Você está na página 1de 79

A habilidade de células eucarióticas de adotar uma

variedade de formas e a capacidade de conduzir


movimentos coordenados e direcionados dependem de
uma rede complexa de filamentos que se estendem
através do citoplasma. Essa rede é denominada de
CITOESQUELETO

Célula corada
com azul de
coomassie
O citoesqueleto é “ausente” em Actina, 5-9 nm em diâmetro
procariotos; As diferentes
atividades do citoesqueleto
dependem de 3 tipos de
proteínas filamentosas:
1. Filamentos de Actina
Microtúbulos 25 nm em diâmetro
2. Microtúbulos
3. Filamentos intermediários
Estes filamentos conectam
complexos de proteínas e
organelas em diferentes regiões
da célula e servem ainda, como Filamentos intermediários10 nm em
trilhos para o transporte de diâmetro
‘‘cargas’’ entre eles.
Mudanças rápidas no citoesqueleto durante a divisão celular.
Citoequeleto e mudança de forma da
célula
FILAMENTOS Células em cultura vista ao
INTERMEDIÁRIOS MF com Ant. filam. Interm.

São fibras formadas de


proteínas encontradas no
citoplasma da maioria das
células animais. São
chamadas de intermediárias
por possuírem diâmetros de 8
a 10 nm, que é um valor
intermediário entre o
diâmetro de filamentos de
actina e microtúbulos;
São encontrados envolta do
núcleo e se estendem para a
periferia celular.
Os FI são formados por proteínas fibrosas com um
domínio central constituído de uma a -hélice
contendo regiões longas e repetidas, conhecidas
como repetições HEPTAD. Essas repetições são
constituídas de 7 aas que promovem a formação de
uma COILED COIL entre 2 a-hélices paralelas.
Modelo para a construção das fibras dos filamentos
intermediários.
Os FI estão presentes em todas as células que sofrem estresse
mecânico: Epitélio, todos os neurônios e células musculares. A
célula pode controlar a montagem dos FI através da fosforilação
(exemplo: laminas nucleares).
Os FI de células de vertebrados podem ser agrupados em 3
classes: (1) Filamentos de Queratina, (2) Vimentina e filamentos
relacionados, e (3) Neurofilamentos.
Existem mais de 20 tipos de queratinas
no epitélio humano (pelo menos 54
genes diferentes) e mais 8 tipos de
queratinas duras presentes nas unhas e
cabelo. Essas queratinas são conhecidas
como a -queratinas (b-queratinas estão
presentes em penas de aves);
Baseados na seqüência de aas, as
queratinas foram divididas em tipo I
(ácidas) e tipo II (neutras ou básicas). As
queratinas são sempre encontradas como
hetero-polímeros, formados de números
iguais de tipo I e II. Dependendo do
tecido existe uma ou mais queratinas de
cada tipo na célula.
Muitas células possuem FI
citoplasmático típico
FI em células chamadas
astrocitos em cultura .
FI em células do sistema Anticorpo contra ‘‘glial
nervoso. Em A filamentos no fibrillary acidic protein’’
axônio; em B filamentos em
células gliais; em C corte
transversal de um axônio,
mostrando os FI.

A B C
Em células epiteliais os filamentos
de queratina estão ligados a junções
celulares denominadas de
DESMOSSOMOS, que ligam
células vizinhas e a
HEMIDESMOSSOMOS, que
ancoram as células na lâmina basal
Logo abaixo do envelope
nuclear existe uma rede de
filamentos composta de FI
(Lamina nuclear) que possui por
volta de 10-20 nm de espessura.
Essa rede é formada pela
proteína Lamina. A fosforilação
e desfosforilação das laminas
nucleares determinam a
desmontagem e montagem do
envelope nuclear, durante a
divisão celular.
Os FI fornecem a estabilidade mecânica às células animais. Na
doença humana: EPIDERMOLYSIS BULLOSA SIMPLEX
mutações nos genes de queratinas que são normalmente expressos
na camada celular basal da epiderme, quebram a rede de
filamentos e a epiderme se torna fraca e de fácil dano mecânico.
Esta doença afeta 1 em cada 30.000 a 50.000 pessoas.
A new therapy could restore
healthy and protective skin to
patients with a rare genetic disease
A 7-year-old who lost most of his skin to a rare
genetic disease has made a dramatic recovery
after receiving an experimental gene therapy,
researchers announced today. The treatment—a
whole-body graft of genetically modified stem
cells—is the most ambitious attempt yet to treat
a severe form of epidermolysis bullosa (EB), an
often-fatal group of conditions that cause skin to
blister and tear off at the slightest touch.
Microtúbulos
Estão presentes em todas as células eucarióticas e mais abundante
no cérebro de animais;
São polímeros que se estendem por todo o citoplasma e governam
a localização de organelas membranosas e outros componentes
celulares;
São tubos ocos formados por uma proteínas globulares
denominadas de tubulinas (a e b-tubulinas);
Um MT é formado por 13 protofilamentos, cada um composto de
subunidades de a e b-tubulinas.
Microtúbulos
São formados de tubulina (6 formas de a e 6 de b em
mamíferos
Os microtúbulos possuem estruturas
dinâmicas e polarizadas: um polo é capaz
de crescimento rápido (+) e outro tende a
perder subunidades (-). Na maioria das
células, o polo (-) está estabilizado em
uma estrutura denominada de
centrossomo.
O centrossomo é o centro organizador
de microtúbulos e está presente
geralmente perto do núcleo, no centro da
célula.
O centrossomo é o sítio
primário de formação de
microtúbulos em células
animais. O centrossomo
possui 1 par de centríolos e
material pericentriolar ou
matriz do centrossomo,
composta de uma proteína
denominada de g-tubulina.
Nem todos os centros
organizadores de
microtúbulos possuem
centríolos (plantas e fungos),
mas todos possuem g-
tubulina e outras proteínas.
Orientação dos MT nas células

Centro organizador dos


microtúbulos = centrossomos
Preparação purificada de centrossomo

g-tubilina b-tubilina
Proteína FtsZ em bactéria, análoga a
microtúbulos
Células de pigmento da pele de peixe. Estas células são
responsáveis pela mudança na coloração da pele do peixe.
Possuem grânulos de pigmentos que mudam a sua
localização em resposta a um estímulo hormonal ou
neuronal.

cAMP cAMP
Os microtúbulos são estruturas lábeis, sensíveis
a várias drogas anti-mitóticas (Colchicina,
Colcemid, Taxol). A colchicina e o Colcemid se
ligam à tubulina evitando a sua polimerização;
O taxol se liga aos microtúbulos, estabilizando a
molécula.
As 2 extremidades dos microtúbulos crescem a
velocidades diferentes;
Taxol

Efeito do Taxol nos microtúbulos de uma célula epitelial

Descoberto em 1962, num extrato da casca da árvore de “yem” do


pacífico (Taxus breviafolia).
A estabilização seletiva
de microtúbulos pode
polarizar uma célula
Os MT polimerizam e despolimerizam continuamente em células
animais;
Proteínas associadas aos MT (MAPs) se ligam a eles, alterando suas
propriedades;
Duas principais classes de MAPs podem ser isoladas de cérebro em
associação com MT: HMW proteins (de 200 a 300 kDa ou mais) e
incluem as proteínas MAP-1 e MAP-2 e proteínas tau, com uma massa
molecular de 55 a 62 kDa. A proteína tau se liga aos microtúbulos
estabilizando-os.
As MAPs ajudam na criação de um citoplasma funcionalmente
diferenciado. O axônio e os dendritos são ambos cheios de MT, embora
com diferentes arranjos;
Quando se trata uma célula de neurônios em cultura com anticorpos
específicos contra várias MAP, certas MAP estão presentes somente no
axônio e outras, somente nos dendritos.

Distribuição da proteína tau


(verde) e MAP-2 (laranja) em
neurônios do hipocampo em cultura.
Interação dos microtúbulos
Efeito de protéinas que se ligam às pontas dos mocrotúbulos
CINESINAS +
Proteínas motoras utilizam a rede
de filamentos de microtúbulos na
célula como suporte para
posicionar organelas com
membrana.
Dezenas de proteínas motoras
foram descobertas e elas diferem DINEINAS -
entre si pelo tipo de filamentos em
que se ligam, na direção em que se
movem ao longo do filamento e na
“carga” que carregam.
A primeira proteína motora
descoberta foi a MIOSINA, que se
move ao longo de filamentos de
actina, principalmente no músculo.
Vesículas secretoras movem na direção da
terminação + dos MT e outros componentes na
direção -;
As proteínas CINESINA e DINEÍNA direcionam o
movimentos de organelas ao longo de MT;
As dineínas citoplasmáticas além de ter um papel no
transporte de organelas e na mitose, são similares às
dineínas de cílios e flagelos;
As cinesinas são mais numerosas e participam do
transporte de organelas, mitose, meiose, e transporte
de vesículas sinápticas nos axônios de neurônios
O RE e o Golgi estão localizados em diferentes
regiões da célula devido à interação com os MT
RE Golgi

MT MT
As cinesinas e dineínas são
compostas de 2 cadeias
pesadas e de várias cadeias
leves;
Cada cadeia pesada possui um
uma região globular que se liga
a ATP e uma cauda composta
de domínios do tipo bastão;
A taxa e a direção do
movimento ao longo dos MT
são determinados pela cadeia
pesada das proteínas motoras: Levedura 6 cinesinas
Nematóide 16 cinesinas
Humanos 40 cinesinas
Cinesinas
Modelo para a ligação da dineína em
uma vesícula
Vesículas do RE,
endossomos e
lisossomos
Cílios e flagelos são apêndices celulares encontrados em
vários tipos de células.
Função: Mover fluidos sobre a superfície celular ou
impulsionar a célula. Protozoários usam cílios para coletar
comida e locomoção.
O trato respiratório humano possui 109 cílios/cm2 que
movem sujeira e células mortas em direção à boca.
Os cílios e os flagelos se movem pelo dobramento do axonema
(agrupamento complexo de microtúbulos).
Os flagelos do espermatozóide e de muitos protozoários são bem
parecidos com os cílios na sua estrutura interna, mas são muitos
mais longos. Ao invés de mover-se na forma de um chicote, eles se
propagam em ondas.
O axonema é composto de microtúbulos e proteínas associadas. 9
duplas de microtúbulos estão arranjadas, em forma de anel, em
volta de 1 par de microtúbulos centrais (arranjo 9+2).
A proteína dineína ciliar é responsável pelo movimento dos cílios e
flagelos. Complexo protéico constituído de 9 a 10 polipeptídeos.
Como a dineína citoplasmática, a dineína ciliar possui um domínio
motor, que hidrolisa ATP para o movimento dos MT em direção ao
seu polo -, e uma cauda que carrega uma carga, que neste caso é
um outro MT.
Flagelos e cílios são formados a partir do corpúsculo basal.
Os centríolos e corpúsculos basais são estruturas cilíndricas com
0,2 mm de espessura e 0,4 mm de comprimento. 9 grupos de 3 MT
formam a parede dos centríolos (arranjo 9+0). Durante a formação
ou regeneração de um cílio, cada MT duplo do axonema cresce a
partir de 2 dos MT da trinca do corpúsculo basal. E o par central??
Os centríolos são formados a partir da divisão de
centríolos pré-existentes. A duplicação dos centríolos
ocorre ao mesmo tempo que a síntese de DNA em
células em cultura.
Quando a célula é tratada com drogas que despolimerizam os MT, o
RE e Golgi mudam a sua localização. O RE colapsa no centro da
célula e o Golgi forma vesículas dispersas. Quando se retira a droga,
o RE e Golgi são formados novamente e retornam para as posições
originais pela ação das proteínas motoras: RE = Cinesina e Golgi =
Dineína;
ACTINA
Os filamentos de actina formam o chamado cortex celular logo
abaixo da membrana plasmática das células, que interage com várias
proteínas para controlar os movimentos da superfície celular.
Filamento de actina
Interações da proteína actina em células eucarióticas
Células migratórias da epiderme de um peixe em
cultura. Filamentos de actina são responsáveis pelo seu
movimento no frasco de cultura.
Fotos tiradas a cada 15 segundos (velocidade de 15
mm/s)

MT

FI

Actina
Filamentos de actina e microtúbulos agem
em conjunto para polarizar uma célula.

Polarização de um linfócito T citotóxico após o


reconhecimento da célula alvo
Filamentos de actina. Todos os
eucariotos possuem actina e 5% ou mais
da proteína total de determinadas células
é constituída por actina. Células
musculares possuem 20% da massa
celular composta por actina. Cada
molécula de actina possui 375 aas e uma
molécula de ATP ligada. Filamentos
finos de 8 nm formados por moléculas
globulares (conhecida como actina G).
Também possui polos – e +.
Os filamentos de actina podem formar
estruturas estáveis (por exemplo as
6 genes diferentes microvilosidades) ou transitórias
de actina nos (responsáveis pelo movimento celular)
humanos
Leveduras possuem apenas 1 gene para actina. Eucariotos
superiores possuem vários genes codificando várias isoformas
(todas muito parecidas). Pelo menos 6 tipos de actinas estão
presentes nas células de mamíferos e são divididas em 3 categorias,
conforme o seu ponto isoelétrico: a, presente nas células
musculares e b e g, presentes em células não musculares. Os
filamentos de actina raramente se encontram sozinhos na célula,
mas sim formando agregados.
A actina e a tubulina polimerizam-se por mecanismos
similares.
As funções dos filamentos de actina são inibidas por drogas que
estabilizam e drogas que desestabilizam o polímero.
Citocalasina é uma toxina de fungo que se liga ao polo +, evitando a
polimerização da actina.
Faloidina é uma toxina de cogumelo que liga-se aos filamentos da
actina, estabilizando a molécula
Moléculas de actina ligam-se a pequenas proteínas
que controlam a sua polimerização.
Projeções citoplasmáticas de filamentos de actina
(microespículas e lamellipodia).
Interações dos
filamentos de
actina no
citoplasma
Actin related proteins (Arp)
Formação de filamentos de actina a partir do complexo Arp2/3
Elongação do filamento de actina pelas
proteínas Formina e Profilina.
As proteínas que fazem ligação cruzada com a actina,
organizam os filamentos em 3 tipos de estruturas
ordenadas nas células: 1. Feixes contrácteis, 2. Rede tipo
gel e 3. Feixe paralelo compacto.
A proteína filamina faz
ligações cruzadas com as
a actina, formando uma
rede tri-dimensional tipo
gel.

Feixes Contrácteis (a-actinina) e feixes paralelos


compactos (Fimbrina)
A estrutura modular de 4 proteínas ligantes a
actina (sítio de ligação á actina em vermelho).
Múltiplos tipos de miosina são encontrados em células
eucarióticas. Duas cadeias pesadas e 4 cadeias leves. Duas a-
hélices enovelam-se formando um coiled-coil.
MOTOR

a-hélice
estendida
Miosina I e Miosina II
Células não-
musculares
Músculo tem
1 miosina
tipo II para
100 actinas
Superfamília das miosinas
Miosinas de I a XVII, pelo menos 40 genes em humanos
I = associada com a organização intracelular e protusão de
estruturas ricas em actina na superfície celular;
II = contração muscular;
V = transporte de vesículas e organelas;
VII = encontrada no ouvido interno dos vertebrados;
XI e VIII = só em plantas;
IX = só em invertebrados;
Superfamília das miosinas
Funções possíveis das miosinas I e II em uma célula
eucariótica típica. Montagem de estruturas do tipo
encontrada em células musculares podem ser formadas
transientemente nas células.

protusão

Fibras de
estresse
Montagem controlada de miosina II em
filamentos
Fibras de Estresse (Stress fibers) São compostas de feixes
de actina e miosina II contrácteis temporários. Em uma das
pontas se ligam à MP em pontos específicos, denominados
de contato focal. No outro lado, eles se ligam a outro
contato focal ou em uma rede de filamentos intermediários
que contornam o núcleo. As STRESS FIBERS formam em
resposta a tensões geradas ao longo da célula e são
desmontadas durante a mitose, quando a célula arredonda e
perde a ligação ao substrato.
Contatos focais permitem à actina empurrar a MP contra o
substrato;
Fibroblastos em cultura a maioria da superfície celular é separada
do substrato por um espaço de 50 nm, mas nos contatos focais, o
espaço é reduzido a 10/15 nm;
A MP é ligada à componentes da matriz extracelular que ficam
aderidos ao plástico da garrafa de cultura. As principais proteínas
transmembrana dos contatos focais são membros da família das
integrinas. em que o domínio externo se liga à componentes da
matriz extracelular e o domínio citoplasmático está ligado à
filamentos de actina nas stress fibers. A ligação é indireta e é
mediada por proteínas de ligação. O domínio citoplasmático da
integrina liga-se à proteína Talina, que por sua vez se liga à
Vinculina. Além do papel de âncoras celulares para a célula, o
contato focal pode, também, transmitir sinais da matriz celular
para o citoesqueleto.
Modelo de como as integrinas na MP conectam os
filamentos de actina e a matriz extracelular em um
contato focal.
As microvilosidades ilustram como os feixes de filamentos de actina
ligados em forma de cruz podem estabilizar extensões locais na MP.
Feixe de filamentos de actina paralelos conectados por proteínas vilina
e fimbrina.
Músculo: O músculo esquelético é formado por células
multinucleadas contendo, principalmente, miofibrilas (2/3 da
massa da célula). As miofibrilas são compostas de montagens
repetitivas de filamentos grossos e finos formando estutura
cilíndricas de 1 a 2 mm em diâmetro. Cada miofibrila é
composta de uma cadeia de unidades pequenas contrácteis
denominadas de sarcômeros (cerca de 2,2 mm em
comprimento) que dá a aparência estriada ao músculo
SARCÔMERO
Corte longitudinal de um
músculo de coelho acima
e corte transversal de um
músculo da asa de um
inseto à esquerda.
Cada sarcômero é um arranjo preciso de filamentos de
actina e miosina do tipo II parcialmente sobrepostos.
Os filamentos de actina se ligam nos discos Z. A
contração muscular ocorre quando os filamentos de
miosina e actina deslizam uns sobre os outros.
Modelo de deslize dos
filamentos na contração
muscular.
Filamento de miosina II. Os filamentos de
miosina se juntam pela porção C-terminal,
com a “cabeça” voltada para fora.
A cabeça de miosina “caminha” em direção ao polo +
do filamento de actina. Cada filamento grosso de
miosina possui por volta de 300 “cabeças”.
A contração muscular é feita pela
interação entre as cabeças de
miosina II com o filamento de
actina ocorrendo quebra de ATP. A
quebra do ATP e a conseqüente
dissociação dos produtos ADP e
fosfato inorgânico (Pi) produz uma
série de modificações
conformacionais na miosina, que
por sua vez se move produzindo a
contração muscular.
A contração muscular é iniciada por um aumento rápido na
concentração de Ca2+ no citoplasma. Dois sistemas de
membranas que levam o sinal para a contração muscular.
Túbulos T e retículo sarcoplasmático.
As proteínas troponina e tropomiosina são
responsáveis pela regulação da contração muscular
mediada por Ca2+. A figura mostra um filamento de
actina mostrando as posições das proteínas troponina
e tropomiosina e como o Ca2+ se liga à troponina
expondo o sítio de ligação da cabeça da miosina.
Outras proteínas acessórias são importantes para a
manutenção da arquitetura e elasticidade da da miofibrila. a-
actinina se liga à actina nos discos Z. Titina (se liga à
miosina) e Nebulina (se liga à actina). As miofibrilas estão
ligadas umas às outras por um sistema de filamentos
intermediários do tipo Desmina e todo o complexo de
miofibrilas está ancorado na MP por uma proteína
denominada de Distrofina. A proteína distrofina está ausente
ou defeituosa em pacientes com a doença distrofia muscular.
A mesma maquinaria contráctil do músculo esquelético está
presente nas células do músculo cardíaco e músculo liso de uma
maneira modificada. As células do músculo cardíaco não
formam sincícios. Elas estão interligadas por regiões
denominadas de discos intercalados (DI). Os DI ligam uma
célula à outra por desmossomos; conectam filamentos de actina e
miofibrilas de células adjacentes e, possuem junções GAP, que
permitem que o potencial de ação se espalhe rapidamente.
As células do músculo liso também não formam sincícios e
não possuem a estrutura ordenada de miofibrilas presente no
músculos cardíaco e esquelético. Os grupo de filamentos de
actina e miosina estão (hipótese) ancorados de um lado à MP e
do outro à corpos densos (feixes não contrácteis de filamentos
intermediários).

Você também pode gostar