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Estrabismos
Professora Chalita
É o desalinhamento dos olhos em que cada um aponta para uma direção diferente. Pode
ser constante ou intermitente.
o Foria é quando é intermitente. É capaz de voltar para a posição normal.
o O que fica o tempo todo desviado é tropia.
A maioria dos casos de estrabismo ocorre em crianças. Por isso, o estudo é chamado de
oftalmologia pediátrica ou estrabologia.
Para testar a musculatura extraocular, fazemos aquele teste de motilidade extraocular
com o H ou a cruz.
o Mas existe também o teste de Cover simples. Ele consiste em pedir que o
paciente olhe para um objeto fixo com os dois olhos, tapando um deles em
seguida e observando se esse olho continuará focado no objeto ou apresentará
desvio.
Se o desvio só está presente quando o olhinho é tampado, esse paciente
tem foria. Se o paciente desvia o olho para fora, é exoforia. Se desvia
para dentro, é endoforia. Se pra cima, hiperforia. Se para baixo,
hipoforia.
Já o paciente que tem tropia não consegue manter o alinhamento dos
olhos nem mesmo ao tentar focar num objeto. Também pode ser
classificada em exo, endo, hiper ou hipotropia seguindo a mesma lógica.
A ambliopia pode ter outras causas também, como o bloqueio do eixo visual (ou
chamada “privação de luz”; ocorre nos pacientes que têm catarata congênita, por
exemplo) ou por ametropia (é a chamada “privação de forma”).
O diagnóstico de ambliopia nas crianças:
o Que ainda não falam (pré-verbais; de 0 a 2 anos) é feito com o teste da acuidade
visual com os cartões de Teller;
o Que falam é feito com o teste de acuidade visual de Snellen (usando letras ou
desenhos).
Diogo Araujo – Med 92
Todo paciente com estrabismo tem que ser submetido a exame oftalmológico completo
para saber se o estrabismo é primário ou secundário.
O teste de Titimus avalia a estereopsia. Ela consiste na capacidade de o cérebro tem de
fundir as imagens captadas por cada um dos olhos em uma só imagem. Como os
pacientes estrábicos têm diplopia, eles têm a estereopsia diminuída, o que pode ser
confirmado pelo teste de Titimus.
o A estereopsia é necessária para ver filmes 3D. Os pacientes estrábicos não
conseguem ver filme 3D.
Numa criança com estrabismo, temos de tratar duas coisas: a ambliopia e o estrabismo!
Começamos sempre tratando a ambliopia. Para isso:
o Nas crianças que são hipermétropes e que têm estrabismo, nós colocamos um
óculos que corrige completamente o grau;
o Quando mesmo assim há diferença de visão entre os olhos maior que duas
linhas (ou seja, um é 20/20 e o outro é 20/80), nós fazemos a oclusão do olho
sadio durante meses para estimular que o olho amblíope funcione e corrija o
seu funcionamento. Assim tratamos a ambliopia. Só que esse tratamento
precisa muito da colaboração da família. Quanto menor a idade da criança para
fazer esse tratamento, menor o período de tratamento.
Geralmente, prescrevemos o tampão por 2 meses. A criança coloca o
tampão no olho sadio assim que acorda e só tira quando dorme.
Não podemos deixar o tampão no olho sadio por muitos meses porque,
assim, podemos fazer uma ambliopia iatrogênica no olho que era bom.
Se a criança não usa o tampão de forma alguma, podemos fazer o tratamento com a
penalização. Ou seja, vamos pingar diariamente colírio de atropina (que dilata a pupila)
no olho sadio para borrar a imagem e fazer a criança usar o olho amblíope.
o Contudo, esse método não vai ser muito bom se a diferença de acuidade for
muito grande entre os olhos porque, mesmo que dilate o olho sadio, a criança
prefere o usar o olho dilatado do que o olho amblíope.
A Sociedade Brasileira de Oftalmologia recomenda que a criança que nasceu e tem teste
do olhinho normal faça consulta oftalmológica completa até 1 ano de idade. Se tudo
estiver certinho depois dessa consulta, acompanhar com o oftalmologista só de 2 em 2
anos.