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AMETROPIAS ESFÉRICAS

HIPERMETROPIA

POR: PROFESSORA BIBIANA PULIDO P


DEFINIÇÃO

Os raios procedentes do infinito


(paralelos) apresentam o seu foco atrás
da retina, quando o olho está em repouso
HIPERMETROPIA

Um objeto que for se aproximando pouco a


pouco do olho, será visto cada vez mais
embaçado, já que a imagem retiniana vai
desfocando progressivamente.

Quanto mais divergentes forem os raios que


incidem no olho, mais atrás se formará a imagem
e mais borrada ficará, porque maior será o
círculo de difusão
Olhos hipermétropes
aumentam sua
potência refrativa
para formar uma
imagem nítida de um
objeto na retina
• O hipermétrope tem potência refrativa
insuficiente para seu comprimento axial.

• Objetos observados serão focalizados


somente com o esforço acomodativo ou
com o auxilio de lentes convergentes

• Hipermetropia é resultado de: Diâmetro


anteroposterior muito curto, Inadequado
poder da córnea ou cristalino.
Hipermetropia
• Mais frequente das anomalias da
refração e constitui uma etapa do
desenvolvimento normal

• 75 % dos recém nascidos são


hipermetropes entre 2,50 D e 2,75 D

• No desenvolvimento ocular, o eixo axial


se alonga, assim grande porcentagem de
olhos ficam emétropes na adolescência
A hipermetropia pode acometer 55% da população
sendo que, na maior parte dos casos, trata-se de grau
inferior a 0,45 D, portanto, assintomática

As crianças pré-verbais têm alta capacidade


acomodativa que reduz lentamente por décadas,

Crianças toleram baixas e médias hipermetropias sem


baixa de acuidade visual ou astenopia, desde que
esteja dentro dos limites de sua tolerância acomodativa.
• Pequenos graus de hipermetropia
se devem a uma mistura de
longitudes axiais e focais dentro dos
intervalos normais para um olho
emétrope

• Graus médios e altos (maiores a 4


D), são geralmente devidos a uma
longitude axial mais curta
PONTO REMOTO DE
ACOMODAÇÃO

Maior distancia à qual um objeto pode ser


visto claramente sem acomodar

PR = 1/defeito (D)
PONTO REMOTO DE
ACOMODAÇÃO

O Ponto remoto de acomodação


para um olho hipermetrope não
corrigido é um ponto imaginário
e virtual situado atrás da retina.
PONTO REMOTO EM
HIPERMETROPES

O olho hipermétrope tem seu ponto


remoto (positivo) atrás da retina e a
imagem é virtual

Por exemplo, um hipermetrope de 8 D:

PR=1/+8.0
0,125 m ou 12, 5 cm detrás do olho
PONTO PROXIMO DE
ACOMODAÇÃO
O ponto mais próximo que o olho pode ver
claramente, neste ponto a atividade
refrativa do olho encontra-se em sua
máxima expressão
PONTO PROXIMO DE
ACOMODAÇÃO
O ponto próximo de acomodação para
um olho hipermétrope pode ser real,
localizado na frente do olho ou virtual
atrás do olho e isto depende do poder
acomodativo do olho.
PONTO PROXIMO DE
ACOMODAÇÃO

Se a amplitude de acomodação é menor que


o grau da hipermetropia, o PP de
acomodação estará situado atrás do olho e
não poderá haver visão nítida ainda usando
a máxima capacidade acomodativa
EXEMPLO

Hipermétrope de 3 D não corrigido e com 10 D


de A.A.
PR = 1/defeito
PR = 1/3 D
PR= 0,33 m ou 33 cm

PP = 1/defeito – AA
PP= 1/3 – 10
PP = 1/-7
PP -14 cm
ACUIDADE VISUAL NA
HIPERMETROPIA
• Com um grau correto de acomodação; a imagem
formada pelo sistema óptico do olho coincide
com a retina, se obtendo uma AV normal.

• O hipermétrope sem correção consegue ter uma


melhor acuidade visual de longe pela
acomodação exercida

• A AV de longe de um hipermétrope pode ser


melhorada com a acomodação e depende da
amplitude acomodativa.
• Pessoa jovem com uma hipermetropia de 3 D e com
A.A de 10 D não terá dificuldade de acomodar o
suficiente para compensar sua hipermetropia e
conseguir uma visão nítida

• Pessoa mais velha com o mesmo grau de


hipermetropia mas com A.A de 2 D de acomodação
não será capaz de compensar totalmente a
hipermetropia e não terá uma visão nítida de longe

• A A.V em visão próxima num hipermétrope depende


do grau da hipermetropia, da A.A e da distância que se
tenta ler
EXEMPLO
Sua visão próxima será
embaçada, pois tem que
Hipermétrope de 2 D
acomodar 2 D para
sem correção e AA de 3
compensar seu defeito
D, Lendo a 40 cm
refrativo e 2,5 pela
distância,

Terá que acomodar


Ainda faltará 1,5 D de nesta circunstância 4,5
acomodação D, sendo que sua AA é
de 3 D
ETIOLOGIA
Variação do comprimento axial do olho
(hipermetropia axial)

Variação da curvatura dos meios


oculares (hipermetropia de curvatura)

Variação do índice de refração dos


meios oculares (hipermetropia de índice)

Afacia (falta de cristalino)

Luxação ou ectopia do cristalino


(síndrome de Marfam)
SEMIOLOGIA: SINTOMAS

Dificuldade para a visão


próxima, mais que para a
visão de longe, mas se a
quantidade de ametropia
é elevada (maior a 4 D)
geralmente, aparece a
dificuldade para ambas
as distâncias.
SEMIOLOGIA: SINTOMAS

• Esforço acomodativo não mantido por muito


tempo produzindo fadiga do músculo ciliar

• Astenopia: dor de cabeça, cansaço, fadiga


visual, hiperemia, prurido, ardência e visão
desfocada

• Cefaléia na região frontal exacerbada com o


uso de visão próxima, é raro de manhã e
aparece no transcurso do dia.
SEMIOLOGIA: SINTOMAS

Hiper-sensibilidade à luz
(fotofobia),

Estes sintomas se manifestam em


geral após ler, escrever, realizar
trabalhos de perto e quando se lê
de noite e com luz artificial.
SEMIOLOGIA: SINAIS

Diâmetros Câmaras
ântero- Córneas anteriores
posteriores planas pouco
menores, profundas
SEMIOLOGIA: SINAIS
Congestão dos vasos
conjuntivais e das bordas
palpebrais, por
conjuntivites e blefarites
ocasionadas pelo esforço
acomodativo constante.

Nervo óptico pode


aparecer com as margens
elevadas pelo apertado
em que entram as fibras a
formar o nervo óptico,
dando um aspecto de
pseudo-edema papilar.
SINAIS
Nas hipermetropias elevadas é comum
estarem associadas com estrabismos
convergentes (endoforias ou
endotropias), originadas pelo excesso de
acomodação

Pacientes altamente hipermétropes tem a


tendência a aproximar os objetos para
aumentar a sua imagem na retina e
melhorar a visão.

Apresentam piscadas freqüentes


CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO AOS
VALORES DA HIPERMETROPIA

Baixa Moderada Alta

(até (+3,01 a (>+5,01


+3,00 D) +5,00 D) D)
CLASSIFICAÇÃO
HIPERMETROPIA
TOTAL

HIPERMETROPIA
HIPERMETROPIA
MANIFESTA
LATENTE

HIPERMETROPIA
HIPERMETROPIA
ABSOLUTA
FACULTATIVA
CLASSIFICAÇÃO

• Somatoria da latente com a


H. TOTAL manifesta
• Valor da refração ciclopégica

• Representa a hipermetropia
H. oculta, o tônus do musculo
LATENTE ciliar
• Latente= H. total – manifesta
CLASSIFICAÇÃO
• Divide-se em hipermetropia facultativa e
absoluta
H. MANIFESTA • Corresponde ao valor da refração sem
cicloplegia.

H. • Corresponde à parte da hipermetropia


manifesta que pode ser compensada pela
FACULTATIVA acomodação

• Corresponde à parte da hipermetropia


H. ABSOLUTA manifesta que não pode ser compensada
pela acomodação.
Exemplo
Ciclopegia: +4.25
Refração: +3.00
Rx final: +1.75

H. Total: + 4.25 D
H. Latente: + 1.25 D
H. Manifesta: + 3.00 D
H. Absoluta: + 1.75 D
H. Facultativa +1.25 D
 Ciclopegia: +3.75
 Refração: +3.00
 Rx final: +2.00

 H. Total:
 H. Latente:
 H. Manifesta:
 H. Absoluta:
 H. Facultativa:

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