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OPTOMETRIA 2

HIPERMETROPIA
HIPERMETROPIA

Anomalia refracional
resultante da
incongruência entre as
potências das dioptrias
oculares e da longitude
axial do olho.
Os raios paralelos
procedentes do infinito É uma condição natural do
apresentam seu foco olho curto.
atrás da retina, quando
o olho em repouso.
HIPERMETROPIA
Caracteriza-se pela focalização de
luz em um ponto após a retina

• Estágio normal do
desenvolvimento visual nas
crianças.

• Praticamente todos os olhos


são hipermétropes na
época do nascimento com
cerca de 2,5D a 3D.

Foco da imagem após a Retina


HIPERMETROPIA

• Defeito refrativo freqüente, acomete cerce


de 55% da população brasileira.
• Na maior parte dos casos trata-se de
hipermetropias assintomáticas (menores que
0,50D).
• São freqüentes os casos de hipermetropia na
senilidade.
CAUSAS
1. Hipermetropia Axial: encurtamento antero-posterior
do olho. (fisiológica ou patológica).
2. Hipermetropia Refrativa:
i. A. Hipermetropia de Curvatura: curva da córnea
aplanada; diminuição da curvatura das faces do
cristalino.
ii. Hipermetropia de índice: diminuição do n Cristalino
(senil) e humor aquoso; aumento do n do Humor
Vítreo.
iii. Por aumento da distância entre córnea e cristalino.
iv. Afacia
AFACIA
1. Ausência do cristalino, mas também é
empregado quando o Cristalino está ausente
da área pupilar.
2. Apresenta um hipermetropia alta de cerca de
+/- 10D.
3. Apresenta aumento da imagem provocando
falsa orientação espacial.
4. Não existe mais o processo de acomodação;
FORMAS

1. Hipermetropia simples: encurtamento do


vítreo.
2. Hipermetropia composta: encurtamento do
vítreo e aplanamento da córnea.
3. Hipermetropia mista: córnea plana e vítreo
comprido ou córnea alongada e vítreo curto.
4. Hipermetropia de conformação ou débil:
estruturas normais mas em desarmonia.
Sujeita ao crescimento. (nascimento)
FORMAS
5. Hipermetropia elevada: fortemente axial.
Hereditária. Pode estar associada a encurtamento do
crânio, olhos pequenos e córneas planas.
Hipermetropia superior a 10D.
6. Unilateral: forma frequente de anisometropia. Um
olho emétrope e outro hipermétrope ou um miope e
outro hipermétrope. O olho hipermétrope poderá
ambliopizar.
7. Hipermetropia Sintomática: associada a patologias
diminuindo o comprimento longitudinal. Patologias:
tumores no polo posterior, descolamento de retina,
luxuação do cristalino ao vítreo, tumores orbitários,
cirurgia de catarata.
ACOMODAÇÃO x HIPERMETROPIA
Para focalizar os raios luminosos sobre a retina e
obter uma imagem clara do objeto, o
hipermétrope se utiliza da acomodação.
A acomodação no Hipermétrope apresenta-se
com um estado permanente levando a
hiperfunção do músculo ciliar.
Esta hiperfunção, em jovens, pode corrigir
elevadas dioptrias de hipermetropia
permitindo a este jovem uma visão 20/20.
AMPLITUDE DE ACOMODAÇÃO
IDADE AA
10 14
15 12
20 10
25 9
30 8
35 7
40 6
45 4
50 2
55 1,5
60 1,0
Quanto mais jovem Quanto maior a idade
MAIOR a AA. MENOR a AA.

É a máxima capacidade de acomodar e desacomodar do cristalino.


ACOMODAÇÃO x HIPERMETROPIA
• A ACC no hipermetrope é uma condição
permanente, com consequências ao paciente
hipermetrope: hiperfunção ou hipofunção do
músculo ciliar.
1. Hiperfunção: Um hipermetrope jovem pode
corrigir elevadas Dioptrias de hipermetropia
através da hiperfunção do músculo ciliar,
mantendo assim uma excelente AV.
2. Hipofunção: idosos
HIPERMETROPIA baseada na ACC
Podemos classificar a hipermetropia baseada na
acomodação.
1. Hipermetropia Total
Composta pela soma entra a Hipermetropia
Latente (HL) e Hipermetropia Manifesta (HM)
(HT = HL + HM)
2. Hipermetropia Manifesta
Composta pela soma entre a Hipermetropia
facultativa (HF) e Hipermetropia absoluta (HÁ)
(HM = HF + HA)
ACOMODAÇÃO x HIPERMETROPIA
HIPERMETROPIA TOTAL

LATENTE + MANIFESTA

FACULTATIVA + ABSOLUTA
ACOMODAÇÃO x HIPERMETROPIA

1. Hipermetropia LATENTE:
• Tônus fisiológico do músculo ciliar.
• Valor esperado de até 1,5D, mas pode apresentar
valores maiores.
• Só pode ser medida com a cicloplegia.
• “dioptria escondida”

2. Hipermetropia Manifesta:
• É determinada pelo Optometrista através da
retinoscopia.
ACOMODAÇÃO x HIPERMETROPIA
3. Hipermetropia absoluta: Com a atuação da
acomodação o hipermétrope consegue compensar
a hipermetropia, entretanto se o defeito for grande
a Dioptria de hipermetropia que a acomodação não
consegue compensar e será compensada através de
lentes é a absoluta.
4. Hipermetropia facultativa: A Hipermetropia
facultativa é aquele que o indivíduo usa da sua AA
para corrigir a Hipermetropia (sem fazer uso de
lentes oftálmicas) e manter acuidade visual 20/20
ou melhor.
ACOMODAÇÃO x HIPERMETROPIA
• Exemplo 01: Criança de 9 anos
1. Hipermetropia Total: 4D (com cicloplegia)
2. Hipermetropia Manifesta: 3D (sem
cicloplegia)
3. Hipermetropia Latente: 1D (diferença)
4. Hipermetropia Absoluta: 0D
5. Hipermetropia Facultativa: 3D
ACOMODAÇÃO x HIPERMETROPIA

• Exemplo 02: Adulto 45 anos


1. Hipermetropia Total: 4D (com cicloplegia)
2. Hipermetropia Manifesta: 3,5D (sem
ciclopegia)
3. Hipermetropia Latente: 0,5D (diferença)
4. Hipermetropia Absoluta: 3,5D
5. Hipermetropia Facultativa: 0D
SINTOMATOLOGIA
1. A AA diminui com a idade e faz com que os sintomas
do hipermétrope mudem de acordo com a idade e
com o estado acomodativo.

• Pacientes que têm insuficiência de acomodação a


acuidade de longe e de perto será ruim.
• Em pacientes jovens (menor de 20 anos): acuidade de
longe e de perto são boas já que a ACC compensa o
defeito.
• Hipermétrope com defeito maior que a sua capacidade
acomodativa ira ver mal de longe e pior ainda de perto.
SINTOMATOLOGIA
2. Hipermétrope não corrigido:
• Transtorno visual produzido pelo esforço.
• Astenopia acomodativa
• Dores na região ciliar – cefaléia
• Náusea
• Ardência ocular
• Visão borrada ao ceder acomodação
• Endotropia
• Excesso de convergência
• Blefarite ou blefaroconjuntivite crônica.
FUNDO DO OLHO
• Pseudoneurite óptica: anomalia pouco
frequente. Manifesta-se especialmente em
hipermetropias elevadas. Normalmente
bilateral. As bordas da papila encontram-se
borradas, especialmente as nasais.
• Tortuosidades vasculares: Os vasos retinianos
são mais sinuosos, principalmente as veias. A
mácula fica um pouco mais a temporal que no
emétrope.
CORREÇÃO VISUAL
• LENTES OFTALMICAS
• LENTES DE CONTATO
• CIRURGIA REFRATIVA
CORREÇÃO ÓPTICA
HIPERMÉTROPE JOVEM
• Não tolera inicialmente correção total da
hipermetropia. Devido a estar habituado a acomodar
constantemente, o músculo ciliar não consegue
relaxar e ficar em repouso em visão de longe. Ao fazer
a correção total o paciente fica com desconforto
visual.
• Em hipermetropias baixas o que define a prescrição é
a presença ou não de sintomas. Se a criança não
apresenta sintomas como baixa concentração,
astenopia, sono ao ler - não corrija.
CORREÇÃO ÓPTICA
1. Hipermetropia baixa
Só se justifica quando paciente apresenta sintomas.
2. Hipermetropia moderada
Deve ser corrigida pois o paciente apresenta sintomas. Corrigir a
maior Dioptria com o qual o paciente relate melhor AV com
conforto.
3. Hipermetropia alta
Obrigatoriamente deve ser corrigida pois pode vir acompanhada
de alterações acomodativas e vergênciais, tais como estrabismos
convergentes e torcicolo. Neste casos a correção é fundamental
na prevenção da AMBLIOPIA.
4. Hipermetropia anisometrópica
Devem ser corrigidas completamente, pois resulta na perda da
binocularidade, muitas vezes com valores menores que 1D.

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