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NEURÔNIOS

DEFINIÇÃO
Células excitáveis, que fazem
comunicação entre si ou com células efetoras
(musculares e secretoras) por meio de sinais
elétricos (Potencial de Ação).
Estrutura - Possuem corpo celular, dendritos
e axônio.
CORPO CELULAR/PERICÁRIO
Contém núcleo, citoplasma e
organelas. Abundância de mitocôndrias e
organelas sintetizadoras de proteínas, além
de corpúsculos de Nissl. Aqui ocorre a
recepção de estímulos.
DENDRITOS
Ramificações curtas, que apresentam
as mesmas organelas do pericário.
Especializados em receber estímulos dos
axônios e, consequentemente, alterar o
potencial de membrana.
AXÔNIOS
Prolongamento originado no Cone de
Implantação que possui comprimento
variável. Citoplasma constituído por
microtúbulos, neurofilamentos, RE não
granular, mitocôndrias e vesículas. Sua
porção terminal (Terminal Axônico)
estabelece conexão com outros neurônios,
músculos e glândulas. Podem ser cobertos ou
não de mielina. Nos mielinizados, existem os
nódulos de Ranvier entre os feixes de
mielina.

TIPOS
Pseudounipolar - Possui um único
prolongamento que é separado do corpo
celular e se divide em T, com 2 polos
(Dendritos e axônio). Geralmente encontrados
nos gânglios sensitivos da medula espinhal.
Bipolar - Possui um prolongamento
saindo de cada extremidade do corpo celular.
Encontrados nas células bipolares da retina e
nas células dos gânglios coclear e vestibular
sensitivos.
Multipolar - Possui vários dendritos
emergindo do corpo celular e um axônio.
Neurônios do encéfalo da medula, em geral.

@ricardoshaa
FLUXO AXOPLASMÁTICO
O axônio não possui estruturas que possam sintetizar proteínas, assim como também não
possuem organelas membranosas necessárias para a manutenção da célula. Portanto, é preciso
haver um fluxo de organelas e substâncias para a área, este é o fluxo axoplasmático. Pode ocorrer
de forma anterógrada, do pericário para a terminação axônica, ou de forma retrógrada, em direção
ao corpo celular. Além disso, a terminação axônica também tem capacidade de capturar
substâncias tróficas por endocitose, o que pode ser um risco, no caso de algum vírus, como o da
raiva ou outro tipo de toxina.

ATENÇÃO: NÃO CONFUNDIR O TRANSPORTE AXONAL (BIDIRECIONAL) COM A SINAPSE


QUÍMICA (UNIDIRECIONAL).

OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DE NEURÔNIOS

TIPO I DE GOLGI – São neurônios que possuem um axônio longo, podendo chegar a 1 metro
ou mais. São exemplos as células piramidais do córtex cerebral, as células de Purkinje do córtex
cerebelar e as células motoras da medula.
TIPO II DE GOLGI – Possuem axônio curto e, juntamente aos dendritos, ficam o formato estrelado.
Células do córtex cerebelar e cerebral.

@ricardoshaa
NEUROTRANSMISSORES
ATIVIDADE ELÉTRICA
Excitação e condução Estão presentes nas vesículas pré-sinápticas
No estado de repouso, o interior das e são liberados, por exocitose, com a chegada
células é eletricamente negativo em relação de um impulso elétrico. Se ligam a proteínas
ao meio extracelular (MEC). O potencial de receptoras na membrana pós-sináptica, que
membrana ou de repouso é de cerca de -80 quando “ativadas”, abrem canais iônicos
mV. O influxo de íons de Na+ causa uma dependentes de ligantes, iniciando uma
variação de 140 mV, tornando o MIC positivo despolarização ou inibição local. O efeito
por um curto período de tempo, o que é causado na membrana pós-sináptica depende
chamado de Potencial de Ação. A medida que do tipo de neurotransmissor que foi acoplado.
o impulso percorre a fibra, o influxo de Na+ Tipos de neurotransmissores
acaba e a permeabilidade de K+ aumenta, As substâncias mais conhecidas, que
restaurando o estado de repouso. O período atuam como neurotransmissores são:
refratário absoluto acontece quando o Acetilcolina, norepinefrina, epinefrina,
axolema ainda está despolarizado, o que dopamina, glicina, serotonina, GABA (Ácido
impossibilita a excitação do nervo por um gama-amino butírico), encefalinas, substância
segundo estímulo, já o período relativo P e ácido glutâmico.
acontece em um curto intervalo de tempo, Os neurotransmissores desempenham
quando a excitabilidade da fibra volta ao diferentes funções, como é caso da ACh e dp
normal. glutamato que causam excitação rápida,
enquanto o GABA causa inibição.
Velocidade de condução
A velocidade do impulso depende,
principalmente, da espessura da fibra (quanto Mecanismo de liberação de
maior, mais veloz) e da presença de mielina, neurotransmissores
que condiciona o impulso saltatório, mais
rápido que o impulso linear.

Sinapses •Chegada do PA no terminal axônico.


São o meio de comunicação dos 1º passo
neurônios. Uma única célula pode fazer
sinapse com milhares. Podem ocorrer entre •Abertura de canais de Ca++
Axônio e Dendritos (axodendríticas), axônio e dependentes de voltagem e influxo do
pericário (axossomáticas) e entre axônios e 2º passo íon.
segmento inicial de outro axônio (axoaxonais).
Químicas - Ocorre entre duas regiões ou
•Movimentação das vesículas com o
membranas (Pré-sináptica e Pós-sináptica). neuro transmissor para a membrana.
Entre elas, há a fenda sináptica. Para 3º passo
acontecer, é necessário a presença de
NEUROTRANSMISSORES, que ficam em •Fusão da membrana da vesícula com a
vesículas na membrana pré-sináptica. Este membrana pré-sináptica e exocitose
4º Passo do neurotransmissor.
tipo de SINAPSE É UNIDIRECIONAL!
Elétricas - Acontece sem a presença de
neurotransmissores, pela passagem direta de •Neurotransmissor se liga a proteína
íons de uma membrana para outra. São raras receptora e causa seu efeito.
5º Passo
em humanos. Podem ser bidirecionais!

@ricardoshaa
FIBRAS MIELÍNICAS
No SNP, os axônios são circundados por células de Schwann, formando duas estruturas,
a bainha de mielina (cilindro ao redor do axônio) e o neurilema que recobre essa bainha. Entre os
segmentos cobertos (também chamados de internódulos), estão os nódulos de Ranvier. Cada
célula de Schwann forma uma bainha, logo, milhares de células podem estar acopladas a um único
axônio. Nessas fibras, os canais de sódio e potássio se encontram apenas nos nódulos de Ranvier
e a mielina possui caráter isolante elétrico. Devido a estas razões, o impulso elétrico é saltatório e
possui maior velocidade.
Já em fibras amielínicas, também presentes no SNP, o impulso ocorre lentamente, já que os
canais iônicos estão próximos e não há existência de isolante elétrico, impossibilitando o impulso
saltatório.

DOENÇAS DESMIELINIZANTES
Esclerose Múltipla – Doença caracterizada pela destruição progressiva das bainhas de mielina de
fibras nervosas encefálicas, medulares e do nervo óptico. Esse efeito impede a condução saltatória,
diminuindo a sua velocidade até haver extinção.
Síndrome de Guillan-Barré – Aqui, a desmielinização atinge os nervos periféricos, dificultando e
até mesmo impedindo a condução de impulsos elétricos nas fibras eferente somáticas, na
musculatura esquelética estriada. Nesse caso, ocorre fraqueza muscular seguida de paralisia. Em
casos mais avançados, acontece a perda de marcha, além do comprometimento da musculatura
respiratória, necessitando ventilação mecânica.

@ricardoshaa
CÉLULAS DA GLIA
Além dos neurônios, o SN é composto por células da glia, que são menores e 5 a 10 vezes mais
numerosas. Estas, exercem diversas funções, como sustentação, produção de LCR, contato
com capilares, entre outras.

CÉLULA ESTRUTURA LOCALIZAÇÃO FUNÇÃO


Astrócitos fibrosos Corpos celulares Substância branca Fornecem uma
pequenos, estrutura de
prolongamentos sustentação, são
finos e longos, isolantes elétricos,
filamentos limitam a
citoplasmáticos, propagação dos
pés perivasculares neurotransmissores,
captam íons K
Astrócitos Corpos celulares Substância cinzenta
protoplasmáticos pequenos, Armazenam
prolongamentos glicogênio,
espessos e curtos, desempenham uma
muitos ramos, função fagocítica,
poucos filamentos substituem os
citoplasmáticos, neurônios mortos,
pés perivasculares constituem um
conduto para
metabólitos ou
matérias-primas,
produzem
substâncias tróficas
Oligodendrócitos Corpos celulares Em fileiras ao longo dos Formam a mielina
pequenos, poucos nervos mielinizados, no SNC, influenciam
prolongamentos circundando os corpos a bioquímica dos
delicados, celulares de neurônios neurônios
ausência de
filamentos
citoplasmáticos
Micróglia As menores Dispersas por todo o São inativas no SNC
células da SNC normal, proliferam
1euroglia, ramos na doença e na
ondulados com fagocitose,
espinhos auxiliadas por
monócitos
sanguíneos
Ependimócitos Formato cuboide Revestem os Circulam o LCS,
ou colunar, com ventrículos, o canal absorvem o LCS
cílios e central
microvilosidades,
junções
comunicantes
Tanicitos Prolongamentos Revestem o assoalho Transportam
basais longos, com do terceiro ventrículo substâncias do LCS
pedicelos

@ricardoshaa
terminais sobre os para o sistema porta
capilares hipofisário
Células Corióideas Laterais e bases Cobrem as superfícies Produzem e
em pregas, dos plexos corióideos secretam o LCS
junções firmes
Tabela retirada do livro Neuroanatomia Clínica – Snell

OBS: As células de Schwann também são células da glia, entretanto, estão localizadas no
Sistema Nervoso Periférico. Assim como os Oligodendrócitos, estas células também formam a
bainha de mielina nos axônios, contudo, enquanto os Oligodendrócitos podem formar várias
bainhas por células, as de Schwann formam apenas uma!

OBS²: Além das funções citadas na tabela, os astrócitos também realizam a tarefa de nutrição,
já que se ligam aos capilares sanguíneos e aos neurônios simultaneamente, mediando a
passagem de substâncias.

@ricardoshaa
SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Telencéfalo
Cérebro
Diencéfalo

Mesencéfalo
Encéfalo
SNC Tronco
Medula Ponte
Encefálico
Espinhal

Cerebelo Bulbo

TELENCÉFALO
Pode ser dividido em hemisférios (direito e esquerdo) e em lobos (frontal, parietal,
occipital e temporal), além da ínsula. Em sua superfície, há depressões, chamadas de sulcos,
que delimitam os giros, caracterizando a forma do cérebro. Possui uma camada mais externa
(substância cinza), formada por corpos celulares e axônios não mielinizados, e uma camada mais
interna (substância branca), formada, principalmente, por axônios mielínicos.

@ricardoshaa
Áreas de Broadmann
O córtex cerebral também pode ser
dividido por um critério funcional. Nesse
caso, existem áreas específicas que recebem
os estímulos sensitivos e outras que enviam
estímulos motores. O córtex somatossensorial
é composto pela área somestésica primária
ou S1(1,2 e 3) e secundária ou S2 (5 e 7).
Na S1 chegam estímulos relacionados
a temperatura, dor, pressão, tato e
propriocepção consciente da metade oposta
do corpo.
As áreas motoras relacionadas a
motricidade são a 4 e 6. Sendo a 4, a área
motora primária e a 6 a área motora
secundária.
As demais áreas estão relacionadas
aos sentidos especiais e a fala.

@ricardoshaa
VASCULARIZAÇÃO ENCEFÁLICA
As anastomoses entre as artérias vertebrais e carótidas internas formam o Polígono de
Willis na base do cérebro e desse saem as principais artérias responsáveis pela irrigação
encefálica, são elas: Artéria cerebral posterior, média e anterior.
O cérebro, diferente de outros tecidos, não consegue obter energia de forma anaeróbia, ou seja,
precisa de um constante fluxo de sangue oxigenado. Por esta razão, um intervalo maior que 5
minutos sem haver oxigenação pode causar lesões irreversíveis. Apesar de representar 2% da
massa corpórea, o encéfalo consome 20% do oxigênio disponível e recebe 15% do fluxo
sanguíneo.
O fluxo sanguíneo também é maior na substância cinzenta, se comparado a substância
branca, isso se justifica pela região cinza ser constituída de pericários, que são os centros
metabólicos da célula, necessitando de maior abastecimento de substâncias.

NÚCLEOS DA BASE
São massas de substância cinzenta situadas na base do telencéfalo. Estão envolvidos com
as funções motoras, modulando a ação no trato corticoespinhal. Podem, também, agir em sistemas
não motores, participando de processos cognitivos, motivacionais e emocionais. Os núcleos
estudados são: caudado, putâmen, amígdala, claustrum, accumbers e globo pálido (lateral e
medial). O corpo amigdaloide e o núcleo accumbers são estudados no sistema límbico.
O núcleo caudado, juntamente com o putâmen e o globo pálido forma o Estriado. Já o
putâmen e o globo pálido, formam o núcleo Lentiforme.
Apesar de participar do sistema motor, o estriado e outros núcleos não fazem conexão
direta com a medula, por isso, trabalham por meio de circuitos, nos quais o córtex se liga ao
estriado, este se liga ao tálamo e este se liga ao córtex, fechando o circuito. O circuito motor, por

@ricardoshaa
exemplo, pode ser dividido em duas vias: a Direta e a indireta. Em ambas as vias, o globo pálido
possui a função permanente de inibir os núcleos talâmicos, resultando na inibição do córtex motor.

Na via direta o putâmen se liga diretamente e Já na via indireta, o putâmen inibe GP Lateral,
o inibe, fazendo com que este pare de inibir os que deixa de inibir o núcleo subtalâmico. Este,
núcleos Ventral Anterior e Ventral Lateral do possui ação excitatória sobre GP Medial,
Tálamo, possibilitando assim, o estímulo das fazendo com que continue a inibir os núcleos
áreas motoras corticais. talâmicos, resultando na inibição do córtex
motor.

OBS: O putâmen faz ligação com a substância negra, que libera dopamina, essencial para o
funcionamento do circuito em ambas as vias.
OBS²: Na doença de Parkinson, ocorre a disfunção na substância negra, ocasionando na
diminuição de dopamina para o circuito pelas vias nigroestriatais. Nesse caso, sem a modulação
desse neurotransmissor, ocorre maior inibição sobre os núcleos talâmicos, que resulta na
bradicinesia, ou seja, lentidão e redução da atividade motora espontânea.
OBS³: A doença de Huntington, também está relacionada aos núcleos basais, entretanto, nesta
comorbidade, ocorre a degeneração dos núcleos caudado e putâmen. Sem a moderação exercida
por estas estruturas, acontece a ocorrência de movimentos involuntários constantes,
caracterizando um dos sintomas, a coreia.

DIENCÉFALO
Porção mais interna do cérebro e recoberta pelo telencéfalo. Composto pelo corpo caloso,
fórnice, 3º ventrículo, tálamo, subtálamo, hipotálamo, epitálamo, túber cinéreo, corpos mamilares,
infundíbulo, glândula pineal e quiasma óptico. A cápsula interna delimita sua face lateral.

@ricardoshaa
O tálamo é um agregado de núcleos que possui diversas conexões e, consequentemente,
diversas funções, tais como: Sensitivas, motoras, comportamentais, de memória e de ativação do
córtex (em associação com os núcleos basais).
Hipotálamo
É a área do diencéfalo que se localiza nas paredes do 3º ventrículo, abaixo do sulco
hipotalâmico. Pode ser dividido em supraóptico, tuberal e mamilar e nestas áreas estão
localizados os diversos núcleos hipotalâmicos. Os núcleos são feixes de fibras nervosas que fazem
conexão com um sistema específico, como o hipocampo, amígdala, hipófise e vísceras.
A principal função do hipotálamo é garantir a homeostasia do corpo, nesse caso, através da
liberação de estímulos ou hormônios. Algumas de suas funções específicas são:
 Controlar o sistema nervoso Autônomo
 Regulação da temperatura corpórea
 Regulação do comportamento emocional
 Regulação do equilíbrio hidrossalino e da Pressão arterial
 Saciedade
 Regulação do sistema endócrino.

@ricardoshaa
TRONCO ENCEFÁLICO
É a região entre a medula e o diencéfalo. É constituído por corpos de neurônios que se
agrupam em núcleos, além dos tratos, fascículos e lemniscos. Conduz tratos ascendentes e
descendentes, que conectam a medula espinhal ao cérebro; contém estruturas relacionadas ao
controle da respiração, do sistema cardiovascular e ao controle da consciência; possui em seu
interior, núcleos de 10 nervos cranianos. Divide-se em Mesencéfalo, ponte e bulbo. Abriga 10 dos
12 pares de nervos cranianos (I e II estão situados no cérebro).
No bulbo, existem as pirâmides, lemniscos e olivas, locais importantes, nos quais
ocorrem a decussação de fibras nervosas, tanto sensitivas quanto motoras. Na região posterior
do mesencéfalo há os colículos superiores, relacionados aos reflexos visuais, e colículos
inferiores, que são centros auditivos.

@ricardoshaa
NERVOS CRANIANOS

Número Nome Função Origem Aparente


I Olfatório Olfato (sensitivo) Telencéfalo
II Óptico Visão (sensitivo) Diencéfalo
III Óculomotor Levanta a pálpebra superior, Mesencéfalo
gira o bulbo do olho para cima,
para baixo e medialmente;
provoca constrição da pupila;
acomoda o olho
IV Troclear Ajuda a girar o bulbo do olho Mesencéfalo
para baixo e lateralmente.
Inerva o músculo oblíquo
superior.
V Trigêmeo Ponte
Nervo Oftálmico Córnea, pele da fronte, couro
cabeludo, pálpebras e nariz;
também a mucosa dos seios
paranasais e cavidade nasal.
(SENSITIVO)
Nervo Maxilar Pele da face sobre a maxila;
dentes maxilares; mucosa do
nariz, seio maxilar e palato.
(SENSITIVO)
Nervo Mandibular Músculos da mastigação, milo-
hióideo, ventre anterior do
músculo digástrico, músculo
tensor do véu palatino e
músculo tensor do tímpano.
(MOTOR)
Pele da bochecha, pele sobre a
mandíbula e lado da cabeça,
dentes mandibulares e
articulação
temporomandibular; mucosa
da boca e parte anterior da
língua. (SENSITIVO)
VI Abducente Músculo reto lateral que gira o Ponte
bulbo do olho lateralmente
VII Facial Músculos da face e do couro Ponte
cabeludo, músculo estapédio,
ventre posterior do músculo
digástrico e músculo estilo-
hióideo. (MOTOR)
Paladar dos dois terços
anteriores da língua, do
assoalho da boca e palato.
(SENSITIVO).
Glândulas salivares
submandibulares e sublinguais,
glândula lacrimal e glândulas

@ricardoshaa
do nariz e palato.
(SECRETOMOTOR).
VIII Vestibulococlear Ponte
Vestibular Utrículo e sáculo e canais
semicirculares – posição e
movimento da cabeça.
(SENSITIVO)
Coclear Órgão espiral – audição.
(SENSITIVO)
IX Glossofaríngeo Músculo estilofaríngeo – auxilia Bulbo
na deglutição. (MOTOR)
Glândula salivar parótida.
(SECRETOMOTOR).
Sensibilidade geral e paladar
do terço posterior da língua e
da faringe; seio carótico
(barorreceptor); e glomo
carótico (quimiorreceptor).
(SENSITIVO)
X Vago Coração e grandes vasos Bulbo
sanguíneos torácicos; laringe,
traqueia, brônquios e pulmões;
trato alimentar, da faringe até a
flexura esplênica do colo;
fígado, rins e pâncreas.
(MISTO)
XI Acessório Bulbo
Raiz Craniana Músculos do palato mole (com
exceção do músculo tensor do
véu palatino), faringe (exceto o
músculo estilofaríngeo) e
laringe (exceto o músculo
cricotireóideo) em ramos do
vago. (MOTOR)
Raiz Espinhal Músculos
esternocleidomastóideo e
trapézio. (MOTOR)
XII Hipoglosso Músculos da língua (com Bulbo
exceção do músculo
palatoglosso) que controlam o
seu formato e movimento.
(MOTOR)
Tabela Adaptada Neuroanatomia Clínica – Snell

@ricardoshaa
Dicas
1- Existem 3 nervos sensitivos (I, II e VIII), 4 mistos (V, VII IX e X) e 5 motores (III, IV, VI, XI e
XII)
LEMBRAR DO NÚMERO 345
2- Existem 2 nervos no cérebro (I e II), 2 no mesencéfalo (III e IV), 4 na ponte (V, VI, VII e VIII) e 4
no bulbo (IX, X, XI e XII). LEMBRAR DOS NÚMEROS 2244
3- Os nervos podem ser vistos facilmente de cima para baixo em ordem crescente, sendo o mais
superior o nervo I e os mais inferiores o XI e XII.

Lesões nos nervos - Consequências


Nervo olfatório (I) – Anosmia unilateral. Nervo troclear (IV) – Diplopia ao olhar para
Nervo óptico (II) – Cegueira periférica, baixo, dificuldade em movimentar o olho para
cegueira total de um olho, hemianopsia baixo e lateralmente.
nasal,hemianopsia bilateral e hemianopsia Nervo trigêmeo (V) – Córnea e conjuntiva
hormônima contralateral. insensíveis ao toque. Neuralgia do trigêmeo.
Nervo oculomotor (III) – Limitação de Nervo abducente (VI) – Estrabismo interno e
movimentos oculares, estrabismo externo, diplopia.
diplopia, ptose, ausência de miose na luz, Nervo Facial (VII) – Paralisia de Bell
oftalmoplegia interna e externa.

@ricardoshaa
Nervo vestibulococlear (VIII) – Vertigem, Nervo acessório (XI) – Paralisia nos
Nistalgmo, surdez e zumbido. músculos esternocleidomastódeo e trapézio.
Nervo glossofaríngeo (IX) – Neuralgia Nervo hipoglosso (XII) – Desvio da língua
glossofaríngea. para o lado contrário ao lesionado.
Nervo vago (X) – Rouquidão e ausência de
voz.

CEREBELO
Está localizado na parte posterior do crânio e é dividido em dois hemisférios unidos pelo verme.
Está conectado ao tronco encefálico por meio dos pedúnculos cerebelares. O cerebelo tem,
predominantemente, funções motoras, tais como: manutenção do equilíbrio e da postura (através
dos tratos vestíbuloespinhais), controle do tônus muscular (tratos corticoespinhais e rubroespinhal),
controle dos movimentos voluntários (planejamento do movimento e correção do movimento em
execução) e o mecanismo de aprendizagem motora (através das fibras olivocerebelares).

@ricardoshaa
CAMADAS DO CÓRTEX CEREBELAR
O córtex cerebelar pode ser dividido em camadas de diferentes células:
 Camada Molecular
o Fibras Paralelas
o Células Estreladas
o Células em Cesto
 Camada de células de Purkinje
o Únicas fibras eferentes do córtex do cerebelo.
 Camada granular
o Células pequenas e altamente numerosas
o Células de Golgi
 Substância Branca

MEDULA ESPINHAL
É uma massa cilíndrica que está localizada no interior das vértebras. Tem origem a partir
do bulbo e se limita a segunda vértebra lombar (L2). Aqui, ao contrário do encéfalo, a substância
cinza é mais interna, enquanto a substância branca é mais externa.
SUBSTÂNCIA CINZA: Contém o corno posterior (sensitivo), o corno lateral (região de Inter
neurônios) e o corno anterior (motor), além do canal central e da comissura cinza.
SUBSTÂNCIA BRANCA: Divide-se em funículo anterior, lateral e posterior, que contém os
fascículos grácil e cuneiforme. Na parte posterior, há o sulco mediano posterior, o sulco intermédio
e o sulco póstero-lateral. Já na parte anterior, há a fissura mediana anterior, os sulcos anterolaterais
e a comissura branca.
INTUMESCÊNCIAS: São áreas mais espessas da medula, que forma os plexos, estruturas que
inervam os membros. A intumescência cervical forma o plexo braquial, que inerva os membros
superiores. Já a intumescência lombar forma o plexo lombossacral, que inerva os membros
inferiores.

@ricardoshaa
Nervos espinhais: São 31 pares, sendo 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo.
Saindo do corno posterior, as radículas nervosas formam um gânglio nervoso ou raiz nervosa, que
juntamente com a raiz motora (que emerge do corno anterior) forma um nervo.

@ricardoshaa
DIVISÃO FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO

Aferente

Somático

Eferente
Sistema
Nervoso
Aferente

Visceral Simpático

Eferente SN Autônomo

Parassimpático

VIAS SOMÁTICAS
AFERENTES OU ASCENDENTES - São responsáveis por levar os impulsos nervosos periféricos
aos centros nervosos. As vias aferentes são compostas por 4 elementos, sendo eles: o receptor, o
trajeto periférico, o trajeto central e a área de projeção cortical. As vias cerebrais são compostas de
3 neurônios, os de 1º ordem, 2º ordem e 3º ordem.

SENSAÇÃO RECEPTOR NEURÔ NEURÔNIO NEURÔNIO VIAS DESTIN


NIO I II – LOCAL III O
DE
CRUZAME
NTO
Dor e Terminaçõe Gânglio Substância Núcleo Trato Giro
temperatura s nervosas sensitivo gelatinosa ventral espinotalâmic pós-
livres do nervo posterolater o lateral, central
espinal al do tálamo lemnisco
(da raiz espinal
posterior
)
Tato Terminaçõe Gânglio Substância Núcleo Trato Giro
grosseiro e s nervosas sensitivo gelatinosa ventral espinotalâmic pós-
pressão livres do nervo posterolater o anterior, central
espinal al do tálamo lemnisco
(da raiz espinal
posterior
)
Tato Corpúsculos Gânglio Núcleos Núcleo Fascículos Giro
discriminativo de Meissner, sensitivo grácil e ventral grácil e pós-
, sensação corpúsculos do nervo cuneiforme posterolater cuneiforme, central
vibratória, de Pacini, espinal al do tálamo lemnisco
sensação fusos (da raiz medial
muscular e musculares, posterior
)

@ricardoshaa
articular órgãos
consciente tendíneos

Figura: Receptores nervosos da pele e dos músculos.

EFERENTES OU DESCENDENTES - São os caminhos por onde o impulso nervoso viaja do SNC
para o músculos e glândulas. É feito através de neurônios motores que saem das raízes anteriores
da medula espinhal. Podem ser somáticas ou viscerais, que é o caso do Sistema Nervoso
Autônomo.

Via Função Origem Local de Destino Ramos


cruzamento
Tratos Movimentos Córtex motor A maioria Neurônios Córtex
Corticospinais voluntários primário cruza na internunciais cerebral,
rápidos e (área 4), decussação e neurônios núcleos da
hábeis, córtex motor das pirâmides motores α base, núcleo
particularmente secundário e desce como rubro,
das (área 6), lobo tratos núcleos
extremidades parietal corticospinais olivares,
distais dos (áreas 3, 1 e laterais; formação
membros 2) algumas reticular
continuam
como tratos
corticospinais
anteriores e
cruzam no
nível do
destino

@ricardoshaa
Tratos Inibem ou Formação A nível do Neurônios Múltiplos
retículospinais facilitam os reticular bulbo ou da motores α e γ
movimentos ponte.
voluntários; o
hipotálamo
controla os
fluxos eferentes
simpáticos e
parassimpáticos
Trato Movimentos Cólico Logo após sua Neurônios
tetospinal posturais Superior origem motores α e γ
reflexos
relacionados
com a visão
Trato Facilita a Núcleo rubro Imediatamente Neurônios
rubrospinal atividade dos motores α e γ
músculos
flexores e inibe
a atividade dos
músculos
extensores
Trato Facilita a Núcleos Não cruzam Neurônios
vestibulospinal atividade dos vestibulares motores α e γ
músculos
extensores e
inibe os
músculos
flexores
Tabela adaptada Neuroanatomia Clínica - Snell

@ricardoshaa
SISTEMA LATERAL E MEDIAL
Os tratos eferentes também podem ser divididos em dois sistemas, para melhor
compreensão, que são o sistema lateral (SL) e o sistema medial (SM). Os tratos do SL estão
relacionados aos movimentos voluntários da musculatura distal, enquanto os tratos do SM são
responsáveis pela postura, estabilidade do corpo e movimentos da musculatura axial e proximal.

Tabela Neuroanatomia Funcional - Angelo Machado

@ricardoshaa
ARCO-REFLEXO
tendinoso detecta tensão muscular e causa o
Consiste em um movimento involuntário em relaxamento.
resposta a um determinado estímulo.

Basicamente, há 4 elementos envolvidos:


órgão receptor, fibra aferente, fibra eferente e
órgão efetor. Reflexos mais simples são
gerados por apenas uma sinapse.
O reflexo de retirada é aquele ativado pelos
receptores de dor e temperatura e busca se
afastar do estímulo doloroso. Envolver 3
circuitos: Divergente (ativação de vários
músculos), inibição dos músculos
antagonistas ao movimento e pós-descarga,
que é um prolongamento do estímulo. Além
desse tipo, há o reflexo de estiramento, no
qual os fusos musculares detectam
estiramento muscular e fazem uma contração.
Já no reflexo tendinoso de Golgi, o órgão

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO


É a parte eferente do sistema nervoso conectada às vísceras. Diferente da parte motora
somática, aqui há 2 neurônios conectando o Sistema nervoso central ao órgão efetuador, são os
neurônios pré-ganglionares e pós-ganglionares. Nos pré-ganglinares, o corpo celular está
dentro do SNC, enquanto nos pós, está fora. Há diferença no tamanho dessas fibras dependendo
da subdivisão do SNA. O SNA pode ser dividido em Simpático e Parassimpático e estes possuem
diferenças anatômicas, químicas.
 Simpático
o Região toracolombar
o Neurônio pós-sináptico perto da medula e longe das vísceras.
o Fibra pré-ganglionar curta e pós-ganglionar longa.
o Neurotransmissor
 Fibras pré-ganglionares – Acetilcolina
 Fibras pós-ganglionares – Noradrenalina
 Parassimpático
o Região craniossacral
o Neurônio pós-ganglionar longe da medula e perto das vísceras.
o Fibra pré-ganglionar longa e pós-ganglionar curta.
o Neurotransmissor
 Acetilcolina para ambas as fibras

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OBS: Na maioria das estruturas do corpo, os dois sistemas possuem ações antagônicas,
entretanto, também podem desempenhar o mesmo papel, como é o caso das glândulas
salivares, na qual os dois sistemas aumentam a secreção.

SISTEMA LÍMBICO
Sistema que é composto por áreas responsáveis por produzir as emoções e
comportamentos motivacionais, além das memórias. As partes relacionadas às emoções são o
córtex cingular anterior, córtex insular anterior, córtex pré-frontal orbitofrontal, parte do hipotálamo,
área septal, núcleo accumbers, habênula e amígdala.
Córtex cingular anterior
Relacionado ao processamento de emoções. Ativado, por exemplo, ao se recordar episódios
trister.
Córtex insular anterior
Relacionado a empatia, reconhecimento da fisionomia própria, sensação de nojo na
presença de imagens ou situações consideradas nojentas e percepção das emoções.
Córtex pré-frontal orbitofrontal
Faz parte de um circuito, juntamente com o núcleo caudado, globo pálido e núcleo
dorsomedial do tálamo. Relacionado ao processamento de emoções, supressão de
comportamentos socialmente indesejáveis e manutenção da atenção.
Hipotálamo
Principal área do sistema límbico, faz conexões com o hipocampo, amígdala e área septal.
Envolvido com comportamentos motivacionais e emocionais.
Área septal
Faz conexões com diversas outras áreas e faz parte do sistema de recompensa do cérebro
(mesolímbico), sendo um dos centros de prazer.
Núcleo Accumbers
Componente mais importante do sistema mesolímbico.

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Habênula
Tem ação inibitória sobre os neurônios dopaminérgicos do sistema mesolímbico e sobre o
sistema serotoninérgico de projeção difusa.
Amígdala
Reações de medo, fuga, defesa e agressão, além de ansiedade e estresse.

SENTIDOS ESPECIAIS
VISÃO

FISIOLOGIA DA TRANSDUÇÃO
 Cada célula foto receptora (cones e bastonetes) possui dois segmentos: um interno e outro
externo
 Fotopigmentos são proteínas presentes na membrana do segmento externo, nos discos
 O fotopigmento faz a absorção de luz. Nesse caso, ao absorver luz, a proteína sofre
mudanças estruturais
 Todos os fotopigmentos possuem duas partes: Opsina (glicoproteína) e retinal (derivado
da vitamina A), forma a partir do caroteno
 O retinal, no escuro, apresenta uma conformação cis. Ao absorver luz, sofre isomerização,
mudando para a conformação trans
 Após a isomerização, ocorrem algumas mudanças químicas, levando a produção de um
potencial receptor
 A regeneração acontece quando a enzima retinal isomerase converte o trans-retinal para
cis-retinal, que se liga à opsina

OBS: Os bastonetes possuem apenas um tipo de opsina ou fotopigmento, que é a rodopsina. Já


os cones possuem 3 tipos de opsinas.

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Inervação
 Nervo óptico na retina, leva os impulsos que geram a imagem no córtex visual.
 Nervo oculomotor, troclear e abducente.

AUDIÇÃO

Fisiologia - Audição
 A onda sonora entra no meato acústico externo, vibrando a membrana timpânica, esta, por
sua vez, movimenta o conjunto de ossículos.
 O estribo faz a janela oval vibrar, o que provoca ondas de pressão na perilinfa.

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 As ondas são transmitidas para a rampa do vestíbulo, daí para a rampa timpânica e depois
para a janela redonda, por fim, se projetando para fora da orelha média.
 As ondas de pressão também se movem para a endolinfa, fazendo com que a membrana
basal do órgão de corti se movimente.
 A movimentação da membrana faz com que os cílios das células ciliadas se comprimam
contra a placa tectorial, causando abertura de canais iônicos de K+, levando a
despolarização.
o Aqui ocorre influxo de K+ do meio extracelular
 A mudança de potencial da célula faz com que canais de Ca++ dependentes de voltagem
se abram.
 O influxo de Ca++ causa a exocitose de Glutamato, estimulando os neurônios.

Fisiologia – Equilíbrio
 Equilíbrio Estático
o Manutenção da posição do corpo
o Estabelecido pelo utrículo e sáculo
o Estes órgãos possuem uma região chamada de mácula
o Cada mácula possui dois tipos de células: Ciliadas e de sustentação
o Sobre as células ciliada, há uma camada gelatinosa de glicoproteínas, chamada de
membrana dos estatocônios
o Na superfície dessas membranas, existem cristais conhecidos como estatocônios
o Quando a cabeça se mexe, a membrana desliza sobre os cílios, fazendo com que
estes se dobrem, assim desencadeando o mesmo mecanismo visto na audição.
 Equilíbrio Dinâmico
o Manutenção da posição corporal ao realizar movimentos
o Mantido pelos canais semicirculares
o Nas partes dilatadas dos ductos, chamadas de ampolas, encontram-se elevações
conhecidas como cristas
o Cada crista possui dois tipos de células: Ciliadas e de sustentação
o Uma massa gelatinosa, a cúpula, recobre a crista
o Ao mover a cabeça, os ductos se movem e, consequentemente, as cristas
o Ao passo que as células ciliadas se movem, atritam com a endolinfa, se dobrando e
desencadeando um potencial de ação

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Princípios da Anatomia e Fisiologia - Tortora

Princípios da Anatomia e Fisiologia - Tortora

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Inervação
 Nervo vestíbulococlear
 Ramo coclear no órgão de corti

OLFATO

Epitélio Olfatório
 Composto por 3 tipos de célula
o Receptoras (neurônios bipolares)
o Sustentação – revestem o nariz, dão sustentação física, nutrição e isolamento
elétrico para os receptores.
o Células Basais – células-tronco que se dividem e se diferenciam, formando novos
receptores.
 Cílios Olfatórios
o Transdução Olfatória
Fisiologia
 Moléculas odoríferas se acoplam a uma proteína receptora, que estimula uma Proteína G.
Por sua vez, a proteína G tem a função de ativar o mecanismo de adenilato ciclase, que
basicamente, transforma ATP em AMP cíclico. O AMPc, por sua vez, abre canais de sódio,
fazendo com que haja uma despolarização na célula, gerando o potencial de ação.
PALADAR
Botões Gustatórios
 Onde se localizam os receptores para as sensações gustatórias.
 Encontram-se na língua (maioria), palato mole, faringe e epiglote.
 Assim como no epitélio olfatório, aqui também há a presença de 3 tipos de células:
o Basais
o Receptoras
o Sustentação
 Os botões ou calículas sem encontram nas papilas da língua, que são elevações. Existem
papilas circunvaladas, fungiformes e folhadas.

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Fisiologia
 Tastants – substâncias químicas que estimulam as células receptoras.
o Causam exocitose de neurotransmissores nas células receptoras, que irão causar
despolarização dos neurônios de primeira ordem.
 Alimentos salgados causam o influxo de sódio para dentro das células receptoras, o que
também pode desencadear a liberação de neurotransmissores.
 Alimentos azedos causam influxo de H+, que também leva à despolarização.
 Estimuladores dos sabores doce, amargo e umami, se ligam a receptores de membrana
ligados a proteína G, que ativam os segundos mensageiros, causadores de despolarização.

EMBRIOLOGIA
A formação do sistema nervoso se dá a partir do ectoderma neural, este que irá desenvolver
uma placa neural:
 Placa neural começa a invaginar, formando o sulco neural e as cristas neurais.
 Ocorre junção das pregas, formando o tubo neural e a crista neural separados do
ectoderma.
 O canal neural irá formar os ventrículos, no encéfalo, e o canal central, na medula.

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ENCÉFALO
Após o fechamento do neuropolo rostral, 3 vesículas primárias são formadas: O
prosencéfalo, o mesencéfalo e o rombencéfalo.
 O prosencéfalo sofre dilatação bilateral, formando os hemisférios do telencéfalo e o
diencéfalo.
 O mesencéfalo não se diferencia em outras estruturas, mas forma o aqueduto.
 O rombencéfalo forma o metencéfalo (diferencia-se em ponte, parte superior do 4º
ventrículo e cerebelo) e mielencéfalo (forma o bulbo e a parte inferior do quarto
ventrículo).
MEDULA
 Estreitamento do canal neural, formando o canal central da medula.
 Células da crista formam os neurônios dos gânglios espinhais.

MENINGES E LÍQUOR
 Dura-máter
o Camada mais externa
o Vasos e nervos
o Folheto externo e interno (encéfalo). Na medula, apenas interno.
o Folheto externo adere aos ossos do crânio formando, entre a união, o espaço
epidural, onde não há encéfalo.
o O folheto interno forma as pregas da dura-máter
 Aracnoide
o Membrana delicada
o Se separa da dura-máter pelo espaço subdural
o Sua união com a pia-máter forma o espaço sub-aracnóideo, que contém as
trabéculas aracnóideas
o Cisternas sub-aracnóideas são porções dilatadas com maiores quantidades de
líquor.

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o Granulações aracnóideas são estruturas que penetram a dura-máter, entrando
em contato com os seios. Relacionadas à absorção do líquor.
 Pia-máter
o Camada mais interna
o Se adere a superfície do encéfalo, acompanhando os relevos e depressões
o Forma a membrana pio-glial, junto com os astrócitos
o Dá sustentação e resistência aos órgãos nervosos.
o Acompanha os vasos, formando a parede externa dos espaços perivasculares.
 Líquor
o Líquido aquoso e incolor
o Função de proteção mecânica
o Ocupa espaço subaracnóideo e ventrículos
o Sua coleta pode ser usada para diagnosticar possível meningite
o Formado nos plexos coroides e pelo epêndima das paredes ventriculares
o Passa dos ventrículos laterais para o 3º e deste para o 4º. A partir daí, entra no
espaço subaracnóideo, onde pode ir para a medula, assim como para os seios da
dura-máter, os quais fazem a reabsorção.

FONTES
Neuroanatomia Funcional – Angelo Machado. 3ª ed
Neuroanatomia Aplicada – Murilo Meneses. 3ª ed
Neuroanatomia Clínica – Snell. 8ª ed
Principios da Anatomia e Fisiologia – Tortora. 14ª ed
Tratado de Fisiologia Médica – Guyton e Hall. 13ª ed

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