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ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DA SAÚDE DE LISBOA

LICENCIATURA EM ORTÓPTICA

Desenvolvimento Visual Discentes:


Ana Miguel
Ana Gonçalves
Unidade Curricular: Fábio Nascimento
Visão e Motilidade Ocular Inês Bação
Marta Rocha
Docente: Soraia José
Mestre Ilda Maria Poças
Vanessa Costa

Período Extra-Uterino (1º ano )


 A interpretação visual, desde o nascimento, depende do
desenvolvimento de estruturas oculares e do
desenvolvimento do Sistema Nervoso Central.

 O sentido da visão é importantes para as crianças, tendo


um grande papel na aquisição de informações acerca do
meio ambiente que as rodeia.
Logo após o nascimento o
recém-nascido:
 Consegue ver padrões de claro e escuro, os objectos
específicos são vistos como manchas;

 Tem algum grau de fixação;

 O diâmetro antero-posterior do globo ocular mede cerca


de 16,5 mm, correspondendo a 70% do diâmetro em
adulto.
 À nascença o sistema visual ainda não se encontra
totalmente desenvolvido, sendo que a acuidade visual é
de apenas 1/10;

 Têm um Nistagmo optocinético bem desenvolvido

É um fenómeno ocular rítmico,


involuntário, inconsciente e automático.
Pode ser reproduzido ao acompanhar
objectos que se movem numa direcção
e depois na direcção oposta.
Primeiro mês:
 Início da estruturação da fóvea –
área de maior sensibilidade retiniana
 Consegue focar os olhos a 4 cm do objecto
 Inicia a conjugação de movimentos de seguimento em
relação a um objecto (coordenação binocular)
- Segue o movimento lento de um objecto
- Segue o movimento horizontal de objectos
na sua trajectória.
Segundo mês:

 Inicia o desenvolvimento do reflexo de piscar os


olhos
 Prefere observar padrões mais simples
 Segue movimentos verticais de objectos
 Desenvolvimento quase completo da fixação
monocular.
Terceiro mês:
 O bebé manifesta movimentos mais
suaves dos olhos; sorri a estímulos visuais;
antecipa o acto de comer por estímulos
visuais;
 Demonstra melhor Acuidade Visual e
melhor visão binocular;
 Repara em diferenças substanciais de cor;
 Ainda não consegue ter consciência total
da localização dos objectos
 Tem mais facilidade em focar imagens
(flexibilidade acomodativa);
 Começa a desenvolver o campo visual
Quarto mês:

 Reconhece rostos familiares;


 Explora visualmente novos ambientes;
 Segue objectos e a sua trajectória, tentando
alcançá-los;
 Utiliza movimentos circulares, horizontais e
verticais dos olhos;
Quinto mês:

 Desenvolve a coordenação entre o


que vê e o que consegue agarrar

 Olha intensamente para objectos


colocados perto dos olhos

 Reflexo óculo-palpebral
Sexto mês:
 Muda a atenção visual de um para
outro objecto num conjunto de vários
objectos
 Reconhece rostos ao longe até 6m;
 Recolhe objectos que deixou cair através do gesto de
alcançar
 Vira objectos na mão e explora-os visualmente
 Os dois olhos têm a capacidade para manter a
fixação de objectos e convergir ao mesmo tempo;
 Acuidade Visual passa a ser 2/10.
Sétimo e Oitavo mês:

 O bebé passa a ter uma visão


de profundidade e estereopsia;
 Desenvolvimento da sensibilidade de
contraste;
 Começa a completar-se a mielinização do
nervo óptico .
Nono e Décimo mês:

 O bebé imita expressões


 Está visualmente alerta para novas situações
 Faz jogos
 Desenvolve a permanência do objecto.
Décimo mês até 1 ano:

 Tem a acuidade visual quase normal (6/10)


 Demonstra melhoria da visão binocular
 Demonstra melhoria na acomodação
 Diâmetro do globo ocular 95% do adulto (70% ao
nascimento)
1º mês 2º mês 3º mês

6º mês Visão do adulto


Avaliação Visual
No primeiro ano de vida deve ser efectuada:

 Avaliação do reflexo vermelho do


fundo ocular (luar pupilar)

 A partir dos 3 meses avaliação


da fixação e perseguição de faces, luz e objectos

 A partir dos 6 meses avaliação da centragem dos


olhos e dos movimentos oculares e da reacção à
oclusão de cada um dos olhos.
Avaliação do reflexo vermelho do
fundo ocular:
 Este exame deve ser realizado rotineiramente em
bebés na primeira semana de vida, e pode detectar
e prevenir diversas patologias oculares;

 Uma fonte de luz sai de um aparelho chamado


oftalmoscópio, onde é observado o reflexo que vem
das pupilas. Quando a retina é atingida por essa luz,
os olhos saudáveis reflectem tons avermelhados.
Já quando há alguma alteração, não é possível
observar o reflexo. A comparação dos reflexos dos dois
olhos também fornece informações importantes, como
diferenças de grau entre os olhos ou o estrabismo.

Este exame previne e diagnostica doenças como a


retinopatia da prematuridade, catarata congénita,
glaucoma, retinoblastoma, infecções, traumas de parto
e a cegueira.
Conclusão:

 Após o nascimento, o primeiro ano de vida da


criança é um processo de desenvolvimento e
maturação, dando-lhe a capacidade de, uma forma
gradual, fixar e acomodar os objectos, realizar
movimentos de convergência, percepção de cores e
objectos, alargando o seu campo visual e a sua
acuidade.

 Desta forma, conseguem mais facilmente adaptar-se


ao ambiente que as rodeia e desenvolver outras
capacidades mais complexas.
Ilda Maria Poças

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