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Introdução a

Optometria
Comportamental
História e Bases da Optometria Comportamental

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Esp. Núbia Albergoni

Revisão Textual:
Aline Gonçalves
História e Bases da
Optometria Comportamental

• Introdução à Optometria Comportamental;


• História da Optometria Comportamental;
• #21 Pontos;
• Modelos de Cuidados com a Visão;
• Os Quatro Círculos de Skeffington;
• Optometria Comportamental pelo Mundo.


OBJETIVOS

DE APRENDIZADO
• Abordar a história da Optometria Comportamental, suas bases e filosofia;
• Esclarecer a diferença entre vista e visão, quais são as principais vias de entrada visual e
sua importância;
• Discutir a maneira comportamental de ver a visão.
UNIDADE História e Bases da Optometria Comportamental

Introdução à Optometria Comportamental


A Optometria Comportamental, também chamada de Optometria Funcional ou
do Desenvolvimento, é uma especialização da Optometria clássica que visa entender,
identificar e tratar anomalias visuais sob o ponto de vista funcional da visão. Utiliza téc-
nicas de avaliação para melhorar a eficiência visual, tendo seu máximo funcionamento
e rendimento com mínimo gasto energético. Seu treinamento é feito a partir do Pro-
grama de Terapia Visual Comportamental, um programa ordenado pelo optometrista
comportamental após avaliação da eficiência visual e seu processamento, sendo espe-
cífico para cada paciente. Nesse programa são utilizadas ferramentas como prismas,
lentes de rendimento (neurofuncionais) e outros instrumentos para que seja recupera-
da a eficácia visual e, por consequência, melhora das habilidades visuais.

A Optometria Comportamental atua nas áreas de Terapia Visual trabalhando


junto a indivíduos com problemas visuais, como estrabismo, ambliopia, desabilida-
des visuais, problemas de processamento visual, problemas de leitura, problemas de
aprendizagem, astenopia, visão desportiva e controle da miopia, tendo como obje-
tivo principal melhorar o rendimento e a eficiência visual, para que esse paciente
tenha seu máximo potencial nas atividades que envolvam a visão.

História da Optometria Comportamental


A Optometria é a ciência que cuida da função visual. Essencialmente, é algo que
parece simples: é preciso entender e ter conhecimento nas áreas de anatomia e fisio-
logia ocular, erros refrativos e prescrição destes, sendo guiado pela Óptica Oftálmica.
Aparentemente, não tem muito segredo. Porém, em meados de 1915, o Dr. A. M.
Skeffington veio à comunidade optométrica e apresentou uma nova maneira de
entender a visão. A ideia consistia no fato de que o processo de “ver” estava muito
além do que simplesmente ter acuidade visual 20/20. A visão é um processo dinâ-
mico que precisa ser entendido, processado, e são utilizados muito mais que alguns
mecanismos oculares.

Em 1928, foi criada a OEPF (Optometry Extension Program Foundation), pelos


Drs. A. M. Skeffington e E. B. Alexander, com propósito de difundir conhecimento
sobre as novas ideias de visão e processamento visual por meio de congressos, cur-
sos, pós-graduações, artigos e revistas. Ainda hoje, a OEP é referência em criação
de conteúdo para a Optometria Comportamental e seus associados.

A Optometria Comportamental chegou ao Brasil em 2011, formando a primeira


turma de especialização em Optometria Comportamental pelo Instituto Thea –
Florianópolis/SC. Desde essa data, formou mais de 200 profissionais especialistas.
Hoje, o curso é ministrado pelo Sanet-Vergara Seminars e continua atuando na
formação dos profissionais brasileiros, incentivando a pesquisa e a disseminação de
avaliação visual e terapia visual com padrão internacional.

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Alguns dos principais nomes da Optometria Comportamental são:

Figura 1
Fonte: Reprodução

Profissionais ainda atuantes:

Figura 2
Fonte: Adaptado de Eye Care | SIODEC

#21 Pontos
Em seu texto, Sandra Mogo (2008) explica que o método analítico dos #21 Pontos
surgiu devido à tentativa de substituir métodos empíricos por regras precisas. O méto-
do foi concebido pelo Dr. A. Skeffington e sua equipe do OEP (Optometric Extension
Program). Foi publicado pela primeira vez em 1935, e a última edição data de 1996.
Os #21 pontos têm como base o método de análise visual segundo o critério de Sheard.
As bases desse sistema analítico podem ser resumidas como se segue:
• a acomodação e a convergência são interdependentes;
• existe uma zona de margem entre as duas funções que permite certa flutuação
de uma sem alterar a outra (convergência relativa/acomodação relativa);

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UNIDADE História e Bases da Optometria Comportamental

• pode haver falta de conforto por flutuações desiguais de uma função em rela-
ção à outra;
• comparando as flutuações de cada função com as suas normas, se uns resulta-
dos são baixos, outros são automaticamente altos;
• algumas sequências de resultados podem se agrupar em síndromes com aparên-
cias características.

Figura 3
Fonte: Getty Images

Testes optométricos realizados:


• #1 Oftalmoscopia (±1.00 D);
• #2 Ceratometria (astigmatismo direto 0.25–1.00 D);
• #2A Acuidade visual em visão de longe (1.0 ou +);
• #3 Foria habitual de longe (0.5▵EXO);
• #13A Foria habitual de perto (6▵EXO);
• #4 Retinoscopia estática (+0.50–0.75 D);
• #5 Retinoscopia de perto –50 cm (+ convexo em 1.00–1.50 D que o #4);
• #6 Retinoscopia a 1 m (+ convexo em 0.50–0.75 D que o #4);
• #7 Subjetivo monocular de longe (+0.50 D);
• #7A Subjetivo binocular de longe (+0.50 D);
• #8 Foria induzida de longe (0.5▵EXO);

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• #9 Enublamento com base OUT (fora) de longe (7-9▵);
• #10 Convergência de longe (19▵/10▵);
• #11 Divergência de longe (9▵/5▵);
• #12 Foria e ducções verticais ao longe (ORTO, base UP (superior) 3 ▵/1▵,
base DOWN (inferior) 3 ▵/1▵);
• #13B Foria induzida de perto (6▵EXO);
• #14A Cilindros cruzados monoculares (+ convexo em 1.00–1.50 D que o #7);
• #15A Foria induzida de perto pelo #14A (6▵EXO);
• #14B Cilindros cruzados binoculares (+ convexo em 1.00–1.50 D que o #7);
• #15B Foria induzida de perto pelo #14B (6▵EXO);
• #16A Convergência relativa positiva (15▵);
• #16B Convergência de perto (21▵/15▵);
• #17A Convergência relativa negativa (14▵);
• #17B Divergência de perto (22▵/18▵);
• #18 Foria e ducções verticais de perto (ORTO, baseUP 3 ▵/1▵, base DOWN
3 ▵/1▵);
• #19 Amplitude de Acomodação (≥5 D);
• #20 Acomodação relativa positiva (–2.50 D);
• #21 Acomodação relativa negativa (+2.00 D).

Analisando bem, esses testes são usados em nossa ficha clínica diária. A dispo-
sição dos testes fica de fácil entendimento, pois está em sequência. A interpretação
leva em consideração dados da anamnese, observação direta e correlação de dados.

Modelos de Cuidados com a Visão


Há, essencialmente, dois modelos de cuidados com a visão: o Modelo Estrutural
ou Clássico e o Modelo Funcional ou Comportamental.
• Modelo clássico ou estrutural: também chamado de tradicional, esse modelo
leva em conta a estrutura ocular e, em caso de alterações, como erros refrativos e
desvios oculares, é prescrita correção óptica e pouco é incentivada a terapia visual.
Acredita-se que, após os 9 anos, não é possível mudar anomalias visuais, como
a ambliopia, e entende o modelo visual sob o ponto de vista anatômico, neurofi-
siológico e sensório-motor. O olho é uma câmera fotográfica ou computador, os
nervos ópticos são seus cabeamentos. A acuidade visual é o monitor e o campo
visual, o tamanho da tela. É um modelo simplista, que tem como objetivo corrigir
o erro refrativo a partir das alterações dos componentes oculares (PRESS, 2008);

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• Modelo comportamental ou do desenvolvimento: mais comumente e apro-


priadamente chamado de Optometria Comportamental. Esse modelo enfatiza
o desenvolvimento, a função visual e o desempenho visual do paciente e como
isso afeta suas atividades diárias como um todo, tendo uma visão holística do
comportamento visual.

Os procedimentos realizados visam ao movimento, à conscientização e à redução


do estresse visual para obter um melhor e mais eficaz processamento das informações
visuais, organizando a visão central-periférica e a função visuo-motora (PRESS, 2008).

A filosofia comportamental entende que o estado refrativo e binocular do pacien-


te pode ser o resultado de estresse visual ou desempenho incorreto das habilidades
visuais, e não sua causa.

Para entender as bases da Optometria Comportamental, é preciso ter em mente


a diferença entre ter uma vista e ter uma boa visão. Entenda:
• Vista: é a porcentagem que o paciente visualiza a 6 m de distância, ou seja, sua
acuidade visual. É uma medida importante e crucial na prática clínica. Mas afirmar
que o indivíduo tem uma boa visão tendo “apenas” 20/20 é, no mínimo, raso.

É preciso ir além, entender o que interfere em seu rendimento visual além do


20/20. Quantas pessoas você conhece e que têm a acuidade visual máxima, mas
têm baixo rendimento de leitura, reportam cansaço ao ler ou salta linhas, sente sono
nas atividades que envolvem a visão, não conseguem ler em movimento. Mas têm
20/20. Se a leitura é um processo predominantemente visual, o que está provocan-
do esses sintomas, uma vez que têm 20/20 para longe e perto (ou J1)? O que há de
errado? Acompanhe a seguir.
• Visão: esse paciente pode ter um problema visual que vai além de ter 100% de
acuidade visual. Visão é um processo dinâmico, que envolve foco, binocularidade,
movimentos oculomotores precisos e entendimento do que está sendo visto ou
lido. Ou seja, visão é um sentido que tem que ser sentido, processado, entendido
e integralizado com outras habilidades que possuímos (como memória, audição,
propriocepção e linguagem). É um processo que tem de ser desenvolvido.

Eu criei, de forma muito simples, para explicar aos pais dos meus pacientes, quais
são as habilidades básicas para ter uma boa visão. Isso nos leva à Pirâmide Visual:

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e
dad
lari
o cu
Bin

Per
cep
ção
Visu
al
Foco
Figura 4 – Pirâmide visual

Separei em três as habilidades básicas necessárias para que se tenha uma


visão adequada.
• Foco: nesse eixo do triângulo, entra tanto Acuidade Visual (AV) quanto Aco-
modação (ACC). É fundamental e imprescindível que o indivíduo tenha um bom
foco. É muito comum nos dias de hoje recebermos pacientes com problemas
acomodativos, nos quais, com muita frequência, não há dioptrias importantes
a serem compensadas com lentes corretivas, mas é necessário um trabalho de
readequação desse sistema acomodativo, pois encontra-se acomodando demais
(excesso de acomodação), acomodando de menos (insuficiência de acomodação)
ou não há boa flexibilidade para mudar de um foco para outro (inflexibilidade de
acomodação). E, claro, se o paciente possui erro refrativo, ele interfere em seu
foco e é preciso corrigir de forma adequada.

Acuidade visual e acomodação estão ligadas e trabalhando juntas, de forma


harmoniosa, fornecem um bom foco e nitidez de imagem;
• Binocularidade: nesse eixo entram todos os componentes que envolvem os
dois olhos: vergência, acuidade estereoscópica (visão 3D), movimentos oculo-
motores (sacádicos e seguimento) e versões. Cada um deles tem função es-
pecífica no sistema visual, e juntos possibilitam a binocularidade e o melhor
rendimento visual. Nosso cérebro ama a visão 3D e faz de tudo para que os dois
olhos tenham o mesmo estímulo de entrada e estejam sincronizados. Qualquer
“dissincronia” desse sistema, que deve ser conjugado, pode gerar problemas em
algumas tarefas e demandas que exijam binocularidade, como na leitura, cópia
do quadro para o caderno e noção de profundidade, como para assistir a um
filme em 3D ou estacionar o carro;

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UNIDADE História e Bases da Optometria Comportamental

• Percepção visual: ou processamento visual, é o eixo onde tudo o que é visto é


selecionado por grau de importância, processado e dado um sentido àquela ima-
gem, correlacionando com outras habilidades de aprendizagem e comportamento.

A visão tem de ser entendida. Há várias pessoas que leem, porém não entendem
o que leem. Já têm idade para desempenhar e identificar imagens mais complexas,
mas ainda não conseguem diferenciar imagens semelhantes ou não identificam dife-
renças entre imagens parecidas, incluindo letras e palavras.

O processamento visual é o mais alto nível esperado para adultos e crianças.


É possível avaliar como está o processamento desse indivíduo de acordo com sua
idade. Há pessoas que deveriam ter um bom processamento visual, mas sua percep-
ção é reduzida se comparado com pessoas da mesma idade.

Uma boa visão é o resultado de um bom processamento visual, e este só tem um


bom desempenho se as informações de entrada (foco + binocularidade) estiverem
em sinergia.

Figura 5
Fonte: Acervo do conteudista

Os Quatro Círculos de Skeffington


O Triângulo Visual citado anteriormente é de minha autoria, para que meus pa-
cientes e seus pais entendam todo o processo que envolve a visão de maneira sim-
ples. Mas dentro da comunidade Comportamental, a construção do pensamento
visual foi pensada pelo Dr. Skeffington, organizada em quatro círculos, chamados de
“Os Quatro Círculos de Skeffington”.

Os quatro círculos indicam a integração do desempenho visual com a função cere-


bral cortical e o desempenho educacional. Os círculos são: Círculo de Antigravidade,
Centralização, Identificação e Linguagem.

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Eles envolvem toda parte de entrada de informação relacionada ao equilíbrio e loca-
lização espacial, atenção visual e foco, identificação da imagem e correlação disso
com outras habilidades de processamento e aprendizagem que ajudam na decisão
de ação e comunicação.

Antigravidade

Centralização
Linguagem

Identificação

Figura 6 – Os 4 círculos de Skeffington


• Círculo de Antigravidade: ele está relacionado à via magnocelular, relacionan-
do o equilíbrio, a propriocepção e a localização espacial, fortemente relaciona-
do com sistema vestibular, de equilíbrio e de propriocepção. É fundamental a
pessoa entender onde está no mundo para que “calcule” onde colocará os olhos
quando precisar mudar os olhos de posição. Esse círculo responde à pergunta
“Onde estou?”;
• Círculo de Centralização: após o indivíduo entender onde está localizado no
espaço, tem de localizar onde o objeto-alvo se encontra, respondendo à pergunta
“Onde está?” o objeto em questão. Nesse momento, há integração de toda
atenção visual (figura-fundo) para identificar qual objeto é importante em toda
cena visual, alinhamentos dos olhos, relação da cabeça-corpo, convergência e
acomodação. Todos esses processos dão preparo para o próximo círculo;
• Círculo de Identificação: sob comando da via parvocelular, os sistema de foco
e fixação é ativado e tem como objetivo identificar o objeto, suas cores, formas e
contrastes, sendo associado com a memória para identificar seu nome e outras as-
sociações necessárias e correlacionar com os pensamentos e as ações pretendidas;
• Círculo da Linguagem: ou discurso. Aqui é presenciado o resultado da cons-
trução do pensamento visual em palavras, comunicando com outras pessoas
os pensamentos, a descrição de imagens, nossos pensamentos em palavras,
incluindo a leitura e conversação. O discurso falado é integralizado a partir do
processo de visualização, sincronizado e processado com outras áreas.

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UNIDADE História e Bases da Optometria Comportamental

De forma geral, os Quatro Círculos de Skeffington explicam como a entrada da


imagem através dos olhos, por meio do sistema magnocelular (inconsciente), interage
com os sistemas de saída: vestibular, tátil, auditivo e proprioceptivo, direcionando
nossos movimentos corporais e de tomada de decisão, como uma ação muscular.

Entenda isso na prática. Observe a figura a seguir. O que você vê? O que é isso?
Essa imagem não é uma ilusão, mas uma fotografia de um assunto familiar. Você
consegue ver o que é?

Figura 7
Fonte: HOLLAND, 2002

Se não conseguiu desvendar, entenda a seguir.

Figura 8 – Boi
Fonte: HOLLAND, 2002

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É a mesma figura mostrada anteriormente, mas com aprimoramento. Seu sistema
visual demorou uns segundos para entender o contorno, os detalhes, dar sentido à fi-
gura, e então percebeu que era um boi. Ou então você só deu conta que era o animal
quando viu a figura seguinte, com a ajuda do traço, e conseguiu finalmente entender
do que se tratava. É justamente sobre isso que Skeffington se refere, à organização
das habilidades visuais para entender e dar sentido às imagens vistas.

Como representado na figura a seguir, os olhos atuam como sensores que levam
as informações visuais aos centros de controle e processamentos cerebrais, integran-
do com outros sistemas, para que assim a imagem seja entendida pelo indivíduo.

Figura 9
Fonte: Adaptado de flaticon

A entrada das imagens através do olho, a partir do sistema parvocelular, leva como
saída (de forma consciente) o significado do mundo externo por meio da identifica-
ção e interação do indivíduo, com consequente planejamento visual e comunicação.

Optometria Comportamental pelo Mundo


Idealizada nos Estados Unidos, a Optometria Comportamental aos poucos foi
ganhando adeptos e seus ensinamentos foram espalhados pelo mundo.

Com o advento das ideias comportamentais, associações foram criadas para que
o estudo, a pesquisa e o compartilhamento de casos clínicos fossem de fácil acesso.
Confira as principais sociedades de Optometria Comportamental pelo mundo:

OEPF (Optometric Extension Program Foudation): cofundada pelo Dr. Skeffington


em 1928, a OEPF foi a primeira liga de Optometristas Comportamentais que tinham
ideias funcionais da visão. Ainda hoje a OEPF é referência em cursos, artigos e pes-
quisa na área comportamental.

Confira o da OEPF, disponível em: https://bit.ly/30EX3ue

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• COVD (College Optometrists in Vision Development): para tornar-se um


optometrista comportamental nos Estados Unidos da América, é necessário
passar pelas aulas ministradas no COVD. Seu corpo clínico é formado pelos
melhores optometristas que passam o conhecimento adiante e formam novos
participantes do corpo clínico;

Fundado em 1970, ainda naquela época tinham em vista seus principais obje-
tivos, que, como missão, ainda têm ainda hoje, segundo Leonard Press (2010):
• Estabelecer um corpo de profissionais que são conhecedores das fun-
ções visuais funcionais e de desenvolvimento e seus conceitos, garantido
ao público que receberão, continuamente melhora visual e cuidados;
• Promoção, incentivar e engajar na cooperação interdisciplinar;
• Permitir que os membros mantenham o mais alto padrão de conheci-
mento profissional e competência;
• Educar e incentivar optometristas a qualificar-se para associação e
incentivo à bolsa de estudos na faculdade;

• Certificar optometristas como qualificados nesta especialidade optométrica.

Acesse o site do COVD para conhecer mais sobre o grupo e suas atividades.
Disponível em: https://bit.ly/2CGTnQC

• SIODEC: é uma sociedade científica e associação internacional sem fins lucrati-


vos. Fundada em 2008, é a sociedade comportamental representada na Europa.
Atua na promoção de cursos, certificações, interações entre profissionais da
área de outras profissões associadas. Seus principais objetivos são compactu-
ados, como os citados da OEPF, e ela tem como principal missão “melhorar a
qualidade de vida das pessoas promovendo excelência no exercício da  Opto-
metria Comportamental e terapia visual optométrica, mediante um rigoroso
processo de certificação e formação continuada de profissionais”;

No link a seguir, você pode entender melhor como é o trabalho realizado pela Siodec (há
opção de ler o conteúdo na língua espanhola, clicando no canto superior direito). Acesse em:
http://www.siodec.org/

• BABO: é uma associação de Optometria Comportamental britânica, levando


os princípios comportamentais àquele país. Segundo o site, “a Associação Bri-
tânica de Optometristas Comportamentais é uma rede de optometristas alta-
mente qualificados e motivados, com um interesse especializado em como a
visão afeta o desempenho humano”;

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• CSO (College of Syntonic Optometry): é uma graduação que oferece cursos
na área de Syntonic, técnica que utiliza frequências de luz específicas para tratar
alguns problemas visuais, juntamente com a terapia visual;
• BOAF (Behavioral Optometry Academy Foundation): o objetivo dessa fun-
dação sem fins lucrativos é melhorar e avançar a Optometria Comportamental/
Optometria Funcional/Optometria de Desenvolvimento, Optometria Sintônica,
Reabilitação Neuro-Optométrica (aqui chamada de Optometria Comportamental),
com o objetivo de servir melhor a humanidade no cuidado do presente precioso
de visão.

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UNIDADE História e Bases da Optometria Comportamental

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Leitura
Conceito de Visão segundo a Optometria Comportamental
https://bit.ly/3fOYRqK
La Vision
https://bit.ly/2WOjqw4
A história da Optometria Comportamental
https://bit.ly/2OPPc7q
Diferenças entre Terapia Visual e Ortóptica
https://bit.ly/3fX35Ng

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Referências
ALBERGONI, N. Visão e aprendizagem: muito além dos óculos. Curitiba, 2019.

COVD. In Memorian: John Streff. CVOD Journal, v. 41, n. 2, 2010.

HOLLAND, K. The science of behavioural optometry. Optometry Today, 8 mar. 2002.

MOGO, S. Método analítico dos #21 pontos do Optometric Extension


Program. 10 jan. 2008. Disponível em: <http://webx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/
alunos/21ptsOEP.pdf>. Acesso em: 10/07/2020.

PRESS, L. Applied concepts in vision therapy. OEPF – Optometric Extension


Program Foundation, New York, USA, 2008.

________. J. Donald J. Getz, O.D., 1931-2012. The Visionhelp Blog, 2 set. 2012.
Disponível em: <https://visionhelp.wordpress.com/2012/09/02/donald-j-getz-o-
-d-1931-2012/>. Acesso em: 18/07/2020.

Sites Visitados
BABO. Disponível em: <http://babo.co.uk/>. Acesso em: 10/07/2020.

BOAF. Disponível em: <https://www.boaf-eu.org/>. Acesso em: 10/07/2020.

CSO. Disponível em: <https://csovision.org/>. Acesso em: 10/07/2020.

FOUR Circles Vision. Vision Therapy. Disponível em: <https://fourcirclesvision.


com/vision-therapy>. Acesso em: 11/07/2020

SIODEC. Disponível em: <http://www.siodec.org/>. Acesso em: 10/07/2020.

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