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TÍTULO
DO RESUMO
ESTRABISMO
CURSO: OFTALMOLOGIA
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4 ESTRABISMO
1 DEFINIÇÃO
O Estrabismo se define como o não alinhamento ocular relativamente a um
objeto de atenção visual. O termo deriva do grego strabismos, que significa
“olhar oblíquo”. Se os dois olhos não estiverem voltados para uma mesma
posição, isso é estrabismo.
2 EPIDEMIOLOGIA E
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
O estrabismo ocorre em 3,8% a 5% da população (em alguns casos, o es-
trabismo não causa disfunção estética). Pode causar:
O estrabismo também pode causar torcicolo, uma vez que o indivíduo tenta
inclinar a cabeça para compensar o problema na visão. Pode ser comitante
(mais comum, com 74% dos casos, essencial, em que o ângulo de desvio é
constante em todas as direções) ou não comitante (desvios paralíticos e de
restrição oculomotora). O estrabismo também pode ser reflexo de outras
doenças oculares e sistêmicas. Por exemplo, diabetes pode afetar o sexto
par de nervos cranianos, um aneurisma cerebral pode oprimir o sexto nervo
e algumas fibras do terceiro par de nervos cranianos.
3 DIAGNÓSTICO
Será realizado como o diagnóstico de qualquer outra condição patológica:
anamnese, inspeção, exame oftalmológico, semiologia motora e semiologia
sensorial. Na semiologia, são feitos testes simples. Um deles consiste na
utilização de um objeto luminoso em uma sala escura. O paciente olha para
o objeto e a luz deve refletir no meio da pupila direita e no meio da pupila
esquerda, chamado de Teste de Hirschberg (FIGURA 1). Se o reflexo da luz
estiver fora do meio da pupila, é indicativo de o paciente ter estrabismo.
ESTRABISMO 5
FIGURA 1
Para avaliação com maior precisão, aplica-se o Teste de Krimsky (FIGURA 2),
que consiste na sobreposição de prismas com diferentes poderes dióptricos
à frente do olho desviado. O prisma é um dispositivo óptico de formato
triangular – com um ápice e uma base –, com a capacidade de desviar a
trajetória do estímulo luminoso em direção à sua base, e, consequentemente,
a imagem percebida pela retina é deslocada em direção ao ápice prismático.
Portanto, o ápice do prisma aponta como “uma seta” em direção ao novo
posicionamento do objeto que fixamos.
FIGURA 2
FIGURA 3
4 TRATAMENTOS
Um dos tratamentos para a ambliopia causada por estrabismo é a oclusão
(FIGURA 4). Ela é feita para obrigar o cérebro a utilizar o olho que não estava
normal. Isso, teoricamente, seria feito com crianças de até 6–8 anos (quando
ainda se tem plasticidade cerebral), mas algumas pessoas com mais idade
se beneficiam. O problema é que, ao destapar o olho em posição normal
(fixador), o cérebro tende a utilizá-lo novamente, e a visão do olho contra-
lateral desviado volta a ser suprimida. É por isso que esse tratamento não
deve ser usado para colocar o olho de volta na posição, mas sim para tratar
a ambliopia, de preferência em crianças com menos de 4–5 anos. O primeiro
exame oftalmológico, então, deve ser bem precoce – primeiramente, faz-se o
teste do olhinho, depois é feito o exame aos 2–3 anos e, se houver ambliopia,
ESTRABISMO 7
FIGURA 4
Figura 4: Oclusão.