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Caso clínico

• GMR, 17 anos, vem para consulta de rotina.


• AO: Usa óculos desde os 7 anos de idade
• AF: Mãe com estrabismo
• AP: NDN
• AVcc: 20/20 AO
• P E C: LONGE - Orto com correção
PERTO - ET 20^ com correção
• MICRO ET de 2^ OE
• TESTE DE 4^: positivo
• TITMUS: 800 segundos de arco - estereopsia grosseira
• RX ESTÁTICA:
-2,25 -0,75 100º 20/20
-2,50 20/20P
• BIO E FO: Sem alterações
• HD: Síndrome de monofixação
• CD: Prescrito occ: -2,25 -0,75 100º
-2,50
Alta do estrabismo e acompanhamento no ambulatório geral
Síndrome de monofixação
• Descrita por Marshall M. Parks em 1969
• É uma forma de visão binocular subnormal sem bifixação
• Caracterizada por:
• Estrabismo de ângulo pequeno (8ˆ)
• Escotoma unilateral de supressão central facultativa
absoluta inferior a 3º
• Fusão periférica.
Etiologia:

• Estrabismo corrigido cirurgicamente - a causa mais comumente identificada.


Após a cirurgia, principalmente em pacientes com desvio residual menor de 8
dioptrias de prisma e menores de 2 anos de idade.

• Anisometropia - anisometropia pode levar a um escotoma de supressão


unilateral e ambliopia. Muitos desses pacientes desenvolvem síndrome de
monofixação como um mecanismo de adaptação.

• Lesão macular - uma lesão macular induzirá um escotoma (que não será por
supressão) e, em um esforço para manter o alinhamento, desenvolverá fusão
periférica.

• Primária - Muito difícil de diagnosticar, pois há falta de sintomas. A maioria


dos pacientes terá amblopia leve.
Síndrome de monofixação

• Diagnóstico:
• Exame físico:
• Normalmente assintomático. Suspeita clínica deve surgir se:
• Esteropsia Subnormal
• Assimetria na melhor acuidade visual corrigida
• Anisometropia
• História da cirurgia do estrabismo
• Ambliopia
• Doença da retina
Síndrome de monofixação
• Diagnóstico:
• Procedimentos diagnósticos:
• Testes de cobertura prismática - menos de 8 dioptrias prismáticas de heterotropia no
teste.
• Testes de estereoscopia: estereopsia reduzida (geralmente inferior a 60 segundos de
arco).
• 4 luzez de Worth: o paciente não percebe as 4 luzes no teste a distância. Entretanto,
quando o teste é realizado de perto, ele percebe os 4 pontos, pois a área de projeção dos
pontos na retina está fora da região de supressão.
• Teste das 4^: com o paciente lendo as letras a 6m, um prisma de 4^ de base-out é
colocada sobre um olho (aquele no qual suspeitamos de um escotoma macular de
supressão). Se o olho não se mover após ser coberto com o prisma, isso significará que o
paciente está tendo uma visão binocular única.
• Lentes Bagolini: paciente normal vê um X perfeito; um microtrópico vê um X mas a
linha correspondente ao olho afetado apresente urna falha ao cruzar a outra linha, que
corresponde ao escotoma de supressão macular.
Síndrome de monofixação
• Tratamento:
• Nenhum tratamento é necessário.
• Nos casos em que a acuidade visual esteja marcadamente
abaixo do normal, pode ser considerado o tratamento da
ambliopia (patching ou penalização).
• Como a síndrome de monofixação é um mecanismo
“compensatório”, ela pode descompensar. Tem sido estudado
que, mesmo quando isso não é comum (menos de 10% dos
casos em 14 anos de seguimento), esses pacientes podem se
beneficiar de uma cirurgia de estrabismo corretiva.

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