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Optometria
Comportamental
História e Bases da Optometria Comportamental
Revisão Textual:
Aline Gonçalves
História e Bases da
Optometria Comportamental
OBJETIVOS
DE APRENDIZADO
• Abordar a história da Optometria Comportamental, suas bases e filosofia;
• Esclarecer a diferença entre vista e visão, quais são as principais vias de entrada visual e
sua importância;
• Discutir a maneira comportamental de ver a visão.
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Alguns dos principais nomes da Optometria Comportamental são:
Figura 1
Fonte: Reprodução
Figura 2
Fonte: Adaptado de Eye Care | SIODEC
#21 Pontos
Em seu texto, Sandra Mogo (2008) explica que o método analítico dos #21 Pontos
surgiu devido à tentativa de substituir métodos empíricos por regras precisas. O méto-
do foi concebido pelo Dr. A. Skeffington e sua equipe do OEP (Optometric Extension
Program). Foi publicado pela primeira vez em 1935, e a última edição data de 1996.
Os #21 pontos têm como base o método de análise visual segundo o critério de Sheard.
As bases desse sistema analítico podem ser resumidas como se segue:
• a acomodação e a convergência são interdependentes;
• existe uma zona de margem entre as duas funções que permite certa flutuação
de uma sem alterar a outra (convergência relativa/acomodação relativa);
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• pode haver falta de conforto por flutuações desiguais de uma função em rela-
ção à outra;
• comparando as flutuações de cada função com as suas normas, se uns resulta-
dos são baixos, outros são automaticamente altos;
• algumas sequências de resultados podem se agrupar em síndromes com aparên-
cias características.
Figura 3
Fonte: Getty Images
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• #9 Enublamento com base OUT (fora) de longe (7-9▵);
• #10 Convergência de longe (19▵/10▵);
• #11 Divergência de longe (9▵/5▵);
• #12 Foria e ducções verticais ao longe (ORTO, base UP (superior) 3 ▵/1▵,
base DOWN (inferior) 3 ▵/1▵);
• #13B Foria induzida de perto (6▵EXO);
• #14A Cilindros cruzados monoculares (+ convexo em 1.00–1.50 D que o #7);
• #15A Foria induzida de perto pelo #14A (6▵EXO);
• #14B Cilindros cruzados binoculares (+ convexo em 1.00–1.50 D que o #7);
• #15B Foria induzida de perto pelo #14B (6▵EXO);
• #16A Convergência relativa positiva (15▵);
• #16B Convergência de perto (21▵/15▵);
• #17A Convergência relativa negativa (14▵);
• #17B Divergência de perto (22▵/18▵);
• #18 Foria e ducções verticais de perto (ORTO, baseUP 3 ▵/1▵, base DOWN
3 ▵/1▵);
• #19 Amplitude de Acomodação (≥5 D);
• #20 Acomodação relativa positiva (–2.50 D);
• #21 Acomodação relativa negativa (+2.00 D).
Analisando bem, esses testes são usados em nossa ficha clínica diária. A dispo-
sição dos testes fica de fácil entendimento, pois está em sequência. A interpretação
leva em consideração dados da anamnese, observação direta e correlação de dados.
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Eu criei, de forma muito simples, para explicar aos pais dos meus pacientes, quais
são as habilidades básicas para ter uma boa visão. Isso nos leva à Pirâmide Visual:
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e
dad
lari
o cu
Bin
Per
cep
ção
Visu
al
Foco
Figura 4 – Pirâmide visual
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A visão tem de ser entendida. Há várias pessoas que leem, porém não entendem
o que leem. Já têm idade para desempenhar e identificar imagens mais complexas,
mas ainda não conseguem diferenciar imagens semelhantes ou não identificam dife-
renças entre imagens parecidas, incluindo letras e palavras.
Figura 5
Fonte: Acervo do conteudista
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Eles envolvem toda parte de entrada de informação relacionada ao equilíbrio e loca-
lização espacial, atenção visual e foco, identificação da imagem e correlação disso
com outras habilidades de processamento e aprendizagem que ajudam na decisão
de ação e comunicação.
Antigravidade
Centralização
Linguagem
Identificação
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Entenda isso na prática. Observe a figura a seguir. O que você vê? O que é isso?
Essa imagem não é uma ilusão, mas uma fotografia de um assunto familiar. Você
consegue ver o que é?
Figura 7
Fonte: HOLLAND, 2002
Figura 8 – Boi
Fonte: HOLLAND, 2002
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É a mesma figura mostrada anteriormente, mas com aprimoramento. Seu sistema
visual demorou uns segundos para entender o contorno, os detalhes, dar sentido à fi-
gura, e então percebeu que era um boi. Ou então você só deu conta que era o animal
quando viu a figura seguinte, com a ajuda do traço, e conseguiu finalmente entender
do que se tratava. É justamente sobre isso que Skeffington se refere, à organização
das habilidades visuais para entender e dar sentido às imagens vistas.
Como representado na figura a seguir, os olhos atuam como sensores que levam
as informações visuais aos centros de controle e processamentos cerebrais, integran-
do com outros sistemas, para que assim a imagem seja entendida pelo indivíduo.
Figura 9
Fonte: Adaptado de flaticon
A entrada das imagens através do olho, a partir do sistema parvocelular, leva como
saída (de forma consciente) o significado do mundo externo por meio da identifica-
ção e interação do indivíduo, com consequente planejamento visual e comunicação.
Com o advento das ideias comportamentais, associações foram criadas para que
o estudo, a pesquisa e o compartilhamento de casos clínicos fossem de fácil acesso.
Confira as principais sociedades de Optometria Comportamental pelo mundo:
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Fundado em 1970, ainda naquela época tinham em vista seus principais obje-
tivos, que, como missão, ainda têm ainda hoje, segundo Leonard Press (2010):
• Estabelecer um corpo de profissionais que são conhecedores das fun-
ções visuais funcionais e de desenvolvimento e seus conceitos, garantido
ao público que receberão, continuamente melhora visual e cuidados;
• Promoção, incentivar e engajar na cooperação interdisciplinar;
• Permitir que os membros mantenham o mais alto padrão de conheci-
mento profissional e competência;
• Educar e incentivar optometristas a qualificar-se para associação e
incentivo à bolsa de estudos na faculdade;
Acesse o site do COVD para conhecer mais sobre o grupo e suas atividades.
Disponível em: https://bit.ly/2CGTnQC
No link a seguir, você pode entender melhor como é o trabalho realizado pela Siodec (há
opção de ler o conteúdo na língua espanhola, clicando no canto superior direito). Acesse em:
http://www.siodec.org/
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• CSO (College of Syntonic Optometry): é uma graduação que oferece cursos
na área de Syntonic, técnica que utiliza frequências de luz específicas para tratar
alguns problemas visuais, juntamente com a terapia visual;
• BOAF (Behavioral Optometry Academy Foundation): o objetivo dessa fun-
dação sem fins lucrativos é melhorar e avançar a Optometria Comportamental/
Optometria Funcional/Optometria de Desenvolvimento, Optometria Sintônica,
Reabilitação Neuro-Optométrica (aqui chamada de Optometria Comportamental),
com o objetivo de servir melhor a humanidade no cuidado do presente precioso
de visão.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Conceito de Visão segundo a Optometria Comportamental
https://bit.ly/3fOYRqK
La Vision
https://bit.ly/2WOjqw4
A história da Optometria Comportamental
https://bit.ly/2OPPc7q
Diferenças entre Terapia Visual e Ortóptica
https://bit.ly/3fX35Ng
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Referências
ALBERGONI, N. Visão e aprendizagem: muito além dos óculos. Curitiba, 2019.
________. J. Donald J. Getz, O.D., 1931-2012. The Visionhelp Blog, 2 set. 2012.
Disponível em: <https://visionhelp.wordpress.com/2012/09/02/donald-j-getz-o-
-d-1931-2012/>. Acesso em: 18/07/2020.
Sites Visitados
BABO. Disponível em: <http://babo.co.uk/>. Acesso em: 10/07/2020.
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