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Filamentos intermédios • Os “stresses” a que as células estão sujeitas variam de

tipo celular para tipo celular.


As proteínas dos filamentos intermédios são proteínas fibrosas • As regiões variáveis das proteínas dos filamentos
que se associam lado a lado em arranjos sobrepostos, intermedios permitiram interações com outras
formando filamentos logos com elevada força tênsil. proteínas muito distintas, por exemplo, à membrana,
aos microtubulos.
Os filamentos intermédios são compostos de polipéptidos
com massas moléculas muito variáveis. São classificados com Laminas:
base na sequência de aminoácidos das proteínas que os
É uma rede junto à membrana interna nuclear. Quando a
constituem, em quatro classes distintas:
célula animal se divide o núcleo não se encontra no fuso
• Queratina – heteropolimeros formados por um mitótico. Verifica se que as laminas têm um papel decisivo
número igual de subunidades das queratinas acídicas e nesta divisão, pois destrói o núcleo e no final da divisão, volta
das queratinas básicas. a construí-lo. A organização depende das laminas
• Vimentina – células originárias do mesenquima
• Fibroblastos
Filamentos de actina
• Células endoteliais dos vasos sanguíneos
A actina é uma proteína que, em conjunto com a miosina e
• Leucócitos moleculas de ATP, gera movimentos celulares e musculares.
• Formam polímetros entre si ou associados à A proteína motora miosina é uma ATPase que se movimenta
desmina que também é abundante nas ao longo da actina e em presença de ATP, são responsáveis
células musculares pela contração muscular. Nos movimentos gerados por esses
• Desmina – proteína acídica das fibrilhas gliais. elementos, a miosina é o motor, os filamentos de actina são
• Proteínas dos neurofilamentos – principais elementos os trilhos e o ATP, o combustível.
citoesqueléticos nos axónios e nas dendrites.
• Laminas nucleares – formam folhas bidimensionais ou Existe 3 classes de actina:
desaparecem em estados específicos da mitose. • A que se encontra distribuía pelo citoplasma
Os filamentos intermédios estendem-se a partir da membrana • A que forma o córtex celular que confere resistência
nuclear até à periferia da célula. A organização dos filamentos mecânica à celula e permite que esta mude de forma
intermédios citoplasmáticos depende da interação com os e se mova. O córtex varia estruturalmente de celula
microtúbulos. Associam-se com a membrana plasmática a para celula.
vimentina e os filamentos de queratina. • Celulas musculares e não musculares.

A polimerização dos filamentos intermédios é controlada pela Os filamentos de actina estão presentes no citoplasma das
fosforilação. Estes originam dímeros que em dadas condições celulas eucariotas, sob a forma de feixes de filamentos
de pH e de força iónica polimerizam espontaneamente em paralelos ou redes de filamentos anastomosados com 5-7nm
filamentos. Têm uma estrutura muito dinâmica, de diâmetro. São constituídos pela polimerização da proteína
globular Actina G, orginando os filamentos Actina F. Aceita-se
Funções: o modelo de um filamento helicoidal formado por uma cadeia
• As células animais podem dispensar os filamentos simples de monómeros. Estes monómeros são constituídos
intermédios sem que a sua organização e por uma cadeia polipeptica de 374 aminoácidos. O filamentos
funcionamento sejam afetados de actina é uma estrutura polar com duas extremidades
• Fornece suporte mecânico à célula e ao núcleo estruturalmente diferentes.
• Nos epitélios conferem resistência às forças externas Consequencias:
• Nos axónios oferecem resistência ao “stress” causado
pelos movimentos dos animais. • A cinética de polimerização é diferente nas duas
• A desmina fornece suporte mecânico às células extremidades do filamento
musculares. • A extremidade + tem uma taxa de adição superior à
da extremidade -.
Porque a diversidade de proteínas, se a principal função é a • In vivo: parece que os filamento de actina crescem
de resistir à tensão? quase sempre pela extremidade +.
• Se este for ancorado, a celula será capaz de
determinar a taxa e a direção de crescimento do
filamento.

Nucleação: É o passo inicial da formação de um filamento de


actina, em que três moelculas de actina se combinam para
formar um novo filamento. A nucleação é um processo lento,
relativamente às subsequentes adições de mais monómeros
para expandir o filamento.
Polimerização: Reação química que dá origem aos polímeros.
É a adiação de moleculas de actina às duas extremidades do
polímero. As unidades estruturais que dão origem aos
polímeros designam-se monómeros.
Despolimerização: Consiste na reversão de um polímero para
o seu monómero, ou para um polímero de menor peso
molecular.
Ocorre contração quando num musculo estriado a
Concentração critica (fase estacionaria): A concentração de tropomiosina se enrola na actina escondendo os locais de
monómeros de actina cai para um ponto onde os ligação de actina com miosina, não permitindo a sua ligação.
monómeros são adicionados a uma taxa igual à taxa igual a Só existe contração quando há libertação de cálcio. O cálcio
que se dissociam. O filamento de actina atinge uma dimensão armazenado no reticulo sarcoplasmático sai para o exterior
estacionaria se a concentração de monómeros for interior. devido ao impulso nervoso que ocorreu modificando o estado
Abaixo da concentração critica, os filamentos de actina da membrana. O cálcio liga-se à troponina e assim sendo a
começam a despolimerizar até à concentração critica ser de tropomiosina move-se expondo os locais de ativação e a
novo atingida. cabeça da miosina liga-se à actina gastando ATP.
A polimerização de actina é controlada por proteínas de O núcleo eucariota
ligação à actina. Treadmilling: Quando uma das extremidades
+ do filamento cresce em comprimento e a outra O núcleo é uma estrutura relativamente complexa que
extremidade – encolhe, resulta numa seção do filamento que desempenha importantes funções na célula, como no controlo
aparentemente se move. Isto deve-se à constante remoção do funcionamento celular e na reprodução celular.
das subunidades da proteína destes filamentos. Quando se
atinge o equilíbrio não ocorre crescimento real do filamento. Este é delimitado por uma dupla membrana – invólucro
nuclear:
Proteinas de ligação à actina:
• Consiste numa bicamada fosfolipídica pouco usual,
• Filamina – longa e flexivel associada com proteínas
• Gelsolina – quando miosina + filamina resulta num • Possui um elevado número de poros dispersos pela
estado mais fluido na presença de cálcio. superfície
• Miosina – causa contraçoes a partir da fosforilação. A • Durante a reprodução celular, o involucro nuclear
alteração da conformação da cabeça da miosina desaparece e só é restabelecido quando está
expõe o local de ligação à actina, permitindo a completada a divisão celular.
formação de filamentos.
• Smal nuclear RNAs – SnRNASs
• mRNAs
• tRNAs
Os diferentes ligandos parecem utilizar diferentes processos
de transporte. Sequencias de localização nuclear – NLS –
medeiam a importação de proteínas nuclear e processo
mediado por recetores.
O nucléolo tem um tamanho variável e ocupa 25% do
volume do núcleo em células que produzem grandes
quantidades de proteínas. Subcompartimento altamente
organizado do núcleo que tem como principal função a
síntese do RNA ribossomal. Não possui membrana e é
constituído pela ligação especifica de precursores ribossomais
O núcleo surgiu a partir de invaginações da membrana. O não acabados entre si, originando uma grande malha.
reticulo e o golgi são equivalentes ao exterior da celula –
patologicamente equivamentes. Ao microscópio eletrónico distinguem-se 3 regiões:

Os poros são importantes para o transporte. As proteinas que • Centro de fibrilhas – contem DNA que não está a ser
saem pelos polos é através das nucleoporinas. As proteinas e ativamente transcrito.
outros componentes têm um sinal. No caso das proteinas são • Componentes fibrilhas denso – contem moléculas de
aminoácidos: RNA que estão a ser transcritas.
• Componente granular – contem partículas
• Importina – dentro precursoras ribossomais em maturação
• Exportina – fora
O aspeto do nucléolo muda dramaticamente durante o ciclo
A GTPase impõe direccionalidade no transporte. RanGTP – celular: quando a célula se aproxima da mitose o nucléolo
citoplasma; RanGDP – nucleo; RanGEF – transforma ADP em decresce de tamanho e desaparece quando os cromossomas
ATP. Só as moléculas grandes é que usam importinas e condensam e a síntese do RNA para. Geralmente não há
exportinas nucléolo na metáfase.
Genoma nuclear Cada molécula de DNA encontra-se associada com proteínas,
sendo designada por cromossoma. São facilmente visíveis
Os poros nucleares não são simples buracos na membrana, durante a divisão celular e por vezes encontra-se disperso no
mas sim áreas com mecanismos proteicos complexos que núcleo e é difícil de observar.
facilitam a passagem de certas macromoléculas.
Controlo das funções da célula: DNA – mRNA – proteínas
São constituídos por uma rede de proteínas que controlam o
Reprodução celular – replicação do DNA – formação de duas
movimento de materiais para dentro e para fora do núcleo.
copias de cada cromossoma.
Consistem num anel exterior formado por pequenas
proteínas e uma proteína maior, central a qual se pensa ser o Cromatina
principal transportador dos materiais. Os iões, metabolitos e
pequenas moléculas atravessam os poros nucleares por O DNA é uma molécula grande em dupla gelice, porem este
difusão passiva através de canais, aquosos no complexo do encontra-se condensado e empacotado. Este empacotamento
poro nuclear. é acompanhado pela formação da cromatina.
As grandes macromoléculas são seletivas e ativamente A molécula de DNA enrola-se duas vezes, meia em torno de
transcoladas através de um canal que abre e fecha e de um um complexo proteico consistindo em duas copias de cada
mecanismo dependente do ATP e mediado por um sinal. um dos quatro tipos diferentes de histonas. As histonas são
Ligandos que são ativamente importados através do proteínas extremamente básicas e carregadas positivamente,
complexo do poro nuclear: facilitando a sua associação com as moléculas de DNA
carregadas negativamente, estabilizando-as. O octómero de
• Proteinas nucleares histonas forma um “core” proteico em torno do qual se enrola
• Small RNP – SnRNP a hélice do DNA de dupla cadeia – esta unidade fundamental
de empacotamento é designada por nucleossoma.
Ligandos exportados:
O nucleossoma encontra-se separado por uma região de pequeno fragmento de RNA – primer – catalisada por um
DNA designada “DNA linker” que pode variar em dimensões RNA polimerase específico – primase.
entre 0 e 80 paredes de nucleótidos.
A polimerização das cadeias de DNA ocorre de uma forma
A histona H1 contribui para o empacotamento dos bidireccional a partir de cada origem de replicação, com
nucleossomas numa fibra de 30nm. Existem 6 subtipos de formação de duas forquilhas de replicação que se deslocam
histonas H1 nas células dos mamíferos. Pensa-se que ada em direços opostas, constituindo estruturas designadas por
molécula de H1 se liga através da sua porção globular a um replissomas. Dado a polimerização sequencias dos precursores
sítio único no nucleossoma e possui “brações” que parecem ser exclusivamente unidirecional – 5’-3’ – a replicação assume
estender-se para contactar outros locais nos “cores” de para cada uma das cadeias um caracter continuo, ao passo
histonas noutros nucleossomas adjacentes. que a outra cadeia é sintetizada de uma forma descontinua,
sob a forma de fragmentos interrompidos – fragmentos de
Experiências in vitro sugerem que a histona H1 tende a ligar-se
Okazaki – a partir dos iniciadores de RNA.
ao DNA em associações de 8 ou mais moléculas. Níveis
elevados de condensação são atingidos com a ajuda de Os segmentos de RNA iniciadores, são posteriormente
proteínas não histonicas por enrolamento adicional da fibra de removidos através da atividade nucleásica da DNA polimerase
30nm, até se atingir o nível de condensação do cromossoma. d, que de seguida sintetiza DNA, preenchendo desta forma as
A cromatina das células que não se estão a dividir pode regiões inicialmente ocupadas pelas primers. Posteriormente, a
encontrar-se em diferentes estados de condensação ao DNA ligase assegura a continuidade das cadeias sintetizadas de
microscópio eletrónico. novo, através da catálise das ligações fosfodiéster, entre os
vários fragmentos de DNA.

A DNA polimerase d é capaz de se autocorrigir, ou seja, um


nono nucleótido só é adicionado à cadeia se o anterior for
complementar ao nucleótido da cadeia molde. Se a
Replicação do DNA complementaridade não existir, o nucleótido errado é
eliminado pela própria DNA polimerase por recurso à sua
A replicação consiste na duplicação das moléculas de DNA, atividade de exonuclease 3’-5’. Apesar de caracter universal
sendo efetuado em três etapas: dos mecanismos molecular subjacentes à síntese do DNA,
• Iniciação existem diferenças consideráveis entre os processos que
• Alongamento ocorrem nos eucariotas e nos procariotas
• Finalização O conceito molecular de gene
Este processo é semi-conservativo, baseando-se na
complementaridade estrutural das bases heteroácidas O gene é uma sequência de DNA que contem informação
constituintes dos nucleótidos do DNA. genética. Antes da região codificante, estas proteínas são
detetadas por proteínas reguladoras – zona promotora. A
Nas células eucarióticas, a síntese de DNA é efetuada em transcrição inicia-se um bocado antes da zona codificado e
simultâneo, em múltiplos locais específicos da cromatina, termina um bocado depois da zona codificante. Na maioria dos
sendo catalisada pelas DNA polimerase a e d. O processo genes, a região codificante é limitada pelo codão de iniciação
inicia-se pelo desenrolamento e desnaturação localizada do e pelo codão stop. Splicing – remove os blocos não codantes,
DNA, ao nível das origens da replicação, catalisada organizando as regiões codantes no mRNA na ordem em que
respetivamente por topoisomerases e helicases. Às DNA se encontra no DNA. Após a remoção, temos mRNA
polimerases cabe o papel da catálise da reação de propriamente dito. Nem sempre a remoção dos intrões é
condensação dos nucleótidos precursores, de acordo com a total
sequencia nucleotidica da cadeia simples de DNA molde. Para a
atuação dos DNA polimerase é necessária a síntese de um
• Têm como destino o lumen de um organito
ou são proteínas de secreção
A importação de proteínas para o RE, inicia-se antes da cadeia
polipeptídica estar completamente sintetizada – ocorre co-
traducionalmente – Mecanismo de reconhecimento de um
péptido-sinal
Processo distinto do que ocorre na importação de proteínas
para o interior da mitocôndria, cloroplasto, núcleo e
peroxissomas – ocorre pós traducionalmente – requer
péptidos sinal distintos,
Reticulo endoplasmático
Ribossomas
É constituído por um complexo conjunto membranar
(membrana única) de cisternas, canais, vesiculas e vacúolos, Têm duas subunidades e só quando se associam com o
ligando entre si o lumen dos seus diversos compartimentos. mRNA é que se juntam. Nos eucariotas são maiores e
Pensa-se que forma uma folha continua que encerra um possuem mais proteínas. São estruturas complexas,
espaço interno – lumen do reticulo endoplasmático ou espaço constituídos por proteínas e 4 tipos de RNA.
cisternal do RE. Desempenha um papel importante na Existem associados ao reticulo e estão livres no citoplasma. O
biossíntese celular: comportamento de uma proteína numa determinada região
• As proteínas transmembranares e os lípidos do RE, depende dos aminoácidos presentes. Uma parte da proteína
complexo de Golgi, lisossomas e membrana pode ser hidrofílica, mas conter aminoácidos hidrofóbicos, o
plasmática iniciam a sua síntese em associação com a que significa que o todo é mais do que a soma das partes. As
membrana do RE proteínas que vão para o reticulo têm na região n terminal
• É nele que são produzidos a maioria dos lípidos das uma zona altamente hidrofóbica com cerca de 15 residuos de
membranas dos peroxissomas e mitocôndrias aminoácidos.
• As proteínas que acabam no lumen do RE ou no
complexo de golgi, ou lisossomas ou aquelas que são
segregadas para o exterior das células, são
inicialmente entregues no núcleo do RE – matriz
extracelular.
Reticulo endoplasmático rugoso – ribossomas ligados à
membrana

Quando a celula é destruída, através de meios mecânicos, o


reticulo endoplasmático forma pequenas vesiculas. Aqui, o
mRNA do reticulo sintetiza proteínas mais pequenas, uma vez
que a proteína ficou dentro da vesicula e perdeu a sua parte
Sintese de proteínas associadas ao RE terminal.

1. Proteinas transmembranares Existe uma partícula no citoplasma, SRP, que quando deteta a
• São parcialmente translocadas através da síntese de uma proteína que tenha os 15 aminoacidos
membrana do RE e ficam embebidas nela. hidrofóbicos liga-se ao ribossoma. De seguida, inicia-se a
tradução e a partícula vai-se embora. À medida que a
• Têm como destino a membrana plasmática
proteína é sintetizada vai para o lumen, e devido à ação de
ou a membrana de outro organelo.
uma protéase, a proteína fica sem o peptidosinal. Nas
2. Proteinas solúveis
proteínas transmembranares ocorre o mesmo processo, até
• Atravessam a membrana do RE e são
ao momento em que é sintetizada uma parte hidrofóbica, e
libertadas para o lumen do RE.
de seguida começa a ser sintetizada no citoplasma, ficando
uma parte dentro da membrana e outra fora. De igual forma
perde o péptidosinal. Os sistemas de degradação são tão Proteinas solúveis
importantes como os sistemas de síntese, uma vez que
quando a proteína está estragada pode ser tão prejudicial
como um organismo estranho.

Retículo endoplasmático liso


Na maioria das células é pouco abundante e tem pequenas
regioes parcialmente rugosas e parcialmente lisas, designadas
por elementos de transição. É a partir destas regioes que as
vesiculas de transporte de proteínas recém-sintetizadas e
lípidos, nascem para o transporte até ao complexo de golgi.
Porém, em células especializadas o RE liso é abundante e Proteinas transmembranares
possui outras funções:

• Predomina em células especializadas no metabolismo


dos lípidos. Exemplos: células que sintetizam hormonas
esteroides a partir do colesterol
• Hepatócitos – principal local de síntese de
lipoproteínas para exportação.
A membrana do RE liso contem enzimas que:

• Sintetizam os componentes lipídicos das lipopritenas


• Catalizam reações de desintoxicação. Exemplo: A
famili de enzimas citocromo P450.
• As células musculares possuem um organelo
especializado e semelhante ao RE liso designado
Reticulo Sarcoplasmático que sequestra Ca2+ a partir
do citosol. A libertação de Ca2+ deste organelo e a
subsequente sequestração a partir do citosol tem
uma duração media a rápida na contração e
relaxamento das miofibrilas durante um round de
contração muscular.

Peptido sinal
A – Algumas proteínas de membrana trocam a região c-
A partícula de reconhecimento SRP, dirige o péptido sinal para teerminal ligada à membrana pela ligação covalente a um
um recetor específico na membrana do reticulo ancorador GPI após a entrada no RE.
endoplasmático.
B – Certas proteínas membranares encontram-se
O péptido sinal é guiado até à membrana do RE por dois 2 covalentemente ligadas a um resíduo de açúcar de um
componentes, pelo menos. A SRP circula entre a membrana glicolípido
do RE e o citosol, ligando-se ao péptido sinal. O recetor da
Translocação de proteínas
partícula SRP – proteína de ancoramento na membrana do
RE.

3. Reconhecimento pelo recetor péptido sinal


4. Ativação de uma proteína
5. Durante o processo a cadeia polipeptídica encontra-se
transitoriamente desenrolada
6. O desenrolamento da proteína é catalisado por um Transferência de lípidos entre membranas – proteínas de
processo dependente do ATP junto à face citosólica troca de fosfolípidos ajudam a transportar fosfolípidos do RE
da membrana. A energia do reenrolamento da para as membranas da mitocôndria e peroxissomas.
proteína para o lúmen do RE conduz através da
A orientação de uma proteína transmembranar na membrana
membrana.
do RE é preservada quando a proteína é transportada para
As cadeias polipeptídicas translocadas são “refolded” no lúmen outras membranas. Os resíduos de açucares estão confinados
do RE. A maioria das proteínas sintetizadas no RE são ao lumen de cada organito e tornam-se expostos ao espaço
glicosiladas pela adição de um oligossacarídeo ligado por uma extracelular após a vesicula de transporte se fundir com a
ligação. A principal função do RE é a glicolização de proteínas. membrana
A maioria destas que são sequestradas no lúmen do RE vão
ser transportadas para o complexo de golgi, para os O complexo de Golgi
lisossomas, para a membrana plasmática e para a matriz
extracelular. Localiza-se perto do núcleo, e se for nas células animais perto
do centrossoma. É constituído por: cisternas achatadas e
A transferência é catalisada por uma enzima ligada à empilhadas – dictiossomas. Geralmente 4 a 6, o número varia
membrana do RE com o centro ativo virado para o lumen do consoante o tipo de célula.; vesiculas de pequenas dimensões.
RE. A adição parece ser simultânea com a co-traduçao e o Associadas lateralmente com os dictiossomas e ao longo das
oligossacarideo é transferido como um todo. extremidades dilatadas de cada cisterna.
O RE produz colesterol e ceramida – esta é exportada para o Vesiculas:
complexo de golgi e precursora das esfingomielinas,
glicoesfingolipidos. Algumas são revestidas de clatrina e outras de outros tipos de
proteína. Parecem formar-se a partir das cisternas.
O complexo de golgi + lisossomas comunicam com o RE Transportam lípidos e proteínas a partir do complexo de golgi
através de vesiculas de transporte que fornecem as proteínas e entre as cisternas.
e os lípidos necessários às membranas.
As pilhas de cisternas têm duas faces:
Comportamento membranar
• Face cis – “face de entrada” estreitamente associada
Translocadores de lípidos entre a bicamada com elementos de transição do RE
• Face trans – “face de saída” estende-se num reticulo
tubular designado por “rede trans do golgi”

Existem dois tipos de glicoproteínas maduras que podem ser


encontrados no mesmo polipéptido em locais distintos:
• Oligossacarídeos complexos – gerados por remoção • o N-glicosilação: adição de carboidratos ao nitrogênio
de componentes oligossacarídeos originalmente das cadeias laterais de asparagina ou arginina
adicionados no RE com adição de novos açucares no • o O-glicosilação: adição de carboidratos ao radical
complexo de golgi hidroxila das cadeias laterais de serina, treonina,
• Oligossacarídeos ricos em manose – não sofrem tirosina, hidroxilisina ou hidroxiprolina
processamento. • o P-glicosilação: ligação de carboidratos ao fosfato de
uma fosfosserina
Se um oligossacarídeo é processado ou não vai depender da
• o C-glicosilação: processo enzimático em que ocorre
sua configuração e da proteína à qual está ligado, ou seja, se
adição de carboidratos a um carbono da cadeia lateral
este é ou não acessível às enzimas processadas. Os
do triptofano
oligossacarídeos são adicionados do lado luminal – membrana
assimétricas. Esta assimetria é mantida durante o transporte
até à membrana plasmática, vesiculas secretoras ou
lisossomas.
Glicosilação:
A glicosilação é uma modificação pós-traducional que ocorre
em quase todos os processos biológicos e que influencia o
desenvolvimento, crescimento e funcionamento das células e
dos organismos. Sendo o produto da interação entre genoma
e fatores ambientais, a análise da glicosilação pode fornecer
informações sobre este processo. A glicosilação é um
processo no qual resíduos de açúcares são adicionados a
proteínas em locais específicos. Consoante o local onde os O complexo de golgi é uma estrutura polarizada, cada cisterna
açúcares são adicionados assim podemos classificar os vários é um compartimento distinto com o seu conjunto próprio de
tipos de glicosilação. É essencial para a biossíntese e enzimas de processamento, de modo que cada pilha forme
enrolamento das proteínas, para a atividade de enzimas e uma unidade de processamento, para além disso estão
hormonas, para o funcionamento de recetores celulares, organizadas numa série sequencial de comportamentos de
reconhecimento de anticorpos, transportadores, síntese de processamentos. As proteínas são modificadas em sucessivas
fatores de coagulação sanguíneos e ainda para a maioria das etapas à medida que se movem de compartimento para
proteínas membranares e muitas proteínas intracelulares. compartimento.

Proteoglicanos: Como se sabe o destino de cada vesicula?

• Os proteoglicanos são montados no complexo de As vesiculas contêm uma camada de proteína que tem como
golgi função dar a entender o destino da vesicula. Existem 3 tipos
de proteínas:
• Os proteoglicanos são proteínas fortemente
glicosiladas – alteração que ocorre no • COP1 – Vai do golgi para o RE
complexo de golgi, envolve a polimerização • COP 2 – Vai do RE para o golgi
de uma ou mais cadeias de glicosaminaglicano • Claterina – Do golgi para o meio extracelular e vice-
• Muitos proteoglicanos são secretados como versa
componentes da matriz extracelular,
enquanto outros permanecem anconrados à
membrana plasmática como proteoglicanos
integrais de membrana.
• O mucus secretado para formar um
revestimento de proteção em muitos
epitélios consiste numa mistura concentrada
de proteoglicanos e glicoproteínas
fortemente glicosiladas.
As proteínas são frequentemente processadas
proteoliticamente durante a formação das vesiculas de
secreção
Tipos de glicosilação:
Lisossomas • Digestão de retos intra e extracelulares
• Digestão de microorganismos fagocitados
São bolsas circundadas por uma • Nutrição: São o principal local de assimilação do
membrana típica constituída por colesterol a partir da lipoproteína do soro endocitada.
uma bicamada lipídica e cheias com
Os materiais que chegam aos lisossomas podem provir de
grande número de pequenos
três vias distintas:
grânulos, que são agregados
proteicos de enzimas hidrolíticas • Endocitose
digestivas capazes de digerir
diversas substâncias orgânicas. Endocitose – “Coated Pits” – Endossoma – Lisossoma

Biossintese das proteínas Os endossomas podem ser usados para reciclar a membrana
lisossomais: ou receber enzimas recém-sintetizadas a partir do complexo
de golgi..
• Hidrolisases especializadas
A conservação de endolisossomas num lisossoma maduro,
• Proteínas de membranas
especializadas – estas são sintetizadas no RE e requer a perda dos componentes endossomais de membrana
e o decréscimo do pH.
transportadas através do aparelho de golgi
TEN – vesiculas de transporte – endolisossomas – lisossomas´ • Autofagia
Um organito velho pode ser envolvido por membranas do RE
criando um autofagossoma. Pensa-se que estes podem à
posteriori fundir-se com um lisossoma ou endolissoma
iniciando-se a digestão do conteúdo do autofagossoma

• Fagocitose
Ocorre em células especializadas e de grandes partículas e
microorganismos: macrófagos; neutrófilos. Englobam o objeto
formando um fagossoma, o qual é convertido num
O complexo de Golgi tem recetores especializados na sua fagolisossoma, de modo semelhante ao do autofagossoma.
face trans para cada tipo de proteína permitindo-lhe identificar
qual o destino destas proteínas. Chegando ao lisossoma, outro
recetor identifica a vesicula golgiana e esta liga-se à
membrana do lisossoma. Este recetor, com maior afinidade
que o recetor da vesicula do reticulo vai alterar-se
estruturalmente. Esta alteração possibilita que a vesicula largue
a enzima no lisossoma. O revestimento das proteínas funciona
como uma etiqueta para ser reconhecida, de modo a não ser
entregue no local errado. No entanto, elas podem andar
aleatoriamente e encontrar-se em grande número em locais
onde não se fundem.
A maioria das membranas do lisossoma encontram-se
fortemente glicosialdas o que as poderá proteger das
protéases do lisossoma. Bomba de H+ que utiliza a energia da
hidrolise do ATP para bomber H+ para o interior do organelo
de modo a manter o pH = 5. Peroxissomas
A membrana do lisossoma contem proteínas de transporte
que permitem que os produtos finais da digestão de São delimitados por uma única membrana. Não contêm DNA
macromoléculas se escapem de modo a serem excretadas ou ribossomas. Têm diferentes funções em diferentes tipos
ou reutilizadas pela célula. Os lisossomas são organelos de células. Têm uma origem em peroxissomas pré-existentes.
morfologicamente heterogéneos, embora de função universal. Contêm várias enzimas:
A sua diversidade morfológica poderá refletir a vasta • D-aminoácido oxidade
variedade de funçoes digestivas mediadas pelas hidrólases • Urato oxidade
ácidas: • Catalase – 40% das proteínas dos peroxissomas
Contém um cone cristalino – cristaloide de urato oxidade. região constituída por 3 nucleótidos chamada anti codão, que
Possui uma ou mais enzimas que oxidam substratos orgânicos é complementar de um codão do mRNA
numa reação que produz H2O2.
O processo da tradução encerra com 3 etapas:

• Iniciação
A subunidade menor do ribossoma liga-se à extremidade 5’
A catálase usa o H2O2 para oxidas outros substratos, como
do mRNA, esta desliza ao longo da molécula do mRNA até
fenóis, ácido fórmico, formoldeido e álcool. Esta reação é
encontrar o codão de iniciação (AUG), transportando assim o
particularmente importante nas células do fígado e do rim. Os
tRNA o aminoácido metionina, ligando-se assim ao codão de
peroxissomas estão envolvidos em mecanismos de
iniciação por complementaridade. A subunidade maior liga-se à
desintoxicação de várias moléculas que entram na corrente
subunidade menor do ribossoma. O processo de tradução
sanguínea e adaptam as suas funções às variadas condições.
começa pelo aminoácido de metionina AUG.
Nas plantas:
• Alongamento
• Folhas – fotorrespiração
Um 2º tRNA transporta um aminoácido específico de acordo
• Usa O2 e liberta CO2
com o codão e estabelece uma ligação peptídica entre o
• Reação de oxidação de um produto lateral da aminoácido e a metionina. O ribossoma avança três bases ao
reação que fixa o CO2 nos carbohidratos. longo do mRNA no sentido 5’-3’, repetindo-se sempre o
• Nas sementes em germinação: mesmo processo. Os tRNA que já se ligaram inicialmente, vão-
• Papel fundamental em converter os ácidos se desprendendo do mRNA sucessivamente.
gordos dos lípidos de reserva, em açucares
necessários para o crescimento da jovem • Finalização
planta. O ribossoma encontra o codão de finalização terminando o
• Reações do ciclo do glioxilato – glioxissomas alongamento (UAA, UAG ou UAG). O último tRNA abandona o
Estas reações não ocorrem em células animais. ribossoma, as subunidades do ribossoma separam-se, podendo
ser recicladas e por fim, o péptido é libertado.
Síntese proteica
A síntese proteica é um fenómeno relativamente rápido e
muito complexo, que ocorre no interior das células. Este
processo tem duas fases: transcrição e a tradução.
Transcrição
Ocorre no núcleo da célula e consiste na síntese de RNA a
partir de uma cadeia de DNA. Esta síntese faz-se na presença
da enzima RNA polimerase e na direção 5’-3’. O produto
primário da transcrição sofre ainda uma série de
transformações no núcleo – maturação do mRNA.
É necessário este processamento do mRNA de modo a que Mitocôndrias
as sequencias não codificáveis – intrões, sejam retiradas e
ocorra posterior união das sequências codificáveis – exões, São organelos celulares presentes na maioria das células
formando-se assim um mRNA ativo ou funcional. eucarióticas e responsáveis, em condições aeróbias, pela
Tradução obtenção da maior parte da energia necessária às células que
as possuem. Têm aspeto morfológico muito varável, podendo
Consiste na transformação da mensagem contida no mRNA ocorrer sob diversas formas e apresentando variações no seu
na sequência de aminoácidos que constituem a sequencia tamanho, número e distribuição, não só segundo os diferentes
polipeptídica. Neste processo existem vários intervenientes: tipos de células, como também durante o ciclo de vida de
mRNA, aminoácidos, tRNA, ribossomas, sistemas enzimáticos e uma mesma célula. Parecem encontrar-se associadas aos
fornecedores de energia. microtúbulos.
RNA de transferência: É o intermediário entre os aminoácidos Compartimentos mitocondriais
e o mRNA e seleciona e transporta o aminoácido apropriado
e reconhece o codão correspondente do mRNA. Possui uma A membrana externa é rica numa proteína de transporte –
porina:
1. Forma grandes canais entre a bicamada lipídica A oxidação dos ácidos gordos é muito mais produtiva do
2. É permeável a moléculas de 10kDa ou menores, ponto de vista energético do que o glucogénio. A oxidação
incluindo certas proteínas. dos ácidos gordos gera seis vezes mais energia que a
oxidação da mesma massa de glucogénio.
Geralmente, estas moléculas não atravessam a membrana
interna O espaço intermembranar é quimicamente equivalente Ácidos gordos:
ao citosol, no que diz respeito a pequenas moléculas. A matriz
Uma molécula de ácido gordo é completamente quebrada,
contém um conjunto de moléculas altamente selecionadas
num ciclo de reações, numa molécula com dois átomos de
devido à impermeabilidade interna.
carbono a partir da extremidade carboxil originando duas
Membrana interna – invaginações internas designadas por moléculas de acetil-CoA que seguem para o ciclo dos ácidos
cristas. São altamente especializadas, elevada quantidade de tricarboxílicos.
fosfolípidos, cardiolipina – torna a membrana impermeável aos
Glucogénio
iões. Grande variedade de proteínas de transporte –
membrana altamente seletiva do ponto de vista da Polímero ramificado de glucose que se encontra em grânulos
permeabilidade. Enzimas da cadeia respiratória encontram-se no citoplasma da célula. Vários tipos de transporte ativo,
embebidas na membrana interna e são esse ciais para o conduzido pelo gradiente eletroquímico de protões gerado
processo da fosforilação oxidativa que gera a maioria do ATP através da membrana mitocondrial interna.
nas células animais.
Matriz mitocondrial – contem o grosso das proteínas da
mitocôndria (67%), incluindo: Enzimas envolvidas no
metabolismo do piruvato e dos ácidos gordos para produzir
acetil-coa. Enzimas que oxidam o acetil-CoA no ciclo dos
ácidos tricarboxílicos.
As células animais armazenam os ácidos gordos na forma de
gorduras – essencialmente armazenadas em tecido adiposo. A
glucose é armazenada na forma de glucogénio que pode
originar o piruvato.

O gradiente eletroquímico de protões é também usado para


importar Ca2+. Importação na atividade das enzimas
mitocondriais para baixar os níveis citoplasmáticos de Ca2+.
FADH2: Passa os eletrões diretamente à cadeia respiratória
NADH: Forma uma pool solúvel de equivalência de redução
na matriz mitocondrial que passa os seus eletrões após
O NADH é uma fonte de eletrões para o transporte ao longo colisões ao acaso com a enzima desidrogenase ligada à
da cadeia respiratório. As células utilizam ATP como a fonte membrana
de energia imediata para a realização de vários processos
Cada molécula de NADH transporta um ião híbrido
químicos, mecânicos e osmóticos. Os organismos anaeróbios
sobrevivem com o ATP formado durante a degradação de H: - H+ + e-
glicose para formar piruvato (glicólise), que é posteriormente
metabolizado. Em organismos aeróbios, o piruvato é Isto é o mesmo que transportar dois átomos de hidrogénio
completamente oxidado até dióxido de carbono e água. Em H: - H+ -> H2
células eucarióticas, este processo ocorre nas mitocôndrias e
é muito importante na medida em que, como referido, No início do transporte de e- há uma separação dos protões
proporciona a síntese de muito mais ATP do que o formado dos e-
durante a glicólise. NADH -> NAD+ +H:- -> H+ + 2e-
Transportadores da cadeia respiratória:
NADH -> H+ +e-
FADH2 -> 2H+ +2e-
O ATP produzido é usado para numerosos processos
celulares:

• Cada par de e.- transportado pelo NADH


• Energia suficiente para formar 3 moléculas de ATP
• Cada par de e- transportado pelo FADH2
• Energia suficiente para formar 2 moléculas de ATP
Acetil – CoA forma 12 moléculas de ATP. 1 molécula de
1. Complexo de NADH desidrogenase
glicose forma 36 moléculas de ATP e o palmitato forma 129
800kDa e mais de 22 polipéptidos.
moléculas de ATP.
Aceita os e- do NADH e passa-os através da flavina e
Eficiência do processo de respiração: pelo menos 5 centros ferro-enxofre para a
ubiquinona que os transfere para o complexo b-C1
Quando se compara a energia obtida pelo queimar das
2. Complexo b – C1
gorduras e dos hidratos de carbono diretamente a CO2 e a
H2O, coma obtida a partir da fosforilação oxidativa ou 500 kDa, é constituído por, pelo menos, 8 polipeptidos
oxidações biológicas verificamos que existe uma eficiência de distintos.
50%.
Cada monómero contém 3 hemes ligados a proteínas e
Os transportadores de eletrões uma proteína ferro – enxofre, aceita os eletrões da
ubiquinona e passa-os ao citocromo C que os transfere
• Os citocromos para o complexo citocromo oxidase.
• Família de proteínas que absorvem luz visível
• Possuem um grupo heme que tem um 3. Complexo citocromo oxidase
átomo de ferro que passa do estado férrico 300 kDa, é constituído por, pelo menos, 8 proteínas
a ferosso distintas.
• Ex: Citocromo C
• Proteínas de ferro – enxofre É isolado como um dímero, cada monómero contem dois
• É a 2º maior família de transportadores de citocromos e dois átomos de cobre. Passa os eletrões ao
eletrões oxigénio.
• 2 a 4 átomos de ferro estão ligados a um Grupo heme: Anel porfirina com um átomo de ferro
número igual de átomos de enxofre e a fortemente ligado. A transferência de eletrões é mediada por
cisteínas das cadeias laterais, formando o colisões ao acaso, entre os dadores e os aceitadores na
centro de ferro enxofre. membrana mitocondrial interna.
• Flavinas
Transportadores moveis: Ubiquinona e citocromo C.
• Proteínas contendo átomos cobre
• Ubiquinona ou coenzima Q Colisões entre os transportadores moveis e os complexos
enzimáticos estão na base da transferência de eletrões. Não é
Transporte de eletrões
necessária a existência de uma cadeia ordenada de proteínas
Envolve cerca de 40 diferentes proteínas: de transferência de eletrões.
• 6 grupos heme ligados a citocromos De facto, os 3 complexos parecem 0065istir, como entidades
• Mais de 6 centros ferro – enxofre independentes no plano da membrana interna.
• Ubiquinona Na cadeia respiratória cada transportador possui maior
• 2 átomos de cobre e uma flavina servem como afinidade para os e- do que o seu antecessor.
transportadores de e- ligados às proteínas da cadeia
respiratória. • Estes são transferidos sequencialmente de um
complexo para o outro, até finalmente serem
A cadeia respiratória contém 3 grandes complexos proteicos transferidos para o oxigénio, que é o que tem maior
embebidos na membrana interna, que integram os afinidade.
transportadores de eletrões.
A transferência de e- é acompanhada por alterações
alostéricas nas proteínas de tal modo que o fluxo de e-,
energeticamente favorável, bombeia iões H+ através da
membrana interna da matriz, para o espaço intermembranar.
Consequências:

• Gera um gradiente de pH através da membrana


mitocondrial interna, maior ph na matriz do que no
citoplasma.
• Gera um gradiente de voltagem/potencial de
membrana através da membrana interna da
mitocôndria, que é no interior negativo e no exterior
positivo
A ATPsintetase pode funcionar no sentido inverso,
hidrolisando ATP e bombeando para o exterior H+. Se se
hidrolisa ATP ou se sintetiza, depende do equilibro exato
entre a troca de energia livre, favorável, para mover os 3
protões através da membrana para a matriz e a troca de
energia livre, desfavorável para síntese do ATP na matriz..
Modificações de energia livre dos e- ao longo do transporte
de e- mitocondrial tomam como que a forma de uma escada
descente. Note-se que existem degraus nos quais a energia
livre altera-se significativamente. Estas alterações representam
pontos ao longo do sistema, nos quais os protões são
bombeados gerando-se energia disponível para a síntese de
À medida que os eletrões são transportados através dos ATP.
“carriers” uma parte da energia é usada para conduzir 3
complexos enzimáticos da cadeia respiratória que bombeiam
iões H+ para fora da matriz. Estes protões criam um gradiente
eletroquímico que faz com que eles voltem à matriz através
da proteína transmembranar ATPsintetase, que usa a energia
do transporte de protões, para sintetizar ATP a partir de
ADP+Pi
.

As mitocôndrias e os cloroplastos são muito semelhantes


(origem). São semiautónomos, uma vez que sintetizam grande
parte das suas proteínas e é dai que surge a sua energia.

• O gradiente de pH conduz novamente o fluxo de H+


para a matriz.
• Gera-se um gradiente eletroquimico de protoes que
gera como que uma força motriz.
O genoma DNA da mitocôndria é diferente do genoma
nuclear. Aqui o DNA é circular. A universalidade do DNA é
relativa, pois existem exceções em alguns organismos, ou
seja, alguns codões em mamíferos são codões stop, noutros
organismos eles sintetizam proteínas.

Junções celulares; Adesão celular e


matriz extracelular
Particularmente abundantes e importante nos epitélios.
Ocorrem em muitos pontos de contacto célula-célula e célula-
matriz extracelular em todos os tecidos. Regiões altamente
especializadas da membrana plasmática, envolvendo
frequentemente a região mais próxima do citoplasma e o
espaço intercelular interveniente.
Tipos de junções:

• Junções impermeáveis ou junções apertadas


• Junções de ancoramento/aderente/intermediarias Junções de ancoramento
• Local de ligação: filamentos de actina
▪ Celula-celula (cinto de adesão) • Filamentos de actina:
▪ Celula matriz (contactos físicos) • Célula a célula
• Local de ligação: filamentos intermédios Tecidos não epiteliais: surgem como um
▪ Célula-célula (desmossoma) pequeno ponteado que ligam os filamentos de
▪ Célula-matriz (hemidesmossoma) actina ao citoplasma cortical das células
• Junções comunicantes ou junções de hiato adjacentes.
• Sinapses químicas
Tecidos epiteliais formam uma espécie de cinto
• Plasmodesmata – apenas presente nas
de adesão. Exemplo: glicoproteína
plantas (única junção presente)
transmembranar de ligação – caderina.
Junções apertadas
• Célula matriz
As junções impermeáveis permitem às células que se juntem
Ligam as células e os seus filamentos de
de tal forma que não exista a passagem de transportadores
actina à matriz extracelular.
ativos para dentro da célula, nem de transportadores passivos
para fora da célula. Barreira de permeabilidade que impede a
difusão das proteínas membranares entre os domínios apicais
e basolaterais nas células epiteliais do intestino delgado. Nos
epitélios intestinais existe transporte ativo e passivo de
glucose. As unções celulares também participam na regulação
do ciclo celular través da informação proveniente do exterior
da célula. As proteínas transmembranares de duas células
entram em contacto uma com a outra no meio extracelular.
No interior da célula as proteínas relacionam-se com outras
proteínas que, por sua vez, encontram-se ligadas aos
filamentos de actina ou intermédios do citoesqueleto, fazendo
com que os citoesqueletos das células se encontrem ligados
indiretamente.
• Glicoproteinas transmembranares de
ligação ao domínio intracelular
Liga a uma ou mais proteínas de adesão;
Domínio extracelular que interage com a
matriz ou com os domínios extracelulares de
uma glicoproteína transmembranar de uma
célula vizinha.
Desmossoma
Locais intercelulares de contacto que unem as células umas
às outras. Locais de ancoramento para os filamentos
intermédios, criando uma malha no citoplasma e fornecendo
uma força tênsil. Malha de filamentos intermédios través do
tecido.
Tipos de filamentos intermédios ligados aos desmossomas:

• Filamentos de queratina – células epiteliais


Os feixes de actina estão ligados através de glicoproteínas • Filamentos de desmina – célula do
transmembranares, constituído uma extensa rede intercelular. musculo cardíaco
Pensa-se que ajuda a mediar um processo fundamental – • Filamentos de vimentina – células que
processo da morfogénese animail: enrolamento das folhas das cobrem a superfície de cérebro
células epiteliais em tubos e culturas relacionados com o tubo
neuronal.
Glicoproteina transmembranar de ligação

• Funciona como um recetor de superfície


da glicoproteína da matriz extracelular
designada por fibronectina

As junções de ancoramento ou adesão, estabelecem a


conexão entre o citoesqueleto de uma célula ao das suas Junções comunicantes
vizinhas ou à matriz extracelular.
Mediam a comunicação entre células permitindo aos iões
Permitem às células, como as de um epitélio, funcionarem inorgânicos e outras pequenas moléculas solúveis na água,
como unidades estruturais robustas. São muito abundantes passarem diretamente de uma célula para a outra – ligam as
nos tecidos sujeitos a “stress” mecânico severo, como por células eletricamente e metabolicamente – cooperação
exemplo, no musculo cardíaco, no epitélio da pele ou no colo metabólica
do útero.
Estruturas formadas por proteínas transmembranares
Estrutura: Junções são compostas de duas classes de designadas – conexões.
proteínas:
• Quando as conexões na membrana plasmática de
• Proteínas de adesão intracelular duas células em contacto alinham forma-se um canal
aquoso continuo, que liga o interior das duas células.
Ligam o complexo da junção a componentes
• As conexões estão ligadas de um modo que as
específicos do citoesqueleto.
membranas interactuantes estão separadas por um
hiato (canais que se formam entre as células; Plasmodesmos – plasmodesmata
citoplasmas interagem e trocam material).
Canais citoplasmáticos, finos, que passam através das paredes
celulares de duas células vegetais contiguas. Canal formado
pela membrana citoplasmática, +/- cilíndrico com um diâmetro
de 20 a 40nm. Através dos plasmodesmos passa, de célula
para célula, uma estrutura cilíndrica estreita – desmotubulo,
que é continua com elementos do reticulo endoplasmático.

Função:

• Mediam transporte entre células vegetais adjacentes.


• Certos vírus de plantas usam-nos como vias de
passagem de célula em célula.
A permeabilidade da “gap junction” é regulada.
Matriz extracelular
• Baixa o pH e o Ca2+ e ocorre o decréscimo da
permeabilidade da “gap junction” A matriz extracelular corresponde aos complexos
• Estrutura que tem um poro com determinado macromoleculares relativamente estáveis, formados por
diâmetro, onde só moléculas desse diâmetro é que a moléculas de diferentes naturezas que são produzidas,
atravessam. exportadas e complexadas pelas células, modulando a
• Canais proteicos constituídos por diversas proteínas estrutura, fisiologia e biomecânico dos tecidos. É especializado
que formam rosetas. Ao unirem-se estabelecem um e abundante, fundamentalmente, nos tecidos conjuntivos.
canal entre as duas membranas.
• Produz alguns metabolitos e passa-os para a outra
membrana. Podem estar fechados ou abertos: o
cálcio e o pH controlam a sua abertura.
• Partilham a mesma informação, mas com as células
vizinhas tem que ser diferente, as proteínas fecham
para se tornarem individualizadas.
• Algumas proteínas não fecham na altura certa,
fazendo com que haja algumas malformações
cardíacas, uma vez que existem passagens de
substâncias entre as proteínas.
Músculos: As células têm uma organização tipo fibrosa e a
lamina basal à volta das células. O epitélio não tem mais que 3
camadas de células, pelo facto dos vasos sanguíneos se
encontrarem no interior fazendo com que seja mais difícil
chega o O2, à primeira camada, acabando por morrer.
Composta por:
• Polissacáridos – Encontradas normalmente ligadas a
proteínas, formando proteoglicanos.
• Proteínas fibrosas
Funções:
• Estrutura: suporte das células. • Funções:
• Resistência ao dano físico/adesão • Resistem à compressão e retardam o
• Protege de patogenes movimento rápido de microrganismos e
• Sinalização intercelulas/intracelulas células metásticas.
• Diferencia/formação dos tecidos • Associam-se à lamina basal e servem como
• Interage com superfície celular filtros.
• Ligam-se a moléculas sinalizadoras,
Lamina basal retardando a sua difusão ou concentrando-as
• É uma especialização da matriz extracelular, onde são em locais específicos
ancoradas as células, organiza e mantém o papel de • Ligam células a macromoléculas da matriz
cada célula. extracelular, quando são superfície celular
• São estruturas em forma de placa que unem os
Células estaminais e renovação dos tecidos
tecidos conjuntivos a tecidos parenquimatosos, como
epitélios e endotélios, ou a células isoladas, como as Células estaminais – células indiferenciadas na medula óssea
musculares e adiposas. vermelha.
• Em zonas especializadas do corpo a camada da lamina
O que condiciona a renovação?
basal fica entre duas camadas de células e funciona
como um filtro. Glicoproteinas da matriz ajudam na As células estaminais somáticas demoram 24h a se dividirem,
migração celular, inibem a adesão celular, enquanto que as células na periferia não se dividem.
dependendo do tipo celular.
Há baixa taxa de renovação no fígado e no rim.
• Influencia a sobrevivência e a proliferação celular.
• Determina a polaridade da célula, influencia o
metabolismo, organiza proteínas adjacentes à
membrana plasmática, induz a diferenciação celular e
funciona como estradas para a migração celular.

Os constituintes da lamina basal são o colagénio IV,


proteoglicano percelan e glicoproteínas.
Integrinas
Lamininas ligam-se entre si formando uma rede Camada vermelha demora 24h a dividir; camada azul 12h a
dividir e a camada azul não divide. Só é classificada como uma
• Laminina: é um complexo de 3 cadeias polipeptídicas lesão grave se a camada amarela for danificada.
com vários domínios de ligação ao colagénio IV,
heparan sulfato, entacina, recetores de lamininas na Existe dois tipos de divisão:
superfície celular. • Divisão assimétrica
• Recebem informação de moléculas que vêm fora da
célula
• São recetores extracelulares de matriz extracelular,
em animais. São proteínas transmembranares
formando heterodimeros de duas cadeias.
• A maioria das integrinhas conectam feixes de
filamentos de actina no lado citoplasmátco
Proteoglicanos

• Muitos GAGs associados a proteínas altamente


hidratadas.
• São moléculas compostas por um núcleo proteico, no
qual se ligam vários GAGs
• Divisao independente • Regeneração – refere-se na proliferação das células
e tecidos para substituir estruturas perdidas. resulta na
restituição completa dos perdidos ou tecido
danificado;
• Reparação – consiste na combinação entre
regeneração e formação de cicatriz pela deposição
de colagénio. pode restaurar algumas estruturas
originais, mas envolve deposição de colágeno e
formação de cicatriz.
Em tecidos saudáveis, a cicatrização, na forma de
regeneração ou reparo, ocorre após praticamente qualquer
insulto que cause destruição do tecido e seja essencial para a
sobrevivência do organismo.

A renovação é exclusiva às células estaminais?


Não. Há tecidos que conseguem renovar sem células
estaminais como por exemplo: células que secretam insulina e
hepatócitos do fígado. O fígado e o pâncreas têm uma
pequena população de células estaminais.
Mecanismo de homeostase (taxa de proliferação vs taxa de
morte)
A renovação permite manter o tamanho do órgão ou
recuperar o tamanho normal após dano.
Existem tecidos que não sofrem renovação?
Sim. O epitélio auditivo e células sensoriais nos ouvidos e o
epitélio da retina e fotorrecetores da retina.
Células do tecido conjuntivo: fibroblastos originam: Tipos de tecido:

• Osteoblasto e osteócito • Estáveis – dividem pouco


• Celula adiposa • Permanentes – não se dividem
• Condrocito • Epitelio – dividem
• Musculo liso Tecido granuloso – cicatriz
A diferenciação dos fibroblastos pode ser controlada pelas • A formação de cicatrizes é o processo de cura
propriedades físicas da matriz extra-celular. predominante que ocorre quando a estrutura da
matriz extracelular (ECM) é danificada por ferimentos
graves.
Os componentes do ECM são essenciais para cicatrização de
feridas
• A inflamação crônica estimula a formação de cicatrizes
devido a produção local de fatores de crescimento e citocinas
que promovem a proliferação de fibroblastos e a síntese de
colágeno, e por causa de danos associados ao ECM.
• O termo fibrose é usado para descrever a extensa
deposição de colágeno que ocorre nessas situações. Eles
fornecem a estrutura para a migração celular, mantêm a
polaridade celular correta para a remontagem de
Se ocorrer um dano no órgão pode haver:
multicamadas estruturas e participam da formação de novos • Dividindo-se continuamente (tecidos lábeis) As
vasos (angiogênese). células proliferam ao longo da vida, substituindo
aquelas que são destruídas, por exemplo: incluem
• Nos fibroblastos, macrófagos e outros tipos de células da
epitélios de superfície, como epitélios escamosos
ECM, produzem fatores de crescimento, citocinas e
estratificados da pele, etc.
quimiocinas que são críticas para regeneração e reparo.
• Quiescente (tecidos estáveis) Normalmente tem um
• No entanto, embora o reparo seja um processo de
baixo nível de replicação; no entanto, as células
cicatrização, pode por si só causa disfunção do tecido
desses tecidos podem passam por uma divisão rápida
Controle da proliferação celular normal e crescimento do em resposta a estímulos e são, portanto, capazes de
tecido reconstituindo o tecido de origem, por ex: as células
parenquimatosas do fígado, rins e pâncreas; células
Em tecidos adultos, o tamanho das populações de células é mesenquimais.
determinado pelas taxas de proliferação celular, diferenciação
e morte por apoptose. • Não divisão (tecidos permanentes). Contém células
que deixaram o ciclo celular e não podem sofrer
Aumento do número de células resulta num aumento da
divisão mitótica na vida pós-natal, por ex. neurônios e
proliferação ou diminuição da morte celular.
células do músculo esquelético e cardíaco.
• Células diferenciadas incapazes de replicação são
referidas como células terminalmente diferenciadas.
Em adultos, as células-tronco (frequentemente chamadas de
O impacto da diferenciação depende do tecido sob o qual células-tronco adultas ou células-tronco somáticas), com uma
ocorre: em alguns tecidos, células diferenciadas não são capacidade mais restrita de gerar diferentes tipos de células
substituídas, enquanto em outros morrem, mas são foram identificados em muitos tecidos.
continuamente substituídos por novas células geradas a partir
do tronco células • As células-tronco somáticas em sua maioria residem em
microambientes especiais chamados nichos composto de
• A proliferação celular pode ser estimulada por fatores endotelial mesenquimal, e outros tipos de células.
fisiológicos e patológicos condições.
• Acredita-se que as células de nicho geram ou transmitir
estímulos que regulam a autorrenovação das células-tronco e
a geração de progênie células.
Reprogramação de células diferenciadas: células-tronco
pluripotentes induzidas
Etapas envolvidas na terapia com células-tronco, usando
células-tronco embrionárias (ES) ou induzidas células-tronco
pluripotentes (iPS).

• Lado esquerdo, Clonagem terapêutica usando células


ES. O diplóide núcleo de uma célula adulta de um
paciente é introduzido em um oócito enucleado. O
oócito é ativado, e o zigoto se divide para se tornar
um blastocisto que contém o DNA de doador. O
blastocisto é dissociado para obter ES células.
• Lado direito, terapia com células-tronco usando células
iPS. As células de um paciente são colocadas em
cultura e traduzido com genes que codificam fatores
de transcrição, para gerar iPS células. Ambas as
células ES e iPS são capazes de diferenciar em vários
tipos de células.
ATIVIDADE PROLIFERATIVA DO TECIDO
O objetivo da terapia com células-tronco é repovoar os danos
• Os tecidos do corpo são divididos em três grupos órgãos de um paciente ou para corrigir um defeito genético,
com base na atividade proliferativa de suas células: usando as células do mesmo paciente para evitar imunológico
rejeição.
Tecido de granulação (cicatrização normal) Feridas que não cicatrizam também se formam em áreas
desprovidas de sensibilidade. Essas úlceras neuropáticas são
O tecido de granulação é o órgão especializado e transitório
ocasionalmente vistas em pacientes com neuropatia periférica
de reparo, que substitui a matriz provisória. Como a placenta,
diabética.
o tecido de granulação está presente apenas onde e quando
necessário. A formação excessiva dos componentes do processo de
reparo pode dar origem a cicatrizes hipertróficas e queloides.
O acúmulo de quantidades excessivas de colágeno pode dar
origem a uma cicatriz elevada conhecida como cicatriz
hipertrófica; se o tecido da cicatriz crescer além dos limites da
ferida original e não regredir, é chamado de queloide (Fig. 3–
23). A formação do queloide parece ser um indivíduo
predisposição, e por razões desconhecidas, esta aberração é
um pouco mais comum na África Americanos. Cicatrizes
hipertróficas geralmente se desenvolvem após lesão térmica
ou traumática que envolve as camadas profundas da derme.
O colágeno é produzido pelos miofibroblastos, que persistem
na lesão através da produção autócrina de TGF-b e do
estabelecimento de aderências focais

• Granulação exuberante é outro desvio na cicatrização


de feridas consistindo na formação de quantidades
excessivas de granulação tecido, que se projeta
acima do nível da pele circundante e bloqueia a
reepitelização (este processo foi chamado, com mais
ASPECTOS PATOLÓGICOS DO REPARO fervor literário, carne orgulhosa). A granulação
excessiva deve ser removida por cautério ou excisão
Complicações na cicatrização de feridas podem surgir de cirúrgica para permitir a restauração de a
anormalidades em qualquer uma das componentes do continuidade do epitélio.
processo de reparo. Essas aberrações podem ser agrupadas • Finalmente (felizmente raramente), cicatrizes
em três categorias: incisionais ou lesões traumáticas pode ser seguido por
proliferação exuberante de fibroblastos e outros
• formação de cicatriz deficiente,
elementos do tecido conjuntivo que podem, na
• formação excessiva dos componentes de reparo, e
verdade, reaparecem após a excisão. Chamados de
• formação de contraturas.
desmoides ou agressivos fibromatoses, que se
A formação inadequada de tecido de granulação ou encontram na interface entre proliferações e tumores
montagem de uma cicatriz pode levar a dois tipos de malignos (embora de baixo grau). A linha entre as
complicações: deiscência e ulceração da ferida. hiperplasias benignas características de reparo e a
neoplasia é frequentemente desenhada com precisão.
Deiscência ou ruptura de uma ferida é mais comum após
• A contração do tamanho de uma ferida é uma parte
cirurgia abdominal e é devido a aumento da pressão
importante do processo de cicatrização normal. Um
abdominal. Vômito, tosse ou íleo podem gerar estresse
exagero deste processo dá origem a contratura e
mecânico na ferida abdominal.
resulta em deformidades da ferida e os tecidos
As feridas podem ulcerar devido à vascularização inadequada circundantes. Contraturas são particularmente
durante a cicatrização. Por exemplo, feridas de membros propenso a se desenvolver nas palmas das mãos,
inferiores em indivíduos com doença vascular periférica plantas dos pés e na face anterior do tórax.
aterosclerótica normalmente ulceram. Contraturas são comumente vistas após graves
queimaduras e pode comprometer a movimentação
das articulações (Fig. 3–24).

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