela concen-
fármaco, e não se obterá aumento na resposta com
tração ou dosagem. Um
maior concentração do fármaco. Por isso, a resposta
mais forte ou mais fraco
máxima difere entre agonistas totais e parciais,
que o outro. A potência
mesmo que 100% dos receptores sejam ocupados pe-
está ligada a ED50 ou
los fármacos. De modo similar, mesmo que um anta-
DE50/EC50 ou ainda
gonista ocupe 100%.
CE50, por se referir a
concentração de fár-
maco que produz 50%

Dandara Leal, 2021.


Relação Dose-Resposta Baixo índice terapêutico (Estreito) = extremamente
potentes; podem se tornar venenos (tóxicos) (reações
Os dados da relação dose-reposta são classicamente nocivas) Exemplo: digoxina; varfarina; lítio.
esquematizados com a dose ou a função da dose (p. Alto índice (Amplo) = menores chances de se tornar
ex., log10 dose) no eixo x e o efeito medido (resposta) veneno. Ex: analgésicos fracos; anti-hipertensivos;
no eixo y. antibióticos.
Como o efeito do fármaco é uma função dependente O índice terapêutico (IT) de um fármaco é a relação
da dose e do tempo, esse gráfico representa a relação entre a dose que produz toxicidade em metade da
dose-resposta independente do tempo. população (DT50) e a dose que produz o efeito eficaz
Os efeitos medidos são frequentemente registrados ou clinicamente desejado em metade da população
como máximos no momento do efeito de pico ou sob (DE50).
condições estáveis (p. ex., durante infusão intrave-
nosa contínua).

Potência→ olhar concentração (localização da curva


ao longo do eixo das doses).

Eficácia máxima ou efeito platô, ver o efeito biológico


(maior resposta alcançável).

A intensidade do efeito do fármaco depende da sua


concentração no local receptor, o que, por sua vez, é
determinado pela dose administrada e pelo perfil far-
macocinético do fármaco, como velocidades de ab-
sorção, distribuição, biotransformação e eliminação. Imagem da internet.

Janela terapêutica
Intervalo no qual o fármaco produz efeito farmacoló-
gico e efeito colateral.

Abaixo da janela = nenhum efeito.

Dentro da janela = apenas efeito farmacológico.

Fora da janela (acima) = efeitos colaterais ou reações


adversas.

Índice terapêutico ou Intervalo


Quanto maior a potência →Menor o índice terapêutico
terapêutico → Menor a janela terapêutica → E então maior risco
É uma comparação entre a quantidade de um agente de reações adversas e morte devido a janela terapêu-
terapêutico necessária para causar um efeito tera- tica pequena (segura).
pêutico desejado e a quantidade que causa efeitos tó- Maior o intervalo terapêutico (amplo) = maior a mar-
xicos. Se for ineficaz, não adianta. gem de segurança.
Dandara Leal, 2021.
Agonista Plenos e Parciais Agonistas inversos
AGONISTAS PLENOS/ TOTAIS: que são capazes de Comumente, os receptores livres são inativos e preci-
produzir efeitos máximos, possuem alta eficácia de- sam da interação com um agonista para assumir uma
vido o efeito máximo. Agonista total é um fármaco se conformação ativa. Contudo, alguns receptores apre-
liga a um receptor e produz a resposta biológica má- sentam conversão espontânea de R (inativação) para
xima que mimetiza a resposta do ligante/mediador R* (ativação) na ausência de agonista.
endógeno.
Agonistas inversos, ao contrário de agonistas totais,
Exemplo de agonistas totais: Isoproterenol (utilizado estabilizam a forma R (inativa), por meio da conver-
em parada cardíaca fazendo o mesmo que adrena- são de R* (ativo) em R (inativo). Isso diminui o número
lina), morfina. de receptores ativados no organismo.

AGONISTAS PARCIAIS: são capazes de produzir efei-


tos submáximos e possuem eficácia intermediária. Os
agonistas parciais têm atividade intrínseca maior do
que zero, mas menor do que um. Os agonistas parci-
ais não conseguem produzir o mesmo Efeito máximo
que o agonista total, mesmo ocupando todos os re-
ceptores. Entretanto, o agonista parcial pode ter uma
afinidade que é maior ou menor que a do agonista to-
tal, ou equivalente a ela.

Exemplo de agonistas parciais: Buspirona (ativa re-


ceptores de serotonina, é um antidepressivo), Aripi-
prazol (ativa receptores de dopamina e serotonina),
Buprenorfina (opioide).

Então, o efeito depende do fármaco e também do re-


ceptor. Tendo a opção para utilizar o pleno, use o fár-
maco pleno. Esses conceitos teóricos não são muito
utilizados na prática clínica.

IMPORTANTE: quando o receptor é exposto ao ago-


nista parcial e ao total simultaneamente, o agonista
parcial pode atuar como antagonista do agonista to-
tal.

Considere o que ocorreria com o Efeito máximo (Emáx)


de receptor saturado com um agonista total na pre-
sença de concentrações crescentes de agonista par-
cial. A medida que o número de receptores ocupados
pelo agonista parcial aumenta, o Efeito máximo (Emáx)
do agonista total diminui até alcançar o Efeito máximo
do agonista parcial. Esse potencial dos agonistas par-
ciais de atuar como agonista e antagonista pode ser
usado terapeuticamente para prevenir possíveis rea-
ções adversas de fármacos.

Dandara Leal, 2021.


Antagonistas Dois agentes que apresentam efeitos fisiológicos
(agentes do organismo ou fármacos) opostos. Pos-
suem ações antagônicas fisiológicas.
A atividade intrínseca de um fármaco determina sua
capacidade de ativar total ou parcialmente os recep- Exemplo: hormônio tireoidiano (taquicardia) x Beta-
tores. Os antagonistas ligam-se ao receptor com bloqueador (bradicardia) -> no hipertireoidismo se
alta afinidade, mas têm atividade intrínseca nula. tem a taquicardia, o uso do B-Bloqueador realiza o
Um antagonista não tem efeito na ausência de Ago- efeito de bradicardia
nistas (fisiológico), mas pode diminuir o efeito do
agonista quando estiver presente. Pode ocorrer anta- Exemplos: Anti-inflamatórios Não Esteroidais/AINES
gonismo pelo bloqueio da ligação do fármaco ao re- (aumentam a PA) x Anti-hipertensivo (diminuem a
ceptor ou da capacidade de ativar o receptor. Eles P.A) -> interação medicamentosa negativa, AINES são
apenas bloqueiam um agonista, uma reposta. anti-inflamatórios (bloqueiam a prostaglandina e
atuam na filtração renal= o anti-inflamatório aumenta
a PA) e associada com anti-hipertensivos um pode
antagonizar o outro.
Antagonistas químicos
A ligação de um fármaco com outro gera diminuição
dos efeitos e inativação. Ocorre uma interação quí- Antagonistas não competitivos
mica podendo: neutralizar, inativar ou facilitar sua
excreção. Ligam-se a um sítio (receptor) distinto do sítio ago-
nista e, por conseguinte, impedem a ativação do re-
Exemplo: protamina + heparina-> protamina se liga a ceptor.
heparina neutralizando-a e formando um composto
chamado QUELATO e acaba inativando-a, usados em Quando o fármaco se liga em outro local do receptor
casos que a heparina gera hemorragia no organismo. e bloqueia o receptor, um sítio fica para a molécula do
organismo e o outro fica o fármaco, o fármaco impede
Exemplo: dimercaprol + arsênio -> intoxicação por ar- a ação do agonista fisiológico.
sênio usa-se dimercaprol para neutralizar (forma
quelato). Existem outras medidas para intoxicação: Liga aqui, desliga lá. Sem briga, sem contato, sem
lavagem estomacal, alteração do pH da urina quando competição.
não se conhece o agente tóxico. Exemplo: Aspirina (inibe COX plaquetária e a síntese
Exemplo: cálcio (antiácido) + tetraciclina -> os íons po- de TXA2) -> afina o sangue, impede a agregação pla-
dem formar quelato com a tetraciclina, absorção de quetária
antiácido e tetraciclina, automaticamente a tetraci- Exemplo: verapamil/ nifedipina (bloqueiam canais de
clina em forma de quelato não consegue mais atuar cálcio) -> fazem vaso dilatação. Cálcio realiza cons-
na bactéria e perde seu efeito. Evitar essa associação trição. Fármaco se logo em outro lugar do canal iônico
ou prescrever o antibiótico após 2 horas. e bloqueia a interação do mediador fisiológico (cál-
cio).

Um antagonista não-competitivo reduz a eficácia de


Antagonista farmacocinético ou um agonista.
bioquímico
Um fármaco afeta a farmacocinética do outro.

Fármacos ácidos com fármaco ácidos.


Antagonista competitivo
O antagonista bloqueia a ligação do agonista NO
Antiácidos e fármacos ácidos, antibióticos.
MESMO SÍTIO ATIVO do receptor.
Exemplo: anticoncepcionais (ácidos) x antibióticos
Um alvo com apenas um sítio ativo. Competição do
(ácidos) (antibióticos induzem metabolismo dos anti-
fármaco com o mediador.
concepcionais, e assim aceleram sua ativação).
Briga, contato, treta. Apenas um fica no receptor.
Nem toda a combinação é positiva.
O antagonista competitivo impede que o agonista se
ligue ao seu receptor e mantém esse receptor no es-
Antagonista fisiológico tado inativo.

Dandara Leal, 2021.


Os antagonistas competitivos deslocam as curvas Ao contrário dos antagonistas competitivos, o efeito
dose-resposta para a direita (aumenta o CE50 assim dos antagonistas irreversíveis não consegue ser supe-
reduzindo a potência) sem afetar o Efeito máximo. rado pela adição de mais agonista.

Exemplo: Pravastatina x HMG CoA redutase (enzima)


→ impede a ligação do HMG CoA a enzima HMG CoA
redutase → provastina = controle do colesterol. HMG Antagonistas alostéricos
CoA redutase promove síntese de colesterol. O fár-
maco se liga ao mesmo lugar que o HMG CoA se liga- O antagonista alostérico também diminui o Efeito
ria, sendo assim competindo pelo sítio. máximo (Eficácia), sem alterar o valor de CE50 (po-
tência) do agonista. Esse tipo de antagonista se fixa
Exemplo: Ondansetrona (antiemético) x Serotonina (o em um local (local alostérico) diferente do local de li-
ondansetron inibe a ligação da serotonina ao receptor gação do agonista e evita que o receptor seja ativado
5-HT3) -. Serotonina neurotransmissor que em ex- pelo agonista.
cesso causa náusea e vômito. Fármaco se liga no lu-
gar da serotonina.
Dica: sem informação sobre o efeito máximo de um
Outros exemplos de antagonistas competitivos: anti-
fármaco, não é possível concluir sobre sua eficácia ou
histamínico; betabloqueadores, antagonistas musca-
atividade intrínseca.
rínicos, anestésicos locais.

Um antagonista competitivo diminui a potência de um


agonista, sem afetar a sua eficácia.
Sinergismo
Associação benéfica de duas medicações. O siner-
Antagonista competitivo re- gismo pode ocorrer com medicamentos que possuem
os mesmos mecanismos de ação (aditivo); que agem
versível ou irreversível por diferentes modos (somação) ou com aqueles que
atuam em diferentes receptores farmacológicos (po-
No antagonismo reversível é possível ao agonista em
tencialização).
grandes quantidades reverter os efeitos do antago-
nista, enquanto no irreversível inibem os efeitos dos Sinergismo de ação/aditivo: combinação de fár-
agonistas independentemente da quantidade en- macos que o efeito final é igual à soma dos efeitos de
quanto se mantiverem bloqueando os receptores. dois ou mais fármacos isolados.

Exemplo: dexclorfeniramina + paracetamol + ferrile-


frina (antigripal)
Reversível (80 a 90 % dos medicamentos) : na pre-
sença do antagonista a curva log da concentração é Exemplo: carisoprodol + diclofecaco sódio + cafeína
deslocada para a direita, sem alteração na inclinação (relaxante muscular)
(efeito), há uma competição. Ganha quem tiver maior
concentração. Ex: dipirona e febre

Sinergismo de potenciação: combinação de fár-


macos com mesmo efeito, efeitos farmacológicos
Irreversível: fármaco tem mais afinidade com o re- iguais, o efeito final é maior do que a soma dos efeitos
ceptor e bloqueia o papel do mediador fisiológico. de dois fármacos isolados.
O efeito dos antagonistas irreversíveis não consegue Exemplo: fenoterol + ipatrópico
ser superado pela adição de mais agonista.
Exemplo: paracetamol + codeína
Antagonistas irreversíveis se fixam de modo cova-
lente ao local ativo do receptor, reduzindo, assim, o
número de receptores disponíveis para o agonista.

É o tipo menos comum, se assemelha ao não compe-


titivo
Receptores de reserva
Na presença do antagonista (que apresenta excelente Receptor que não é ativado mesmo quando o fármaco
afinidade) a curva log da concentração sofre inclina- realiza seu efeito.
ção, ou seja, não há competição.

Dandara Leal, 2021.


Uma explicação para a existência de receptores de
reserva é que qualquer ligação agonista-receptor
pode levar à ativação de vários elementos de resposta
celular. Assim, somente uma pequena fração do total
de receptores precisa ser ativada para obter a res-
posta celular máxima.

Alguns fármacos são capazes de produzir uma res-


posta máxima quando menos de 100% de seus recep-
tores estão ocupados.

Os receptores remanescentes podem ser denomina-


dos receptores de reserva.

Dandara Leal, 2021.


Farmacologia
Farmacologia do Sistema - Pressão arterial;

- Frequências cardíaca e respiratória;


nervoso autônomo - Temperatura corporal;
Na prescrição farmacológica, os benefícios devem
- O equilíbrio de água e eletrólitos (tais como sódio
sempre ser maiores que os riscos.
e cálcio) etc.
Nem todos os fármacos vão funcionar para o
O nosso organismo possui vários
nosso paciente, daí a importância de conhecer os
neurotransmissores que fazem parte do controle
fármacos em geral.
das funções fisiológicos
O sistema nervoso autônomo regula certos
processos do corpo, como pressão arterial e a
frequência respiratória.

É um sistema que funciona automaticamente (de


forma autônoma), sem esforço consciente do
indivíduo.

As doenças do sistema nervoso autônomo podem


afetar cada parte do corpo. As doenças
autônomas podem ser reversíveis ou progressivas.

Se a fisiologia do Sistema Nervoso Autônomo


(SNA) está inadequada, deficiente ou insuficiente é
preciso introduzir os fármacos para controlar os
sinais ou os quadros fisiopatológicos.

Imagem da internet

A partir do momento que há excesso, insuficiência ou


deficiência desses neurotransmissores é que entra a
farmacologia para ajustar/ regular a função desses
mediadores.

Os mediadores do Sistema Nervoso Autônomo:


Adrenalina, Noradrenalina e Acetilcolina.

O Sistema Nervoso Autônomo é divido em dois:

• Simpático = Adrenérgico, suas ações são mediadas


pela Adrenalina e Noradrenalina
• Parassimpático = Colinérgico, mediado pela
Acetilcolina.

Classificação do sistema
Imagem da internet

O sistema nervoso autônomo controla os


nervoso
processos internos do corpo tais como os • Sistema nervoso → Sistema Nervoso Periférico e
seguintes: Sistema Nervoso Central

Dandara Leal, 2021.


ORGÃO SIMPÁTICO PARASSIMP
• Sistema Nervoso Periférico → Divisão Eferente e ALVO ÁTICO
Divisão Aferente Aumenta a Diminui a
Miocárdio frequência frequência
cardíaca e cardíaca e a
da força de força de
contração contração
• Divisão Eferente → Sistema Nervoso Autônomo Coração/V Vasodilataç Vasoconstrição
asos ão

Pulmão Broncodilat Broncoconstrição


• Divisão Aferente → Sistema Nervoso Somático ação
Fígado Aumenta Sem efeito
liberação de
glicose
Sistema Diminui Aumenta
• Sistema Nervoso Autônomo → Parassimpático, Digestivo atividade peristaltismo e
Simpático e Entérico (motilidade gastrointestinal). das secreção
glândulas e glandular
musc. Lisos
Pupila Midríase Miose (contração)
(dilatação)
Sistema Somático: Vasos Constrição Dilatação
abdominais
- Controle voluntário (exemplo: locomoção);
Vasos Sem efeito Dilatação
vasculares
- 1 Neurônio eferente faz a comunicação do SNC ao
músculo sem passar por gânglio.

Tomar cuidado com as reações adversas e


contraindicações.
Sistema Autônomo

- Controle involuntário de funções orgânicas;


Sistema nervoso simpático:
- Ocorre sem participação consciente do cérebro;
- Neurônio pré ganglionar é curto
- Controle das funções vitais;
- Neurônio pós-ganglionar é longo
- Composto por neurônios eferentes que inervam
músculos lisos de vísceras (ex: digestão), - Segmento tóraco – lombar
glândulas (ex: secreções), musculatura cardíaca e
vascular, etc.
Sistema nervoso parassimpático:

- Neurônio pré ganglionar é longo


Sistema nervoso autônomo é divido em
simpático e parassimpático: - Neurônio pós-ganglionar é curto

O sistema nervoso simpático, também chamado - Segmento crânio- sacral


de Adrenérgico, tem suas ações mediadas pela
Adrenalina e Noradrenalina. → Luta e Fuga.

Ex: aumento da P.A, aumento da frequência Transmissão dos sistemas


cardíaca, broncodilatação etc.
- Os sistemas apresentam as mesmas localizações

- Dois Neurônios participam


O sistema nervoso parassimpático, também
chamado de Colinérgico e suas ações são - O Simpático mediado pela noradrenalina
mediadas pela Acetilcolina → Repouso e Digestão. (adrenalina é diferente) -> receptores adrenérgicos
(alpha ou beta)
Ex: diminui a P.A, diminui a frequência cardíaca,
broncoconstrição etc. - Parassimpático é mediado pela acetilcolina ->
receptores muscarínicos
Possuem ações antagônicas que controla o nosso
organismo. - Adrenalina tem um neurônio

Dandara Leal, 2021.


- Receptores beta 2 (𝛽2): broncodiltação,
vasodilatação, relaxamento do músculo liso
visceral, glicogenólise hepática e tremor muscular.

- Receptores beta 3 (𝛽3): lipólise.

Agonistas
❖ Vasoconstrição nos casos de: descongestão nasal
(fármacos que ativam alpha 1 e promove
vasoconstrição para o ar passar); associado a
anestésico local (diminuir a chance de
sangramento, prolonga/lento a distribuição do
fármaco), colírio faz vasoconstrição (diminuir a
sensação de olhos vermelhos, porém aumenta
pressão ocular).

❖ Inibição da liberação de transmissores: ativação


do receptor alpha 2 (localizado no neurônio) pela
adrenalina ou pela noradrenalina resulta em um
feedback negativo (esses próprios
neurotransmissores diminuem sua liberação)
assim que é liberada (controle fisiológico) →
aumento da acetilcolina e aumento das ações do
Imagem da internet
parassimpático. Farmacologicamente falando,
situações que você precisa diminuir a
ação/liberação da noradrenalina e na adrenalina,
por exemplo Hipertensão, fármaco como
Sistema Nervoso Cloridrina usada na gravidez.

Simpático ❖ Aumento da frequência cardíaca e da força de


contração: ativação dos receptores Beta 1, podem
ser utilizados em casos de parada cardíaca e em

Transmissão simpática choque anafilático->


Isoprebalina.
Adrenalina sintética,

Receptores do Sistema Simpático.


❖ Broncodilatação: em casos de asma, doença
Os principais efeitos de ativação do receptor são pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), enfisema
os seguintes (adrenalina e noradrenalina causam): pulmonar. Utilizam fármacos, como Berotec, que
ativam receptores Beta 2 e fazem o mesmo papel
da adrenalina que seria a broncodilatação.
- Receptores alpha 1 (𝛼1): vasoconstrição,
relaxamento do músculo liso gastrointestinal,
❖ Lipólise: fisiologicamente, quando você faz
secreção salivar e glicogenólise hepática
exercícios físicos anaeróbicos, liberam endorfinas
(entre elas adrenalina e noradrenalina) e ativam
- Receptores alpha 2 (𝛼2): inibição da liberação de
receptores Beta 3 que realizam a queima de
transmissores (incluindo a noradrenalina e a
gordura. Farmacologicamente, ao ativar Beta 3 ele
libertação de acetilcolina dos nervos
também pode ativar Beta 1 e 2, tem que ter cuidado
autonômicos), agregação de plaquetas, contração
e analisar risco e benefício. Não existe fármacos
do músculo liso vascular, inibição da liberação de
seguros que ativam apenas o receptor beta 3.
insulina. Receptor alpha 2 também é chamado de
Auto receptor ou auto receptor inibitório.

- Receptores beta 1 (𝛽1): aumento da frequência


cardíaca e da força de contração.

Dandara Leal, 2021.


Antagonistas • Antagonistas Indiretos -> bloqueiam a liberação de
noradrenalina e adrenalina.

❖ Bloqueia Receptor Alpha 1: vasodilatação. Casos Efeitos do sistema simpático


de hipertensão tem reação adversa congestão
nasal. Então é usado em casos específicos na ORGÃO ALVO EFEITO
Miocárdio Aumento da F.C e
clínica.

Pressão Arterial Aumento da P.A


❖ Bloqueia Alpha 2: aumento da liberação de
adrenalina e noradrenalina. Ativação do Vasos do coração Vasodilatação
simpático, então clinicamente não são tão
interessantes devido muitas reações de uma vez! Pulmão Broncodilatação

❖ Bloqueia Beta 1: diminuição da frequência Sistema Digestivo Diminui peristaltismo e


cardíaca e da força de contração. Efeito anti- secreção glandular
hipertensivo. Pupila Midríase

Vasos abdominais Constrição


❖ Bloqueia Beta 2: broncoconstrição. Cuidado com
esse efeito. Não existem fármacos na clínica que
Salivação Diminuição
realizam broncoconstrição!
Fígado Aumento da liberação de
❖ Bloqueia Beta 3: acúmulo de gordura. Não glicose
existem fármacos na clínica!

Fármacos do Sistema Nervoso Simpático


FÁRMACOS Agonistas Adrenérgicos/
Agonistas
Agonistas não seletivos,
Agonistas α1 adrenérgicos,
Simpatomiméticos
(diretos) Agonistas α2 adrenérgicos,
Imitam os efeitos da adrenalina no organismo.
Adrenérgicos Agonistas 𝛽 adrenérgicos,
Agonistas 𝛽2 adrenérgicos. -> • Agonistas Alpha 1 adrenérgicos -> ativar os
ATIVAM receptores alfas 1 (direto)
Agonistas Inibem receptação de NE, • Agonistas Alpha Não Seletivos-> fármaco vai
indiretos inibem receptação de NE/DOP, ativar todos os receptores alpha (direto)
inibem receptação de NE/SER, • Agonistas Alpha 2 adrenérgicos (direto)
inibidores de MAO • Agonistas Beta adrenérgicos -> todos os
Antagonistas Antagonistas α não seletivos, receptores betas (direto)
diretos Antagonistas α1, Antagonistas • Agonistas Beta 2 adrenérgicos (direto)
α1 e 𝛽, Antagonistas com ação • Agonistas adrenérgicos indiretos -> aumenta a
agonista parcial (bloqueio concentração de adrenalina que vai ativar os
𝛽 com ASI) receptores
Antagonistas Fármacos que afetam a
indiretos síntese de NE, fármacos que
afetam o armazenamento de a) Agonistas Não Seletivos:
NE, fármacos que afetam a
liberação de NE Exemplo: Epinefrina (adrenalina) e Norepinefrina
(noradrenalina).

• Agonistas diretos -> fármaco ativa os receptores


Alpha e Beta ❖ Epinefrina
• Agonistas indiretos -> eles aumentam a
concentração da noradrenalina e/ou da adrenalina Ações da Epinefrina: ativa alpha 1
para que façam seu papel no simpático. (vasoconstrição); ativa Beta 1 (inotropismo/força
• Antagonistas diretos -> bloqueiam receptores de contração e cronotropismo/ aumento da
Alpha e Beta. frequência cardíaca; positivo) Beta 2
(broncodilatação).
Dandara Leal, 2021.
- Vasoconstrição -> hipertensão Diminuição da pressão arterial -> barorreflexo →
Aumento da frequência cardíaca → Taquicardia
- Aumento da contração e da frequência cardíaca
Pode ser útil para pacientes que tem ICC (a
- Broncodilatação
insuficiência cardíaca congestiva, também
Utilidades clínicas: Asma (não é seguro), choque chamada de ICC, é uma condição caracterizada
anafilático; choque cardiogênico, parada pela perda da capacidade de o coração bombear
cardíaca, vasoconstritor associado a anestésicos sangue corretamente, o que diminui o transporte
locais. de oxigênio para os tecidos, resultando em
sintomas como cansaço, falta de ar e aumento dos
Efeitos adversos: Hipertensão, vasoconstrição batimentos cardíacos).
associado a anestésicos locais.

“O reflexo barorreceptor ou barorreflexo, um dos


mais importantes mecanismos para o controle b) Agonistas Seletivos Alpha 1
batimento-a-batimento da pressão arterial, atua ▪ Efedrina → Ativa Alpha e Beta; efeitos múltiplos e
ajustando a frequência cardíaca e os tônus pouco utilizada.
simpático vascular momento-a-momento. ▪ Fenilefrina -> Alpha 1
Terminações nervosas sensíveis às variações da ▪ Fenoxazolina -> Alpha 1
pressão arterial como é o caso das situadas na ▪ Nafazolina
crossa da aorta e no seio carotídeo. Sensor de ▪ Oximetazolina -> Alpha 1
mudanças de pressão.” ▪ Pseudoefedrina -> Alpha 1
▪ Levanordefrina -> Alpha 1

❖ Norepinefrina
FAZEM VASOCONSTRIÇÃO
Ação da Norepinefrina: ativa Alpha 1
(vasoconstritor-> que prolonga a distribuição do 1) Podem acompanhar anestésicos locais
anestésico local e diminui o risco de hemorragia), (vasoconstritores)
Bradicardia por reflexo vagal.
2) Descongestionantes nasais (antigripais)
Utilidade clínica: tratamento do choque séptico.
3) Midriáticos
Efeitos adversos: hipertensão, vasoconstrição,
Efeitos colaterais: Aumento da P.A
taquicardia, arritmias etc.
A efedrina é um agonista Alpha e Beta, aumenta a
“Reação vagal, reflexo vagal ou síncope vasovagal
liberação de Noradrenalina, aumenta P.A estimula
é uma resposta relacionada à ativação
Sistema Nervoso Central. Usada como
inapropriada do nervo vago. Esse reflexo vagal
descongestionante nasal.
acaba, muitas vezes, ocasionando episódios de
síncope (desmaio). A síncope, portanto, não é uma A fenilefrina é um agonista Alpha 1 Adrenérgico
doença, mas sim, um sintoma. É relativamente usado como descongestionante nasal, midriático e
comum (ocorre em cerca de 30% da população vasoconstritor.
adulta) e pode indicar diversos problemas, como
problemas cardíacos, neurológicos, queda súbita
da pressão arterial, hipoglicemia, ou ainda, c) Agonistas Seletivo Alpha 2
excesso de ansiedade. ”
Adrenérgicos
Cirurgia eletiva: ou volta para casa, ou aguarda a
pressão diminuir ou administra medicação Ativação do Alpha 2 diminui a liberação de
sublingual para diminuir a P.A noradrenalina. E assim tem-se o aumento dos
efeitos Parassimpáticos. Exemplos de fármacos
Não eletiva: caso agudo, cirurgia de urgência, agonistas Alfa 2:
pressão alta→ medicamento para contribuir com o
procedimento (sedativo + vasoconstritor) ❖ Clonidina (Atensina)
Uso muito muito específico -> choque séptico Ação da clonidina: agonista Alpha 2 ações no
sistema nervoso central, inibe liberação de
Observação: Aumento da pressão arterial →
Norepinefrina no CVM, diminuindo a descarga
Bradicardia por reflexo. Aumento da força de
simpático. Reduzindo o fluxo adrenérgico
contração → Diminuição da P.A
simpático e diminuindo a resistência vascular
Dandara Leal, 2021.
periférica, resistência vascular renal, frequência d) Agonistas Beta Adrenérgicos
cardíaca e pressão arterial. Com o Sistema
Nervoso Central diminuído temos sonolência e Exemplos de fármacos agonistas Betas:
analgesia.
❖ Isoprenalina
Utilidade clínica: Anti–hipertensivo →
Acetilcolina aumentada (não muito usado); O isoproterenol ou isoprenalina é um medicamento
Adjuvante anestésico. simpaticomimético que actua ao nível dos
receptores beta adrenérgicos.
Efeitos adversos: sonolência, sedação (indução
Ações: ativa receptores Beta 1 (aumento da
do sono); hipotensão postural, edema
frequência cardíaca) e Beta 2 (efeitos inotrópicos e
(vasodilatação pelo parassimpático).
cronotrópicos positivos, broncodilatação).
Se retirado abruptamente pode causar
- Aumento da frequência cardíaca
hipertensão por rebote → hipertensão aguda/ crise
hipertensiva. - Aumento da contração e frequência cardíaca

Gravidez -> risco de depressão devido a depressão Utilidade Clínica: pouca utilidade clínica devido a
do SNC -> sonolência e depressão. baixa seletividade.

Ao ativar alfa 2 – diminui a liberação de insulina. O Efeitos adversos: arritmias


que pode estar associado a risco de Diabetes.
Usado para reverter bradicardia em paciente
Ao ativar alfa 2 – diminui a liberação de NE e com transplantados cardíaco.
isso apresenta ação anti-hipertensiva, mas por
promover sedação, hipnose e analgesia Faz papel semelhante a Epinefrina.
(medicação pré-anestésica, na anestesia geral e
em anestesias raquídeas)
❖ Dobutamina
Não causa efeito Broncodilatação.
❖ Metildopa (Aldomet)
Imita a ação da adrenalina.
Ação: se transforma em um falso
neurotransmissor e ativa os receptores Alpha 2; Usada depois da Epinefrina.
diminuindo a liberação de noradrenalina. Forma a
Efeitos mais seletivos.
metil-norepinefrina que age como falso
neurotransmissor e ativa receptores Alpha 2, Em paradas cardíacas: Epinefrina> Dobutamina>
diminuindo os impulsos simpáticos e assim Isoprenalina.
diminuindo a pressão arterial.

Utilidade clínica: Anti-hipertensivo (escolha na


gravidez) -> não afetam na formação fetal, não
ocasionam má formação fetal → não é e) Agonistas Seletivos Beta 2
teratogênico
Adrenérgicos
Efeitos adversos: hipotensão, sonolência,
diarreia, impotência. Utilizados para doenças respiratórias.

Seguro para a gravidez. Agonistas betas 2 seletivos (podem perder a


seletividade e podem ativar receptores beta 1 e
Pode ser usada como adjuvante com anestésicos. causam aumento da Frequência Cardíaca ->
Uso agudo. TAQUICARDIA).
Pode ocasionar depressão do sistema nervoso Provocam o relaxamento do músculo liso, o que
central! leva à dilatação dos brônquios, vasodilatação do
músculo liso vascular das artérias coronárias e do
fígado, relaxamento do útero e libertação de
insulina.

Exemplos: Salbutamol/Albuterol; Fenoterol


;Isoproterenol (β1 e β2); Salmeterol; Terbutalina;

Dandara Leal, 2021.


Clenbuterol; Vilanterol; Formoterol; Indacaterol; Causa insônia-> aumento dos
Metaproterenol e Olodaterol neurotransmissores.

Contraindicadas para crianças abaixo de 6 anos.

Em adulto deve ser monitorado. ❖ Anfetaminas, Metilfenidato


Paciente com hipertensão controlada: utilizar Eles inibem a recaptação de Noradrenalina,
Berotec, acompanhar e aumentar a dose do anti- Dopamina e Serotonina.
hipertensivo se necessário.
A ação da anfetamina é estimulante, provocando
Efeito paralelo: aceleração do funcionamento mental, por meio do
aumento da liberação e tempo de atuação de
-Relaxamento da musculatura uterina em casos de
dopamina e noradrenalina no cérebro.
partos prematuros (riscos).
Metilfenidato, conhecido popularmente por
-Vaso dilatação periférica -> reflexo
Ritalina, é um fármaco estimulante do sistema
barorreceptor.
nervoso central. Seu mecanismo de ação consiste
- Asma-> de ação rápida/curta (Salbutamol e na inibição da receptação de dopamina e
Fenoterol); medianos (Terbutalina e Indicaterol); noradrenalina, neurotransmissores capazes de
Ação longa (Salmeterol e Formoterol). transitar informações entre células.

Aumento da transmissão.

Efeitos adversos: tremores (reação de luta e fuga Ao aumentar a dopamina (aumenta da


devido efeito parecido a adrenalina) concentração, aumento da memória, fixação de
pensamentos) → Utilidade para Transtorno do
déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).

Aumento da serotonina-> sensação de bem-estar -


>Autismo.
f) Agonistas Adrenérgicos
Indiretos Neurotransmissores -> disposição.

Risco cardíaco significativo.


Aumentam a concentração de noradrenalina para
ela ativar receptores Alpha e Beta. Dopamina será transformada em Noradrenalina
(terá 2 vezes mais a concentração de
- Efedrina
noradrenalina) -> risco cardíaco
- Metilfenidato Hipertensão -> Noradrenalina (NA)
- Antidepressivos tricíclicos Taquicardia -> Noradrenalina
- Fármacos que afetam a degradação Insônia -> Noradrenalina
(inibidores da MAO/ IMAO)
Risco de psicose -> em indivíduos com
Exemplos de fármacos: esquizofrenia (excesso de transmissão
dopaminérgica).

Usado como base para Anorexígenos que são


❖ Efedrina (efedrin) medicamentos com a finalidade de induzir a
Potencial de ação -> despolarização -> liberação anorexia ou seja, induzir a falta de apetite (usada
do NE -> vias eferentes -> ativar receptores alpha apenas em último caso).
e beta Anfetaminas é muito mais potente -> risco
Recaptação neuronal <- fármaco inibe a cardíaco alto
receptação do NA -> aumenta o número de
Noradrenalina disponíveis que ativa os receptores
alpha e beta ❖ Antidepressivo Tricíclico (ADT)
Aumento da concentração de serotonina e
Epinefrina é melhor
noradrenalina.
Hipertensão -> ativa receptores Alfa 1 e Beta 1

Dandara Leal, 2021.


- Efeitos anticolinérgicos (ativação do simpático)
→ xerostomia, insônia, diminui peristaltismo
Antagonistas Adrenérgicos/
intestinal.
Simpatolíticos
Contraindicados para: cardiopatas, hipertensos,
pacientes idosos (saúde da boca) Bloqueiam o sistema nervoso simpático
bloqueando os receptores do simpático -> e assim
ativam o parassimpático.
❖ Fármacos que afetam a degradação de Ações do parassimpático: diminui frequência
neurotransmissores cardíaca, diminui pressão arterial,
broncoconstrição, aumento da motilidade
Inibem a enzima monoamina oxidase (MAO) que é
intestinal, vasoconstrição e miose (contração da
uma enzima cuja função é degradar monoaminas.
pupila).
As MAO “destroem” NE (norepinefrina) nas
vesículas e assim aumenta Noradrenalina e - Antagonistas Alpha não seletivos.
Dopamina.
- Antagonistas Alpha1 adrenérgicos ->
Utilizados no tratamento de Doença de Parkinson- vasodilatação.
> doença senil que tem deficiência de dopamina.
- Antagonistas Beta (β) não seletivos -> diminui
A Monoamino oxidase está localizada na frequência cardíaca e broncoconstrição.
membrana externa das mitocôndrias, seja nos
terminais nervosos, no fígado ou noutros órgãos - Antagonistas β1 adrenérgicos -> diminui
(Silverman, 1992). frequência cardíaca.

A atividade da MAO-B é superior no cérebro, em - Antagonistas com ação agonista parcial.


particular nos gânglios basais (Collins et al., 1970). - Antagonistas Beta e Apha1.
A MAO é a enzima que catalisa a desaminação - Antagonistas adrenérgicos indiretos -> diminui
oxidativa das monoaminas endógenas, ou seja, liberação de noradrenalina e aumento da
inativa por metabolização substratos como a acetilcolina.
noradrenalina, adrenalina, dopamina e serotonina
(5-HT) (Youdim et al, 2006).

Quanto aos inibidores da MAO-B têm uma a) Antagonistas Alfa (não


atividade antiparkinsónica, pois inibem a
metabolização da dopamina por parte da MAO-B, seletivos)
aumentando assim os níveis desta catecolamina
que, como já foi referido, estão diminuídos no Bloqueiam Alpha 1= vasodilatação.
Parkinson (Youdim et al, 2006). Bloqueiam Alpha 2 = aumento a liberação de
Esses fármacos fazem muitas interações noradrenalina → vasoconstrição mas depende do
medicamentosas, então, cuidado na prescrição. organismo.
Seus representantes são a Isocarboxazida, Exemplos de fármacos:
Moclobemida, Fenelzina, Selegilina e
Tranilcipromina. - Fentolamina (competitivo reversível)

- Fenoxibenzamina (competitivo irreversível)

Extra: Cocaína (agonista indireto) Ações: vasodilatadores (alpha 1); diminuição da


PA com taquicardia reflexa. Anti hipertensivo
Inibe a receptação das catecolaminas (dopamina,
neropinefrina, epinefrina). Bloqueio do alpha 2 -> aumento a liberação de
Noradrenalina -> vasoconstrição
A cocaína é um inibidor dos transportadores das
monoaminas e elevam as concentrações Efeitos adversos: hipotensão; taquicardia;
sinápticas destes neurotransmissores. Causa congestão nasal e impotência.
euforia, agitação, taquicardia e aumento da
Utilidade clínica: Feocromocitoma é um tumor
pressão.
secretor de catecolaminas das células cromafins,
Parecido com o metilfenidato e ADT. tipicamente localizado nas adrenais. Causa
hipertensão paroxística ou persistente. A

Dandara Leal, 2021.


hipertensão arterial é o sintoma mais importante, ❖ Nadolo (Corgard)
mas frequência cardíaca elevada com pulso forte,
sudorese excessiva, tontura ao ficar em pé, Beta-bloqueador não seletivo usado no tratamento
respiração acelerada, dores de cabeça intensas e da hipertensão, enxaqueca e angina pectoris.
muitos outros sintomas também podem ocorrer.
As catecolaminas estão a epinefrina (adrenalina),
a norepinefrina (noradrenalina), e a dopamina, ❖ Timolol (Glaucotrat)
que são produzidos a partir de fenilalanina e
tirosina. Reduzir o aumento da pressão ocular no
tratamento de glaucoma e/ou hipertensão ocular.
Porém, não muito utilizado, ele é o último caso.
Quando bloqueiam beta 1 -> ação anti-
hipertensiva, diminuem a frequência cardíaca e a
força de contração.
b) Antagonistas Alfa-1
Bloqueiam Beta 2 -> Broncoconstrição como
- Prazosina (minipress) → controle da hipertensão reação adversa.

- Doxazocina (carduran) → tratar hipertensão Bloqueiam Beta 3.


arterial e hiperplasia prostática benigna
Ações: Redução do Débito Cardíaco ( bloqueio de
- Terazosina (hytrin) → para tratar os sintomas de Beta 1) por inotropismo e conotropismo negativos,
aumento da próstata e hipertensão redução da liberação de renina.
Bloqueadores de Alpha 1 → Vasodilatação Utilidade Clínica: Angina, Hipertensão Arterial
associada a Congestão nasal -> não escolher Sistêmica, Arritmias, tremores da ansiedade;
como anti-hipertensivo pela congestão nasal glaucoma e prevenção enxaqueca.
ocasionada.
Bons anti-hipertensivos para pacientes que não
Ações: Vasodilatação (Alpha 1), Redução da tenham problemas respiratórios.
Pressão arterial.
O problema deles é a broncoconstrição
Utilidade clínica: anti-hipertensivo; hiperplasia ocasionada.
prostática benigna.
Angina: é uma dor no peito temporária ou uma
Efeitos adversos: hipotensão postural; sensação de pressão que ocorre quando o músculo
taquicardia reflexa; congestão nasal. cardíaco não está recebendo oxigênio suficiente. O
indivíduo com angina costuma sentir desconforto
Hiperplasia prostática benigna -> A hiperplasia
ou pressão abaixo do esterno. Normalmente, a
prostática benigna (HPB) é um aumento não
angina ocorre em resposta ao esforço e é aliviada
canceroso (benigno) da glândula prostática, que
durante o repouso. Placas de gordura (ateromas)
pode dificultar a micção. Constrição dos vasos
dificultam a chegada de sangue ao coração, dor
capilares.
intensa devido a insuficiência de sangue chegando.
Diminui a Pressão Arterial -> TAQUICARDIA
O Antagonista Beta diminui o ritmo cardíaco,
REFLEXA
adapta o coração a condição do paciente. Você já
dilatou os vasos? okay. A angina é caracterizada
por uma dor retroesternal intensa caracterizado
c) Antagonista Beta Não seletivos por baixo oxigênio e sangue no coração. A
desobstrução do vaso, ação de vasodilatadores; o
ou/ Beta Bloqueadores uso de beta bloqueador para diminuir a frequência
Exemplos de fármaco: cardíaca e a força de contração, assim diminui o
consumo de sangue.
❖ Propanolol (Inderal)
Super acessíveis, mas perigosos!
Anti-hipertensivo indicado para o tratamento e
GLAUCOMA: A inibição da anidrase carbônica nos
prevenção do infarto do miocárdio, da angina, de
processos ciliares do olho reduz a secreção do
arritmias cardíacas, bem como da enxaqueca.
humor → dosalamida; também tem o timolol para
ser anti-hipertensivo → diminuir a pressão
intraocular → usado associado a outro fármaco.

Dandara Leal, 2021.


ANSIEDADE-> Adrenalina em excesso; apresenta Antagonista com Ação Agonista Parcial
tremores e taquicardia → o antagonista diminui o
Exemplos de fármacos:
papel da adrenalina.

ENXAQUECA -> prevenção da enxaqueca não é ❖ Acebutolol (Sectral)


possível, pois é muito relativo, nesse caso vai ser Fármaco utilizado pela medicina como
ilusório. Mas tratar a enxaqueca é possível, esse é antiarrítimico e anti-hipertensivo. É um
o objetivo. antagonista beta-adrenérgico.

Redução da renina -> inibir a renina e assim ❖ Esmolol (Brevibloc)


diminuir a pressão arterial.
Indicado para casos de Taquicardia
supraventricular ou Taquicardia sinusal Não-
Compensatória e para Taquicardia Intra-
d) Antagonistas Beta -1 Operatória e Pós-Operatória e/ou Hipertensão. É
um agente bloqueador do receptor adrenérgico
Possuem ação seletiva → bloqueiam apenas Beta betal- seletivo (cardiosseletivo) com uma duração
1. de ação muito curta.
Não geram broncoconstrição sendo assim mais Ações: Bloqueiam os receptores Beta mas tem ASI
seguros. (atividade simpatomimética intrínseca) → causam
Exemplos de fármacos: menos bradicardia → bloqueiam parcialmente
Beta 1 →antagonistas fracos.
❖ Atenolol (angipress)
Utilidade clínica: Hipertensão Arterial Sistémica
É indicado para o controle da hipertensão arterial
em diabéticos, Insuficiência Cardíaca (não
(pressão alta), controle da angina pectoris (dor no
reduzem tanto a força de contração e frequência
peito ao esforço), controle de arritmias cardíacas,
cardíaca; diminuiem o agravamento).
infarto do miocárdio e tratamento precoce e
tardio após infarto do miocárdio. Efeitos adversos: Hipotensão postural, fadiga,
cefaleia e broncoconstrição.
❖ Metoprolol (seloken)
Bloqueiam Beta 1 → efeito anti-hipertensivo.
Redução da pressão alta, da morbidade e do risco
de mortalidade de origem cardiovascular e Bloqueiam Beta 1 → Insuficiência cardíaca.
coronária e da Angina.
Bloqueiam Beta 2 → Broncoconstrição.
Ações: redução do Débito Cardíaco (bloqueando
beta 1) por conotropismo e inotropismo reduzidos.
Hipoglicemia: betabloqueadores podem reduzir a
Utilidade clínica: Hipertensão Arterial Sistêmica,
glicemia possivelmente devido ao aumento da
Angina e Arritmias.
captação periférica de glicose através do aumento
Efeitos Adversos: Pouco risco de da sensibilidade à insulina
broncoconstrição (controle da dose terapêutica),
fadiga, hipoglicemia (mas menos risco).

HIPOOGLICEMIA: beta-bloqueadores podem f) Antagonistas Beta e Alpha 1


reduzir a glicemia possivelmente devido ao
Exemplos de fármacos Antagonista Beta e Alfa 1:
aumento da captação periférica de glicose através
do aumento da sensibilidade à insulina -> insulina ❖ Carvedilol (Cardiol)
trabalha mais (também ocorre nos antagonistas
Reduz a resistência vascular periférica por
betas não seletivos).
vasodilatação mediada pelo bloqueio alfa1 e
suprime o sistema renina-angiotensina-
aldosterona devido ao bloqueio beta; retenção
e) Antagonistas Beta Não hídrica é, portanto, uma ocorrência rara.

Seletivos e Beta1 ❖ Labetalol (Betalor)


Anti-hipertensivos que atuam no coração após uso Medicamento utilizado para reduzir a pressão
de diurético no paciente. arterial.

Dandara Leal, 2021.


Ações: Vasodilatadores (Bloqueiam Alpha 1) e ❖ Fármaco que interferem na síntese:
reduzem o Débito Cardíaco (frequência e força) Alpha-Metil-Tirosina
(Beta 1).
Inibe a tirosina hidroxilase; é utilizada no
Utilidade clínica: Hipertensão Arterial Sistêmica
tratamento da hipertensão decorrente do
(HAS), Insuficiência Cardíaca (reduzir mais a
feocromocitma não excisado cirurgicamente.
frequência do que a força).
Nestes casos, pode-se utilizar alfa e beta
Efeitos Adversos: Hipotensão postural, fadiga,
bloqueadores, mas a melhor opção é a alpha-
cefaleia, broncoconstrição.
metil-tirosina porque reduz a síntese de
Débito Cardíaco → é à frequência cardíaca adrenalina.
multiplicada pelo volume sistólico.

Hipotensão Postural → uma forma de pressão


arterial baixa excessiva que ocorre ao levantar-se
da posição sentada ou deitada, também chamado
de hipotensão ortostática.

Efeitos Colaterais dos Antagonistas Beta Diretos:

Ao bloquear receptores β1, podem mascarar


quadro de Hipoglicemia que é caracterizada por
taquicardia → a gente diminui a frequência certo?
Então o paciente não vai saber que está tendo
hipoglicemia.

Hipoglicemia: betabloqueadores podem reduzir a


glicemia possivelmente devido ao aumento da
captação periférica de glicose pelo aumento da
❖ Fármacos que interferem na síntese de
sensibilidade à insulina.
noradrenalina
- Cardidopa (Parkidopa); inibe a Dopa
Descarboxilase; reduzindo a formação de
dopamina; utilizado como antiparkinsoniano
g) Antagonistas associado a Levodopa. Acontece no Sistema
nervoso central e na Periferia (TGI) → INIBIÇÃO
Adrenérgicos Indiretos APENAS NA PERIFERIA.

Bloqueiam ambas as ações dos receptores Alfa e Anti-hipertensivo; entretanto; sua principal
Beta e assim dos neurotransmissores. resposta terapêutica é no Parkinson; L-Dopa (dopa
sintética) (Levodopa) associada e assim inibe
Diminuem a transmissão simpática de
apenas no TGI.
noradrenalina.
Parkidopa= Carbidopa + Levodopa
Os fármacos simpatolíticos de ação indireta
podem ser:

➢ Fármacos que interferem na síntese de


noradrenalina. Exemplo: Alpha-metil–tirosina e
Carbidopa.

➢ Fármacos que afetam o armazenamento de


noradrenalina. Exemplo: Reserpina.

➢ Fármacos que afetam a liberação de


noradrenalina. Exemplo: Metildopa e Guanetidina.

Dandara Leal, 2021.


❖ Fármacos que afetam o armazenamento Eles são captados pela NET e VMAT e se
da noradrenalina acumulam nas terminações simpáticas e dentro
das vesículas. Uma vez liberados nas sinapses,
Reserpina → A reserpina inibe a captação de não atuam como transmissor.
noradrenalina pelas vesículas presentes nas
Tem efeito anti-hipertensivo, porém causa
terminações nervosas, o que provoca a destruição
degeneração dos neurõnios simpáticos. Tem como
de noradrenalina pela monoamina oxidase (MAO)
efeitos colaterais a hipotensão postural, diarreia,
e catecolO-metiltransferase (COMT).
congestão nasal e disfunção ejaculatória.
A reserpina interfere não só com a noradrenalina,
Estrutura próxima aos neurotransmissores,
mas também das outras monoaminas (dopamina,
recaptada como um e liberada como um. Interfere
adrenalina e serotonina).
na liberação de noradrenalina.
A reserpina reduz a pressão arterial, porém causa
depressão profunda que pode levar ao suicídio.

Sem uso clínico-> redução da PA e Quadro de


Depressão Profunda.

INIBE A CAPRTAÇÃO/RETORNO → noradrenalina


fica na fenda sináptica (fora do neurônio).

Fica mais disponível a COMT → DEGRDAÇÃO.

❖ Fármacos que afetam a liberação de


noradrenalina: Metildopa
Fármaco Agonista Alpha 2 -> ao ativar receptores
alpha 2 diminui a liberação de noradrenalina →
diminui a Pressão Arterial no organismo.

A metildopa é um fármaco que ainda é usado na


hipertensão durante a gravidez. Ela captada pelos
neurônios e então convertida no falso transmissor
alpha-metilnoradrenalina.

A alpha-metilnoradrenalina não sofre degradação


pela MAO, se acumulando nos terminais sinápticos
e deslocando a Noradrenalina das vesísculas.
Quando é liberada, a alpha-metilnoradrenalina
atua sobre receptores alpha 2-adrenérgicos pré-
sinápticos, inibindo a liberação de noradrenalina.
Revisando:
Ambos os efeitos contribuem para redução da
ativação de receptores Alpha1-adrenérgicos e
efeitos hipotensor.

❖ Fármacos que afetam a liberação de


noradrenalina: Guanetidina
Não tem uso clínico

A guanetdina inibe a liberação de noradrenalina


pelas terminações nervosas sinápticas, mas não
alteram a liberação de catecolaminas na
circulação. Tem poucas ações sobre a medula
suprarrenal (adrenalina) e outras terminações
nervosas.

Dandara Leal, 2021.


]

BORTOLOTTO, Luiz Aparecido; CONSOLIM-COLOMBO, Fernanda M.


Betabloqueadores adrenérgicosAdrenergic betablockers. Rev Bras Hipertens,
[S. l.], v. 16, p. 215-220, 13 set. 2019. Disponível em:
http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/16-4/06-betabloqueadores.pdf.
Acesso em: 3 set. 2021.

BORTOLOTTO, Luiz Aparecido; CONSOLIM-COLOMBO, Fernanda M.


Betabloqueadores adrenérgicosAdrenergic betablockers. Rev Bras Hipertens,
[S. l.], v. 16, p. 215-220, 13 set. 2019. Disponível em:
http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/16-4/06-betabloqueadores.pdf.
Acesso em: 3 set. 2021.

Dandara Leal, 2021.


Farmacologia
Sistema Nervoso
Parassimpático
Transmissão
parassimpática
Imitam a ação da acetilcolina → Agonista

Bloqueia a ação da acetilcolina → Antagonista

Transmissão Colinérgica/Parassimpática

Acetilcolina é um neurotransmissor fisiológico


agonista que desenvolve ações parassimpáticas
que são mediadas pelos receptores muscarínicos.

Órgãos alvos -> efeitos contrários ao da


adrenalina (antagonismo fisiológico).

Receptores do sistema 2 agonistas, 3 antagonistas:

parassimpático Agonista direto → estrutura parecida com a


acetilcolina e que ATIVA receptores muscarínicos
Os receptores muscarínicos são receptores
acoplados à proteína G (metabotrópicos). Agonista indireto → AUMENTAM a acetilcolina
para que ela atue nos receptores.
Os mAChR (receptores muscarínicos) medeiam
os efeitos da acetilcolina (ACh) em sinapses pós- Antagonistas diretos → fármaco BLOQUEIA
ganglionares parassimpáticas (principalmente RECEPTORES de acetilcolina
no coração, músculo liso e glândulas). Antagonistas indiretos → fármaco BLOQUEIA a
LIBERAÇÃO de acetilcolina

Agonistas Colinérgicos/
Parasimpatomiméticos/
Colinomiméticos
Agonistas Colinérgicos/Diretos: imitam a ação do
neurotransmissor Acetilcolina (colinomiméticos) -
> aumenta transmissão da acetilcolina

Fármacos Anticolinesterásicos/Indiretos: agem


inibindo a enzima colinesterase, responsável pela
metabolização da acetilcolina nos locais onde se
encontram os receptores colinérgicos (efeito
indireto).

Dandara Leal, 2021.


Agonistas Colinérgicos
Diretos
Ativam diretamente os receptores muscarínicos.

Miose

Uso
tópico

Uso sistêmico miose


Aumento da motilidade Via tópica

Uso sistêmico

Efeitos relacionados as ações fisiológicas da


acetilcolina.

Efeitos colaterais:
- Náusea e vômito;

- Acidez e dor estomacal;

- Diarreia;
Estes fármacos são capazes de melhorar a
- Incontinência urinária;
cognição de pacientes com Doença de Alzheimer,
-Corrimento nasal; porém não retardam o desenvolvimento da
doença. Uma das principais terapias, uso via oral.
- Broncoconstrição;
Efeitos colaterais:
- Rubor,
- Bradicardia;
- Sudorese e salivação;
- Hipotensão;
- Dor de cabeça.
- Broncoconstrição;

- Excesso de secreções;
Agonistas Colinérgicos
- Hipemotilidade gastrintestinal.
Indiretos/ Anticolinesterásicos
Inibem a acetilcolinesterase (AchE) e a
butirilcolinesterase (BuchE),e com isso Tratamento da intoxicação: usar atropina
aumentam a concentração de Ach -> inibem a (antagonista muscarínico) e pralidoxima
degradação. (reativador de colinesterase). (+ compostos
agrotóxicos; maléfico para o homem devido a
Fármacos importantes na clínica. Broncoconstrição).
Acetilcolinesterase degrada uma maior
quantidade, sendo a mais importante.
Anticolinesterásico irreversíveis: inseticidas e
Miastenia grave: Doença crônica que envolve a agrotóxicos.
paralisia de vários grupos musculares, e que era
associada a mulheres e jovens, afeta hoje em dia ✓ Malathion (broncoconstrição no
maioritariamente homens acima dos 65anos. -> mosquito da dengue)
ptose palpebral. ✓ Paration (broncoconstrição no
mosquito da dengue)

Dandara Leal, 2021.


Antagonistas Muscarínicos/ A toxina botulínica contém vários componentes
(A-G), que são peptidases que clivam proteínas
Anticolinérgicos/ envolvidas no processo de exocitose
Parassimpatolíticos (sinaptobrevinas, sintaxinas e etc).

A toxina botulínica, administrada por injeção


Bloqueiam a ação da Acetilcolina.
local, têm inúmeros usos clínicos e cosméticos:

- Blefarospamo e Espasticidade;

- Incontinências urinárias, associada à


hiperatividade da bexiga (uso intravesical)
(intravesical)

- Estrabismo (através de injeções nos músculos


extraoculares)

- Hiperhidrose ( através de injeções


intradérmicas na pele da zona axilar), no
tratamento da sudorese excessiva resistente a
outros tratamentos;

- Profilaxia das dores de cabeça (nos adultos


com enxaqueca crônica e dores de cabeça
frequentes);

- Rugas da fronte (quando injetada por via


intradérmica, remove as rugas de expressão ao
paralisar os músculos superficiais que frazem a
pele) -> músculo relaxado

Bloqueadores
neuromusculares
Bloqueiam os receptores NICOTÍNICOS da
acetilcolina→ Relaxantes musculares.

Buscopan: efeitos antiespasmódico no TGI, Consistem em bloqueadores da transmissão


acetilcolina pode ser afetada lá no coração colinérgica no sistema somático na placa motora
(menos frequente). 10mg→ suficiente para neuromuscular da musculatura esquelética.
atividade antiespasmódico. Associado ao
dipirona; sinergismo. Assim, combinam-se com os receptores
nicotínicos bloqueando a ação da acetilcolina.
Ciclopentolato e Tropicamida → midríase e
vasocontrição → risco de glaucoma Tem sido utilizado principalmente na anestesia
para produzir relaxamento muscular, sem a
Tropinal mais caro que o Buscopan. necessidade de doses anestésicas mais elevadas
(benzodiazepínicos, opioides).

No Brasil, os principais BNMs utilizados em


procedimentos cirúrgico seletivos são o rocurônio,
atracúrio e cisatracúrio.
Antagonista Muscarínicos
No caso das cirurgias de emergência, os mais
Indiretos :Botox utilizados são succinilcolina e rocurônio.
Toxina botulínica atua especificamente inibindo a
liberação de ACh.

Dandara Leal, 2021.


Agente natural: Tubocurarina → curáre → cultura
indígena da caça.

Bloqueadores neuromusculares Reversão do bloqueio dos receptores:


despolarizantes: ativam juntamente com a Anticolinesterásicos e Sugamadex (Bridion®)
acetilcolina os receptores nicotínicos o que (alto custo)
provoca uma contração intensa do músculo
esquelético; com esse excesso de contração o
receptor se sensibiliza e assim tem-se o Reversão do bloqueio: casos de intoxicação
relaxamento do músculo.de forma Intensa e com
- Anticolinesterásicos → aumento da
alta afinidade; o receptor deixa de responder.
concentração da acetilcolina através da ativação
dos receptores, empurra os bloqueadores
competitivos não despolarizantes.

- SUGAMADEX para o ROCURÔNIO (encapsula


o ROCURÔNIO), resultando em maior
• Início de ação e latência ultra curtos estabilidade hemodinâmica e autonômica
• Associado a bom relaxamento neuromuscular comparativamente aos agentes tradicionais de
e boas condições para intubação reversão) → eliminação
• Reação alérgica
• Hipercalemia
• Hipertermia maligna -> quando não temos o Tratamento de Alzheimer: Adacanumabe
relaxamento e a contração excessiva/intensa (Aduhelm) capaz de remover depósitos aderentes
permanece ocorrendo -> leva a desnaturação de uma proteína chamada beta-amilóide de
celular e morte do paciente pacientes nos estágios iniciais da doença, para
conter, entre outas consequências, a perda de
Reversão da hipertermia maligna é feita com memória e a incapacidade de cuidar de si mesmo.
Dantrolene que faz relaxamento muscular -> não
mexe com a acetilcolina

Bloqueadores neuromusculares REVISÃO FÁRMACOS DO PARASSIMPÁTICO

Adespolarizantes/ Não
despolarizantes: bloqueiam os receptores
nicotínicos de acetilcolina não tendo mais
contração, apenas relaxamento. Mais seguros.
Bloqueiam o papel da acetilcolina.

Antagonistas Competitivos do receptor de


Acetilcolina na placa terminal motora.

Dandara Leal, 2021.


Dandara Leal, 2021.
Farmacologia
Ansiolíticos e Hipnóticos
São chamados de sedativos os fármacos capazes • Transtorno de Ansiedade Generalizada
de deprimir a atividade do sistema nervoso (TAG)
central. • Fobia social
• Síndrome do pânico
São chamados de hipnóticos os sedativos que
• Ansiedade por estresse pós-traumático
produzem sonolência e facilitam iniciar o sono.
• Agorafobia (associado a fobia social)
Ansiolíticos são fármacos usados para ansiedade, • Ansiedade induzida por substâncias.
principais classes utilizadas são os
antidepressivos.
Sinais da ansiedade:
Exemplos de fármacos: - Psicológicos = aumento ou falta de apetite,
- Benzodiazepínicos, insônia, medo, preocupação, sensação de estar
no limite.
- Agonistas do receptor benzodiazepínico (ditos
compostos Z, como o zolpidem, a zaleplona e a - Físicos = boca seca, dor de cabeça, falta de ar
zolpiclona1 ), sensação de bolo na garganta e aperto no peito,
transpiração em excesso, tensão no pescoço e
- Congêneres da melatonina (a agomelatina e o
nas costas, vertigens, tremores. Cardiovascular:
ramelteon),
Palpitação, hipertensão e hiperventilação.
- Barbitúricos, Endócrino: Elevação dos níveis de corticosterona
plasmático, alteração do funcionamento da
- Outros agentes sedativo-hipnóticos ou
tireoide, alteração do ciclo hormonal feminino.
anestésicos de estrutura química variada (hidrato
TGI: Gastrite, úlceras, diarreia. SNC: Insônia,
de cloral, paraldeído, propofol, etc.).
agitação, dificuldade de concentração.
Apesar da utilidade imediata dos remédios, há
métodos não farmacológicos para lidar com a
insônia, assim como para lidar com transtornos
de ansiedade. Ansiolíticos
Os sedativos podem ser usados com eficiência, de - Ansiolíticos benzodiazepínicos (BZP)
forma excepcional, não corriqueira, por tempo - Ansiolíticos serotonérgicos
determinado e breve, a fim de não causar
- Ansiolíticos noradrenérgicos
dependência, no contexto de um tratamento mais
amplo, não apenas medicamentoso.
Fármacos de primeira linha para serem
Mas se a ansiedade estiver associada a insônia,
utilizados:
utiliza-se os Hipnóticos.
• Inibidores seletivos da receptação da
Ansiedade → muita dopamina e muito glutamato. serotonina (ISRS) e Inibidores seletivos da
Os ansiolíticos e hipnóticos possuem objetivo de
receptação de serotonina e noradrenalina
potencializar o GABA e a Serotonina. (IRSN).
Muito utilizados em casos de transtorno de
Relaxamento -> potencializar o GABA (efeito pânico, transtorno obsessivo compulsivo,
hipnótico, sedação) e a Serotonina (efeito transtorno de ansiedade social e transtorno de
ansiolítico). ansiedade generalizada.
Tratamento contínuo: demora 15 dias para iniciar
efeito farmacológico. Podem ser associados com
Transtornos mais comuns: os benzodiazepínicos para sedação.

• Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)


(pode usar antidepressivos)

Dandara Leal, 2021.


Fármacos de segunda linha: Não causa dependência/abstinência.
• Benzodiazepínicos. Por isso melhor que BZD.
Utilizados em ansiedade situacional, crise de
O início de efeito da buspirona é longo (>2
pânico e condição de enfrentamento.
semanas). Está aprovada para uso durante um
curto período de tempo, mas os especialistas
Primeira linha → ISRS e IRSN.
podem usar durante meses.
Segunda linha → Benzodiazepínicos
➔ NÃO TEM PROPRIEDADE SEDATIVA,
EFEITO PRÓXIMO AO DA SEROTONINA.
No geral, os ansiolíticos são:
➢ Antidepressivos
➢ Benzodiazepínicos (sonolência)
Não trata fobias devido efeito tardio, mas esta
➢ Buspirona (serotonina)
requer associação com benzodiazepínicos.
➢ Gabapentina e Pregabalina->
anticonvulsivantes, deprimem o SNC,
Os efeitos ansiolíticos começam de 1 a 3 semanas
ansiedade aguda.
após o início do tratamento. Muitas vezes o
paciente deve ser tratado juntamente com
Principais classes apenas para efeitos benzodiazepínico (para ter sedação).
ansiolíticos:
Reações adversas:
• Inibidores seletivos da receptação de - Tonturas,
serotonina (IRSR) - Náuseas,
- Cefaleia,
• Inibidores seletivos da receptação de - Disforia (dependendo da concentração)
serotonina e noradrenalina (IRSN) (ineficácia),
- Não provoca sedação ou perda da
coordenação, ao contrário dos bzd.
Os antidepressivos são agora os principais
fármacos utilizados para tratar a ansiedade,
especialmente quando está associada à
depressão. O seu início de ação é longo (maior que
2 semanas).
Os benzodiazepínicos estão atualmente limitados
Antidepressivos
ao alívio agudo da ansiedade grave e
incapacitante.

Buspirona
Agonista do receptor 5-HT1A.
Indicações: ansiedade generalizada (TAG).
São necessários 3-4 semanas de tratamento para
produzir efeito terapêutico.
Inibidores Selectivos
Não são indicados no tratamento do pânico e
da Recaptação da Serotonina
estados agudos de ansiedade.
Efeito adverso: tonturas e visão turva.
(ISRS ou SSRI)
São uma classe de fármacos usados no
Pode substituir os antidepressivos ISRS. tratamento de síndromes depressivas,
Agonista 5-HT1A tem um padrão diferente dos transtornos de ansiedade e alguns tipos de
benzodiazepínicos, com efeitos adversos e muito transtorno de personalidade.
menor potencial de abuso. Pode induzir o sono Os ISRSs aumentam a concentração extracelular
mas não tem atividade hipnótica. do neurotransmissor serotonina no corpo e no
A buspirona não potencializa os efeitos cérebro.
depressores de agentes sedativos hipnóticos.
Não afeta a capacidade de dirigir veículos.

Dandara Leal, 2021.


Paroxetina (ISRS) -> induz bastante a
sonolência, bastante usada em casos de
Benzodiazepínicos
ansiedade ou depressão com insônia. Tempo SEDATIVO!
de meia-vida maior assim reduz a ansiedade a Muito utilizados em casos de agorafobia,
longo prazo. Também pode ser útil em casos de transtorno do pânico, fobias sociais e insônia
compulsão alimentar. (junto com as drogas Z).

Sertralina (ISRS)-> efeito de primeira


passagem. Indicada para o tratamento da - Zolpidem
depressão acompanhada por sintomas de - Zaleplon Tratamento da insônia
ansiedade, do transtorno obsessivo compulsivo - Zopiclona Drogas Z
em adultos e crianças acima de 6 anos de idade,
do transtorno do pânico, do transtorno do
Os BZD são medicações que provocam ações
estresse pós- traumático, da fobia social etc.
hipnóticas(sedativas),ansiolíticas,
miorrelaxantes e anticonvulsivantes. Podem
Escitalopram Citalopram (ISRS) ->
ser associados com opioides para anestesias.
melhores fármacos da clínica. O Citalopram
apresenta como principal característica o fato
O mecanismo de ação se dá pelo aumento da
de ser o ISRS com menos efeitos colaterais de
transmissão de GABA (ácido gama-
ordem sexual. Também parece ser o melhor
aminobutírico) que é o principal neurotransmissor
antidepressivo desta classe para pacientes
inibitório do Sistema Nervoso Central (SNC),
com quadros de ansiedade associado.
interagindo com receptores BZDs exclusivos no
O Escitalopram é um derivado do citalopram cérebro, através da facilitação da abertura de
com maior poder de ação, porém, quando canais de cloreto, o que provoca a
tomados em dose equivalentes, o escitalopram hiperpolarização da membrana neuronal,
apresenta a mesma eficácia e perfil de efeitos reduzindo sua excitabilidade.
colaterais do citalopram.

São utilizados: no tratamento de estados


transitórios de ansiedade, início do tratamento de
Inibidores seletivos da transtornos ansiosas e depressivos. Ação rápida.
recaptação da serotonina e da
Podem ser comumente associados a
noradrenalina (ISRSN ou SNRI) antidepressivos.
São fármacos relativamente recentes, utilizados
no tratamento da depressão. NÃO POSSUEM PROPRIEDADES ANALGÉSICAS.
Tal como os inibidores seletivos de recaptação de Por isso podem ser associados com opioides. Só
serotonina (ISRSs), não possuem ação agonista promovem sedação.
sobre os receptores; a sua ação farmacológica
limita-se a impedir Se ligam receptores GABA-A. Induz entrada de
a recaptação de serotonina e noradrenalina, cloro,
possuindo, por isso, um perfil farmacológico
mais seguro e com menos efeitos adversos do Benzodiazepínicos X Barbitúricos → mecanismo
que fármacos do género dos antidepressivos de ação parecido, barbitúricos primeiros
tricíclicos. fármacos com efeitos sedativos, mas com o
avanço da tecnologia, os BZDs tomaram esse
lugar. Os barbitúricos possuem muito mais
afinidade com os receptores GABA-A e isso gera
maior risco de depressão do sistema nervoso
central , Ex: fenobarbital e tiopental.

Interação positiva com antidepressivos para


casos de ansiedade com insônia.
Não são analgésicos. Muito utilizados com
opioides.
Classificados de acordo com tempo de meia-vida:

Dandara Leal, 2021.


- Abstinência
Benzodiazepínicos - Depressão cardiorrespiratória
- Efeito paradoxal (pode ocorre) (curta duração)
TEMPO DE MEIA- FÁRMACOS
VIDA

Triazolam, Midazolam.
ULTRA CURTA Zolpidem*

Lorazepam
CURTA

Alprazolam,
MÉDIA Nitrazepam,
Estazolam e
Bromazepam
Diazepam,
LONGA Flurazepam,
Clonazepam,
Clordizepóxido e
Clorazepato.
Efeito paradoxal: Diazepam em crianças
menores de 5 anos, parecido com o efeito rebote
no final da terapêutica, Efeito contrário a
medicação. Criança fica em um estado super
Ação ultra curta ou curta: utilizados para animado, falante com frases desconexas,
induzir o processo anestésico. Exames simples e
agitação.
procedimentos rápidos. Procedimentos
odontológicos (estado do paciente). Duração 15 a
O midazolam, fármaco útil na clínica para
30 minutos. Triazolam, Midazolam, Temazepam.
realização de procedimentos curtos e indução de
Antes do anestésico. Administração única sem
anestesia geral, é o que está MAIS associado a
vício/dependência. Risco de depressão
depressão respiratório, devido às elevadas
respiratória devido a alta potência. Início de efeito
potência e eficácia. TOMAR CUIDADO, Em alguns
de 30 segundos.
casos, pode ser trocado pelo tiopental.

Ação curta, média e longa: propriedades


sedativas. Diminuem os efeitos do SNC. Induz Contra indicações:
sedação, Hipnótico, Anticonvulsivantes e para
- Pacientes com miastenia grave
Transtorno Bipolar. 6, 8 e +12 horas. Média
- Glaucoma (durante o primeiro e o terceiro
duração para insônia.
trimestres da gestação)
Duração → depende da dosagem e via de
- Alcoólicos crônicos
administração.
- Síndrome do ronco (depressão respiratória)
- Pacientes com hipersensibilidade a
Efeitos adversos: benzodiazepínico.
- Sonolência,
- Tolerância/dependência, abstinência, Casos de intoxicação: FLUMAZENIL antagonista
- Depressão cardiorrespiratória, do receptor GABA.
- Efeito paradoxal

Resposta individual levam a dependência e


tolerância muito rápido! Garbapentina e
Característica clássica: amnésia!
Pregabalina
Efeitos colaterais: Fármacos com atividade anticonvulsivantes.
- sonolência residual Antagonistas de uma porção dos canais de cálcio.
- Tolerância/ dependência Antagonistas Alfa 2 Delta dos canais de cálcio.
Diminuem a transmissão central.

Dandara Leal, 2021.


➢ Barbitúricos (tiopental)
Diminui a liberação do glutamato ( transmissor ➢ Drogas Z (induzir ou manter o sono)
excitatório). ➢ Melatonina (hormônio do sono)
Gabapentina é um fármaco da classe dos ➢ Anti-histamínicos (insônia leve ou transitória)
anticonvulsivantes, análogo de GABA. ➢ Opioides (anestesia)
A Pregabalina é um análogo do ácido gama ➢ Anestésicos locais (perda dos reflexos).
aminobutírico (GABA), que se relaciona a pontos
importantes no sistema nervoso central.

Também utilizados para transtornos de


ansiedade, transtorno de pânico e fobia social. Em
casos de dores neuropáticas como fibromialgia.
Associado ou não com BZDs ou antidepressivos.

Podem ser úteis em pacientes que não respondem


aos benzodiazepínicos ou aos antidepressivos, ou
ainda associados a esses fármacos para
aumentar a efetividade,

Possuem atividade anticonvulsivante, tem média


duração e tem efeito sedativo.

Reações adversos:
- Sensação de mal estar/ fadiga
- Astenia (cansaço)
- Febre
- Dor de cabeça
- Edema BENZODIAZEPÍNICOS UTILIZADOS:
- Ganho de peso FÁRMACOS CARACTERÍSTICAS
- Dor no peito
Nitrepam Ansiolítico/hipnótico
- Vasodilatação
15 min. antes de deitar (Duração média/
- Palpitação
ultra curta) → dosagem
- Aumento da pressão arterial
Flurazepam Ansiolítico/hipnótico
Relação com dosagem! Bloqueia canal de cálcio e
15 min. antes de deitar (Duração longa)
diminuição do glutamato.

Temazepam Hipnótico, ansiolítico (insônia grave e


MENOR RISCO DE DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA E
incapacitante)
SEDAÇÃO QUE OS BENZODIAZENPÍNICOS.
30 min. antes de deitar
(Duração curta)
FOCADOS EM CASOS DE DOR.
Pouco efeito de ressaca

Midazolam Anestésico intravenoso

Hipnóticos
3 a 4x mais potente que DIAZEPAM
(Duração ultra-curta)

Induzem ao sono. ação de média e longa duração.


Pacientes que sofrem de insônia.

Insônia é um distúrbio do sono caracterizado pela


dificuldade em adormecer e manter o sono.
Barbitúricos
Fenobarbital e Tioptental.
Usados principalmente em casos de insônia Maior afinidade com os receptores GABA.
crônica. Ainda usados com fins em anestesia e epilepsia
Classes usadas: Fenobarbital (Gardenal) → usado em casos de
Epilepsia, tem Ação Prolongada, é um indutor
➢ Benzodiazepínicos de média e longa duração
enzimático. Pouca relação com sedação.

Dandara Leal, 2021.


• Ralmeteona (Rozerem) -> também
Tiopental (Thiopentax) → Anestesia. Possui ação agonista.
ultra curta.
Usado como antidepressivo, ansiolítico.
Apresentam margem estreita entre a dose Início de ação de 1 a 2 horas.
terapêutica e a que causa depressão Uso diário e por curto período de tempo.
cardiovascular, por isso foi largamente Boa eficácia e tolerabilidade.
substituído pelos BZDs. Baixa toxicidade.
Não prejudica a libido.
Parece ter efeitos benéficos em muitos casos de
enxaqueca e também pode agir normalizando o
sono de pacientes deprimidos ou não.
Efeitos colaterais: tontura, fadiga e sonolência. →
dosagem.

Drogas Z
Agonista GABA-A.
Bastante utilizados como antidepressivos para

Melatonina controles de sinais da depressão.


DROGAS Z CARACTERÍSTICAS
Participa no controle do ritmo circadiano.
Atua em receptores específicos MT1 e MT2 ligados
ao hipotálamo.
Zolpiden Hipnótico mais prescrito no mundo.
É um hormônio produzido primariamente pela
(Stilnox) Duração:5h
glândula pineal e alguns locais específicos como
Rápida indução do sono, com algum
pele e retina (ação antioxidante).
efeito na manutenção
Apresenta um padrão de secreção dia-noite, com
Bem tolerado, e pouco associado a
início de elevação no início da noite e queda no
dependência e tolerância em uso
final da mesma.
prolongado.
A exposição à luminosidade (luz brilhante) é
suficiente para suprimir a síntese de melatonina.
A secreção do hormônio diminui com a idade.
Zaleplona Meia vida ultra curta.
Ações fisológicas: (Sonata) Duração: 3 h
Rápida indução do sono, pouco efeito na
manutenção
Podendo ser utilizada no meio da noite
em casos de despertar precoce.
Bem tolerado, e pouco associado a
dependência e tolerância em uso
prolongado.

Zopiclona Mais sedativa.


(Imovane) Duração 7h .
Rápida indução do sono e apresenta
Fármacos: agonistas de receptores de Melatonina maior potencial de sonolência residual
MT1 e MT2 pela manhã.
• Agomelatina (Valdoxan) → agonista MT1
e MT2, e antagonista 5HT2 (aumenta
Eszopiclona Usado para insônia crônica, tempo de
serotonina)
duração de insônia superior a 1 mês

Dandara Leal, 2021.


Anti-histamínicos H1 ANESTÉSICOS GERAIS
Os anestésicos gerais promovem a depressão
generalizada e reversível do Sistema Nervoso
Central (SNC) que promove o bloqueio das
modalidades sensitivas de um modo geral, com a
perda da consciência.

O estado anestésico:
• Induz a perda da consciência de forma rápida
e confortável → objetivo
Usados para tipos leves/transitórias de insônia. • Induza o Bloqueio ou insensibilidade à dor →
Ação secundária de induzir sonolência. associados à opioides
Curta duração/ esporádicos, pouco efeitos • Evita reflexos autônomos e promove amnésia
adversos. → tal como os BZDs
• Promove amnésia
Dimenidrinato (Dramin) é um dos principais. • Promove relaxamento muscular adequado
• DEVE TER ampla margem de segurança e
EFEITOS COLATERAIS: ausência de reações adversas
Anticolinérgicos → Boca seca, constipação, • DEVE TER eliminação rápida para
retenção urinária, ganho de peso. proporcionar um fácil retorno a consciência.

Quanto maior a concentração mais efeitos


adversos vamos ter.
Ao ser associado a adjuvantes como opioides ou

Opioides BZDS, garante um efeito próximo sem gerar


tantos efeitos adversos.
Não tem uma propriedade sedativa mas induz
sono devido a depressão do sistema nervoso
central.
Muito associados com anestésicos gerais para odontologia
garantir o controle da dor.
Utilizados em coma induzido e procedimentos
cirúrgicos.
Presença de dor.
Todos de curta duração, usados em
Depressão respiratória
procedimentos curtos ou deixa no soro para efeito
prolongado.

Duração de ação interessante


indução
indução

Mais utilizados pelo início de efeito mais rápido →


injetáveis → via intravenosa

Mais utilizados em crianças → inalatórios.


Sonolência a partir daí anestésico injetável

Dandara Leal, 2021.


Injetável é mais indicado, pelo início de efeito
rápido, mas para facilitar a anestesia geral pode
Etomidato
Teve seu uso diminuído nos últimos anos.
usar-se uma máscara com Sevoflurano. Seda e
Sua indução pode ser acompanhada de
inicia administração com o injetável.
movimentos involuntários; a dor à injeção é
comum e a taxa de tromboflebite no período pós-
operatório é alta
Reações adversas: todas esperadas
A recuperação é normalmente desagradável e
- Ao corpo como um todo: Febre, cefaleia,
acompanhada de náuseas e vômitos.
calafrios
- Relativas ao Sistema digestivo: Náuseas,
vômitos
Paciente não responder ao procedimento. A partir
- Relativas ao Sistema Nervoso: Agitação, tontura
que o paciente é sedado, mantem só o BZD.
e sonolência
Vômito → antiemético.
Principalmente durante a fase de recuperação.
ANESTÉSICOS INJETÁVEIS
Propofol
Anestésico de eleição, mas requer suplementação
com narcóticos para analgesia
Mantém o paciente inconsciente e sedado.
Fase de manutenção.
Utilizado pelo Michael Jackson→ depressão
respiratória

Midazolam
Curta duração de ação, indicado para indução do
processo anestésico,
Funciona como pré-medicação em crianças,
administrado 30 minutos antes da cirurgia, em
dose oral de 0,5mg/kg.
Quando usado como agente único de indução, o
medicamento causa apneia em até 70% dos
pacientes

Tiopental ANESTÉSICOS INALATÓRIOS


Curta duração de ação, indicado para indução. Usados preferencialmente em pacientes
É um barbitúrico de ação rápida. pediátricos, crianças.
É um dos medicamentos anestésicos mais
utilizados, sendo especialmente indicado em
casos de hipertensão intracraniana, pois reduz o
metabolismo e o fluxo sanguíneo cerebral,
dependendo da dose.

Cetamina
Antagonista NMDA.
Utilizado em veterinária.
Antagonistas do Receptor de NMDA (ARNMDA)
são uma classe de anestésicos e analgésicos. Aumenta incidência de Hipertemia maligna →
Apresenta propriedades hipnóticas, analgésicas e HALOTANO.
de anestésico local.
Produz alucinações no período pós-anestésico Mais usado → SEVOFLURANO

Dandara Leal, 2021.


Não há perda da consciência. Paciente
responsivo. Custo alto. Demanda treinamento do REVISÃO TOP
equipamento, Óxido Nitroso + Oxigênio.

ANESTESIA GERAL
A anestesia geral pode ser feita por via venosa ou
inalatória e conta com o auxílio de fármacos
coadjuvantes chamados pré-anestésicos:

Anticolinérgicos: esses bloqueadores


muscarínicos são utilizados para proteger o
coração de uma possível parada durante o
processo de indução anestésica.

Antieméticos: inibem a náusea e o vômito durante


a anestesia e no período pós-anestésico,

Anti-histamínicos: evitam a ocorrência de reação


alérgica e auxiliam na sedação, diminuindo a
quantidade de anestésicos a ser administrado.

Ansiolíticos e/ou hipnóticos: aqui são utilizados


principalmente os benzodiazepínicos e os
barbitúricos, os barbitúricos (Tiopental) ajudam
na velocidade da sedação. Já os
benzodiazepínicos são utilizados normalmente 24
horas antes da anestesia, com o objetivo de
controle da ansiedade do paciente.

Relaxante musculares: são utilizados para


controle dos reflexos autonômicos, bem como
para auxílio na analgesia.

Opioides: também podem ser utilizadas para


controle dos reflexos autonômicos, bem como
para auxilio na analgesia.

Dandara Leal, 2021.


Farmacologia
Farmacologia
Fármacos que atuam no sistema
nervoso central - Antidepressivos
Alguns fármacos que atuam no SNC também
podem ser utilizados em caso de dor, por
exemplo: opióides, antidepressivos e
anticonvulsivantes (enxaqueca). Possuem uma
atividade analgésica importante,

Os sintomas da depressão são sensação de


tristeza e desesperança, bem como incapacidade
de sentir prazer em atividades usuais, alterações
nos padrões de sono e apetite, perda de vigor e
pensamentos suicidas. Propõe-se que a
depressão se deve às deficiências das Observação: sedativos como Rivotril atuam no
monoaminas, como norepinefrina e serotonina, Gaba
em certos locais-chave do cérebro. Contudo, • Antidepressivos: o fármaco aumenta a
trata-se de uma teoria muito simplista, que não transmissão de dopamina e serotonina,
explica por que os efeitos farmacológicos de patologicamente é provável/possivelmente
qualquer antidepressivo e antimania na que diminui a dopamina. A depressão é
neurotransmissão ocorrem imediatamente, ao autodiagnóstico para aceitar a terapêutica.
passo que a evolução temporal para a resposta Mania é a excitação, o aumento da
terapêutica precisa de várias semanas. serotonina que causa motivação que pode
A maioria dos fármacos antidepressivos úteis dar coragem para cometer suicídio etc.
clinicamente potencializa, direta ou Casos de depressão -> transtorno bipolar
indiretamente, as ações da norepinefrina e/ou da (humor). Mania > por uso dos medicamentos,
serotonina (5-HT) no cérebro. controlado por Lítio.

• Doença de Parkinson -> diminuição da


dopamina e aumento da acetilcolina; o
Antidepressivos fármaco aumenta Dopamina e diminui
Acetilcolina → esse aumento de dop. pode
Possuem início de efeito TARDIO, começando mais causar esquizofrenia/psicose farmacológica
ou menos após 15 dias de uso. transitória devido ao excesso de Dopamina
(irritabilidade, distúrbios da visão e audição
Uso crônico! Não para casos agudos. etc). Da mesma forma, se diminuir a
Tem efeitos adversos que pode acontecer logo na acetilcolina pode gerar o quadro de Alzheimer
primeira vez de uso. (perda da memória e aprendizado) → Ajustar
a dosagem para diminuir as REA.
O objetivo do antidepressivo é trazer ao paciente
uma sensação de bem-estar para: reduzir a • Esquizofrenia -> a patologia tem excesso de
ansiedade, redução do quadro depressivo, dopamina e provável diminuição de
redução da dor e sensação de relaxamento. Acetilcolina → o fármaco bloqueia dopamina,
reduz dopamina e pode gerar sinais de
Ao trazer sensação de bem-estar:
Parkinson.
• efeito analgésico,
• efeito ansiolítico, • Alzheimer -> patologicamente tem-se a
• para transtornos alimentares e diminuição de acetilcolina; o fármaco
propriedades para depressão. aumenta a transmissão de acetilcolina. Gera
quadro do Parkinson.

• Ansiedade -> excesso de transmissão de


dopamina, a terapêutica aumenta a
transmissão de serotonina (bem-estar) e
GABA (sedação/calma).

Dandara Leal, 2021.


DOENÇA NEUROTRAN MECANISMO EFEITO
SMISSÃO ADVERSO
Depressão Bipolar (Transtorno Bipolar) →
Depressão  Serotonina  Transmissão episódicos maníacos (sensação de bem-estar),
 Dopamina de SER/DOP Mania
uma hora ou dia está bem no outro não. O
indivíduo apresenta episódios maníacos que se
Parkinson Dopamina  Trans. De alternam com os episódios depressivos,
Acetilcolina DOP Psicose/Alzhe geralmente ambos recorrentes (Antidepressivos +
.  Trans. Ach imer estabilizadores de humor) Aumento da serotonina
= momento de coragem.
Esquizofrenia Dopamina Bloqueia DOP Parkinson
Acetilcolina

Distimias
Alzheimer  Acetil  Transmissão Parkinson
de Acetilcolina

Ansiedade Dopamina Trans. SER Sedação Depressão que dura no mínimo 2 anos,
 Trans. GABA
classificada devido o tempo. Sinais teoricamente
leves. A Distimia é uma forma mais branda de
Depressão, mas de maior intensidade (duração).
Ou seja, a pessoa apresenta sintomas de

Depressão depressão leve que permanecem, no mínimo, por


dois anos consecutivos. Os sinais apresentados:
É a maior causa de invalidez no mundo todo, que
➢ Irritabilidade
muitas vezes é interpretada como uma fraqueza
➢ Mau humor
de vontade ou de caráter. Fatores que
➢ Abatimento
acompanham a pessoa por toda a vida: morte de
➢ Isolamento Social
um ente querido, perda de um membro etc.
➢ Problemas com o sono
Diagnóstico pode confundir com alterações de
➢ Pensamentos negativos constantes
humor.
➢ Perda ou aumento exacerbado do apetite

Tipos de Depressão:
- Depressão primária

- Depressão secundária Transtorno de


- Depressão Unipolar Personalidade Borderline
- Transtorno Bipolar As pessoas com Síndrome de Borderline (TPB) têm
- Distimia momentos em que estão estáveis, que alternam
com episódios de ira, depressão e ansiedade,
- Depressão na gravidez manifestando comportamentos descontrolados,
agressivos.
- Depressão pós-parto
Começa após um fator desencadeante gera
-Transtorno de Personalidade Borderline (TPB)
variação do humor REPENTINA.

Flutuação repentina de humor.


Depressão primária → antecede qualquer doença Esses sintomas começam a se manifestar na
orgânica ou psiquiátrica, nenhuma doença adolescência e se tornam mais frequentes no
relacionada. início da vida adulta.
Depressão secundária → quando segue ou está • Medo de ser abandonado e instabilidade
relacionada a doenças orgânicas ou nas relações por amigos e familiares;
psiquiátricas, relacionada a uma doença já • Impulsividade e dependência por jogos,
existente. Por exemplo: diagnóstico de Câncer, gasto de dinheiro descontrolado;
Alzheimer etc. • Pensamentos e ameaças suicidas;
• Insegurança em si próprio e nos outros;
Depressão Unipolar (Transtorno Depressivo
• Dificuldade em aceitar críticas;
Maior) → pode ser um episódio único ou mais de
• Sensação de solidão e de vazio interior.
um episódio ao longo da vida ( tratamento com
antidepressivos); paciente totalmente inerte e Alteração repentina de humor por qualquer
incapaz. Total isolamento. situação (grave).
Dandara Leal, 2021.
Paciente de difícil convívio.

Insegurança → bem característico.

Observação: no transtorno bipolar a alteração


ocorre em certos momentos, não tão rápido, e
dura horas ou dias.
Inibe enzima MAO

Os tipos de Aumenta só SEROTONINA

antidepressivos
Aumenta SER e NOR
Objetivo geral dos antidepressivos é aumentar a
transmissão de SEROTONINA.

Mecanismo de ação primariamente:


Fisiologicamente a serotonina é liberada atuando
sobre os receptores 5HT1A, no quadro depressivos
temos a redução de serotonina e pouca liberação
de serotonina. ❖ Antidepressivos Tricíclicos: tem 3
O fármaco faz a inibição da recaptação de anéis benzênicos, atuam aumentando a
serotonina, a concentração se acumula e ativam transmissão da serotonina inibindo a receptação
o receptor 5HT1A. de serotonina, mas também inibem a receptação
É um processo demorado para agrupar a de noradrenalina a qual vai gerar os efeitos
concentração suficiente a serotonina. adversos.
Paciente depressivo tem 20 bolinhas de
serotonina, as quais 15 voltam para a fenda pela ❖ Inibidores seletivos de receptação
receptação nervosa.
de serotonina (ISRS): o melhor de todos pois
só inibe a receptação de serotonina, apenas ela; é
o mais seguro.

❖ Inibidores seletivos de receptação


de serotonina e noradrenalina (ISRSN):
mecanismo de ação idêntico aos tricíclicos,
inibem a receptação de SER e NOR, efeitos
adversos. Não são compostos por três anéis!

❖ Antidepressivos Atípicos: não tem


anéis e possui estrutura química totalmente
diferente, inibem a receptação da dopamina,
noradrenalina e serotonina.

❖ Inibidores da moanoamina-
oxidase (IMAO): inibem a ENZIMA MAO (que
Exemplo: na depressão, 20 serotoninas são degrada neurotransmissores). Assim aumenta a
liberadas mas 15 voltam só 5 tentam fazer efeito. transmissão da Serotonina, Noradrenalina e
Quando inibimos a receptação, todas as 20 ficam Dopamina e causa mais efeitos adversos. Não tão
ali para irem ao receptor, mas ainda sim são usado para depressão. Utilizados em último caso.
poucas. Então, conforme tem o efeito de inibição
pelo fármaco, vai acumulando serotonina, até Noradrenalina aumentada → efeito adversos
chegar a 100 para termos um efeito de bem-estar,
por isso demora cerca de 15 dias.
Usos clínicos dos antidepressivos:
• Depressão
• Transtornos alimentares
• Transtornos de Ansiedade (TOC, Pânico)
• Enxaqueca
Dandara Leal, 2021.
• Neuropáticas (doença que atinge o Útil em pacientes deprimidos graves (bipolar ou
funcionamento dos nervos periféricos, podendo depressão maior) e em pacientes com transtornos
afetar tanto a parte de sensibilidade quanto de ansiedade.
nossa motricidade (movimentos).
Paciente grave→ sofre de insônia e desmotivação.
Efeito farmacológico depois de 15 dias, mas os Aumento da transmissão de nora → motivação.
adversos desde o primeiro dia.
Serotonina → bem-estar.

❖ Amitriptilina

Antidepressivos ❖

Amoxapina
Clomipramina
Tricíclicos (ADTS) ❖

Desipramina
Imipramina
Os ADTs bloqueiam a captação de norepinefrina e ❖ Nortriptilina
serotonina no neurônio pré-sináptico. ❖ Protriptilina
São formados por três anéis. ❖ Trimipramina
❖ Doxepina
Os ADTs incluem as aminas terciárias
imipramina amitriptilina, clomipramina,
doxepina e trimipramina, e as aminas Os ADTs melhoram o humor e o alerta mental,
secundárias desipramina e nortriptilina e aumentam a atividade física e reduzem a
protriptilina. preocupação mórbida de 50 a 70% dos indivíduos
com depressão. Usados em casos de depressão
moderada e grave.

Mecanismo de ação:
Inibem a receptação de Noradrenalina (aumenta Ação analgésica em alguns tipos de dor
efeitos do simpático) e de Serotonina. (enxaqueca):

Os ADTs e a amoxapina são inibidores potentes Amitriptilina é a primeira linha de tratamento


da captação neuronal de norepinefrina e para pacientes com enxaqueca e insônia, por
serotonina no terminal nervoso pré-sináptico. bloquear receptores H1.
Maprotilina e desipramina são inibidores
Imipramina pode ser usada em crianças > 6 anos,
relativamente seletivos da captação de
em função da micção noturna ( ao aumentar
norepinefrina.
transmissão de noradrenalina promove a
Os ADTs também bloqueiam os receptores contração do esfíncter da bexiga e reduz a micção
serotoninérgicos, α-adrenérgicos, histamínicos e noturna) Serotonina reduz os sinais da ansiedade.
muscarínicos. Ainda não se sabe se alguma Doxepina em pequenas doses pode produzir
dessas ações é responsável pelo benefício hipnose, pelo bloqueio H1, sem promover ganho
terapêutico dos ADTs. ponderal. Utilizada em manicômios devido a
Contudo, as ações nesses receptores sedação longa.
provavelmente são responsáveis por muitos dos
seus efeitos adversos.
✓ receptores muscarínicos → estimulados
A amoxapina também bloqueia os receptores 5- pela acetilcolina
HT2 e dopamina D2. ✓ receptores adrenérgico alpha 1 →
noradrenalina e adrenalina
✓ Imipramina em crianças: reduz a
Resumindo: Bloqueiam a Histamina 1 sobre ansiedade e induzem ao sono (sedação)
receptores H1 dando sonolência/ sedação, ✓ Sedação (grandes doses) → ganho de
bloqueiam receptores muscarínicos (bloqueio do peso
parassimpático) (efeitos adversos pelo SNS;
taquicardia, boca seca e constipação, retenção
urinária) e Alfa 1 (diminuição da pressão arterial;
pode causa hipotensão ortostática).

Dandara Leal, 2021.


Efeitos colaterais/ adversos: Os ADTs também bloqueiam os receptores α-
adrenérgicos, causando hipotensão ortostá-tica,
Taquicardia  ansiedade → aumento da tonturas e taquicardia reflexa.
noradrenalina
A sedação pode ser significativa, especialmente
Efeitos anticolinérgicos (boca seca, retenção durante as primeiras se-manas do tratamento, e
urinária, constipação, dificuldade de memória. está relacionada com a capacidade que esses
fármacos têm de bloquear os receptores H1
Ganho de peso → bloqueio da H1 gera sonolência
histamínicos.
Hipotensão ortostática → pode aparecer
Os pacientes deprimidos que são suicidas devem
Sonolência/ sedação (diminuem no sexto ou receber somente quantidades limitadas desses
sétimo dia de uso), paciente pode se acostumar. fármacos e devem ser observados de perto →
índice terapêutico estreito.

Contra indicações: o aumento da


noradrenalina pode agravar o quadro.

- Insuficiência cardíaca congestiva;

- Doenças cardiovasculares avançadas como a


Angina;

- Hiperplasia;

- A maioria das REA é pelo aumento da


adrenalina/noradrenalina.

A imipramina é a mais provável, e a


nortriptilina é a menos provável, de causar
hipotensão ortostática.

Inibidores da
receptação de
noradrenalina e
Os ADTs são bem absorvidos após administração serotonina (IRNS)
oral. Por sua natureza lipofílica, são amplamente
distribuídos e facilmente penetram o SNC. ❖ Venlafaxina,
Como consequência da biotransformação de
❖ Desvenlafaxina,
primeira passagem muito variável, os ADTs têm ❖ Levomilnaciprana
biodisponibilidade baixa e inconsistente. ❖ Duloxetina
O bloqueio dos receptores muscarínicos leva a Inibem a captação de serotonina e norepinefrina.
visão turva, xerostomia, retenção urinária,
taquicardia sinusal, constipação e agravamento Esses fármacos, denominados ICSNs, podem ser
do glaucoma de ângulo fechado. eficazes no tratamento de depressão em pacientes
nos quais os ISCSs foram ineficazes.
Esses fármacos afetam a condução cardíaca de
modo similar ao da quinidina e podem causar Além disso, a depressão com frequência é
arritmias que ameaçam a vida em situação de acompanhada de sintomas dolorosos crônicos,
dose excessiva. como dor lombar e dor muscular, contra os quais
os ISCSs são relativamente ineficazes. Essas dores

Dandara Leal, 2021.


Inibidores seletivos
são, em parte, moduladas por vias de serotonina e
norepinefrina no sistema nervoso central (SNC).

Tanto os ICSNs como os ADTs, com sua inibição da


captação de serotonina e de norepinefrina, são
da receptação da
eficazes algumas vezes para aliviar a dor
associada com a neuropatia diabética periférica, a serotonina (ISRS)
neuralgia pós-herpética, a fibromialgia e a dor
lombar. Os ISCSs/ ISRS incluem:

Os ICSNs, ao contrário dos ADTs, têm pouca ❖ Fluoxetina,


atividade em receptores adrenérgicos α, ❖ Citalopram,
muscarínicos ou histamínicos e, assim, têm menos ❖ Escitalopram,
efeitos adversos mediados por esses receptores do
❖ Fluvoxamina,
que os ADTs.
❖ Paroxetina
Os ICSNs podem causar síndrome de interrupção ❖ Sertralina
se o tratamento for suspenso de modo súbito.

Não são formados por três anéis. NOME


FÁRMACO COMERCIAL
Não tem papel sob H1, logo não causa
sono/sedação. Nem com o Alfa 1 e nem com o
Muscarínico → menos efeito adverso Paroxetina Aropax, Pondera
( mais sedativa) e Cebrilin
Não serve para transtornos com insônia.
Fluoxetina Prozac, Dafori e
(inibidora Prozen
Aumenta a transmissão de noradrenalina e enzimática e
serotonina. agonista 5HT2
Menos reações adversas que a classe anterior.
Sertralina Zolotf, Sered,
Antidepressivos, ansiolíticos e analgésicos. (sofre metabolismo Serenata
de 1 passagem)
Duloxetina : fármaco de indicação para dores
corporais, como neuroepáticas.
Escitalopram Lexapro, Serolex
e Unitram
• Tratamento, prevenção de recaída e
Fluvoxamina Revoo
recorrência da depressão
(também mais
sedativa)
• Tratamento de ansiedade ou TAG (transtorno
de ansiedade generalizada), incluindo
tratamento em longo prazo; Vilazodona (ag. Vilbryd
5HT1A)
• Tratamento fobia social
Vortioxetina (ação Brintellix
• Tratamento do transtorno do pânico, com ou mais próxima da
sem agorafobia] Venlafaxina-ISRSN)

• Duloxetina usada em dor neuropática.


Os ISCS/ISRS bloqueiam a captação de
Agorofobia: é um transtorno de ansiedade serotonina, levando ao aumento da concentração
caracterizado como o “medo de sentir medo”. A do neurotransmissor na fenda sináptica.
pessoa acometida por essa doença passa a evitar Os inibidores seletivos da captação de serotonina
situações nas quais poderia sentir pânico, são um grupo de fármacos antidepressivos que
constrangimento ou medo, principalmente inibem especificamente a captação da seroto-
quando está em ambientes que considera difíceis nina, apresentando uma seletividade alta para
de sair. serotonina.
TAG → tratamento de longo prazo, no mínimo de
1 mês. Fármacos tem efeitos no Simpático.

Dandara Leal, 2021.


Têm efeitos adversos diferentes e são Fluoxetina tem sido usada para tratar depressão
relativamente seguros, mesmo em dosagens na infância (cuidado com Mania).
excessivas, comparado aos outros.
Fluoxetina uso no tratamento da bulimia/efeito
Além disso, os ISCSs/ISRS têm escassa atividade anorexígeno (ativação de 5-HT2C).
bloqueadora em receptores muscarínicos, α-
Menos efeitos colaterais/maior aceitação.
adrenérgicos e H1-histamínicos.
Ajuste de dosagens em pacientes com
Atuam inibindo a receptação de serotonina
Insuficiência Hepática ou Renal (aumentar mania
aumentando a concentração de serotonina. e reações adversas).
Não atuam no sistema nervoso simpático (sem
alteração na FC, sem sensação de boca seca etc.)

Causa sono. Efeitos Colaterais: não são isentos de


efeitos adversos
Ansiolitico, analgésico e antidepressivo
• Náuseas, vômitos (aumento da serotonina,
desaparece depois de 6 dias)., dor abdominal
Interações medicamentosas → codeína
e diarreia.
Paroxetina → muito sedativa e inibidora • Tremores, cefaleia.
enzimática (modifica a biotransformação) (ex:
• Retardo orgasmo ,diminuição da libido
codeína). Causa MUITA sedação, sono residual.
(substituir por Mirtazapina ou Bupropiona).
Fluoxetina → também inibidora enzimática de • Alterações de massa corporal.
outros fármacos, agonista do receptor 5HT2C,
ativa 5HT2C que está envolvida no controle do • Indução de Mania.
apetite (diminuição do apetite). Fármaco ideal • Síndrome de abstinência ou síndrome de
para emagrecer mas cuidado com a interação
retirada: uso crônico leva a down regulation,
medicamentosa. Interessante para casos de
compulsão alimentar. Atividade farmacológica ou seja, redução da concentração de
dura bastante devido o maior tempo de meia vida. receptores (tontura, náuseas, diarreia,
INTERESSANTE FEITA SOZINHA. Meia vida muito
longa. INIBIDORA ENZIMÁTICA. vômitos, palpitações, sudoreses,
formigamento) – (menos comum com a
Sertralina → sofre metabolismo de 1 passagem
por isso exige maiores concentrações, logo fluoxetina) → abstinência gera sintomas; a
maiores efeitos adversos. Perda da libido (todos dependência é pelo uso crônico e precisa de
os ISRS na verdade estão envolvidos com a perda
maior dosagem → sem sensibilização → mais
de libido, é um efeito esperado).
de 2 anos.
Escitalopram → super tranquilo, mesmo
causando perda da libido, sendo o mais escolhido.
Depressão, ansiedade e dores neuropáticas. MAIS
EFEITO REBOTE: tonturas, vertigens, alterações do
SEGURO POR TER MENOS REAÇÕES ADVERSAS.
sono, irritabilidade, agitação, ansiedade. Efeito
Fluvoxamina → também inibidora enzimática, não esperado, tudo o que o fármaco NÃO deveria
sedativa. fazer. Encerra-se a terapia medicamentosa, faz o
desmame e gera efeito rebote. Efeito contrário.
Vilazodona → inibe a receptação além de ser
agonista 5-HT1A; aumenta a transmissão e atua
como se fosse a serotonina no receptor. Show né. ❖ Tremores e cefaleia → não se sabe o real
Mas, muita serotonina pode causar náusea, mecanismo, pode envolver outros
vômito e risco de mania. neurotransmissores, serotonina->
vasoconstritora e agregação plaquetária.
Vortioxetina → estrutura parecida mas com
mecanismo de inibição de receptação da
serotonina e da noradrenalina. Vai ter ação do
simpático. Ansiedade, depressão e dor.

Dandara Leal, 2021.


Fluoxetina é bastante utilizada → menos
REA, único que tem metabólito ativo que
gera efeito prolongado.

Uso terapêutico dos ISRS:


- Depressão

- Transtorno obsessiva-compulsivo

- Ansiedade social

- Transtorno disfórico pré-menstrual

- Bulimia nervosa

Antidepressivos
Contra indicações:
- Perda da libido → Todos os ISRS promovem
Atípicos
perda da libido, por promover aumento da Estrutura química e mecanismo de ação diferente.
concentração de serotonina, com a ativação de
receptores 5-HT2A (diminui a liberação), e Os medicamentos antidepressivos atípicos são
consequentemente diminuição da resposta aqueles que não se encaixam em nenhuma das
serotoninérgica e DOPAMINÉRGICA. (dopamina classes mais comuns, que são
→ prazer). Aumenta transmissão mas diminui a os antidepressivos tricíclicos, inibidores da
liberação. monoaminoxidase e também os inibidores
seletivos da recaptação de serotonina.
A SERTRALINA impede a redução da dopamina, e
desta forma não interfere tanto com a resposta Os antidepressivos atípicos são um grupo misto
sexual. Menos causa. de fármacos que têm ação em vários locais
diferentes.
Observação: trocar pela Bulpropiona ou
Mirtazapina (atípicos). O grupo inclui:

❖ Bupropiona,
❖ Mirtazapina,
Interações medicamentosas: ❖ Nefazodona,
a) Associação com IMAO, L-triptofano (precursor ❖ Trazodona,
de serotonina), Meperidina (opioide) > síndrome ❖ Vilazodona
de serotonina, se dá pela hipertermia, rigidez ❖ Vortioxetina.
muscular, movimentos involuntários (miocionia)

b) Associação com AAS> aumento do risco de


sangramento e diminuição do efeito Mirtazapina
antidepressivo.
- Antagonista 5HT2A e C –> bloqueia inibição e
aumenta a fome
IMAOS ou Triptofano ou Meperidina (aumenta - Antagonista do 5HT3 -> diminui náuseas e
serotonina) + Antidepressivo → muita serotonina, vômitos
excesso gera efeitos adversos.
- Antagonista H1 -> causa sedação e aumento da
ASS (ácido) + Antidepressivo (alcalino)→ massa corporal.
serotonina circulante é agregante, aumenta o
efeito do ASS e diminui do Antidepressivo →
alteração da absorção.

Dandara Leal, 2021.


Bupriona

- Inibe receptação da noradrenalina e dopamina


A disfunção sexual é característica de
antidepressivos, entretanto NÃO observado com - Mantem o prazer
a Mirtazapina. - Utilizada por dependentes de nicotina
Sertralina -> mais envolvida que a Mirtazapina. - Não interfere H1 e nem Serotonina

- Convulsões → Excesso de dopamina

Mianserina - A bupropiona também é útil para diminuir a


fissura por alguma substância e atenuar os
sintomas de abstinência da nicotina em pacientes
que tentam parar de fumar.

- Os efeitos adversos podem incluir boca seca,


sudoração, nervosismo, tremores e um aumento
dose-dependente do risco de convulsões.

Antagonista Alfa 1
Maprotilina

• Hipotensão Postural
Efeitos adversos:

- Sedação

- Aumento de reações do simpático

- Aumenta fome

- Antagonista alfa 1 → hipotensão postural

- Inibe a receptação só da Noradrenalina

- Não tem um efeito antidepressivo significativo

- Sedativa, mas não atua como um antidepressivo


por não aumentar serotonina e dopamina.

Dandara Leal, 2021.


da atividade de receptores serotoninérgicos e à
Trazodona/Nefazodona inibição do transportador de serotonina (5-HT).

Estabilizadores de
Humor
- Objetivo → DEPRIMIR o SNC, diminuir a
excitação. Sedar a acalmar o indivíduo.

- Ansiedades intensas, crônicas e debilitantes.

- Usados principalmente parada tratar quadro de


- Inibem a receptação da Serotonina, Dopamina e mania.
Noradrenalina. Inibidores fracos.
- Quadro contrário a depressão.
- Mecanismo parecido com os IMAO
- Risco de tontura e queda.
- BLOQUEIA ALFA 2 -> aumento da atividade
simpática Transtorno Bipolar
- Bloqueia 5HT2 -> excesso de serotonina +
aumento do apetite

- Risco de lesão hepática

- Risco de priapismo

- Efeitos colaterais aumentados

- Pode induzir hipnose

- Sedativos

Vilazona
Cloridrato de vilazodona é indicado para o
tratamento da depressão (um estado de profunda
e persistente infelicidade ou tristeza,
acompanhada por uma completa perda de
interesse em atividades diárias normais). Quais fármacos estabilizam o humor?
• Lítio
• Benzodiazepínicos
Vortioxetina • Anticonvulsivantes
A vortioxetina é um medicamento antidepressivo • Antipsicóticos Atípicos
multimodal utilizado para o tratamento do
transtorno depressivo maior em adultos,
geralmente quando outros medicamentos
antidepressivos não tenham eficácia satisfatória.
Seu metabolismo é realizado pelas enzimas
do citocromoP450 e
Lítio
pela Glucuronosiltransferase.
Principal fármaco utilizado para transtorno
A vortioxetina tem um perfil farmacocinético bipolar.
favorável com exposição proporcional à dose e
O Carbonato de Lítio pode simular o papel do Na+
linear, biodisponibilidade oral moderada, ampla
em tecidos excitáveis, sendo capaz de penetrar
distribuição tecidual e meia-vida de eliminação
canais de Na+controlados por voltagem que são
longa. Esse medicamento possui o nome
responsáveis pela geração de potenciais de ação.
comercial de Brintellix. O mecanismo de ação da
Entretanto, não participa do bombeamento pela
vortioxetina está relacionado à modulação direta
Dandara Leal, 2021.
bomba Na+/K+ATPase, tendendo a se acumular no mecanismo, o que pode ter relação é inibição da
espaço intracelular. Diminuição a transmissão de metabolização do lítio ou o lítio gera maior risco
serotonina através do aumento da receptação de da amitriptilina. Interação desses fármacos
serotonina. aumenta efeito colateral do lítio.

Mais acessível porém MUITO TÓXICO.

✓ Lítio atua de
antidepressivos.
maneira oposta aos
Agonitas/ativadores de
✓ Ele aumenta a receptação da serotonina, receptores GABA
diminuindo serotonina e assim suas ações.
✓ Um dos mais utilizados na clínica. FLUMAZENIL
✓ Aumento da receptação de NOR e SER
(mecanismo desconhecido?) O flumazenil é um antagonista do receptor GABA
✓ Aumento do Parassimpático -> tranquilidade e que pode rapidamente reverter os efeitos dos
relaxamento. benzodiazepínicos.
✓ Uma das medicações mais tóxicas. Reduz a
Início de ação rápidp mas duração curta.
eliminação de sódio e água.
Fisiologicamente: GABA- A → influxo/entrada de
cloro -> fechamento dos canais de cálcio e sódio -
Efeitos adversos do Lítio mais comuns: > diminui liberação de neurotransmissores →
sedação.
- Sonolência,
Nenhuma competição entre fármacos e
- Fraqueza/cansaço,
neurotransmissores, trabalham juntos.
- Náuseas,
TOLERÂNCIA: lítio, benzodiazepínicos e
- Tremores, anticonvulsivantes.

- Sede intensa,

- Acne,

- Ganho de peso,

- Confusão mental

- Redução na eliminação de urina.


Anticonvulsivantes
Fármacos que diminuem a transmissão central
→ Drogas Z, Benzodiazepinicos e
Anticonvulsivantes.
Contra indicação: gestantes e lactantes; nos
idosos devido a oliguria. Potencializam do neurotransmissor GABA ->
Anticonvulsivantes, Benzodiazepínicos, Drogas Z
-> Contribuem com a sedação> Relaxamento:
Interações medicamentosas com Lítio: diminuição do cortisol, aumento do gaba,
diminuição do glutamato.
- Anti-inflamatórios não esteroidais, usados a
longo tempo, acima de 2 semanas> reduzem Por isso são úteis para Insônia, visto que ela é
filtração renal ocasionada pela deficiência do GABA ou super
eficiência do glutamato.
- Diuréticos tiazídicos > levam a perda de sódio e
água e íons. Quanto menos sódio mais o lítio fica Ativam, juntamente com os neurotransmissores
retido/acumulado no organismo, o lítio fica GABA, os receptores GABA-A e induzem sedação.
sozinho.→ litemia, hiponatremia. (mas por que? Ativa receptores GABA-A-> Ativa a entrada de
sódio contribui com a excreção do lítio). Cloro -> Entrada/Influxo de cloro -> canais de
- Inibidores ECA > vasodilatador renal e perda de cálcio e sódio fechados -> sem transmissão
líquido; se tem perda de líquido -> diminui volemia central-> sonolência. → FISIOLOGICAMENTE
-> acumula lítio → litemia . IECA diminuem a QUANDO ESTAMOS DORMINDO.
volemia, perda de líquido, aumenta concentração
de lítio.

- Amitriptilina (antidepressivo) > aumenta o risco


de toxicidade e de arritmias fatais com o lítio.
Ativação do simpático. Não sabemos o
Dandara Leal, 2021.
Anticonvulsivantes Mecanismo de ação
A ligação do
GABA é
Potencialiazação do
potenciada pelo
ÁCIDO VALPRÓICO GABA A entrada de Cl– benzodiazepínico,
hiperpolariza a célula,
(depakene) resultando em
tornando mais difícil sua maior entrada de
despolarização e, por isso, íons cloreto.
Bloqueio de canais de reduz a excitabilidade
neuronaL
CARBAMAZEPINA Na+ e Potencialização
(Tegretol) de GABA
Bloqueio de canais de - Redução da ansiedade
OXCARBAZEPINA Na+ e Ca+ - Efeito hipnótico/sedativo
Bloqueio de canais de - Amnésia anterógrada
LAMOTRIGINA Na+ e Ca+
- Efeito anticonvulsivante
Potencialização de
- Relaxamento muscular
TOPIRAMATO GABA e Antagonista do
Glutamato

Pode-se desenvolver dependência física e


psicológica aos benzodia-zepínicos se doses

Benzodiazepínicos
elevadas forem administradas por longos
períodos.

Também só ativam receptores GABA-A. agonista Sedação, confusão, ataxia em doses elevadas.
GABA. O triazolam com frequência apresenta rápido
Os benzodiazepínicos são os ansiolíticos mais desenvolvimento de tolerância, insônia da
usados. Eles substituíram os barbitúricos e o madrugada e ansiedade durante o dia, bem como
meprobamato no tratamento da ansiedade e da amnésia e confusão.
insônia por serem fármacos considerados mais Cuidado com pacientes com doenças hepáticas.
seguros e eficazes

Não são necessariamente a melhor escolha


contra ansiedade e insônia.

Os alvos para as ações dos benzodiazepínicos


são os receptores do ácido γ-aminobutírico tipo A
GABA-A. (Nota: o GABA é o principal
neurotransmissor inibitório no sistema nervoso
central [SNC].)

A fixação do GABA ao seu receptor inicia a


abertura do canal iônico central, permitindo a
entrada de cloro através do poro.

O influxo do íon cloreto causa hiperpolarização do


neurônio e diminui a neurotransmissão, inibindo a
formação de potenciais de ação.

Os benzodiazepínicos modulam os efeitos do


GABA ligando-se a um local específico de alta
Drogas Z
afinidade (distinto do local de ligação do Idêntica aos mecanismos de BZD, mas com
GABA),no receptor GABAA. estrutura quimica diferente.
Os benzodiazepínicos aumentam a frequência da Mesmo mecanismo de ação, garantem em sono
abertura dos canais produzida pelo GABA. (Nota: em 30 minutos, mas não tem relação com
a ligação do benzodiazepínico ao seu receptor dependência ou intolerância.
aumentará a afinidade do GABA por seus locais
de ligação, e vice-versa). • Carbamazepina -> potencializa o GABA,
duplo bloqueio dos canasi de sódio , risco de
Os efeitos clínicos dos vários benzodiazepínicos depressão maior além de potente indutor
se correlacionam bem com a afinidade de ligação enzimático
de cada fármaco pelo complexo receptor GABA-
canal de íon cloreto.
Dandara Leal, 2021.
• Oxcarbazepina -> bloqueia diretamente,
rápido início de ação.

• Lamotrigina -> ação dupla pela inibição do


glutamato.

Antipsicóticos
Atípicos
Utilizados bastante em casos de Esquizofrenia.

Antipsicóticos considerados atípicos é a


capacidade de promover a ação antipsicótica em
doses que não produzam, de modo significativo,
sintomas extrapiramidais

Esquizofrenia: falas sem sentido/ desorganizadas,


mania de perseguição, ouvir vozes, ver vultos,
encarar as pessoas contra ele, pode se parecer
com Bordeline (mudança de humor). Ocorre pelo
o excesso de transmissão de dopamina.

Sem tratamento adequado.

Os antipsicóticos bloqueiam a ação da dopamina,


tira a excitação do indivíduo.

Menor reações que os anteriores. Caso não posso


utilizar nenhum dos três anteriores em casos de
transtorno bipolar.

• Clozapina
• Risperidona
• Quetiapina
• Olanzapina

Dandara Leal, 2021.


Farmacologia
Fármacos para dor
Os fármacos Anti-inflamatórios aliviam os sinais
da inflamação.

Hiper analgésico → deprimem o SNC A reação inflamatória está presente em quase


todas as lesões produzidas no organismo
Opioides → ópio humano. As manifestações clínicas ou os sinais do
processo inflamatório são: CALOR, RUBOR
Anticonvulsivantes → deprimem o SNC
(eritema/ avermelhamento), EDEMA (inchaço),
Relaxantes musculares → cotidiano DOR e PERDA DA FUNÇÃO (limitação funcional).

Uricosúricos → tratamento da gota Algumas citocinas podem ter ações pró- (Th1) ou
anti-inflamatórias (Th2), de acordo com o
microambiente no qual estão localizadas.
A dor é um processo complexo e subjetivo, que Dentre as consideradas pró-inflamatórias, temos
pode acompanhar a inflamação ou não. as interleucinas (IL) 1, 2, 6, 7 e FNT (fator de
A dor é conceituada pela Associação necrose tumoral). As anti- inflamatórias são IL-4,
IL-10, IL-13 e FTCβ (fator transformador de
Internacional para o Estudo da Dor (IASP) como
uma experiência sensorial, emocional e subjetiva, crescimento β).
que está ligada a um dano real ou potencial.

Fármacos que tratam a dor:

• Anti-inflamatório não esteroidal


• Anti-inflamatório esteroidal
• Analgésicos fracos
• Opioide (Hipnoanalgésicos)
• Ergotamina (antienxaquecoso)
• Triptanos (antienxaquecoso)
• Antidepressivo
• Anticonvulsivante
• Benzodiazepínico
• Anestésico local
• Relaxantes musculares
• Uricosúricos (tratamento da gota)

Inflamação
A inflamação é um processo de reação do
organismo que também causa dor, além de rubor,
edema, calor e perda de função. É uma resposta
fisiológica fundamental para a sobrevivência
(quimiotaxia-> reação de orientação de um
organismo ou de uma célula na direção - ou na
direção oposta - a um determinado estímulo
químico. Esta característica é de extrema
importância nos fenômenos de inflamação ou de
resposta imunitária). A inflamação é uma resposta normal de proteção
às lesões teciduais causadas por trauma físico,
Causas comuns: infecção ou lesão dos tecidos. agentes químicos ou microbiológicos nocivos.

Dandara Leal, 2021.


É a tentativa do organismo de inativar ou destruir ➢ Prostaglandina= Vasodilatação (edema,
os organismos invasores, remover os irritantes e rubor, calo e dor e perda de função)
preparar o cenário para o reparo tecidual.
➢ Tromboxano = agregação plaquetária

Mecanismo:
Perda da função → quando a inflamação não é
• As fosfolipases A2 é responsável pela tratada de maneira adequada -> “Caso o
hidrólise de fosfolipídeos e, assim, pela liberação organismo não consiga terminar com o agente
de ácidos graxos e lisofosfolipídeos que agressor, a inflamação pode se tornar
participam de diversas atividades fisiológicas, descontrolada causando perda de função ou
como inflamação, ativação plaquetária, disfunção orgânica”
sinalização.
• Fosfolipase A2 desprende os lipídios da
membrana e transforma em ácido
araquidônico, este vai ser um mediador que
dará origem ao Lipoxigenase, Cicloxigenase 1 e
Cicloxigenase 2.
Classes de anti-
• O ácido araquidônico liberado servirá
como substrato para duas vias enzimáticas
inflamatórios: AINES E
distintas: a via das cicloxigenases (COX), que AIES
desencadeia a biossíntese das prostaglandinas,
prostaciclinas e dos tromboxanos, e a via das AINES → Inibem a COX 1 e COX 2 → inibem a
lipoxigenases (LOX), responsável pela síntese síntese de prostaglandinas
dos leucotrienos e lipoxinas.
• Ácido araquidônico → prostaglandinas → AIES → inibe a fosfolipase A2 e toda a cascata =
de fato os sinais da inflamação inibem lá no início da cascata

Observação: o uso de corticoides na covid →


imunossupressor e anti-inflamatório, cuidado.
Fármacos:
• Corticóides inibem a fosfolipase A2 que
para a quimiotaxia → inibe lipoxigenase e
cicloxigenase.
• Anti-inflamatórios só inibem os sinais da
inflamação deixando os leucotrienos
ativos.

Como ocorre:
• Um estímulo gera a liberação de citocinas COX 1
pró-inflamatórias que vão desencadear a
inflamação → Tempestade de citocinas. COX 1 COX 2

COX 1
• As citocinas ativam enzimas: Fosfolipase A2,
Lipooxigenase e Ciclooxigenase. COX 1 COX 2

➢ Fosfolipase A2→ degrada Fosfolipídeos em


Ácido araquidônico

➢ Lipoxigenase → Transfoma o Ac ar. em


Leucotrienos= Quimiotaxia, reparação
tecidual.

➢ Ciclooxigenase → Transforma o Ác. Araq em


Tromboxano e Prostaglandinas → sinais da
inflamação e na coagulação (vasoconstritor
que favorece a coagulação).

Dandara Leal, 2021.


Anti-
vascular, a agregação plaquetária e as
funções reprodutiva e renal.

Inflamatórios não COX 2/ Institutiva: estímulo → os Aines


esteroidais (AINE) diminui os sinais → cox da inflamação →
inibição também da prostaglandina →
cuidado com a produção de tromboxanos em
Os AINEs são um grupo de fármacos
quimicamente heterogêneos que se diferenciam excesso que pode gerar trombose.
na sua atividade antipirética, analgésica e anti- Outra característica diferencial da COX2 é que
inflamatória.
sua expressão é induzida por mediadores
A classe inclui derivados do: inflamatórios como o FNTα e a IL1,

• Ácido salicílico: ácido acetilsalicílico [AAS], A diferenças na segurança e na eficácia dos AINEs
diflunisal e salsalato; podem ser explicadas pela seletividade relativa
• Ácido propiônico: ibuprofeno, fenoprofeno, das enzimas COX1 ou COX2.
flurbiprofeno, cetoprofeno, naproxeno e
A inibição da COX2 parece levar aos efeitos anti-
oxaprozina;
inflamatório e analgésico dos AINEs, ao passo que
• Ácido acético: diclofenaco, etodolaco,
a inibição da COX1 é responsável pela prevenção
indometacina, cetorolaco, nabumetona,
dos eventos cardiovasculares e pela maioria dos
sulindaco e tolmetina;
eventos adversos.
• Ácido enólico: meloxicam e piroxicam;
• Fenamatos: ácido mefenâmico e
meclofenamato;
• Inibidor COX2 seletivo: celecoxibe. ❖ Inibidores seletivos irreversíveis
da COX 1 plaquetária e um
Eles atuam, principalmente, inibindo as enzimas pouquinho da COX2:
cicloxigenase → Objetivo é inibir a
prostaglandinas que causam a dor, calor, rubor e Teoricamente a Aspirina (mata plaqueta, inibe a
edema. síntese de tromboxano, menos agregação
plaquetária = afina o sangue).
O ácido araquidônico é o principal precursor das
PGs (Prostaglandinas) e dos compostos O AAS é um ácido orgânico fraco que acetila
relacionados. Ele é componente dos fosfolipídeos irreversivelmente e, assim, inativa a
das membranas celulares. cicloxigenase.

O ácido araquidônico livre é liberado dos Inibe um pouquinho da CO2 -> antitérmico, anti-
fosfolipídeos teciduais pela ação da fosfolipase A2 inflamatório e analgésico.
por um processo controlado por hormônios e
outros estímulos.

Existem duas vias principais para a síntese de


❖ Inibidores não seletivos da COX:
eicosanoides a partir do ácido araquidônico: a via inibem a COX 1 e COX 2
da cicloxigenase e a da lipoxigenase.
Inibe a síntese de tromboxano e prostaglandinas
COX Fisiológicas também são inibidas = rins, (no rim) diminuindo a filtração renal, (estômago)
estômago, plaquetas. desproteção estomacal, inibem a PG da
inflamação.

➢ Ibuprofeno,
COX 1/ Constitutiva (estômago e rim) →
➢ Diclofenaco,
inibe prostaglandina fisiológica, renal e do
➢ Piroxicam,
estômago e o tromboxano→ diminuição da
➢ Nabumetona,
agregação plaquetária, da filtração renal e da
➢ Trametamol,
proteção do estômago.
➢ Cetoralaco
A COX1 é uma “enzima constitutiva” que re-
gula os processos celulares normais, como a
citoproteção gástrica, a homeostase

Dandara Leal, 2021.


❖ Inibidores seletivos da COX-2:
maior afinidade com a COX 2 e
um pouquinho da COX 1. Atividade de afinar o sangue pela inibição do tromboxano

Diminuição da agregação, diminuição da proteção


Inibe inflamação e pode inibir a síntese de PG estomacal, diminuição da filtração renal -> COX 1
fisiológica (rim, estômago e plaqueta)

➢ Nimesulida, Melhores, primeira opção, menos reações adversas


➢ Tenoxican,
➢ Etodolaco,
➢ Napoxeno Última opção, situações específicas, risco
➢ Fenotrofeno cardiovascular predomínio da COX 1

Menos reações adversas e mexem muito pouco


com a COX1.

❖ Inibidores altamente seletivos da Efeitos Adversos dos


COX 2: só a COX 2 seletivamente
e mantem a atividade da COX1 AINES:
Pode causar trombose.

➢ Celecoxibe,
➢ Paracoxibe,
➢ Etoricoxibe,
➢ Lumiracoxibe
➢ Fármacos inibidores não seletivos ou
O paciente não pode ter problema
seletivos irreversíveis da COX 1
cardiovascular devido o aumento do risco de
trombose (maior concentração de tromboxano). - Fármacos que inibem a COX1 diminuem os
níveis benéficos dessas PGs (estimulam a síntese
de muco protetor no estômago e no intestino
Os Seletivos são os melhores comparados aos não delgado), resultando em aumento da secreção de
seletivos, ácido gástrico, diminuição da proteção da
mucosa e aumento do risco de sangramento GI e
Altamente seletivos → usados para casos
ulcerações.
peculiares, paciente alérgico aos anteriores ou
não responde, que tem disfunção sanguínea - O TXA2 aumenta a aglutinação das plaquetas,
(agregação plaquetária), insuficiência renal. ao passo que a PGI2 a reduz. A formação de
Última opção. TXA2 é mediada por COX1; como resultado da
diminuição de TXA2, a aglutinação plaquetária é
- Efeitos analgésico → inibição da COX ( síntese
reduzida, produzindo efeito antiplaquetário com
de prostaglandina).
aumento do tempo de sangramento.
- Efeitos anti-inflamatório → inibir os sinais da
- Existem PGs responsáveis pela manutenção do
inflamação.
fluxo sanguíneo-renal; A diminuição da síntese
- Efeito antitérmico → inibição da COX3 de PGs pode resultar na retenção de sódio e
água e, consequentemente, causar edema em
alguns pacientes.

Dandara Leal, 2021.


• Anti-hipertensivos + AINES:

O uso crônico AINE inibe a cox renal, inibindo a PG


renal, diminui a taxa de filtração e
consequentemente aumento da Pressão Arterial.
➢ Fármacos inibidores não seletivos, Reduz o efeito do IECA. Solução→ trocar o AINE
por um seletivo ou altamente seletivo com
seletivos ou altamente seletivos da COX 2
cuidado; aumentar a concentração do anti-
- Broncoespasmo → mais associada ao ASS em hipertensivo enquanto ao AINE.
paciente susceptível a doenças respiratórias
Nos rins, as prostaglandinas atuam como
(asma, bronquite, rinite, DPOC, enfisema
vasodilatadoras, aumentando a perfusão renal.
pulmonar) → não devem usar ASS pois ele
favorece o comprometimento respiratório ou o
Exemplo de anti-hipertensivo> medicamentos
aparecimento do broncoespasmo.
anti-hipertensivos das classes dos inibidores da
- Distúrbios hepáticos → associado ao enzima de conversão da angiotensina (IECA) >
Paracetamol Captopril, Cilazapril , Enalapril, Lisinopril ,
Perindopril, Ramipril, Trandolapril. Impedem a
- Depressão da medula óssea → Dipirona em uso
formação da Angiotensina 2.
crônico (mais de um mês)

• Anticoagulantes + AINES:

Pacientes com risco cardiovascular maior usam


anticoagulantes ( Varfarina) ou antiagregantes (
ASS → agride o estômago). Diminuir o risco de
trombose, infarto e AVC,
Diclofenaco:
AINE inibe a COX Plaquetária e assim inibe a
- Diclofenaco sódico (Voltarem) > absorção mais
síntese de tromboxano.
lenta por via oral. Sofre difusão facilitada por ser
maior. AINE + Anticoagulante > potencializa o efeito
anticoagulante.
- Diclofenaco potássico (Cataflam) > absorção
mais rápida tendo um início de efeitos mais Solução → utilizar um altamente seletivo e
rápido. Íon potássio menor sofre difusão passiva. acompanhar esse paciente, não pode reduzir
IGUALMENTE EFICAZES. dosagem porque o anticoagulante precisa de uma
concentração mínima.

REAÇÕES ESPECIFICADAS:
• Lítio + AINE:
Lítio utilizado em casos de mudanças de humor,
depressão bipolar, transtornos de humor. Reduz
a excitação.

AINE usado cronicamente inibe a COX Renal e


assim diminui a filtração renal. Ele pode inibir ou
reduzir a filtração de vários fármacos como o
lítio. Inibe a eliminação.

Aumenta o efeito do Lítio que pode gerar efeitos


tóxicos.

Solução → acelerar ou induzir a excreção do


lítio, usando um diurético.

Dandara Leal, 2021.


• Antidepressivos + AINES: AINE + Antidepressivo = potencialização da anti
agregação plaquetária = aumenta o risco de
Antidepressivos aumentam a concentração de sangramento. REDUZ O EFEITO DO ISRS
serotonina no SNC (aumenta a transmissão,
inibindo a receptação da serotonina).

Os inibidores seletivos da recaptação da • Hipoglicemiante orais e insulina +


serotonina (ISRS ou SSRI) são uma classe de AINES:
fármacos usados no tratamento das síndromes
depressivas, transtornos de ansiedade e alguns Hipoglicemiante vai ser deslocado s proteínas
tipos de transtorno de personalidade. plasmática pelo AINE. Logo, terá um efeito muito
mais rápido assim como excreção
Os ISRS incluem citalopram, escitalopram,
fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina, sertralina e O AINE tem maior afinidade com a porteína
vilazodona. plasmática..

Os SSRI/ISRS impedem a receptação da Solução → fazer o AINE duas horas no mínimo


serotonina nos neurônios, mas esta ação depois do hipoglicemiante.
compromete também a receptação da serotonina
nas plaquetas (serotoninas circulantes)

Durante a fase da agregação plaquetária, a Uso terapêuticos dos AINES:


serotonina presente nas plaquetas, que se
aderiram ao vaso lesado, é muito importante para a) Usos anti-inflamatório e analgésico: Os AINEs
recrutar mais plaquetas para se agregarem e são usados no tratamento da osteoartrite, da
formarem o trombo sobre a lesão. Assim, gota e da AR. Esses fármacos também são
pacientes em uso crônico de SSRI terão a sua usados para tratar condições comuns que
agregação plaquetária reduzida e requerem analgesia (p. ex., cefaleia,
consequentemente o seu tempo de sangramento artralgia, mialgia e dismenorreia).
aumentado. b) Uso antipirético: AAS, ibuprofeno e
naproxeno podem ser usados para combater
As plaquetas armazenam em densos grânulos a a febre.
serotonina. Um componente fundamental para a c) Aplicações cardiovasculares: O AAS é usado
ativação da plaqueta é a secreção de serotonina, para inibir a aglutinação plaquetária.
que possui diferentes funções, incluindo fortes
propriedades vasoativas; potencial de
agregação. A serotonina é considerada um
ativador de plaqueta relativamente fraco, mas tem grande
potencial agregador induzido pelo difosfato de adenosina,
pela epinefrina e pelo colágeno. mas a serotonina promove o
estágio trombogênico na circulação sanguínea humana.

Pacientes que fazem uso de antidepressivos


possuem maior propensão a terem um aumento
no tempo de sangramento e deve-se tomar
cuidado com o uso concomitante de AINES não
seletivos, assim como também anticoagulantes
pelo mesmo motivo. As plaquetas armazenam
cerca de 90% da serotonina circulante e com o
uso dos inibidores seletivos da recaptação de
serotonina e outros é de se esperar que esta
concentração plaquetária de serotonina se torne
menor (menos disponível às plaquetas). Como a
serotonina possui atividade na agregação
plaquetária, se esta estiver em menor
concentração agora disponível às plaquetas e
mais disponível às sinapses nervosas, o vaso
A prostaglandina E1 (PGE1) é uma das substâncias
lesado terá maior tempo para conter o
utilizadas para promover a angiogênese
extravasamento de sangue em caso de ruptura.
terapêutica. É uma substância com alta atividade
biológica, já em uso para o tratamento da doença
Dandara Leal, 2021.
arterial oclusiva crônica como vasodilatador e - Reduzir inflamações,
inibidor da agregação plaquetária.
- Contribuir para o funcionamento do sistema
Alprostadil: é uma PGE1 produzida naturalmente imune
em tecidos como as vesículas seminais e o tecido
- E manter os níveis de açúcar no sangue
cavernoso, a placenta e o ducto arterioso do feto.
constantes, assim como a pressão arterial.
Terapeuticamente, o alprostadil pode ser usado
no tratamento das disfunções eréteis ou para
manter o ducto arterioso aberto em neonatos com
condições cardíacas congênitas até que seja AIES tem ação:
possível a cirurgia.

Lubiprostona: é um derivado da PGE1 indicado


para o tratamento da constipação idiopática
crônica, da constipação induzida por opioides e
(Broncodilatadores)
da síndrome do intestino irritável com
constipação. (Anti-alérgico)

Misoprostol: é um análogo da PGE1 usado para


proteger a mucosa gástrica durante o tratamento (Imunossupressores)
crônico com AINEs. Ele interage com receptores
de PGs nas células parietais gástricas, reduzindo
a secreção de ácido gástrico. Além disso, o
misoprostol tem efeito citoprotetor gastrintestinal
(GI) por estimular a produção de muco e
bicarbonato. Essa combinação de efeitos diminui
Ritmo circadiano – aumento do cortisol. Favorece
a incidência de úlceras gástricas causadas por
a ação das atividades do cotidiano. Se você tem
AINEs. O misoprostol também é usado extrabula
um melhor ritmo de manhã, toma o medicamento
em obstetrícia para indução do parto, pois
corticoide de manhã. O cortisol está envolvido na
aumenta as contrações uterinas ao interagir com
retenção de Na+ e águas ( Volemia) , aumento da
receptores de PGs no útero. Possui efeitos
glicemia (Glicogenólise) e na participa do
adversos :(
combate a infeções.

Reações adversas: Edema (retenção de


líquidos), hiperglicemia, aumento da P.A

Anti- Fosfolipase A2, Lipooxigenase e Ciclooxigenase


são ativadas pelas citocinas.

Inflamatórios Corticoide inibe “indiretamente” a Fosfolipase A2.

O Corticoide atravessa a membrana celular, ativa

Esteroidais
o receptor nuclear induzindo a síntese de uma
proteína chamada LIPOCORTINA-1. Por sua vez,
essa proteína vai inibir a Fosfolipase-A2.

(AIES)
Também conhecidos como GLICOCORTICOIDE,
Lipocortina-1
CORTICOIDES ou CORTICOSTEROIDES, estes
fármacos simulam a ação do CORTISOL Efeito Anti-inflamatório
(suprarenal).
Efeito Analgésico
O cortisol é um hormônio produzido pelas
glândulas suprarrenais, que estão localizadas
acima dos rins.
Efeito imunossupressor
A função do cortisol é:
Efeito antialérgico
- Ajudar o organismo a controlar o estresse, (histamina)

Dandara Leal, 2021. Efeito Broncodilatador


Ligam-se a receptores citoplasmáticos tratamento é feito a base de medicamentos
específicos que depois são transferidos para o capazes de reduzir o acúmulo de líquidos como
núcleo, modificando a transcrição de RNA diuréticos e corticoides, anti-hipertensivos, anti-
mensageiro. inflamatórios, alguns casos barbitúricos e outros
medicamentos que auxiliem o metabolismo
Desta ação resulta a alteração da síntese de
cerebral e a circulação sanguínea. →Manitol
proteínas específicas. Muitos dos seus efeitos
anti-inflamatórios decorrem destas ações
• Pessoa com doença de Addison sente
induzem a síntese de lipocortina, que tem efeitos fraqueza, cansaço e tontura ao se levantar após
inibitórios sobre a fosfolípase A2, impedindo estar sentada ou deitada e, pode apresentar
assim a formação de ácido araquidónico a partir manchas escuras na pele. Não produção de
dos fosfolipídios das membranas celulares, que é, cortisol.
usualmente, muito ativa nas reações
Dexametasona é um ótimo fármaco corticoide
inflamatórias.
devido a baixa retenção de sódio, longa duração
Assim, é diminuída a síntese quer de e uma boa potência anti-inflamatória.
prostaglandinas pela via das COX, quer de
Importante: Dexametasona -> várias vias de
leucotrienos pela via da lipoxigenase, por falta do
administração ótima e potente.
precursor, o ácido araquidônico.
Prednisona→ é um corticoide com efeitos
colaterais consideráveis, é utilizada no
Fórmulas e uso clínico: tratamento de diversos problemas: alergias,
distúrbios endócrinos e osteomusculares e
doenças dermatológicas, reumatológicas,
oftalmológicas e respiratórias, entre outras.

Betametasona→ tópico, oral e injetável; longa


duração mais não tão potente quanto
dexametasona

Uso tópico tem REA mínimas.

Uso clínico secundário:

-Dexametasona

- Betametasona
• Edema Cerebral: os corticosteroides reduzem
dramaticamente os sinais e os sintomas - Hidrocortisona
relacionados com o edema cerebral Peri tumoral,
com os sintomas (hemiparesia, afasia, confusão
mental) regredindo em poucas horas em muitos Maturação Pulmonar Fetal: o corticoide
casos, principalmente nas metástases. O estimula a síntese e a liberação do surfactante no

Dandara Leal, 2021.


alvéolo pulmonar. Um ciclo único de corticoide é
recomendado para gestantes entre 34 e 36 6/7
semanas de gestação, em risco de parto pré-
termo (antes de 37 semanas). Betametasona:
12mg e Dexametasona:6mg.

Lesão Pulmonar Aguda (infusão contínua em


pacientes intubados): redução da resposta
inflamatória sistêmica, melhora da oxigenação,
diminuição do tempo de ventilação mecânica,
diminuição do tempo de ventilação mecânica,
USO CLÍNICO FÁRMACOS
diminuição dos dias de internação nas UTIs. ->
Doenças Prednisona/ Dexametasona
reações adversas
autoimunes
Doenças Prednisona/ Dexametasona
alérgicas
Efeitos Colaterais: Doenças Prednisona/ Prednisolona
respiratórias
- Síndrome de Cushing Oftalmologia Prednisona/Dexametasona
- Insônia, Edema Prednisona/Dexametasona
cerebral
- Atrofia muscular, Asma Beclometasona/ Budesonida/
- Face de “lua cheia”, Fluticasona/ Ciclesonida

- Estrias, Aftas Triancinolona


Doença de Hidrocortisona/Fludrocortisona
- Redistribuição da gordura corporal,
Addisson
- Osteoporose,

- Crescimento de pelos no corpo, aumento de


acnes e dificuldade de cicatrização.

Contraindicações dos
Analgésicos
corticoides:
• Diabetes
• Hipertensão
• Infecções sistêmicas
• Tuberculose em atividade
• Osteoporose
• Glaucoma
Não são antitérmicos.
• Gravidez
• Depressão/Psicose São para dores fortes.

❖ Betametasona

Analgésicos Não Opioides:


dipirona e paracetamol
Diferencia-se dos anti-inflamatórios clássicos por
não apresentarem ações anti-inflamatórias nem
anticoagulantes significativas, além de não

Dandara Leal, 2021.


apresentarem efeitos gastrointestinais adversos 2. Bupropiona + Dipirona:
quando utilizados em doses terapêuticas.
Mesmas alterações na farmacocinética.
Mecanismo relativamente desconhecido. Competição na distribuição e reduz dos efeitos.

• Dipirona 3. Metotrexato + Dipirona:

Via oral, intravenosa, intramuscular e retal. Metotrexato por si só tem reação adversa
hematológica, junto com a dipirona potencializa
Mecanismo de ação: inativa as COX-1 e COX-2 essa reação.
(SNC e da periferia). Esses fármacos inibem
cicloxigenases (COX-1 e COX-2) que são enzimas
envolvidas na síntese de prostaglandinas,
4. ASS + Dipirona:
evitando assim sensibilização (hiperalgesia
primária) de receptores periféricos de dor e Dipirona compete na distribuição com o ASS → no
produzindo analgesia. efeito anti agregante comprometido
É possível que iniba a COX-3 (COX-2 do SNC) no
SNC -> analgésica e antitérmica → inibe a PG do
sistema nervoso central

Ação anti-inflamatória → inibe COX-1 e COX-2


periférica

Mais risco para grávidas e lactantes.

A dipirona é indicada como primeira escolha para


dores leves e moderadas, pois sua eficácia
analgésica é superior em relação ao paracetamol
no controle da dor pós-operatória -> pode varias
de paciente para paciente.

Presente em várias formulações para dor, quando


comparada ao Paracetamol.

Banida em alguns países, pois acredita-se que a


Dipirona (Metamizol) seja um pró-fármaco e
decompõe-se em outras substâncias que causam
Agranulocitose, sendo dedicada apenas para uso
veterinário.

Contra indicado no primeiro e último trimestre da


gravidez.

Contra indicada para lactantes.

• Paracetamol
Interações medicamentosas com Uso apenas por VIA ORAL.
Dipirona: Mecanismo de ação: inativa a COX-3 (SNC). O
paracetamol (Nacetilpaminofenol, ou APAF) inibe
1. Ciclosporina + Dipirona: a síntese das PGs no SNC.
Alteração da farmacocinética> Acelerando a Presente em menos formulações para dor,
farmacocinética ou seja , excreção, quando comparada a Dipirona.
biotransformação ou distribuição.
Em casos de intoxicação (risco de lesão hepática
potencialmente fatal), usa-se a Acetilcisteìna que
é precursor da glutationa, facilitando sua
excreção.

Dandara Leal, 2021.


Dependência em paracetamol→insuficiência Dipirona → não pode ser usada por lactantes e
hepática grávidas, mas é utilizada para bebês acima de 3
meses.
RISCO PARA O FÍGADO = necrose hepática
Paracetamol → crianças acima de 6 anos
Paracetamol -> mais seguro para gravidez
quando não usado cronicamente!!! AAS → nunca em crianças

O paracetamol é um substituto adequado para os


efeitos analgésicos e antipiréticos dos AINEs em
pacientes com problemas ou riscos gástricos. Analgésicos e Enxaqueca:
Tratamento
- Analgésicos para tratar a dor

Analgésicos em crianças - Analgésicos para prevenir a dor

Os tipos de dores de cabeça mais comuns são:


enxaqueca (migrânea), cefaleia em salvas e
cefaleia tipo tensional.

A enxaqueca se apresenta como dor pulsante e


latejante.

Dipirona → acima de 3 meses é segura

Paracetamol → crianças de 6 anos ou mais

Dipirona> Paracetamol > ASS

Síndrome de Reye (AAS):

A síndrome de Reye é uma doença muito rara,


mas potencialmente fatal que causa inflamação e
inchaço do cérebro e degeneração e perda da
função hepática.

A causa da síndrome de Reye é desconhecida,


apesar de ela ocorrer geralmente depois de uma
infecção por determinado vírus, como os da
influenza (gripe) ou catapora, sobretudo em
criança que tomam aspirina.

Caso a criança faça uso de aspirina com essas


infecções aumentam o risco do processo
inflamatório no cérebro.

Paciente que tem problemas respiratórios → não


devem tomar AAS.

Dandara Leal, 2021.


competição por receptor, serotonina versus
❖ Aspirina e Ibuprofeno na enxaqueca -> dá dor fármaco, o que pode gerar uma dificuldade na
de estômago. resposta terapêutica.

❖ Triptanos → excelente fármaco → Substâncias ❖ Antieméticos →utilizado para uma


como prostaglandinas possuem a capacidade consequência da enxaqueca, como náuseas.
de sensibilizarem os nociceptores, reduzindo o Plazil.
limiar de excitabilidade destes receptores e
ajudando na ação de substâncias álgicas, ou ❖ Opioides → codeína é um dos analgésicos mais
seja, aquelas que estimulam diretamente os fracos e menor a ligação com relação a
nociceptores. Nociceptor é um receptor dependência. Pode ser utilizada para paciente
sensorial que envia sinal causando a percepção alérgicos ou que não reagem aos triptanos ou
da dor em resposta a um estímulo que possui ergotamina ou ainda intolerantes.
potencial de dano. → prostaglandinas realiza
vasodilatação, assim tem-se maior ❖ Se tem dor aguda = Triptano> Ergotamina>
sensibilização→ com a vasoconstrição diminui Opioides
essa sensibilização neuronal da dor, além da
diminuição da pressão intracraniana e
sensibiliza a liberação de serotonina. Melhores Dor de cabeça= paracetamol dipirona ou
que a Ergotamina por ser vasoconstritor e mesmo anti-inflamatório.
agonista 5-HT1A.
Enxaqueca= fármacos mais potentes como
CLASSE FÁRMACO COMO ATUAM
triptanos.
Paracetamol, Ajudam a aliviar a
Analgésicos Ibuprofeno dor
ou e Aspirina em algumas
anti- pessoas
inflamatórios Analgésicos e enxaqueca:
Zomig ,Naramig -Vasoconstritor Prevenção
,Sumax -Agonista 5-HT1
(Zolmitriptano,S - Inibe a liberação Para enxaquecas com quadros de 4 ou mais crises
Triptanos umatriptano) CGRP (peptídeo
por mês com duração de mais de 12 horas.
relaciona do ao
Pode estar gene da calcitonina)
Os medicamentos PREVENTIVOS podem reduzir a
associado a que causa
Naproxeno sensibilização dos frequência, intensidade e duração das crises e
neurônios podem aumentar a eficácia dos medicamentos
nociceptivos do usados para tratar a enxaqueca.
trigêmeo
Ergotamina Cefaliv®, -Vasoconstritor- Também pode ser utilizado opioides.
Cefalium Agonista5-
HT1/Antag5-HT2

Menos eficazes que


os triptanos Analgésicos e Dor
Antieméticos Metoclopramida - Bloqueio receptor
D2 neuropática
Náuseas causada ❖ Neuropatia diabética
pela enxaqueca ❖ Dor de membro fantasma
Opioides Codeína(Paco)® - Hiper polarização ❖ Neuralgia pós-operatória
neuronal ❖ Neuralgia do trigêmeo

Pacientes que não Dor crônica causada por lesão dos nervos ou
recebem triptanos neurônios da via nocicepitiva. Essas dores
ou ergotamina causam hiperalgesia e alodinia (um estímulo que
não seria doloroso passa a causar dor) e estão
associadas a parestesia ( formigamentos e
❖ Ergotamina → Ativa receptores de serotonina
agulhamentos) ou disestesia (queimação).
(imita a serotonina pelo agonismo do 5-HT1A)) e
no antagonismo do 5-HT2A (normalmente Tratamento com:
autoinibitório diminui a serotonina) com a inibição
aumenta a liberação de serotonina. Pode ter - Opioides

Dandara Leal, 2021.


- Anticonvulsivantes *** agonista/antagonista misto > Buprenorfina,
- Antidepressivos Nalbufina, Pentazocina e Butorfanol

Opioides fracos > mais fortes que dipirona e


Analgésicos Opioides paracetamol mas mais fracos que morfina,
petidina etc. Sua afinidade é menor.
(Hipnoanlagésicos) Dependência pela sensação de bem-estar, utiliza
Metadona e Buprenorfina para o mesmo fim em
Derivados do ópio.
protocolos de droga ilícitas ou lícitas.
O alívio da dor depende do seu tipo específico:
nociceptiva ou neuropática. Os opioides ativam receptores no SNC: receptores
Uma dor leve ou moderada (dor nociceptiva), os opioides → μ (mu ou mi), κ (kappa) e δ (delta).
analgésicos não opioides, como os anti-- Causando efeitos analgésicos.
inflamatórios não esteroides (AINEs) em geral são
eficazes. Opioides que são agonista e antagonista misto,
A dor neuropática pode ser tratada com isso significa que ativa um receptor específico e
opioides, mas respondem melhor a bloqueia os outros dois.
anticonvulsivantes, antidepressivos tricíclicos ou
Quanto menor a afinidade com o receptor menor
inibidores da captação de serotonina e
o risco de depressão do SNC.
norepinefrina.

Contudo, para a dor grave ou crônica maligna ou


não maligna, os opioides são considerados parte Uso clínico:
do plano de tratamento em pacientes
selecionados. - Sedação em pacientes em coma induzido

Mecanismo de ação: promovem hiperpolarização - Complemento da anestesia cirúrgica (em razão


neuronal, o efeito final é a diminuição da liberação de suas propriedades sedativas, são por vezes
dos neurotransmissores. usados na preparação antes da inalação de
anestésicos gasosos mais potentes);
Esses fármacos ligam a receptores específicos e
os ativam, isso promove a abertura dos canais de - Analgesia pré e pós operatória
potássio, sai potássio e o esgota, célula não mais
- Analgesia obstétrica durante o parto
despolariza e logo não libera mais
neurotransmissores. - Alívio da dor após IAM

- Dores agudas intensas: trauma, cefaleia, pós


extração dentária ,lombalgia

- Dores crônicas: câncer, dores neuropáticas

- Diarreia aguda (Loperamida)

- Utilizado para dores mais intensas.

Loperamida: opioide indicado no tratamento


sintomático de diarreia aguda inespecífica, sem
caráter infeccioso; diarreias crônicas
espoliativas, associadas a doenças inflamatórias
como Doença de Crohn e retocolite ulcerativa.
Nas ileostomias e colostomias com excessiva
perda de água e eletrólitos. Efeito colateral na
redução da motilidade intestina = constipação
* * potência 2 vezes superior que a morfina >
Oxicodona

* tratamento de dependência > Metadona e


Buprenorfina

Dandara Leal, 2021.


apropriada após colostomia ou ileostomia;
Mecanismo de Ação dos alívio dos sintomas na colite ulcerativa.
Opioides Atropina bloqueia o Sistema Parassimpático,
com redução da motilidade intestinal.

Os fármacos opioides ativam os receptores do


tipo Mu, Delta e Kapa. Ao ativar o receptor
promove a abertura de canais de potássio
causando uma hiperpolarização neuronal. • Nalbufina = antagonista de receptores um
Diminui a transmissão central causando (impede depressão respiratória). Misto
analgesia a nível central. agonista e antagonista.

Os três receptores opioides são membros da • Fentanila= tem 100 vezes a potência
família de receptores acoplados à proteína G e analgésica da morfina, sendo utilizada na
inibem a adenililciclase. Eles também estão anestesia. Normalmente, é administrada por
associados a canais iônicos, aumentando o efluxo via IV, epidural ou intratecal. A fentanila é
pós-sináptico de K+ (hiperpolarização) ou combinada com anestésicos locais para obter
reduzindo o influxo pré-sináptico de Ca2+, analgesia epidural para o parto e a dor pós-
impedindo, assim, o disparo neuronal e a cirúrgica. O adesivo transdérmico deve ser
liberação do transmissor. utilizado com cautela, pois já ocorreu óbito
devido à hipoventilação. IV, AE, AI, TD
A propriedade analgésica dos opioides é mediada
(transdermal), CFTO (citrato de fentanila
primariamente pelos receptores μ, que modulam
transmucosal oral) ;, SL, bucal, nasal
respostas nociceptivas térmicas, mecânicas e
químicas.
• Codeína = A codeína é um opioide de
Intoxicação por opioides = constrição ou dilatação ocorrência natural que é um analgésico fraco
da pupila. em comparação com a morfina. Deve ser
usada apenas para dor moderada. A ação
Efeitos colaterais mais comum é constipação.
analgésica da codeína é derivada da sua
Aumenta a condutância de Potássio, reduzindo o conversão à morfina pelo sistema enzimático
influxo de cálcio. CYP2D6. A codeína é usada comumente com
paracetamol para combate da dor. VO, SC

• Morfina= A morfina e outros opioides exercem


Características dos Opioides seus efeitos principais interagindo Estero
• Fentanil = disposto também em adesivo (12 especificamente com os receptores opioides
horas para diminuir risco de tolerância), via nas membranas de certas células no SNC e
endovenosa ou epidural. Usado associado a em outras estruturas anatômicas, como o
outros fármacos. Efeito sinérgico além de trato gastrintestinal (TGI) e a bexiga, também
maior efeito analgésico. Agonista. atua na medula espinal. VO (Liberação
imediata e Liberação estendida), R, IM, IV, SC,
• Oximorfona = é que tem menor probabilidade AI (anestesia intratecal), SL (sublingual), AE
de interação com a CYP. Agonista. (anestesia epidural). Agonista

• Difenoxilato + Atropina (Lomotil) = tratamento • Tramadol = O tramadol é um analgésico de


sintomático das diarreias agudas e crônicas; ação central que se liga ao receptor opioide μ.
como terapêutica coadjuvante de reidratação O fármaco sofre extensa biotransformação

Dandara Leal, 2021.


(Pró-fármaco) via CYP2D6, resultando em um Opioides Agonista Parcial X
metabólito ativo com afinidade muito maior
pelo receptor μ do que o composto original. Agonista Pleno
Além disso, ele inibe fracamente a captação
Os Agonistas Plenos são os fármacos capazes de
de norepinefrina e serotonina. É utilizado no
produzir efeitos máximos e possuem alta eficácia.
manejo da dor moderada ou moderadamente
intensa. Sua atividade depressora Os Agonistas Parciais são aqueles capazes de
respiratória é menor do que a da morfina. A produzir efeitos submáximos e possuem eficácia
naloxona só reverte parcialmente a analgesia intermediária.
provocada pelo tramadol ou seu metabólito
ativo. Agonista Pleno = morfina

Agonistas Parcial = buprenorfina, pentazocina,


butorfanol, nalbufina

Interações medicamentosas O que tiver maior concentração vai se ligar ao


receptor. Necessária muita concentração, devido
➢ IECA (anti-hipertensivo); a competição, por isso não deve ser associada de
➢ Paroxetina Fluoxetina e Bupropiona forma alguma.
(Antidepressivos);
➢ Difenidramina (Antialérgico e A nalbufina antagonista de receptores μ (impede
Antiemético); depressão respiratória); Agonista de receptores δ
➢ Quinidina (Antimalárico); e k (sedação e analgesia). → antagonista e
➢ Inibem a metabolização de todos os agonista misto.
opioides.

Codeína é convertida pela CYP2DE em Morfina.


Precisa da metabolização para ser transformada
Efeitos colaterais dos Opioides
em morfina. Se tem interação medicamentosa, • Constipação (mais frequente, necessidade de
inibe a metabolização e assim reduz o efeito aumentar ingestão de água e alimentos
terapêutico. fibrosos durante o tratamento).

• Miose (diagnóstico por intoxicação)


• IMAO + Meperidina (opioide agonista): imao
enzima que degrada neurotransmissores, ao • Alergia (liberação de histamina) → codeína é
associar com a Meperidina tem-se um aumento a mais associada a essa reação adversas
do risco de Síndrome Serotoninérgica, Inibe a
receptação de serotonina e aumenta a • Redução de frequência urinária → igualmente
concentração desta, mas se associar a estes da redução a motilidade intestinal
fármacos Meperidina e IMAO tem um aumento
muito elevado de serotonina (delírio, hipertensão • Dependência/Tolerância
arterial, hipertermia e rigidez e convulsões).
• Confusão (idosos) → associada a sedação
• Antipsicótico + Opioides: aumentam o risco de
depressão central • Náuseas e vômitos (estimulação do SNC) →
todos os fármacos que atuam no SNC

• Opioides atrasam o esvaziamento gástrico, de • Depressão Respiratória → depressão do


modo a reduzir a absorção de outros sistema nervoso central
medicamentos -> pode provocar refluxo
• Hipotensão Postural (vasodilatação – cuidado
com hipertensos em terapia)
Opioides geram: analgesia, euforia, depressão
respiratória, depressão do reflexo da tosse,
miose, êmese, diarreia e alterações Gera grande dependência intoxicação.
cardiovasculares etc.
No Brasil, cresceu o uso de medicamentos,
principalmente durante a pandemia de COVI-19.

Dandara Leal, 2021.


Dependência:

- Metadona – via oral (menor risco de síndrome


de abstinência)

- Buprenorfina – via oral (agonista parcial)


(menor risco de síndrome de abstinência)

- Naltrexona

É mais potente do que a naloxona e tem sido


proposto para o tratamento do vício em heroína.
Está indicado também como terapêutica de apoio
na manutenção da abstinência (auto-rejeição) em
doentes de pendentes de álcool.

Relaxantes Musculares

Dorflex > analgésico e relaxante muscular

Podem ser associados com outros fármacos:


analgésicos, anti-inflamatórios e cafeína.

A cafeína tem ação vasodilatadora (distribuição


do fármaco) e estimulante (regula o sono).

Mecanismo de ação desconhecido, na literatura


está que o Orfenadrina atua como antagonista de
receptor muscarínico.

Mecanismo de ação: não é completamente


compreendido, porém acredita-se que sua
atividade depressora do SNC deva contribuir
para os efeitos relaxantes musculares.

Carisoprodol, Baclofeno e Ciclobenzaprina tem


mecanismo desconhecido. Mas tem eficácia
farmacológica.

Uso clínico
Opioides: tratamento de
• Espasmos musculares associados com
dependência e intoxicação. dor aguda (lombalgias, torcicolos)
• Disfunção temporomandibulares e
Para intoxicação/ overdose: nevralgia do trigêmeo.
- NALOXONA Via Endovenosa • Fibromialgia
• Paralisia cerebral
- NALTREXONA Via Oral • Soluço intratável
• Dor crônica não oncológica (torsão e
contorção)
• Esclerose múltipla
Dandara Leal, 2021.
• Mielopatia crônica Mecanismo de ação: bloqueiam canais de SÓDIO
• Doenças degenerativas da medula dependentes de voltagem → impedimento da
espinhal repolarização
Culpreus
pdor pnaoindicaação
• Acidentes cerebro vasculares

!
~

Fármacos menos potentes que os opioides, menos


[

local
riscos. Anestésicos Locais: Ésteres
Cria
i
Uso tópico de curta duração.

)
Anestésicos Locais ❖ Hexomedine: Tetracaína é um potente
anestésico local, utiliza do topicamente
como anestésico oral (antisséptico),
Os anestésicos locais bloqueiam a condução dos -

associado a lidocaína (amida), em


impulsos sensoriais e, em concentrações mais
oftalmologia e em raquianestesia.
altas, os impulsos motores da periferia ao SNC. -

❖ Neopiridin: Benzocaína é indicada


Os canais de Na+ são bloqueados, prevenindo o também como anestésico tópico na
aumento transitório na permeabilidade da mucosa oral, previamente à anestesia
-

membrana do nervo ao Na+,o que é necessário infiltrava e ainda em procedimentos


para o potencial de ação (Fig. 13.12). Quando a clínicos. Anestésico e Antisséptico.
propagação dos potenciais de ação é bloqueada,
a sensação não pode ser transmitida desde a
fonte do estímulo até o cérebro.
Anestésicos Locais: Amidas
Anesteia a nível local.
❖ Lidocaína - mais segura de todas
❖ Prilocaína - segura
❖ Mepivacaína - segura
❖ Articaína - segura
❖ Bupivacaína
❖ Ropivacaína
❖ Etidocaína

São utilizados com vasoconstritores.

Lidocaína não interfere na P.A.

CAÍNA = originados a partir da cocaína.

Diferenças → estrutura química vai conferir a


duração do fármaco.
Os anestésicos locais causam vasodilatação,
Ésteres = duração curta, usados mais na via levando à rápida difusão para fora do local de
tópico. ação e diminuindo a duração quando esses
fármacos são administrados sozinhos.
Amidas = via infiltrativa ou tópica, longa duração,
acompanhadas de vasoconstritor para diminuir Acrescentando o vasoconstritor epinefrina, a
chance de hemorragia e prolongar a duração de velocidade de absorção e de difusão do
ação. anestésico local diminui. Isso minimiza a
toxicidade sistêmica e aumenta a duração de
Os anestésicos podem ser usados em associação. ação

Dandara Leal, 2021.


-

Prilocaína segura para pacientes hipertensos.

Dandara Leal, 2021.


Farmacologia
Antimicrobianos
resistência intrínseca ao microrganismo. Ex:
fármacos bactericidas; Penicilinas,
Cefalosporinas, Monobactâmicos e
Corresponde a classes farmacológicas: Carbapenêmicos.
➢ Antibióticos
➢ Antifúngicos • Resistência por mutação ocorre com a evolução,
➢ Anti-helmínticos e, mutação que leve a alteração estrutural do
➢ Antivirais microrganismo impedindo as ações do fármaco.
Modificação na estrutura química da bactéria.
Uso do medicamento de forma errada, ou
Exemplo: a Ivermectina possui eficácia anti- interações medicamentosas ou com alimentos.
helmíntico; é um fármaco usado no tratamento de Sem efeito farmacológico.
vários tipos de infestações por parasitas (v.oral ou
tópica). Entre elas estão a infestação por piolhos, • Resistência mediada por plasmídeo, é a que
sarna, oncocercose, estrongiloidíase, tricuríase, envolve a passagem de informação da resistência
ascaridíase e filaríase linfática. O mecanismo de ação por mutação de um microrganismo para outro,
consiste em fazer aumentar a permeabilidade da assim, o DNA alterado, que confere a resistência,
membrana celular do parasita, o que resulta na sua é envolvido (empacotado) dentro de um
paralisia e morte. plasmídeo que pode ser transferido a outros
organismos. Troca de material genético. Uso do
medicamento de forma errada, ou interações

Antibióticos
medicamentosas ou com alimentos. Sem efeito
farmacológico.

São as substâncias químicas produzidas por


microrganismos capazes de inibir o
crescimento ou destruir bactérias e Fatores que devem ser pensados:
outros microrganismos.  Medicação errada, dosagem errada, horário
Usados de maneira profilática (para impedir o avanço errado, interação com medicamentos ou
de um novo processo infeccioso ou em condições que alimentos. Características do próprio paciente.
podem acometer o paciente) ou para tratamento. Vão interferir na terapêutica.

Tempo médio de uso é de 5 dias, mas pode variar de  Algumas cefalosporinas por uma
acordo com a doença ou situação do paciente. característica que envolve o mecanismo de
ação, ainda não esclarecido, pode aumentar o
Benzentacil é dose única.
risco de a bactéria desenvolver a B-lactamase.
Eritromicina pode ser de 10 a 7 dias. Perdem um pouco a visibilidade na clínica.

Alguns podem ter um espectro de ação semelhante.  Antibiograma tem resultado depois de 5 dias,
A escolha do fármaco é baseada de acordo com o mas o tratamento em média dura 5 dias.
local de ação. Ver as opções de escolha.
 Amoxicilina pode sofrer resistência pela
enzima B-lactamase.

Resistência  Desenvolvimento de uma proteína


transmembrana ou de domínio extracelular,
O grande problema da área clínica. capacidade de expulsar o fármaco da célula.
Expulsar o fármaco, perda do efeito. Bactéria
Há três tipos de resistência bacteriana: pode desenvolver essa proteína. Exemplo:
presente nas células neoplásicas chamada
• Resistência intrínseca é descrita quando a
então de oncogene.
bactéria evolui para a produção de uma enzima
capaz de degradar o fármaco, por exemplo, a
enzima B-lactmase/ Penicilinase, sendo uma

Dandara Leal, 2021.


Classificação dos
de uma variedade de infeções gastrointestinais
por bacterianas, fúngicas e por protozoários, que
está composto por trimetoprim e sulfametoxazol.
antibióticos
De acordo com : • BACTERIOSTÁTICO e BACTERICIDA: de acordo
com a dosagem usada. Alto índice terapêutico se
- Tipo de ação -> bactericida ou bacteriostático tem uma certa eficácia.
- Espectro de ação -> estreito ou amplo, prolongado - Lincosamidas
ou mediano - Macrolídeos (eritromicina, azitromicina)
- Nitrofurantoína (infecções do trato urinário)
- Classe farmacológica -> penicilinas, cefalosporinas, - Cloranfenicol (contra meningite)
macrolídeos, nicosamidas etc.
Usar associado bactericida e bacteriostático?
- Mecanismo de ação -> atua sobre a parede celular,
Mecanismo de ação distintos, juntos podem
sobre a síntese de DNA, sobre a síntese de proteína.
potencializar o efeito terapêutico final/ eficácia
terapêutica.

TIPO DE AÇÃO
• BACTERICIDAS: são capazes de provocar a morte
do agente infeccioso, no caso uma bactéria,
independentemente do estado imunológico do
organismo. São aqueles capazes de matar ou
lesar irreversivelmente as bactérias. Seriam os de
primeira escolha devido a atividade
farmacológica garantida, todavia, se for utilizado
da forma incorreta, corre o risco de a medicação
não funcionar ou/e da bactéria se tornar
resistente.

- Penicilinas
- Cefalosporinas
- Carbapenêmicos
- Monobactâmicos
- Aminoglicosídeos
- Quinolonas ESPECTRO DE AÇÃO
- Glicopetídeos • ESPECTRO ESTREITO : atuam somente em um
- Polipetídeos grupo único ou limitado de micro-organismos, p.
- Rifampicina ex. a isoniazida é ativa somente contra
- Sulfametoxazol+Trimetroprim micobactérias.

• ESPECTRO ESTENDIDO: são fármacos eficazes


contra micro-organismos gram-positivos e
• BACTERIOSTÁTICOS: limitam o crescimento de também contra algumas bactérias gram-
bactérias por interferirem com a produção de negativas, p. ex. penicilinas, pois atuam contra
proteína, a replicação do DNA ou outros aspectos bactérias gram-positivas e algumas gram-
do metabolismo celular bacteriano. Os agentes negativas. Melhor espectro!
bacteriostáticos são frequentemente inibidores de
síntese proteica e atuam por ligação aos • AMPLO ESPECTRO: são fármacos que afetam
ribossomos. Depende do organismo de matar a uma ampla variedade de espécies microbianas,
bactéria. Amplo espectro de ação , maior o como p.ex. as tetraciclinas e o cloranfenicol.
número de bactérias diversas que podem ser Resistência de diversas bactérias.
resistentes. USO ESPECÍFICOS.
- Tetraciclinas → infecções sexualmente
transmissíveis
- Sulfonamidas → não tão utilizadas na clínica.
Cotrimoxazol é um fármaco usado no tratamento
Dandara Leal, 2021.
CLASSE FARMACOLÓGICA ➢ PENICILINAS
➢ Penicilinas*
As penicilinas são classificadas em aminopenicilinas e
➢ Cefalosporinas*
benzilpenicilinas.
➢ Aminoglicosídeos
➢ Quinolonas Atuam inibindo a síntese da parede celular.
➢ Sulfonamidas
São compostos por anel betalactâmico → sofre ação
➢ Polipetídicos
da B-lactamase.
➢ Monobactâmicos*
➢ Carbapenêmicos*
➢ Tetraciclinas
➢ Lincosamidas
➢ Macrolídeos
➢ Glicopetídeos
➢ Outros

DE ACORDO COM O MECANISMO DE AÇÃO

• Inibição da síntese da parede celular: os fármacos


que interferem na constituição da parede celular Amoxicilina : espectro estendido, bactericida, maior
pertencem à classe dos β (beta) lactâmicos, duração de ação que a Ampicilina. Cerca de 8 horas
considerados os antibióticos de maior uso na prática de duração de ação.
clínica.
Ampicilina: duração de ação de 6 horas.
• Inibição da síntese proteica - esses antimicrobianos
Meticilina: fármaco tóxico, entretanto, atuava sobre
agem nos ribossomos das bactérias, organelas
responsáveis pela síntese de proteínas. Os um número significativo de bactérias as quais a
ribossomos das células procariontes são formados Amoxicilina e Ampicilina não atuavam. Foi afastada
por subunidades 50S e 30S. Esta diferença permite da clínica, e surgiu então a Oxacilina que é um
aos antimicrobianos a seletividade de ação, inibindo derivado da Meticilina. Espectro estendido.
a síntese proteica apenas nas bactérias. Pertencem
a esta classe os aminoglicosídeos, tetraciclinas, Oxacilina: atuam sobre o grupo de bactérias MRSA
anfenicóis, macrolídeos, lincosamidas e (Staphylococcus Aureus Resistente à Meticilina) e é
oxazolinidonas. menos tóxica que a Meticilina. Uso exclusivo
hospitalar para infecções resistentes.
• Inibição da síntese de ácidos nucleicos - esta classe
é representada pelas quinolonas e fluoroquinolonas.
Atuam inibindo a ação da DNA girase e
topoisomerase IV bacterinas, enzimas essenciais As penicilinas são utilizadas em ampla gama de
para a sobrevivência da bactéria. Como resultado infecções, tanto profilática como para tratamento.
da inibição enzimática, a replicação da molécula de
DNA é comprometida, resultando na morte celular. Existem pacientes alérgicos as penicilinas.

• Destruição da membrana plasmática - ocorre a Podem ser utilizadas em casos de sífilis.


desestabilização da membrana da célula
E também para doença de Lyme (carrapatos).
bacteriana, por ação das polimixinas. Essas
moléculas interagem com os lipopolissacarídeos
(LPS) presentes na membrana celular, retirando o
cálcio e magnésio que tem a função de estabilizar a
membrana. Com a desestabilização, há o aumento
➢ BENZILPENICILINAS
da permeabilidade e morte celular. Pertencem a esta
Cuidado com a B-lactamase
classe a polimixina B e colistina.

• Inibição da síntese de folato - fazem parte desta


classe as sulfonamidas e a trimetoprima.

Dandara Leal, 2021.


- Penicilina g benzatina (Benzetacil®): IM (níveis Toxicidade renal (mais associada a Meticilina, sendo
séricos permanecem por 10 a 15 dias). Maior substituída por OXACILINA, CLOXACILINA ou
problema é a via! NAFCILINA).

- Penicilina g procaína: IM (níveis séricos e teciduais Toxicilidade hematológica (redução da agregação


por um período de 12 horas). Anestésico. Duração plaquetária em doses elevadas). Erro na prescrição ou
menor que a Benzetacil. administração.

- Penicilina cristalina ou aquosa: IV eliminada em 3 a Neurotoxicidade. As penicilinas em doses tóxicas


4 horas, duração curta. Atravessa barreira podem provocar neurotoxicidade, o que está
hematoencefálica. associado a letargia, confusão e convulsões
(potencialmente fatal). Erro na prescrição ou
- Penicilina v: VO (duração de 6 a 8horas). Pode
administração.
substituir a amoxicilina quando não associada ao
ácido clavulônico.

➢ OXACICLINA
Penicilina resistente a penicilinase.

A penicilinase é um tipo específico de lactamase que


apresenta especificidade para penicilinas atuando
através da hidrólise do anel beta-lactama.
➢ CEFALOSPORINAS
Betalactamases são enzimas produzidas por algumas
bactérias e são responsáveis por sua resistência a As cefalosporinas são classificadas em 5 gerações em
antibióticos beta-lactâmicos como as penicilinas, razão do seu espectro de atividade. Primeira geração
cefalosporinas, cefamicinas e carbapenemas. é bactericida.

São compostos por anel betalactâmico.

➢ PENICILINAS DE AMPLO ESPECTO Também suscetíveis a B-lactamase. Mesmo


mecanismo de ação das penicilinas.
Associadas a inibidor das penicilinases.
Atuam inibindo a síntese da parece celular.

Utilizadas de forma segura na gravidez (tal como as


penicilinas) , lactação e pediatria.

Possuem elevada toxicidade seletiva e boa


distribuição corporal.

Quanto maior a toxicidade seletiva do fármaco,


MENOR a capacidade de ele causar reação adversa. -
O antibiótico ácido clavulânico é um potente inibidor
> menor desarranjo intestinal.
das beta-lactamases, num processo de inibição
irreversível, tendo sido muito utilizado em associação Conforme muda as gerações (espectro de ação),
com uma penicilina sensível à beta-lactamase para muda as bactérias que podem estar atuando.
potencializar sua atividade.

O Tazobactam aumenta a atividade da piperacilina.


CEFALOSPORINA DE 1a GERAÇÃO
O Sulbactam é um fármaco inibidor irreversível da
maioria das beta-lactamases importantes que
ocorrem em organismos penicilino-resistentes.

EFEITOS COLATERAIS/ADVERSOS DAS


PENICILINAS
Infecções do trato urinário, durante a gravidez (tal
Reações de hipersensibilidade (urticária a choque como as penicilinas).
anafilático). Perguntar ao paciente!
Dandara Leal, 2021.
Infecções de pele, mucosas, faringite estreptocócica Pneumonias.
(cavidade oral).
Infecções do trato urinário complicadas.
Não usadas em infecções do sistema nervoso central.
Meningite.
CEFAZOLINA: profilaxia (dosagem única) de várias
Cefriaxona IM feita para gonorreia.
cirurgias (baixa toxicidade e T prolongado).

Mais conhecida é a Cefalexina.


CEFALOSPORINA DE 4ª GERAÇÃO

Espectro estendido. Próximo as penicilinas.

Não estão protegidas.


USO EXCLUSIVO HOSPITALAR

CEFALOSPORINA DE 2ª GERAÇÃO Tem maior estabilidade perante as beta-lactamases.

Pneumonias hospitalares.

Infecções do trato urinário complicadas.

Meningite.

Maior estabilidade sobre as B-lactamases

Mais conhecida é a Cefuroxima.

Mais eficazes que as Penicilinas frente aos bacilos


gram-negativos, incluindo as cepas produtoras de CEFALOSPORINA DE 5ª GERAÇÃO
beta-lactamase. Cuidado com o uso errado e
resistência.

Utilizada em casos de:

Pneumonia. USO HOSPITALAR.

Infecções urinárias. Atividade adicional contra Staphylococcus aureus


resistente a Meticilina (MRSA). Infecções de pele e
Infecções de pele. tecidos moles complicadas e infecções resistentes.
Sinusites e otites médias. Administração IV.

Boa ação no trato respiratório, no trato urinário e na


pele.

CEFALOSPORINAS X BETALACTAMASES:
CEFALOSPORINA DE 3ª GERAÇÃO
O uso de algumas cefalosporinas pode induzir a
produção de betalactamases, devido a despressão de
certos genes cromossômicos por algumas bactérias,
o que limita o uso clínico dessas cefalosporinas.

USO EXCLUSIVO HOSPITALAR.

Bactérias resistentes.

Infecções por outros micro-organismos. ADQUIRIDOS


NO AMBIENTE HOSPITALAR resistentes a outros
antibióticos betalactâmicos.

Infecções de feridas cirúrgicas, incluindo erisipela.

Dandara Leal, 2021.


Uso clínico:

Infecção abdominal.

Infecções do sistema nervoso central (atravessa a


barreira hematoencefálica).

Pneumonia.

Infecção de pele e partes moles.

Infecção do trato urinário.

Infecção ginecológicas.

Cilastina: bloqueia enzima renal que inativa


IMIPENEM.
➢ MONOBACTÂMICOS Menos indicado devido a potencialidade de induzir a
Beta lactamase.

Atuam inibindo a síntese da parece celular, assim


como as penicilinas e cefalosporinas. Por isso não são
associados.
➢ AMINOGLICOSÍDEOS
Útil para:
Podem ser substituídos pelos monobactâmicos.
- Infecções do trato urinário.
Atuam inibindo a síntese protéica (subunidade 30S
- Bacteremias. dos ribossomos) mas tem ação bactericida.

- Infecções pélvicas.

- Infecções intra-abdominais.

- Infecções respiratórias.

Também é direcionada para uso hospitalar. - Infecções respiratórias.

É uma alternativa útil para substituir aos - Meningite.


aminoglicosídeos (bactericida) por NÃO ser nefro ou
- Septicemia.
ototóxico, assim como às penicilinas e cefalosporinas,
nos pacientes alérgicos. - Terçol.

- Infecções hospitalares.

Todos têm eficácia semelhante e podem causar


NEFROTOXICIDADE E OTOTOXICIDADE (uso
➢ CARBEPENÊMICOS controlado). Por isso mais usados por via tópica.

Usados por via parenteral (1x dia/ a cada 24h).

Os Monobactâmicos são alternativas úteis aos


aminoglicosídeos.

Utilizados quando o paciente é alérgico ou resistentes


aos betalactâmicos; ou para infecções resistentes
Também sofre ação da B-lactamase. associados para potencializar o efeito farmacológico.
Também atuam inibindo a síntese da parede celular.

Seu uso DEVE SER RESERVADO para infecções


hospitalares altamente resistentes (amplo espectro)

O IMIPENEM também pode induzir a produção de


betalactamase.
Dandara Leal, 2021.
➢ QUINOLONAS (Xacino) Raramente confusão, tonturas, quando associado a
teofilina (teofilina causa efeitos excitatórios SNC) e
Inibem a enzima bacteriana topoisomerase 2 ( DNA anti-inflamatórios não esteroidais (inibição da
girase) e topoisomerase 4, essenciais para a síntese filtração renal).
do DNA bacteriano. Inibem a síntese de replicação do
DNA.

Usados de 5 a 7 dias.
CONTRAS INDICAÇÕES DA QUINOLONA
Não devem ser usados em jovens, gravidez (envolvem
Classificadas em geração, quanto mais avançada a
DNA), lactação, insuficiência renal e hepática devido
geração, maior o espectro de ação. Todos são de
seus efeitos colaterais -> artralgia e tendinite.
espectro de ação estendido.

De primeira geração tem um espectro de ação menor


que os demais, então perdeu sua vantagem clínica.

Uso clínico é de segunda a quarta geração.


➢ GLICOPEPTÍDEOS
Segunda geração -> menor risco de resistência, atua
em um menor número de bactérias. Muito utilizados em casos de infecção resistentes
hospitalar.
Quarta geração -> maior número de resistência, atua
em maior número de bactérias. Mecanismo de ação idêntico aos B-lactâmicos. Atuam
inibindo a síntese da parece celular.

Devem ser usados após os agentes de 1.a linha:


penicilinas, penicilinas associadas a inibidores de PRIMEIRA ESCOLHA contra Staphylococcus aureus
beta-lactamase, macrolídeos e tetraciclinas. resistente Meticilina (MRSA), assim como a Oxacilina,
Cefalosporina de 4 e 5 gerações.
Vantagem: Quinolonas não sofrem ação da
betalactamase. Não causam nefron ou otoxicidade Úteis em casos:
como os aminoglicosídeos.
Pacientes em estado grave.

Pacientes com hipersensibilidade a antibióticos


Úteis para casos de: betalactâmicos.

Infecções do trato urinário. Vancomicina exige administração prolongada, pode


levar a síndrome do homem vermelho uma reação
Diarreia por infecções bacterianas. alérgica caracterizada por uma hiperemia
Gonorreia. significativa.

Infecções respiratórias. (Levo, Moxifloxacino/CIPRO Administração deve ser em 24 horas! Uso exclusivo
não atua). → só de terceira e quarta. hospitalar.

Micobactérias. Teicoplamina tem ação mais prolongada que a


Vancomicina, ENTRETANTO NÃO APRESENTA ação no
SNC ao contrário da Vancomicina mesmo sendo ,mais
direcionada a infecções resistentes..
EFEITOS ADVERSOS DAS QUINOLONAS
Náuseas, diarreia.
EFEITOS COLATERAIS
Reações alérgicas cutâneas
Nefrotoxicidade
Artralgia (dor articular) e tendinite, que pode persistir
com a interrupção do tratamento (rupturas de Rash, febre, trombocitopenia e neutropenia -> em
tendões) altas concentrações, erro de administração.

Dandara Leal, 2021.


Tromboflebite (prurido ,rubor ,taquicardia REVISÃO: BACTERICIDAS
,hipotensão) -> via de administração, tem que
acompanhar o estado paciente.

Chamado pelos médicos de “exantema”, o rash


cutâneo é caracterizado pelo surgimento de manchas
avermelhadas em todo o corpo do paciente ou em
uma determinada região. Geralmente, em um quadro
Uso tópico ou hospitalar, causam nefrotoxicidade
de rash cutâneo, há o surgimento de mais de uma
mancha na pele e elas também podem estar um pouco
mais elevadas e inchadas, em relação ao resto da pele Causam Artralgia
do indivíduo.O principal sintoma de rash cutâneo é
justamente o surgimento dessas manchas. Por vezes,
elas podem fazer com que o paciente sinta coceira
onde elas apareceram, bem como ardência e até
mesmo dor. Em alguns casos, há a formação de
bolhas e caroços.

➢ LINCOSAMIDAS

Atuam inibindo a síntese proteica (subunidade 50S).

O QUE DIRECIONA SUA AÇÃO FARMACOLÓGICA É A


DOSAGEM!

Espectro de ação semelhante as das penicilinas,


➢ POLIMIXINAS podem substituir as penicilinas, podem ter uso
domiciliar. Uso limitado e curto.

Útil para:

- Infecções por bactérias anaeróbias (intra-


abdominais, odontogênicas, pulmonares).
Interferem na permeabilidade seletiva da membrana - Erisipela e infecções de partes moles em pacientes
citoplasmática bacteriana, levando a morte da alérgicos a penicilina.
bactéria. Potente ação contra bactérias gram-
negativas. Há também a Polimixina E/ Colistina. - Acne.

Via tópica é sem efeitos adversos. - Paciente alérgicos a penicilinas.

Úteis para: - Profilaxia para cirurgias.

- Infecções graves e multirresistentes. SEU USO É LIMITADO, pode causar Colite grave
(inflamação intestinal).
- Infecções do trato urinário.
Sensível a resistência de expulsão do fármaco.
- Infecções do sítio cirúrgico.

- Infecções de pele : (via tópica)


Lincosamidas e colite grave:
Ex: Bacitracina + Neomicina (aminoglicosídeo) (via
tópica). Antibióticos de amplo espectro como as
LINCOSAMIDAS, CEFALOSPORINAS, DAPTOMICINA,
LINEZOLIDA podem levar a morte de bactérias que
compõe a microbiota normal do intestino, e com isso
permitir o crescimento de bactérias ali presentes
(Clostridium difícil)
Dandara Leal, 2021.
Os principais sintomas são febres, dor abdominal, O estolato de eritromicina, que pode causar colestase
sangramento e diarreia com cólicas. As crises de (que é diminuição ou interrupção do fluxo biliar), deve
diarreia são persistentes. ser evitado durante a gravidez e ser substituído pelo
estearato.
Depois das refeições, o reflexo para evacuar é intenso.
Por isso, muitos pacientes preferem não comer e Estolato de eritromicina: se dissocia em éster
acabam emagrecendo. propanoato, que será absorvido, e hidrolisado no
fígado a um “novo” fármaco que será liberado no
sangue, e que pode levar a diminuição ou interrupção
Tratamento da colite grave: do fluxo biliar. Como um pró-fármaco. Super tóxico.

Casos brandos: Suspensão do antibiótico causador. Estearato de eritromicina: dissocia-se liberando o


fármaco no trato gastrintestinal. Mais seguro.
Casos graves: Metronidazol, Vancomicina,
Probióticos.

➢ TETRACICLINAS
➢ MACROLÍDEOS Amplo Espectro

Atuam inibindo a síntese protéica (subunidade 30 S).

Atuam inibindo a síntese proteica (subunidade 50S).


Idêntico as Licosamidas. Principal uso clínico é para IST: Sífilis.

Podem ser usados como fármacos alternativos para Também usados em casos de:
alérgicos a beta-lactâmicos, igual as licosamidas são,
- Traqueobronquite
e atuam em Gram (+) e (-).
- Sinusite
- Infecções superficiais de pele.
- Acne
- Infecções urinárias.
- Chlamydia
- Doença de Lyme.
- Mycoplasma
- Infecções respiratórias
(Mycoplasma,Estreptococo). Tais como as - Rickettsia
quinolonas de 3 e 4 gerações.

Também pode ter resistência por expulsão do


fármaco. Características das Tetraciclinas:

Devido ao risco de desenvolvimento de resistência,


SÃO EMPREGADAS em infecções causadas por
ERITROMICINA: bactérias típicas (IST), apenas quando outros
antibióticos forem contra indicados ou inefetivos.
Potente inibidor enzimático, sofre várias interações
medicamentosas. Tomar cuidado aos prescrever. A Tigecilina (3.a G) atua em bactérias resistentes aos
beta-lactâmicos e as quinolonas e NÃO DEVE ser
Podem estar dispostas a duas outras composições: administrada por via oral.
• Estolato de eritromicina
• Estearato de eritromicina
CONTRA INDICAÇÕES
Podem modificar a farmacocinética ou mesmo a
eficácia da eritromicina. Não devem ser usados na gravidez (risco D,
inflamação em bebês), lactação, crianças menores de
12 anos e insuficiência renal, devido à via de excreção.
Dandara Leal, 2021.
➢ SULFONAMIDAS Distribuição ampla com altas concentrações na
saliva, leite materno, tecido prostático, líquido
seminal, tecido pulmonar e bile.

A excreção renal é preponderante.

REAÇÕES ADVERSAS:

Exantema

Pertubações gastrintestinais
Como análogos estruturais do PABA (ácido Náuseas
paraaminobenzoico) impedem a síntese de ácido
fólico pela inibição competitiva da di-
hidropteroatosintase. Inibi a enzima di-
REVISÃO: BACTERIOSTÁTICOS/ BACTERICIDAS
hidropteroatosintase.

Amplo espectro.

- Infecções do trato urinário.

- Salmonelose.

- Colibacilose (Escherichia coli).

Ativos contra determinados protozoários e alguns


fungos.

COTRIMOXAZOL:Sulfametazol + Trimetroprima (é
uma combinação)

SULFAMETOXAZOL: Como análogos estruturais do


PABA (ácido para aminobenzoico) impedem a síntese INFECÇÕES MULTIRESISTENTES
de ácido fólico pela inibição competitiva da di-
Enquanto Polimixinas, Aminoglicosídeos e
hidropteroatosintase.
Carbapenêmicos são os principais nomes que vêm à
mente quando se tratade Gram-negativos
multirresistentes, nenhum destes tem eficácia contra
TRIMETROPRIMA: liga-se e inibe reversivelmente a di- Gram-positivos resistentes:
hidrofolatoredutase (DHFR) bacteriana e bloqueia a
produção de tetrahidrofolato. Atuam

Gram-positivas
INFECÇÃO URINÁRIA AGUDA COMPLICADA: 800 de
sulfametazol/ 160 mg de trimetrprima 12/12h – 3 dias
v.o

INFECÇÃO URINÁRIA AGUDA NÃO COMPLICADA:


800/ 160 12/12h –7 dias v.o

PIELONEFRITE AGUDA NÃO COMPLICADA: 800/ 160


12/12h –14 dias v.o

BRONQUITE AGUDA: 800 a 1200/ 160 a 240 12/12h


–7 a 10 dias v.o.

FARMACOCINÉTICA:

Dandara Leal, 2021.


• MRSA/SAMR’s (Staphylococcus aureus resistente - Rash,
à Meticilina)
- Febre,
• MRSE (Staphylococcus aureus resistente à
Meticilina) - Trombocitopenia ,
• VRSA (Staphylococcus aureus resistente à
Vancomicina) - Neutropenia.
• VRE (Cepas de enterococos resistentes à Tromboflebite (prurido, rubor, taquicardia,
Vancomicina) hipotensão).

Vancomicina exige administração prolongada


(síndrome do homem vermelho).

➢ Vancomicina e
Glicopeptídeos
Atuam inibindo a síntese da parece celular.
➢ DAPTOMCINA (lipopeptídeo)
Altera a permeabilidade da membrana plasmática.

Representa uma das drogas de escolha diante da


resistência à Vancomicina e Oxacilina.

- MRSA/SAMR’s (Staphylococcus aureus resistente à


Oxacilina)

- VRSA (Staphylococcus aureus resistente à


1.a escolha contra Staphylococcus aureus resistente a Vancomicina)
OXACILINA (MRSA).
- MRSE (Staphylococcus aureus resistente à
Pacientes em estado grave. Meticilina)
Pacientes com hipersensibilidade a antibióticos - VRE (Cepas de enterococos resistentes à
betalactâmicos. Vancomicina)
Teicoplamina tem ação mais prolongada que a I.V mesma via da vancomicina
Vancomicina, ENTRETANTO NÃO APRESENTA ação no
SNC. Não é a opção mais recomendada para tratar
infecções das vias aéras (inativada pelo surfactante
pulmonar).

É útil como a Vancomicina na Endocardite infecciosa.

➢ LIPOGLICOPEPTÍDEOS EFEITOS COLATERAIS:

Atuam inibindo a síntese da parede celular. - Miopatia

- Flebite

- Rash

- Náuseas e vômitos

- Colite pseudomembranosa
Têm boa atividade contra os estafilocos e
enterococos, inclusive as cepas resistentes a
Vancomicina.
➢ LINEZOLIDA E TEDIZOLIDA
Alteram a permeabilidade da membrana celular
bacteriana (OXAZOLIDINODIONA)
Se ligam a subunidade 50S, e inibe a síntese de
proteínas.
Vancomicina e Glicopeptídeos: efeitos
colaterais Representa uma das drogas de escolha diante da
resistência à Vancomicina.
- Nefrotoxicidade.
Dandara Leal, 2021.
MRSA/SAMR’s (Staphylococcus aureus resistente à ➢ CLORANFENICOL
Oxacilina).
Varia de acordo com a concentração.
VRSA (Staphylococcus aureus resistente à
Vancomicina). Atua inibindo a síntese protéica (subunidade 50S)

MRSE (Staphylococcus aureus resistente à Meticilina). Ação no sistema nervoso central, ultrapassa a
barreira hematoencefálica.
VRE (Cepas de enterococos resistentes à
Vancomicina). - Infecções graves no SNC

V.O ou I.V diferente da vancomicina e daptomicina - Epiglotite aguda na criança


que são apenas IV.
- Febre tifoide
Não é a opção mais recomendada para tratar
infecções da corrente sanguínea ou do trato urinário Pode causar alterações hematológicas importantes.
(baixa concentração em fluidos corporais), mas é
indicada em pneumonia hospitalar nos casos de
MRSA/MRSE/VRE, bem como em infecções de pele. ➢ METRONIDAZOL
Inibição da síntese de ácido desoxirribonucleico e
EFEITOS COLATERAIS: degradação do DNA. Inibe a síntese e degrada o DNA.

- Rash Atividade bactericida e anti-protozoário.

- Náuseas É a terapia inicial no tratamento da colite


pseudomembranosa (V.O) (parasitas)
- Vômitos
Pode ser associado à claritromicina ou à amoxicilina
- Diarreia no tratamento do H. pylori (úlceras).

- Colite pseudomembranosa Vaginose bacteriana ( Gardnerella vaginalis).

- Supressão da medula óssea (trombocitopenia, Infecções orais e dentárias (Gram Negativas).


anemia e neutropenia) (uso maior que 2 semanas).

Efeitos colaterais:
INTERAÇÕES
- Alteração do paladar
Inibe a MAO: hipertensão associada a alimentos ricos
em tiramina (queijos, vinhos, enlatados) (mas é para - Escurecimento da urina
paciente internado).
- Dor de cabeça
Interação com ISRS (fluoxetina): síndrome
- Náuseas
serotoninérgica , febre, agitação, alterações do
estado mental e tremores.

➢ RIFAMPICINA
Quadro de tuberculose ou Hanseníase.
Outros fármacos: (estrutura química diferente)
Bloqueia a transcrição, inibindo a síntese de RNA.
Inibe especificamente a RNA-Polimerase-DNA-
dependente (DDRP) da bactéria sensível, cessando a
síntese de proteínas.

É indutor enzimático, por isso tem uso restrito.

Usada nas diversas formas de Tuberculose ou


Hanseníase em associação com outros antibióticos.

- Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida +


Etambutol)
Dandara Leal, 2021.
- Rifampicina + Dapsona + Clofazimina - Eritromicina

Prevenção em indivíduos que tiveram contato íntimo - Cefalosporina


com pacientes com meningites.
- Nitrofurantoina

Efeitos Colaterais: Trombocitopenia, Colite


pseudomembranosa.
• Antibiótico categoria C

REVISÃO

• Categoria D

Antibióticos na gravidez
São classificados em risco de A à D. Sendo o risco D
gera má formação fetal e riscos para o bebê.

O C possui poucos danos para o bebê.

Risco A é liberado.

Há evidências de risco em fetos humanos.


Helicobacter Pylori ->
Só usar se o benefício potencial justificar o risco Primeira escolha é
potencial: em situações de risco devida ou em casos
IBP + Claritromicina
de doenças graves para as quais não se possa utilizar
drogas mais seguras, ou se estas drogas não forem
eficazes.

Antibióticos COM RISCO de aborto espontâneo:

- Eritromicina, Azitromicina

- Quinolonas

- Tetraciclinas

- Sulfonamidas

- Metronidazol

Antibióticos SEM RISCO de aborto espontâneo:

- Penicilinas

Dandara Leal, 2021.


REVISANDO:

Dandara Leal, 2021.


Folha para anotações em geral:

Referências utilizadas nesse livro:


- Princípios de Farmacologia - A Base Fisiopatológica da Farmacologia por David
E. Golan. Guanabara Koogan; 1010
- Farmacologia Básica e Clínica - 13ª Ed. 2017Autor: Katzung,Bertram
G.,Trevor,Anthony J.
- WHALEN, K.; FINKEL, R.; PANAVELIL, T. A. Farmacologia ilustrada. 6.
ed. Porto Alegre: Artmed, 2016

NÃO AUTORIZO A REPRODUÇÃO TOTAL OU


PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER
MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO.

Obrigada professor Márcio Luiz pelas aulas maravilhosas e por ter


feito eu me apaixonar pela farmacologia!

Obrigada aos coleguinhas que me apoiaram durante a edição dessa


apostila.

Você também pode gostar