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Glossário de termos relacionados ao olho*

Acomodação: adaptação do olho para enxergar de perto, Bastão de Maddox: lente vermelha composta de uma
realizada por meio da mudança da forma do cristali- série paralela de cilindros fortes através dos quais um
no através da ação do músculo ciliar, focando, assim, ponto de luz é visto como uma linha vermelha — usa-
uma imagem nítida na retina. da para medir forias.
Acuidade visual: medida da resolução óptica do olho. Bastonetes: ver Cones e bastonetes.
Adaptação ao escuro: capacidade de adaptação à redu- Biomicroscópio: ver Lâmpada de fenda.
ção da luminosidade. Blefarite: inflamação das pálpebras.
Afacia: ausência do cristalino. Blefaroptose (ptose): queda da pálpebra.
Agnosia: incapacidade de reconhecer objetos comuns, Blefarospasmo: espasmos involuntários das pálpebras.
apesar de um aparelho visual íntegro. Buftalmo: globo ocular aumentado no glaucoma infantil.
Albinismo: deficiência hereditária do pigmento melanina Calázio: inflamação granulomatosa da glândula meibo-
no epitélio pigmentar da retina, da íris e da coroide. miana.
Amaurose fugaz: perda transitória da visão. Câmara anterior: espaço preenchido pelo humor aquo-
Ambliopia: redução da acuidade visual (incorrigível com so delimitado anteriormente pela córnea e posterior-
lentes) na ausência de defeito anatômico detectável no mente pela íris.
olho ou nas vias visuais. Câmara posterior: espaço preenchido pelo humor aquo-
Ametropia: ver Erro de refração. so, anterior ao cristalino e posterior à íris.
Ampliação: razão entre o tamanho de uma imagem e o Campo visual: área total que pode ser vista sem desvio
tamanho do seu objeto. do olhar.
Angiografia: exame diagnóstico em que se examina o sis- Canal de Schlemm: estrutura venosa circular modificada
tema vascular. A circulação ocular pode ser destacada no ângulo da câmara anterior que drena humor aquo-
por injeção intravenosa de fluoresceína, o que mostra so para as veias aquosas.
sobretudo a circulação da retina, ou indocianina ver- Canalículo: pequeno tubo de drenagem da lágrima na
de, para mostrar a circulação coroidal. face interna das pálpebras superiores e inferiores que
Aniridia: ausência congênita da íris. vão do ponto lacrimal até o canalículo comum, e de-
Aniseiconia: estado em que a imagem vista por um olho pois para o saco lacrimal.
difere em dimensão ou forma daquela observada pelo Canto: o ângulo em cada extremidade da abertura da pál-
outro. pebra; especificado como externo e interno.
Anisocoria: tamanho pupilar desigual. Cantotomia: em geral, implica cantotomia lateral —
Anisometropia: diferença de erro refrativo entre os dois corte do tendão do canto lateral com o objetivo de
olhos. alargar a fenda palpebral.
Anoftalmia: ausência de um globo ocular verdadeiro. Catarata: opacidade do cristalino.
Astenopia: fadiga ocular decorrente de causas muscula- Cegueira: nos EUA, a definição usual de cegueira é acui-
res, ambientais ou psicológicas. dade visual corrigida de 20/200 ou menos no melhor
Astigmatismo: erro refrativo que impede que os raios olho, ou um campo visual menor que 20° no melhor
luminosos venham para um ponto de foco na retina olho.
devido a diferentes graus de refração nos vários meri- Celulite orbitária: inflamação dos tecidos que circun-
dianos da córnea ou do cristalino. dam o olho.
Atrofia óptica: degeneração do nervo óptico, que se ma- Ceratectomia fotorrefrativa (PRK): ablação de superfície da
nifesta clinicamente como palidez do disco óptico. córnea por excimer laser para tratar erros refrativos.
Ceratectomia fototerapêutica (PTK): ablação de super-
fície da córnea por excimer laser para tratar distúrbios
*Ver também Definições de estrabismo, Cap. 12; e Glossário de termos
da córnea anterior — por exemplo, erosões recidivan-
genéticos, Cap. 18. tes da córnea.
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Anisoforia: desalinhamento dos eixos visuais.
GLOSSÁRIO / 433

Ceratite: inflamação da córnea. retina. A acomodação é produzida por variações na


Ceratocone: deformidade em forma de cone da córnea. magnitude desse efeito.
Ceratomalácia: amolecimento corneano, em geral asso- Dacriocistite: infecção do saco lacrimal.
ciado à avitaminose A. Dacriocistorrinostomia: processo através do qual é feita
Ceratômetro: instrumento para medir a curvatura da uma comunicação entre o duto nasolacrimal e a ca-
córnea, utilizado para adaptar lentes de contato e de- vidade nasal para aliviar uma obstrução no duto, ou
terminar o poder da lente intraocular antes de cirurgia saco nasolacrimal.
de catarata. Daltonismo: redução da capacidade de perceber diferen-
Ceratomileuse assistida por excimer laser in situ ças de cores.
(LASIK): ablação da córnea com excimer laser sob um Descolamento da retina: separação da retina neurossen-
flap estromal para tratar erros refrativos. sorial do epitélio pigmentar da retina e da coroide.
Ceratomileuse subepitelial a laser (LASEK): ablação da Dioptria prismática: unidade de potência prismática.
córnea por excimer laser sob flap epitelial para tratar Dioptria: unidade de medida do poder refrativo de lentes.
erros refrativos. Diplopia (visão dupla): ver um objeto como dois.
Ceratopatia bolhosa: edema de córnea com bolhas do- Disco de Plácido: disco com anéis concêntricos utilizado
lorosas no epitélio devido a hidratação corneana ex- para determinar a regularidade da córnea, por meio da
cessiva. observação da reflexão do anel na superfície da córnea.
Ceratoplastia: ver Enxerto ou transplante de córnea. Disco óptico: parte oftalmoscopicamente visível do ner-
Ceratoprótese: implante plástico cirurgicamente coloca- vo óptico.
do em uma córnea opaca para se obter uma área de Ectrópio: pálpebra voltada para fora.
transparência óptica. Eixo visual: linha imaginária que liga um ponto no espa-
Ceratotomia: incisão na córnea. Na ceratotomia arqueada, ço (ponto de fixação) com a fovéola.
são feitas incisões circunferenciais para corrigir o astig- Eixo: meridiano que especifica a orientação de uma lente
matismo. cilíndrica.
Cicloplégico: fármaco que relaxa a musculatura ciliar, Emetropia: ausência de erro refrativo.
paralisando a acomodação. Endoftalmite: infecção intraocular extensa.
Cilindro cruzado: lente esferocilíndrica especializada uti- Endolaser: aplicação de laser a partir de uma sonda inse-
lizada para medir o astigmatismo. rida no globo ocular.
Cirurgia ceratorrefrativa (ceratoplastia refrativa): ci- Enoftalmia: retrodeslocamento anormal do globo ocular.
rurgia corneana para corrigir erros refrativos. Entrópio: pálpebra voltada para dentro.
Coloboma: fenda congênita decorrente de falha de uma Enxerto ou transplante de córnea (ceratoplastia): ope-
parte do olho ou dos anexos oculares em completar a ração para substituir uma parte da córnea, seja envol-
embriogênese. vendo toda a espessura (ceratoplastia penetrante) ou
Cones e bastonetes: dois tipos de células fotorreceptoras apenas uma camada superficial (ceratoplastia lame-
da retina. Cones estão relacionados com a acuidade lar), sendo o doador da córnea a mesma pessoa (au-
visual e discriminação de cores; bastonetes, com visão toenxerto), outra pessoa (homoenxerto), ou de outra
periférica sob iluminação reduzida. espécie não humana (heterólogo).
Conjuntiva: membrana mucosa que reveste a face poste- Epicanto: prega congênita da pele que reveste o canto
rior das pálpebras e cobre a esclera anterior. interno.
Convergência: processo de direcionar os eixos visuais Epífora: lacrimejamento.
dos olhos para um ponto próximo. Erro refrativo (ametropia): defeito óptico que impede
Córnea: parte transparente do revestimento externo do que os raios luminosos sejam levados para um único
globo ocular que forma a parede anterior da câmara foco na retina.
anterior. Esclera: parte branca do olho — cobertura firme que,
Coroide: túnica vascular média entre a retina e a esclera. juntamente com a córnea, forma o revestimento pro-
Corpo ciliar: porção do trato uveal entre a íris e a coroi- tetor externo do olho.
de. É constituída por processos ciliares e pelo músculo Escotoma: área cega ou parcialmente cega do campo vi-
ciliar. sual.
Criança de visão parcial: para fins educativos, a criança Esfincterotomia: incisão cirúrgica do músculo esfíncter
de visão parcial é aquela que tem uma acuidade visual da íris.
corrigida de 20/70 ou menos no melhor olho. Esoforia: tendência de convergência dos olhos.
Cristalino: estrutura transparente biconvexa suspensa no Esotropia: desvio para dentro evidente de um olho.
globo ocular entre o humor aquoso e o vítreo. Sua Esporão escleral: protrusão da esclera em direção ao ân-
função é trazer os raios luminosos para um foco na gulo da câmara anterior.
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Estafiloma: parte mais fina do revestimento do olho que Gonioscopia: técnica para exame do ângulo da câmara
causa protrusão. anterior, utilizando lentes de contato corneanas.
Estrabismo (heterotropia, tropia): desalinhamento dos Hemianopsia: cegueira em uma metade do campo visual
olhos (desvio manifesto). de um ou de ambos os olhos.
Evisceração: remoção do conteúdo do globo ocular. Heteroforia (foria): tendência a desalinhamento dos
Exenteração: remoção de todo o conteúdo da órbita, olhos que é superada pela fusão (desvio latente).
incluindo o globo ocular e parte ou a totalidade das Heterotropia: ver Estrabismo.
pálpebras. Hifema: sangue na câmara anterior.
Exoforia: tendência dos olhos à divergência. Hiperforia: tendência de um olho de desviar para cima.
Exoftalmia: protrusão anormal do globo ocular. Hipermetropia: erro refrativo no qual o foco de raios lu-
Exotropia: desvio evidente de um olho para fora. minosos a partir de um objeto distante fica atrás da
Facoemulsificação e facofragmentação: técnicas de ci- retina.
rurgia extracapsular de catarata na qual o núcleo do Hipertropia: desvio para cima evidente de um olho.
cristalino é rompido em pequenos fragmentos por Hipópio: pus na câmara anterior.
vibrações ultrassônicas, possibilitando assim a aspira- Hipotonia: olho anormalmente mole devido a qualquer
ção de todo o material do cristalino através de uma causa.
pequena incisão. Hippus: movimentos rítmicos espontâneos exagerados
Facomatoses: grupo de doenças hereditárias caracterizadas da íris.
pela presença de manchas, cistos e tumores em várias Hordéolo externo (terçol): infecção das glândulas de
partes do corpo — por exemplo, neurofibromatose, Moll ou Zeis.
doença de Von Hippel-Lindau, esclerose tuberosa. Hordéolo interno: infecção da glândula meibomiana.
Flictênula: infiltração linfocítica localizada da conjuntiva. Humor aquoso: líquido transparente, aquoso, que pre-
Foco: ponto para o qual os raios luminosos convergem enche as câmaras anterior e posterior.
para formar uma imagem; distância focal é a distância Índice de refração: relação entre a velocidade da luz
entre o cristalino e seu ponto focal. no vácuo e a velocidade da luz em um determinado
Foria: ver Heteroforia. material.
Fórnice: junção da conjuntiva palpebral e bulbar. Injeção: congestão de vasos sanguíneos.
Fotocoagulação: lesão térmica dos tecidos devida à ab- Iridectomia: excisão cirúrgica de um setor da íris para
sorção de níveis elevados de energia de luz (incluindo formar uma comunicação direta entre as câmaras an-
laser). terior e posterior.
Fotodecomposição: lesão tecidual por separação direta Iridoplastia, iridoplastia periférica (laser): procedimen-
de ligações químicas através da absorção de luz ultra- to para contrair o estroma da íris, mediante a aplica-
violeta de comprimento de onda muito curto (p. ex., ção, em geral, de queimaduras de laser de argônio na
excimer laser). periferia da íris.
Fotofobia: sensibilidade anormal à luz. Iridotomia, periférica (laser): formação de um orifício
Fotopsia: aparecimento de faíscas ou flashes dentro do na íris para formar uma comunicação direta entre
olho devido à irritação da retina. as câmaras anterior e posterior, geralmente realizada
Fotorruptura: lesões teciduais produzidas por ruptura de com neodímio:YAG laser.
“plasma”, que é um estado de ionização criado por Íris: membrana anular colorida, suspensa atrás da córnea
um ponto focalizando uma fonte laser de alta energia e logo na frente do cristalino.
(p. ex., neodímio: YAG). Isóptero: limite do campo visual em um determinado
Fóvea: zona avascular de 1,5 mm de diâmetro da retina alvo. Os isópteros para alvos de cores e tamanhos di-
central. ferentes possibilitam a diferenciação entre defeitos de
Fovéola: área mais fina, de 0,25 mm de diâmetro, da campo visual absolutos e relativos.
retina central, clinicamente evidente como uma de- Lâmpada de fenda: combinação de luz e microscópio
pressão, na qual há apenas fotorreceptores de cone e para exame do olho, que possibilita especialmente
que promove a acuidade visual ideal. imagem estereoscópica.
Fundo de olho: porção posterior do olho visível por meio Lensômetro: instrumento para medir o poder das lentes
de um oftalmoscópio. ópticas.
Fusão: coordenação das imagens recebidas pelos dois Lente do olho: meio refrativo que possui uma ou ambas
olhos em uma imagem. as superfícies curvas. (Ver também Cristalino.)
Glaucoma: doença caracterizada por escavação do disco Lente cilíndrica: segmento de um cilindro, cujo poder
óptico e perda de campo visual, geralmente associada de refração varia em diferentes meridianos, usada para
a elevação da pressão intraocular. corrigir astigmatismo.
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Lente côncava: lente com o poder de divergir os raios lu- Ortóptica: estudo e tratamento de defeitos da função
minosos; também conhecida como lente divergente, da visão binocular ou dos músculos que controlam o
redutora, negativa ou minus, indicada pelo sinal (–), movimento dos globos oculares.
utilizada para corrigir miopia. Oscilopsia: ilusão subjetiva de movimento de objetos
Lente convexa: lente que tem o poder de convergir raios que ocorre com nistagmo.
luminosos e trazê-los para um foco; também conheci- Palpebral: pertencente à pálpebra.
da como lente de convergência, de aumento ou plus, Pannus: infiltração da córnea com vasos sanguíneos.
indicada pelo sinal (+), utilizada para corrigir hiper- Panoftalmite: inflamação de todo o globo ocular.
metropia ou presbiopia. Papiledema: edema dos discos ópticos, devido a eleva-
Lente de contato corneana: lente fina que se encaixa di- ção da pressão intracraniana.
retamente sobre a córnea. Papilite: edema inflamatório da cabeça do nervo óptico.
Limbo: junção da córnea com a esclera. Perímetro: instrumento para medir o campo visual.
Mácula lútea: área de 3 mm de diâmetro da retina cen- Phenisis bulbi: atrofia do globo ocular com cegueira e
tral definida anatomicamente pela presença de pig- diminuição da pressão intraocular, devida a doença
mento xantofila amarelo. intraocular terminal.
Mácula: área de 6 mm de diâmetro da retina central deli- Placas coloridas de Ishihara: teste de visão de cores ba-
mitada por arcadas vasculares retinianas temporais. É seado na capacidade de ver números em uma série de
chamada pelos anatomistas de área central, para dife- tabelas multicoloridas pseudoisocromáticas.
renciá-la da mácula lútea, e é definida como parte da Poliose: despigmentação dos cílios.
retina na qual a camada de células ganglionares tem Ponto cego: área “ausente” do campo visual, correspon-
espessura de mais de uma célula. dente aos raios luminosos que convergem sobre o ner-
Manchas de Bitot: queratinização da conjuntiva bulbar vo óptico.
perto do limbo, que resulta em uma mancha elevada Ponto longe: o ponto em que o olho é focalizado quan-
— característica da deficiência de vitamina A. do a acomodação está completamente relaxada.
Megalocórnea: córnea anormalmente grande (> 13 mm Ponto próximo: ponto no qual o olho está focado quan-
de diâmetro). do a acomodação está totalmente ativa.
Meio refrativo: partes transparentes do olho que têm Pontos lacrimais: orifícios externos dos canalículos supe-
poder refrativo, das quais a córnea é a mais poten- riores e inferiores.
te, mas o cristalino está sob controle voluntário (ver Precipitado cerático (PK): acúmulo de células inflamató-
Acomodação). rias na parte posterior da córnea na uveíte.
Metamorfopsia: distorção ondulada da visão. Presbiopia (“vista cansada”): visão de perto fisiologica-
Microftalmia: olho anormalmente pequeno com função mente desfocada, geralmente evidente logo após os
anormal (ver Nanoftalmia). 40 anos, devido à redução do poder de acomodação.
Midriático: fármaco que causa dilatação pupilar. Prisma: material transparente que desvia os raios lumi-
Miopia: erro refrativo no qual o foco de raios luminosos a nosos sem alterar o seu foco.
partir de um objeto distante é anterior à retina. Procedimentos ciclodestrutivos: técnicas cirúrgicas para
Miótico: fármaco que causa constrição pupilar. reduzir a produção de humor aquoso por meio da
Moscas volantes: imagens em movimento no campo vi- destruição de partes do corpo ciliar no tratamento do
sual decorrentes de opacidades vítreas. glaucoma intratável, utilizando crioterapia (ciclocrio-
Nanoftalmia: olho anormalmente pequeno com função terapia), lasers (ciclofotocoagulação) ou diatermia.
normal (ver Microftalmia). Pseudofacia: presença de um implante de lente intrao-
Nervo óptico: nervo que transporta impulsos visuais da cular artificial após extração de catarata.
retina para o cérebro. Pterígio: crescimento triangular de tecido que se estende
Nistagmo: oscilação rítmica involuntária do globo ocular da conjuntiva sobre a córnea.
que pode ser horizontal, vertical, torsional ou mista. Ptose: queda da pálpebra.
Nódulo de Koeppe: acúmulo de células inflamatórias so- Pupila: orifício redondo no centro da íris que correspon-
bre a íris na uveíte. de à abertura da lente de uma câmera.
Oftalmia neonatal: conjuntivite no recém-nascido. Quemose: edema conjuntival.
Oftalmia simpática: inflamação em ambos os olhos após Refração: (1) desvio no curso dos raios luminosos ao pas-
traumatismo. sar de um meio transparente para outro de densidade
Oftalmoscópio: instrumento dotado de um sistema diferente. (2) Determinação dos erros refrativos do
especial de iluminação para visualização do inte- olho e correção por lentes.
rior dos olhos, particularmente a retina e estruturas Retina: revestimento mais interno do olho, que consiste
associadas. em retina sensorial, composta de elementos neurais
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sensíveis à luz que se conectam a outras células neu- to opaco e examina-se qualquer movimento do olho
rais, e epitélio pigmentar da retina. descoberto para fixar um alvo.
Retinoscópio: instrumento para a determinação objetiva Teste de Jaeger: teste para visão de perto utilizando li-
do erro refrativo de um olho. nhas de diversos tamanhos de tipos.
Retinose pigmentar: degeneração hereditária da retina. Tonômetro: instrumento de medição da pressão intra-
Saco lacrimal: área dilatada na junção do ducto nasola- ocular.
crimal com os canalículos. Toxina botulínica: neurotoxina A da bactéria Clostri-
Simbléfaro: aderências entre a conjuntiva bulbar e pal- dium botulinum utilizada em doses muito pequenas
pebral. para produzir paralisia temporária da musculatura fa-
Sinéquia: aderência da íris à córnea (sinéquia anterior) cial ou extraocular.
ou ao cristalino (sinéquia posterior). Trabeculectomia: procedimento cirúrgico para a criação
Sinérese: processo degenerativo em um gel, que envolve de um canal de drenagem adicional de humor aquoso
a união de partículas do meio disperso, separação do no tratamento do glaucoma.
meio e retração do gel. Aplicada especificamente ao Trabeculoplastia: fotocoagulação a laser da malha trabe-
vítreo. cular no tratamento do glaucoma de ângulo aberto.
Tabela de Snellen: usada para o teste de acuidade vi- Tracoma: forma grave de conjuntivite infecciosa.
sual central. Consiste em linhas com letras ou nú- Triquíase: inversão e atrito dos cílios com o globo.
meros, graduadas por tamanho de acordo com a Tropia: ver Estrabismo.
distância à qual podem ser identificados por um “Uncover test”: extensão do teste de cover para determi-
olho normal. nar a presença de heteroforia por meio da detecção de
Tabela pseudoisocromática: tabelas com pontos colo- movimento de correção do olho coberto, como se ele
ridos de várias tonalidades formando números, letras estive descoberto.
ou padrões, utilizadas para testar a discriminação de Úvea (trato uveal): íris, corpo ciliar e coroide.
cores (ver Placas coloridas de Ishihara). Uveíte: inflamação de uma ou de todas as partes do trato
Tarsorrafia: procedimento cirúrgico através do qual as uveal.
margens superior e inferior da pálpebra são unidas. Visão binocular: capacidade dos olhos de focalizar em um
Tela de Amsler: tabela com linhas verticais e horizontais objeto e, em seguida, fundir duas imagens em uma.
utilizada para testar a parte central do campo visual. Visão de longe: ver Hipermetropia.
Terapia fotodinâmica (PDT): laser da retina guiado por Visão periférica: capacidade de perceber a presença, o
injeção intravenosa de um corante (verteporfina). movimento ou a cor dos objetos fora da linha direta
Terçol: ver Hordéolo externo. de visão.
Termoterapia transpupilar: tratamento difuso de lesões Vitiligo: redução ou ausência localizada irregular de pig-
do fundo de olho com laser diodo de baixa energia. mentação da pele.
Teste “E”: sistema de análise da acuidade visual em anal- Vitrectomia: remoção cirúrgica do vítreo para estancar
fabetos, especialmente crianças em idade pré-escolar. hemorragia vítrea, possibilita o tratamento de desco-
Teste de cover alternado: determinação de toda a exten- lamento da retina ou doença vascular da retina, ou
são da heterotropia e da heteroforia cobrindo alterna- trata infecção ou inflamação intraoculares.
damente um olho e depois o outro com um objeto Vítreo: massa transparente e incolor de material mole e
opaco, eliminando, assim, a fusão. gelatinoso que preenche o globo ocular por detrás do
Teste de cover com prisma: extensão do teste de cover cristalino.
alternado com uso de prismas de poder crescente para Xerose: ressecamento de tecidos de revestimento da su-
quantificar a magnitude total do desalinhamento perfície anterior do olho.
ocular (heteroforia e heterotropia). Zônula: inúmeras faixas de tecido fino que se esticam a
Teste de cover: determinação da presença e do grau de partir dos processos ciliares até o equador do cristali-
heterotropia, em que se cobre um olho com um obje- no (360°) e mantêm o cristalino no lugar.
ABREVIATURAS E SÍMBOLOS USADOS EM OFTALMOLOGIA

A ou ACC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Acomodação
AO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ambos os olhos
AV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Acuidade visual
BN ou BT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Base nasal ou base temporal (prisma)
C ou Cil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Lente cilíndrica ou cilindro
CD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Contagem dos dedos
D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dioptria (poder da lente)
DIP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Distância interpupilar
DP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dioptria prismática
EOG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Eletroculografia
EPR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Epitélio pigmentado da retina
ERG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Eletrorretinografia
ET . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Esotropia
(ET) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Esoforia
EV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Eficiência visual
Ex ou × . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Eixo da lente cilíndrica
fc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pé-vela (de footcandle(s), unidade de iluminação)
HT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Hipertropia
(HT) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Hiperforia
J1, J2, J3 etc. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tipos de teste (de Jaeger) para teste de visão para perto
LE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Lente(s) esférica(s)
MM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Movimentos de mãos
MOE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Motilidade ocular extrínseca
N . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Nasal
OCT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tomografia de coerência óptica
OD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Olho direito
OE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Olho esquerdo
PIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pressão intraocular
PjL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Projeção luminosa
PK . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Precipitados ceráticos
PL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Percepção luminosa
PPC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ponto próximo de convergência
PRRI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pupilas redondas, regulares e isocóricas
PVE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Potencial visual evocado
RP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Reflexos pupilares
SPL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sem percepção luminosa
ST . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Buraco estenopeico
XT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Exotropia
(XT) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Exoforia
+ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mais (positivo) ou lente convexa
– . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Menos (negativo) ou lente côncava
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Combinado(a)(s) com
()

∞ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Infinito – distância de 6 metros ou mais


° . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Grau (medida do ângulo de estrabismo)
Δ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dioptria prismática

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António Ramalho

DICIONÁRIO DE OFTALMOLOGIA

ABDUCÇÃO – Olho desvia-se para fora

ABERRACÇÃO – São imperfeições do sistema óptico (astigmatismo oblíquo e


distorção).

ACOMODAÇÃO – Divide-se em acomodação externa (2/3 da acomodação), a qual


tem a ver com as modificações da forma e da posição do cristalino e acomodação
interna (deve-se ao aumento do índice de refracção do cristalino). A acomodação
resulta da contracção do músculo de Roger-Muller, que é circular, sendo inervado
pelas fibras parasimpáticas. Aquando da sua contracção, verifica-se uma diminuição
do seu tamanho, as fibras zonulares relaxam a sua acção e o cristalino assume uma
forma mais esférica, aumentando o seu poder refractivo.

ADDUCÇÃO – O olho desvia-se para dentro.

ADERÊNCIA LENTICULOCORNEANA – O cristalino encontra-se adjacente ao


endotélio corneano.

AFAQUIA – É a ausência de cristalino, sendo primária ou secundária. A afaquia


congénita acompanha-se frequentemente de outras malformações, como a
microftalmia e a microcórnea.

ALOPÉCIA – Queda de todos os cílios (mixedema, sífilis 2, lepra).

ALTERNÂNCIA (Estrabismo)- Capacidade de os olhos efectuarem a fixação


separadamente, e de a manter mesmo com o outro olho aberto.

AMBLIOPIA – É uma baixa da acuidade visual, de origem orgânica (por lesão


anatómica) ou funcional.

AMETROPIA – É um estado refractivo ocular, caracterizado pela incapacidade, sem


acomodação, de poder ver nítidos, os objectos situados no infinito (existe um

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António Ramalho

desequilíbrio entre as diferentes estruturas que compõem o poder refractivo ocular).


Distinguem-se em ametropias esféricas (miopia, hipermetropia) e astigmatismo.

AMPLITUDE DE ACOMODAÇÃO – É a diferença de refracção, resultado da potência


refractiva diferente que o olho efectua aquando vê o ponto próximo e quando vê o
ponto remotum.

ANEL KAYSER-FLEISCHER – É um anel concêntrico ao limbo, 1-3 mm, de cor verde-


acastanhado. Acontece na D. Wilson.

ANEL VOGT – É uma linha de coloração branco-amarelada no limbo esclero-


corneano nasal, temporal, em doentes com idade superior a 50 anos.

ÂNGULO IRIDO-CORNEANO- É a zona anatómica resultante da reunião de 4


estruturas: a córnea e a esclera adiante, a íris e o corpo ciliar atrás. Tem um papel
importante na excreção do humor aquoso. É formado por 2 paredes e um vértice
(onde está o músculo ciliar).

ANIRIDIA – É a ausência de íris, não sendo habitualmente completa.


O glaucoma congénito está habitualmente associado.

ANISEICONIA – Diferença no tamanho da imagem ocular em cada olho.

ANISOCORIA – É a existência do reflexo fotomotor diferente entre os dois olhos. As


pupilas apresentam um tamanho diferente superior ou igual a 1 milímetro.

ANISOFORIA – Desequilíbrio muscular em diferentes campos de fixação, dependendo


do olho usado para a fixação.

ANQUILOBLEFARON – É uma malformação congénita, caracterizada pela ausência


de separação de parte dos bordos palpebrais.

ANOFTALMIA – É a ausência congénita do globo ocular. Pode ser primária ou


secundária. Resulta da ausência de formação da vesícula óptica.

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António Ramalho

ÁREA PANUM – A correspondência entre as duas retina não se faz ponto por ponto.
O que ocorre, de facto, é que a um ponto realmente corresponde uma zona, uma
superfície de forma irregularmente elíptica, de grande eixo horizontal.

ASTENOPIA - Olhos cansados, que ocorrem geralmente quando se efectua um


trabalho fixo a uma distância fixa. Sensação ocular desconfortável.

ASTIGMATISMO – É uma ametropia, relacionada com as anomalias de curvatura dos


diopteros oculares. A potência refractiva do olho varia ao longo dos diferentes
meridianos. Como resultado, a focalização dos raios luminosos, provenientes do
infinito, habitualmente não irão coincidir mais num ponto.

ASTIGMATISMO A FAVOR DA REGRA – É o mais frequente (70% dos casos),


sendo caracterizado por um meridiano vertical (90º) com um maior poder refractivo.

ASTIGMATISMO CONTRA A REGRA – O meridiano com maior poder refractivo é na


horizontal (180º).

ASTIGMATISMO IRREGULAR - É difícil corrigir, porque a focalização é irregular.


Resulta habitualmente de patologias corneanas, pos-traumáticas, cirurgicas ou
infecciosas.

BARREIRA HEMATO-OCULARES – Dividem-se em barreiras hematoaquosa (células


endoteliais dos capilares íris e retina ) e barreira hematoretiniana ( células do epitélio
pigmentado retina ).
A barreira hematoaquosa é um sistema de regulação do débito e da composição do
humor aquoso.
A barreira hematoretiniana serve á protecção e á homeostasia da retina e do vítreo.
Estas barreiras protegem o globo ocular, assegurando a manutenção das funções
visuais.

BIOMETRIA – É o estudo das diferentes dimensões do globo ocular, efectuada


habitualmente pela ecografia.

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António Ramalho

BIOMICROSCOPIA – Exame do paciente á lâmpada de fenda.

BLEFARITE – Inflamação aguda ou crónica do bordo palpebral.


É uma inflamação da epiderme do bordo livre palpebral. É frequente e recidivante.

BLEFAROCALAZA – É uma distensão cutânea localizada habitualmente na pálpebra


superior. Carácter hereditário, ocorrendo após episódios de edema palpebral na
infância.

BLEFAROESPASMO – É a oclusão tónica, espasmódica e involuntária das pálpebras,


por contracção do orbicular. Pode ocorrer em diversas situações.
São espasmos involuntários do músculo orbicular ocular.

BLEFAROFIMOSE – É o estreitamento generalizado da fenda palpebral, em altura e


comprimento. Ocorre isolada ou associada a ptose.
É a união anómala entre as pálpebras, levando ao estreitamento.

BLOQUEIO PUPILAR – Ocorre quando está dificultada a passagem do humor aquoso


da câmara posterior para a câmara anterior, criando uma pressão diferencial suficiente
para empurrar a íris para diante.

BUFTALMIA – É um glaucoma 1º, caracterizado por aumento de TIO nos primeiros


meses de vida. Usualmente está associada com anomalias da córnea, como o
alargamento córnea e edema, ou ruptura da membrana Descemet.

BURACO ESTENOPEICO - É uma lente escura, com um pequeno buraco central,


semelhante em termos de diâmetro á pupila, o que permite reduzira largura do feixe
luminoso, evitando deste modo os círculos de difusão e aumentando a profundidade
do campo visual.

BURACO ÓPTICO – É um orifício ovalar, na base da pequena asa do osso esfenóide,


que consiste no orifício anterior do canal óptico. Dá passagem ao nervo óptico e á
artéria oftálmica.

B.U.T. – É o “Break Up Time”. É o tempo de ruptura do filme lacrimal. É o teste


utilizado para verificar a estabilidade do filme lacrimal, rompendo-se habitualmente
entre os 15 e os 40 segundos.

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António Ramalho

Se for maior do que 25 segundos, o filme lacrimal é instável.

CALAZA OU CHALAZION – Lesão granulomatosa Gl. Meibomius, provocada por um


processo inflamatório.

CANALÍCULO LACRIMAL – São em número de 2, superior e inferior. Estrutura


anatómica das vias lacrimais, que se seguem aos pontos lacrimais. Encontram-se
localizados na espessura do bordo livre palpebral.

CANAL LÁCRIMO-NASAL – Canal ósseo, no maxilar superior, que se abre no meato


inferior fossas nasais (1cm atrás do corneto inferior).

CANAL ÓPTICO – É um canal ósseo, situado na pequena asa do osso esfenóide,


onde passa o nervo óptico, a artéria oftálmica e os nervos simpáticos.

CANITIA – Consiste na descoloração das sobrancelhas e pestanas.

CÁPSULA TENON – É uma membrana fibrosa, elástica, que recobre e adere à


esclera. É o prolongamento das bainhas musculares sobre a esclera.

CARÚNCULA – É uma saliência avermelhada, no ângulo interno, correspondendo à


glândula lacrimal acessória.

CATARATA – Opacificação do cristalino. Resulta de alterações fisíco-quimicas.

CATARATA CONGÉNITA – São opacidades do cristalino, presentes ao nascimento.


Resultam habitualmente de uma anomalia genética ou de uma fetopatia (infecção por
rubéola).

CICLOPIA – É a fusão mais ou menos completa dos 2 olhos sobre a linha mediana,
com uma órbita única.

CANALÍCULITE – Inflamação dos canalículos lacrimais.

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António Ramalho

COLOBOMAS (ÍRIS) – Corresponde á falência de fusão da fenda fetal, na vesícula


óptica, sendo usualmente inferior e inferonasal.

CONCOMITANTE (ESOTROPIA) – Situação clínica em que o ângulo do desvio é


constante em todas as direcções do olhar.

CONJUNTIVITE – É uma inflamação da mucosa conjuntival.

CONJUNTIVITE LENHOSA – Conjuntivite crónica, com formação de pseudo-


membranas e induração lenhosa da conjuntiva palpebral.

CONVERGÊNCIA – Os dois olhos olham para dentro.

CORECTOPIA – É a anomalia de posição da pupila. Associa-se frequentemente a


ectopias do cristalino .

CORNEA – Uma córnea normal apresenta um diâmetro vertical de 11 mm e um


diâmetro horizontal de 12 mm. Elíptica, de grande eixo horizontal.
Tem uma espessura, que aumenta do centro para a periferia.
A face anterior, convexa, é recoberta pelo filme lacrimal pré-corneano.
O seu raio de curvatura é normalmente de 7.70 a 8.80 mm
Transparente e avascular.
É o 1º dióptero do sistema óptico ocular.

CÓRNEA PLANA – É um aplanamento da córnea. Corresponde a uma diminuição da


curvatura da córnea. Ocorre isolada ou associada ao S.Marfan. Provoca uma
hipermetropia grande.

COROIDE – É a porção posterior da úvea. É a camada intermédia entre a retina


internamente e a esclera externamente.
É um tecido vascular e nervoso que tem como funções:
- vascularização externa da retina
- regulação térmica
- trocas líquidas e metabólicas
- manutenção de aderências retinianas
- função imunitária

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António Ramalho

CORPO CILIAR – É o segmento médio da úvea. É caracterizado pela presença dum


músculo ciliar e dum epitélio secretor.

CORRESPONDÊNCIA RETINIANA – É a base geométrica na qual assenta a visão


binocular. Teoricamente, um dado ponto da retina dum olho corresponde a um ponto
da retina do outro olho (ou seja, a um ponto nasal do OE corresponde um ponto
temporal do OD).

COROIDÉMIA – Degenerescência coróideia hereditária bilateral, caracterizada por


cegueira nocturna, desde a infância.

CRIPTOFTALMIA – É a ausência de formação das pálpebras.

CRISE GLAUCOMATOCÍCLICA – Também chamada Síndrome Posner Schlossman,


caracterizada por episódios recorrentes de uveíte anterior e aumento marcado da
tensão intraocular.

CRISTALINO – É uma lente biconvexa, avascular e transparente. Representa 1/3 do


valor dióptrico ocular total. Situa-se entre o humor aquoso adiante e o corpo vítreo
atrás.
Tem cerca de 4 mm espessura e 9 mm de diâmetro, estando suspenso ao corpo ciliar
por intermédio da zónula.

CROMATÓPSIA – Os objectos são anormalmente coloridos. Ocorre na pseudofaquia.


pós fármacos ou drogas histeria….

DACRIOADENITE – É uma afecção inflamatória das glândulas lacrimais. Podem ser


agudas ou crónicas (sarcoidose, tuberculose, sifílis).

DACRIOCELO OU DACRIOCISTOCELO – É uma colecção líquido amniótico ou


muco no saco lacrimal, devido à imperfuração das válvulas de Hasner e Rosenmuller.

DACRIOCISTITE – Inflamação do saco lacrimal.

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António Ramalho

DACRIOCISTOGRAFIA – Consiste na avaliação radiológica do sistema excretor


lacrimal, para localizar o ponto exacto da obstrução.

DACRIOMEGÁLIA – É o aumento do volume da Glândula lacrimal.

DEFEITO PUPILAR AFERENTE – A pupila de um olho com diminuição de visão


devido a doença retina ou do nervo óptico, tem como característica não reagir á luz
quando um feixe luminoso incide nela, mas que se contrai consensualmente quando o
olho saudável é estimulado.

DEGENERESCÊNCIAS CÓRNEA – É uma deterioração dum tecido corneano,


previamente normal.

DELLEN – É um adelgaçamento da córnea, contíguo a uma elevação ou


proeminência da conjuntiva bulbar. Habitualmente localiza-se junto ao limbo
esclerocorneano, lado temporal.

DERMATOCALAZA – É uma redundância de pele da pálpebra, acompanhada ou não


de hérnia de gordura órbita. Apresenta-se como um excesso cutâneo pré-septal
caindo sobre o bordo livre palpebral.

DESCOLAMENTO DA RETINA – Não existe junção celular entre o epitélio


pigmentado e o artículo externo dos fotoreceptores.

DESEQUILÍBRIO OCULO-MOTOR- É uma ausência de ortoforia, acompanhada de


sinais clínicos.

DIPLOPIA – Visão dupla. Ocorre quando um objecto forma as suas imagens sobre
pontos não correspondentes na retina.

DISCO PLÁCIDO – É um disco constituído por uma série de discos concêntricos,


alternativamente brancos e pretos. Destina-se ao despiste de deformações corneanas.

DISCÓRIA – Caracteriza-se por uma pupila em forma de fenda.

DISTIQUÍASE – Fila supranumerária de cílios, atrás da fila normal, localizada junto ao


orifício das glândulas Meibomius. É uma anomalia congénita, por vezes hereditária.

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António Ramalho

DISTROFIAS CÓRNEA – São devidas a uma anomalia de desenvolvimento do tecido


corneano.

DIVERGÊNCIA – Os 2 olhos olham para fora.

DIVERGÊNCIA VERTICAL – É positiva ou negativa, segundo um ou outro olho olha


para cima.

DOENÇA EALES – Patologia caracterizada por uma perivasculite obliterante. Surgem


hemorragias vítreas e retinianas recorrentes. Associação com obstipação e epistáxis.

DUCÇÃO – É um movimento monocular, ou seja, um movimento executado só por um


olho.

DUCÇÃO FORÇADA – Utilizada para avaliar se um determinado desvio ocular é


secundário ou não à obstrução mecânica. O olho é movimentado através da aplicação
duma pinça na conjuntiva e episclera junto ao limbo esclerocorneano.

ECTOPIA LENTIS – São anomalias congénitas

ECTROPION – Eversão do bordo livre palpebral.

EFEITO TYNDALL- Resulta da existência de partículas muito finas na câmara anterior


ocular, que reflectem a luz sobre a qual incide.

EFUSÃO UVEAL – leakage de fluido a partir da coriocapilar, para a coróide e para o


espaço subretiniano.

ELECTROCULOGRAMA (E.O.G.) – É o registo da resposta eléctrica, que se obtém


no decurso dos movimentos oculares.

ELECTRORETINOGRAMA (E.R.G.) – é o registo da resposta electrocular a um forte


estímulo luminoso.

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António Ramalho

EMBRYOTOXON ANTERIOR (ARCUS) – Substância esbranquiçada ou acinzentada,


depositada, inicialmente, ao nível da membrana de Descemet e m. Bowman e
posteriormente, no estroma.

EMETROPIA – É um estado refractivo ocular em que o indivíduo tem a capacidade de,


sem acomodação, ter uma visão nítida num objecto situado no infinito (existe um
desequilíbrio entre o comprimento axial, as curvaturas dos diferentes diopteros
oculares e o índices de refracção dos meios ópticos).

ENDOFORIA – É um desvio dos eixos visuais, mantido latente pela fusão, com
tendência a fazer-se para dentro.

ENDOFTALMITE – Inflamação dos tecidos intraoculares, em resposta a uma infecção,


trauma, reacção imune, vasculite ou neoplasia.
É a inflamação intraocular, que respeita a esclera.

ENFISEMA ÓRBITA – Situação clínica em que se constata a presença de ar nos


tecidos da órbita e anexos, usualmente demonstrada pela palpação.

ENOFTALMIA – Congénita ou adquirida. É o contrário da exoftalmia. Resulta da


diminuição do volume do conteúdo orbitário, por traumatismo ou tumor.
Deve ser diferenciada das falsas enoftalmias por atrofia do globo ocular ou do
pequeno olho do hipermetrope.

ENTROPION – Consiste no virar para dentro do bordo livre palpebral, sendo mais
frequente na pálpebra inferior.

EPIBLEFARON – É uma anomalia congénita, na pálpebra superior e inferior. Tem o


aspecto duma prega cutânea excessiva que envolve a margem ciliar. Pressiona os
cílios contra a córnea.

EPICANTUS – É uma prega cutâneo-muscular, da raiz do nariz e se projecta na


comissura interna, de concavidade externa, congénita ou adquirida.
Bilateral e simétrica.
Associada com anomalias crânio-faciais.

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EPISCLERA – É um tecido conjuntivo laxo, que recobre directamente a esclera, sem


lhe aderir. Está em contacto com a Tenon.

EPISCLERITE – É a inflamação da episclera. Geralmente benigna. Autolimitada.


Nodular ou difusa. Pode ter recurrências. A acuidade visual não é afectada. As
complicações são mínimas. Habitualmente de cor rosa-salmão.

EPITÉLIO PIGMENTAR RETINA – É a camada mais externa da retina, estendendo-se


da apila até á ora serrata, onde se contínua pelo epitélio pigmentado do corpo ciliar.
Tem 4 funções:
- ecran ( mais ou menos opaca)
- trocas hidro-electróliticas, oxigénio
- papel no metabolismo da vitamina A
- fagocitose dos artículos externos dos fotoreceptores, permitindo a sua regeneração.
Adere intimamente à membrana de Bruch.

ESCLERA – Fibrosa. Inextensível. É a camada externa do globo ocular. Envolve os


4/5 posteriores do olho. Tem como função manter a forma, o volume e o tónus do
globo ocular.

ESCLERA AZUL – Coloração azulada da esclera, localizada ou generalizada, devido


á delgadez da esclera, permitindo a visualização da coróide subjacente. Acontece na
D. Lobstein. Resulta de deficiência na formação de colagénio, ficando sob a forma de
pré-colagénio imaturo.

ESCLERITE – É a inflamação da esclera, inflamatória ou infecciosa, potencialmente


destrutiva.. Quanto ao prognóstico diferencia-se em difusa (as mais benignas),
necrosantes (as mais graves) e nodulares (intermédia em termos de gravidade).
A dor, caracteristicamente, aumenta com os movimentos oculares.
Habitualmente, é de coloração vermelho escuro.
Associação a várias doenças sistémicas.
A perfuração escleral é possível.

ESCLEROMALÁCIA – São afecções oculares que apresentam um processo


degenerativo ou necrótico da esclera.

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António Ramalho

ESFINCTER ÍRIS – É um músculo liso, anular, aplanado, situado na posição posterior


da íris, junto ao bordo pupilar.

ESPASMO ACOMODAÇÃO – Corresponde ao aumento do tónus do corpo ciliar, o


qual se traduz num aumento de convexidade do cristalino.

ESPIRAL TILLAUX – É uma linha fictícia que reúne o meio das inserções musculares.

ESTAFILOMA – Adelgaçamento da esclera, com encarceração de tecido uveal.

ESTEREOPSIA – É a percepção da terceira dimensão.

ESTRABISMO MANIFESTO – Estado clínico que se caracteriza pelo desvio dos eixos
oculares, um em relação ao outro, constante ou intermitente, concomitante ou não. É
uma anomalia da visão binocular.
É um desequilíbrio óculo-motor, sem alteração dos movimentos oculares.
Caracteriza-se por um elemento sensorial (correlação anormal entre os 2 olhos) e um
elemento motor (desvio dos eixos oculares).

ESTRELA MACULAR – Exsudados, em forma de estrela, irradiando a partir da


mácula, dispostas na camada de fibras nervosas da retina.

ESTRIAS ANGIODES – Ruptura da membrana de Bruch, caracterizada pela presença


de linhas avermelhada-acastanhadas, de contornos irregulares, um pouco mais largas
do que o diâmetro dos vasos sanguíneos retinianos. Estende-se a partir do disco
óptico, em direcção ao equador.

EXOFORIA – O desvio, mantido latente pela fusão, tem tendência a fazer-se para
fora.

EXOFTALMIA – Traduz-se por uma saliência do globo ocular para fora da órbita.
Deve ser diferenciada da falsa exoftalmia por um grande olho míope.
A presença de uma reacção inflamatória associada a uma exoftalmia faz evocar um
tumor.

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FACOESCLEROSE – Opacidade do cristalino (ver cataratas).

FALSAS MEMBRANAS CONJUNTIVA – Placas branco-amareladas, que


correspondem a densificações da secreção conjuntival (C. adenovírus, gonococos).
São retiradas sem causar hemorragias.
FENDA PALPEBRAL – Tem uma forma elíptica.

FENÓMENO DE BELL - Na oclusão palpebral, ocorre uma elevação do olho para


cima e para fora.

FENÓMENO DE MIZUO – Alteração de coloração do fundo ocular, que varia desde a


coloração avermelhada na adaptação ao escuro e muda para a coloração dourada
após o início da luminosidade ( ocorre na doença Oguchi e retinosquisis ligada ao X).

FENÓMENO DE WESTPHALL – Na oclusão palpebral, ocorre miose.

FIBROPLASIA RETROCRISTALINA – Consiste na proliferação de tecido conjuntivo,


localizada atrás do cristalino, Pode estar associada á persistência da artéria hialóideia.

FILME LACRIMAL – É um filme complexo, organizado em 3 camadas sobrepostas e


que tem diversas funções:
• defesa contra as infecções
• nutrição da córnea
• contribui para a superfície óptica perfeita do dioptero -cornea.

FIXAÇÃO EXCÊNTRICA – A fixação é um acto sensorial e motor, permitindo ao olho


fixar sobre o objecto fixado. Na fixação excêntrica, o olho desviado não fixa sobre a
fóvea, mas fixa sobre um ponto excêntrico.

FLUORESCEÍNA – É um corante utilizado para visualizar lesões da derme e córnea e


conjuntiva bulbar. Não é um corante vital, porque permanece extracelular.

FOLÍCULOS CONJUNTIVAIS – São nódulos hemisféricos, translúcidos, avasculares


no centro e vascularizados na periferia.

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António Ramalho

FOSFENOS – Luz intensa, repetidamente, muito brilhante e localizada sempre no


mesmo lado do campo visual. Traduz uma rasgadura retina.

FOSSETAS COLOBOMATOSAS – Resultam do deficiente encerramento da fenda


embrionária. Localizam-se habitualmente na zona temporo-inferior do disco óptico.
Tamanho variável. Preenchidas por tecido glial, fibras nervosas e epitélio pigmentado.
Associação frequente com descolamento da retina .

FOTOFOBIA – Intolerância dolorosa á luz.

FOTOTRANSDUCÇÃO – Engloba o conjunto de etapas que vão desde a detecção do


fotão luminoso até ao início da resposta sensorial.
Consiste na transformação de energia física em energia metabólica, a qual
corresponde ao sinal electrofisiológico.

FRONTOFOCÓMETRO – Instrumento óptico usado para medir o poder dióptrico


esférico, poder cilíndrico e os seus eixos, e o poder prismático quando presente, quer
em óculos, quer em lentes de contacto.

FUNDO-SACO-CONJUNTIVAL – Corresponde à reflexão da conjuntiva bulbar.

GEROTOXON – Anel opaco, barnco-acinzentado, de 1-2 mm, avascular, devido á


senescência.
Forma um arco completo.

GLÂNDULAS LACRIMAIS ACESSÓRIAS – È o sistema lacrimal de base. Formam o


filme lacrimal. É composto por:
- secreção aquosa ( Krause e Wolfring )
- secreção mucosa (Gl. Henle )
- secreção lipídica ( Zeiss, Meibomius e Moll )

GLAUCOMA - É uma neuropatia óptica anterior, crónica, caracterizada por um


aumento de escavação e atrofia do disco óptico, perda do campo visual e
habitualmente aumento da TIO.

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António Ramalho

GLAUCOMA CONGÉNITO – È uma patologia onde existe uma malformação


importante do ângulo iridocorneano. Caracteriza-se pelo facto da íris não se inserir
habitualmente no corpo ciliar, mas adiante do trabéculum escleral. Ocorre igualmente
uma ausência do esporão escleral.

GLAUCOMA MALIGNO – Ocorre quando um glaucoma não responde à terapêutica


antihipertensiva ocular convencional.
Ocorre com uma câmara anterior estreita, TIO normal ou aumentada e má resposta
aos mióticos.
Ocorre espontaneamente ou após uma cirurgia da catarata, trauma, inflamação
intraocular, descolamento retina ou oclusão veia central retina.

GLAUCOMA NEOVASCULAR – É um glaucoma secundário provocado pela


formação de uma membrana fibrovascular, recobrindo o trabéculum.

GLAUCOMA PIGMENTAR – É uma forma de glaucoma secundário, com ângulo


aberto, sendo provocado por uma dispersão de pigmento no segmento anterior do
globo ocular.

GLAUCOMA TENSÃO NORMAL – É uma forma de glaucoma semelhante ao


glaucoma crónico ângulo aberto, mas que se caracteriza pela ausência de aumento de
TIO.

GONIOSCOPIA – É o exame directo do ângulo iridocorneano, através dum sistema


óptico, permitindo verificar o seu grau de abertura.
É o estudo do ângulo iridocorneano, sendo necessário um dispositivo especial próprio
para esse fim, que dá uma imagem indirecto, sendo utilizado habitualmente a lente de
3 espelhos de Goldmann
O exame com a lente de Goldmann permite identificar a estrutura anatómica do
ângulo iridocorneano:
- anel Schwalbe
- trabéculo escleral
- esporão escleral
- banda ciliar
A classificação de Etienne distingue 4 graus de abertura do ângulo
iridocorneano:
- O grau 4 é um ângulo aberto

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António Ramalho

- O grão 0 é um ângulo fechado completo


- Os estádios 1,2 3 são intermediários
No entanto, num mesmo doente o ângulo pode variar, sendo mais estreito
habitualmente ás 12 horas.

HEMATOCÓRNEA – É uma situação clínica que resulta da acumulação de produtos


de degenerescência glóbulos vermelhos, ao nível da estrutura córnea.

HEMORRAGIA SUBCONJUNTIVAL – É presença de sangue sob a conjuntiva.

HEMORRAGIAS RETINIANAS – Derrame podendo ser intraretinianas, pré-retinianas


ou subretinianas .

HEMIANÓPSIA ALTITUDINAL – Defeito visual ou mesmo cegueira na metade


superior ou inferior do campo visual. Unilateral ou bilateral. A lesão é pré-quiasma
óptico.

HETEROCROMIA FUCHS – Associa 3 sinais: ciclite, atrofia iridiana e catarata. É


unilateral. Etiologia desconhecida. Evolução para opacidades vítreo e hipertensão
ocular.

HETEROCROMIA ´ÍRIS – É a diferença de coloração da íris entre os dois olhos.

HETEROFORIA – É um desvio ocular latente, compensado pela fusão.

HETEROTOPIA DO DISCO – Posição anómala do disco óptico.

HETEROTROPIA – É o desalinhamento manifesto do eixo ocular.

HIALITE ASTERÓIDE – Rara. Unilateral em 75% casos. Consiste em pequenas


opacidades esbranquiçadas. Podem provocar diminuição acuidade visual.

HIALÓCITOS – São células mononucleares, ovais ou reniformes, situadas no córtex


vítreo.

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António Ramalho

HIDRÓPSIA (DA CÓRNEA) – Ruptura da membrana de Descemet, com dissecção


corneana intralamelar e colecção de humor aquoso.

HIFEMA – É a sedimentação de sangue, por efeito gravidade, na porção inferior da


câmara anterior.

HIPERFORIA – O desvio, mantido latente pela fusão, tem tendência a fazer-se no


sentido vertical.

HIPERMETROPIA – É uma ametropia, resultado de o olho possuir uma potência


refractiva baixa ou um diâmetro antero-posterior curto, O foco imagem de um objecto
situado no infinito localiza-se atrás da retina, sendo necessário o uso de lentes
positivas para que o doente veja nítido, o mesmo é dizer que o foco imagem se situe
na retina.

HIPERTELORISMO – Orbitário ou ocular. O hipertelorismo ocular é o aumento da


distância entre as duas pupilas.

HIPERTRICOSE – É uma pilosidade anormal em número e comprimento das


sobrancelhas e das pestanas.

HIPOPION – É a sedimentação do exsudado, por efeito de gravidade, localizando-se


na porção inferior da câmara anterior.

HIPOPLASIA MÁCULA – Corresponde ao desenvolvimento incompleto da mácula, o


que se manifesta por uma diminuição da acuidade visual.

HIPOTELORISMO – Diminuição da distância entre as órbitas e a diminuição


interpupilar.

HIPOTRICOSE – É a alopécia das sobrancelhas e pestanas. Ocorre por uma situação


inflamatória (lepra, sífilis) ou traumatismo.

HIPOTONIA OCULAR – É definido por uma tensão intraocular inferior a 5-6 mmHg.

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António Ramalho

HORDEOLO - É um furúnculo das pálpebra, centrada por um folículo piloso. É uma


inflamação estafilocócica aguda, das glândulas de Zeiss, das estruturas pilo-sebáceas,
centradas nas pestanas.

HUMOR AQUOSO – É um fluido livre proteínas, produzido pelo corpo ciliar (câmara
posterior) e que sai do olho pelo ângulo da câmara anterior. É o líquido que preenche
as câmaras anterior e posterior do globo ocular, É secretado nos processos ciliares
(células não pigmentadas do epitélio ciliar). É eliminado para o exterior pelo ângulo
iridocorneano (via trabeculocanalicular) e pela via acessória uveoscleral.
Tem como função manter a pressão intraocular, função metabólica e nutritiva.

INFRADUCÇÃO – Um olho move-se para baixo.

IRIDODIÁLISE – É a desinserção da base da íris do corpo ciliar.

IRIDODISTASE – Consiste num buraco na raiz da íris ( Colobomas parciais)

IRIDODONESIS – É o movimento (tremular) da íris, aquando dos movimentos


oculares. Traduz a ausência de sustentação do cristalino. Ocorre na afaquia, na
luxação do cristalino e nas cataratas hipermaduras.,

IRIS – Constitui a porção anterior da úvea. Apresenta uma abertura central variável : a
pupila.
A raiz da íris está em continuidade com o corpo ciliar e adere circularmente à esclera.

IRIS BOMBÉ – ou seclusão pupilar.

LAGOFTALMUS – Incapacidade para fechar os olhos voluntariamente. Ocorre por


deficiência do músculo orbicular consequência duma paralisia facial periférica.
Alargamento fenda palpebral. Retracção pálpebra superior por hiper acção do músculo
elevador pálpebra superior.

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António Ramalho

LEI HÉRING – Afirma que a inervação é igual e simultânea para os músculos


sinergistas extraoculares, de acordo com a direcção escolhida do olhar, ou seja, os
influxos nervosos são enviados de maneira igual para os 2 olhos.

LENTES PROGRESSIVAS – São lentes multifocais sem sombra de linha visível a


separar a correcção para longe e a correcção para perto e sem salto na imagem.

LENTE 3 ESPELHOS GOLDMANN – É uma lente de contacto que anula a curvatura


corneana, possuindo 3 espelhos para observação da extrema periferia da retina e
ângulo iridocorneano. Permite um exame central para estudar o pólo posterior.
Tem um espelho trapezoidal, que permite estudar a retina entre o pólo posterior e o
equador; um espelho quadrado que estuda a região anatómica entre o equador e a ora
serrata e um espelho semi-lunar para o exame gonisocópico e a ora serrata.

LENTICONE – É uma ectasia cónica do pólo cristalino. O lenticone anterior é raro e


habitualmente bilateral. O lenticone posterior é mais comum e habitualmente unilateral
(associado a peristência do vítreo 1º hiperplástico e persistência da artéria hialóideia).

LENTIGLOBO – Protuberância globular da superfície do cristalino.

LEUCOTRÍCIA – Ausência congénita de pigmentação dos cílios.

LEUCOMA CÓRNEA – É uma cicatriz densa da estrutura corneana. É vascularizada.

LIGAMENTOS PALPEBRAIS – São fitas fibrosas, que reúnem a extremidade interna


e externa dos 2 tarsos (superior e inferior) aos rebordos ósseos orbitários.

LIMBO ESCLEROCORNEANO – É a região anatómica, de transição, compreendida


entre a esclera opaca e a periferia da córnea transparente.

LINHA ARLT´S – Cicatriz esbranquiçada paralela ao reborso palpebral. É uma fibrose


subepitelial que ocorre na Conjuntivite alérgica.

LINHA SAMPAOLESI – É uma linha pigmentada anterior à linha Schwalbe e que


ocorre no glaucoma pigmentar e no glaucoma pseudoexfoliativo.

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António Ramalho

LIPÉMIA RETINALIS – Condição na qual as arteríolas e as vénulas são de coloração


similar (entre o amarelo-alaranjado e o branco).

LIPOPTOSE – É uma turgescência temporária da gordura orbitaria, ocorrendo


habitualmente sob a influência de hormonas ou decúbito.

LUAR PUPILAR – É o reflexo rosa-alaranjado, na área pupilar, correspondente ao


reflexo da luz projectada sobre o globo ocular. Qualquer anomalia da transparência
dos meios ópticos traduz-se por uma modificação do luar pupilar.

MÁCULA CÓRNEA – É uma opacidade ligeira da córnea.

MACULOPATIA “EM OLHO DE BOI” – Área de atrofia do EPR, circular, ao redor da


fóvea e poupando a fóvea.

MACROANEURISMAS – Encontrados nas primeiras 3 ordens de bifurcação das


arteríolas. Frequentemente estão associados com hemorragia localizada e exsudação.

MADAROSE – É a calvície do bordo palpebral, ou seja, a perda de pestanas.

MANCHAS ALGODONOSAS – Enfartes focais da camada de fibras nervosas de


retina. Lesão esbranquiçada, de bordos fluos.

MANCHA MITTENDORF – É uma opacidade mais ou menos difusa da cápsula


posterior do cristalino, localizada no pólo posterior. É o resto anterior do sistema
hialóideu.

MANCHAS TRANTAS – São colecções focais de células epiteliais degeneradas, de


aspecto gelatinoso na zona límbica. Ocorre na conjuntivite alérgica.

MEGALOCÓRNEA – É uma córnea com um diâmetro horizontal > 12 mm diâmetro.

MEGALOFTALMO ANTERIOR – É caracterizado pelo aumento do tamanho do


segmento anterior do globo ocular, mantendo-se normal a pressão intraocular.

20
António Ramalho

MEGALOPAPILA – Caracteriza-se por um disco óptico de tamanho superior ao


normal. É rara.

MEIBOMITE – Espessamento inflamatório da pálpebra.

MEMBRANA BRUCH – É uma camada da coróide. Está limitada pela coróide por fora
e o epitélio pigmentado da retina internamente.

MEMBRANAS EPIRETINIANAS – São membranas que crescem na superfície interna


da retina.

MEMBRANAS VERDADEIRAS CONJUNTIVAIS – Formam-se quando o exsudado


inflamatório infiltra as camadas superficiais do epitélio conjuntival. Ocorre na difteria.

MICROANEURISMAS – São dilatações na parede capilar que não apresentam


pericitos. Descritos como pequenos pontos avermelhados na região do pólo posterior.

MICROCÓRNEA – Córnea com um diâmetro menor do que 11 mm. Em média, um


diâmetro próximo de 9 mm. É bilateral. Sem alteração da transparência corneana.
Autossómico dominante.

MICROESTRABISMO – É um estrabismo inaparente, menor do que 5º, com


correspondência retiniana anómala.

MICROFAQUIA – A microfaquia acompanha-se geralmente dum cristalino esférico. É


um cristalino pequeno e esférico (micro-esfero-faquia). É geralmente bilateral.
Ocorre na nefrite hereditária de Alport ,no S. Weil Marchesani ou S. Marfan .

MICROFTALMIA – Anomalia que corresponde a olhos de um tamanho pequeno,


embora com os componentes oculares normais.
O olho tem um comprimento axial de apenas 16-18,5 mm, tendo o olho normal um
comprimento médio de 24 mm.

MICROFTALMO ANTERIOR – As dimensões de todo o segmento anterior estão


reduzidas, o que não acontece quando há só microcórnea. O microftalmo acompanha-
se de microcórnea e colobomas.

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António Ramalho

MIDRÍASE – Pupila dilatada. Habitualmente as pupilas têm um diâmetro maior do que


5 milímetros.

MIOKIMIA – Tremor palpebral, fascicular e espontâneo, sem atrofia muscular ou


fraqueza. Pode ocorrer sem doenças orgânicas associadas ou na esclerose múltipla,
nevralgia do trigémio e miastenia gravis.

MIOSE – Pupila pequena . Habitualmente as pupilas têm um diâmetro menor do que 2


milímetros.

MORNING GLORY – O disco óptico localiza-se no fundo de uma escavação


estafiliforme afunilada. Associação com descolamento da mácula.

MUCOCELO – O saco lacrimal está preenchido com uma substância mucóide. Não há
infecção, contrariamente à dacriocistite.

MUSCULO MULLER – É um músculo que nasce da face inferior do elevador pálpebra


superior e termina no bordo superior tarso.

MÚSCULOS OCULOMOTORES – São 4 músculos rectos (interno, externo, superior e


inferior) e 2 músculos oblíquos (pequeno e grande oblíquo). A associação das suas
acções permite todos os movimentos do globo ocular.

MUSCULOS RECTOS – São músculos extraoculares que partem do tendão Zinn na


porção infero-interna da fenda esfenoidal.

NANOFTALMUS – É a alteração de desenvolvimento do globo ocular, após o fecho


da fenda fetal, levando à formação dum olho pequeno e mal formado.

NÃO CONCOMITANTE (ESOTROPIA) – o ângulo do desvio varia consoante as


diferentes posições do olhar.

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António Ramalho

NERVO MOTOR OCULAR COMUM – É um par craniano que inerva os músculos


extraoculares (excepto o grande oblíquo e o recto externo), o esfíncter íris e o músculo
grande oblíquo.

NERVO PATÉTICO – Inerva o músculo grande oblíquo.

NEURITE ÓPTICA RETROBULBAR – É um quadro clínico que associa uma


diminuição intensa da acuidade visual, um escotoma central e uma ausência de sinais
oftalmoscópicos visíveis inicialmente. A causa mais frequente é a esclera em placas.

NEURORETINITE – Inflamação do nervo óptico e retina adjacente.

NEUTRALIZAÇÃO – Acto segundo o qual, o cérebro anula total ou parcialmente a


imagem transmitida por um olho.

NÉVUS OTA – Pigmentação anormal no território do trigémio, com pigmentação


esclera.

NICTALOPIA – Cegueira nocturna. Ocorre uma diminuição de adaptação ao escuro.


Ocorre na Coroiderémia, Retinopatia pigmentar, Distrofia cones-bastonetes
progressiva, efeito fármacos (álcool, cloroquina, entre outros).

NISTAGMO – São movimentos oculares rítmicos, caracterizados por 2 movimentos


rápidos, sucessivos, de sentido oposto.
Segundo a direcção do nistagmo, distinguem-se em: nistagmo simples (horizontal,
vertical e rotatório) ou complexos (horizontais rotatórios).

NUBÉCULA – É uma opacidade da m. Bowman

OFTALMIA NEONATORUM – É a inflamação da conjuntiva durante o 1º mês de vida.

OFTALMIA SIMPÁTICA – Uveite granulomatosa bilateral após um trauma penetrante


do globo ocular. Ocorre vitrite. A inflamação do 2º olho pode ocorrer 10-15 dias até
vários anos após o 1º olho ser atingido. 80% ocorre nos primeiros 3 meses.

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António Ramalho

OFTALMODINAMOMETRIA – É um antigo método de medição da artéria central da


retina.

OFTALMOPLEGIA – É caracterizada por uma paralisia completa dos movimentos


oculares, associada a ptose, mídriase e paralisia acomodação.

OFTALMOPLEGIA AGUDA – Início agudo de paralisia dos músculos extraoculares.

OFTALMOPLEGIA COMPLETA BILATERAL – Paralisia bilateral dos músculos


oculomotores , com ptose, envolvimento pupilar e da acomodação.

OFTALMOPLEGIA INTERNA – Parésia do corpo ciliar, com perda do poder de


acomodação e dilatação pupilar (midríse), devido a lesão do gânglio ciliar.

OFTALMOSCOPIA DIRECTA – É um exame que envia um feixe luminoso sobre a


retina do doente. Permite visualizar a retina, com um aumento de 14 a 15x.

OFTALMOSCOPIA INDIRECTA – É um exame que envia um feixe luminoso sobre a


retina do doente, mas interpondo uma lente convergente, dando deste modo uma
imagem real e invertida da retina do doente.

OLIGOHYDROSE – É uma deficiência da secreção da Glândula endócrinas.

ORBICULAR – Músculo pálpebras, constituído pelas porções orbitaria e palpebral.

ÓRBITA – São duas cavidades simétricas, localizadas na porção superior do maciço


facial, no andar anterior da base do crânio. Têm a forma de pirâmides quadrangulares,
de vértice posterior.
A parede superior é formada pelo osso frontal e pela pequena asa do esfenóide. A
parede interior é formada pela apófise montante do maxilar superior, unguis, etmóide e
corpo do esfenóide.
A parede inferior é formada pelo osso do maxilar superior. A parede externa é formada
pelo osso malar e pela grande asa do esfenóide.

ORTOFORIA – Os olhos dos doentes ficam imóveis aquando do teste de oclusão


alternada.

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António Ramalho

OSCILOPSIA – Movimentos ilusionário de movimento do meio ambiente. Usualmente


é devido aos nistagmos adquiridos.

PALINOPSIA – Persistência ou recurrência de imagens visuais, após ter sido retirado


o estímulo visual. Ocorre na Migraine, encefalite, epilepsia, intoxicações,
esquizofrenia.

PALPEBRA – São estruturas anatómicas, músculo-membranosas. Protecção do globo


ocular. A pálpebra superior é maior e a pálpebra inferior é mais fixa.

PANNUS – É uma fibrose. Invasão vascular superficial da córnea.

PANOFTALMIA – É a inflamação intraocular que afecta igualmente as camadas


externas do globo ocular.

PAPILEDEMA – Edema do disco óptico.

PARACENTESE – Aspiração da câmara anterior.

PARS PLANITE – Inflamação primariamente no vítreo e retina periférica. Verifica-se


opacidades esbranquiçadas sobre a pars planite e ora serrata.

PAPILITE - É a inflamação local do disco óptico. Inicio agudo. Associação com perda
de visão moderada a grave.

PERIFLEBITE – Embainhamento dos vasos retinianos.

PHTHISIS BULBI – Atrofia degenerativa do globo ocular, com hipotonia.

PLACAS DE HOLLENHORST – Placas branco-amareladas, observadas na


bifurcação das arteríolas. É indicativo de aterosclerose generalizada.

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António Ramalho

PODER REFRACTIVO OCULAR – É um poder que resulta duma relação entre o


comprimento axial e as propriedades ópticas das diferentes estruturas que integram o
sistema óptico ocular.

POLICORIA – É a presença de 2 ou 3 pupila, no mesmo olho.

POLIOSIS – Pestanas esbranquiçadas. Ocorre na velhice, Oftalmia simpática, S.


Vogt-Koyanagi-Harada.

PONTO DISTANTE – É o ponto mais distante no qual o paciente pode ver


nitidamente.

PONTOS LACRIMAIS – São os orifícios abertos no vértice dos tubérculos lacrimais,


superior e inferior. São redondos ou ovalares.

PONTO PRÓXIMO ACOMODAÇÃO – É o ponto mais próximo, no qual uma pessoa


pode ver nitidamente.

POTENCIAIS EVOCADOS VISUAIS – São os potenciais recolhidos ao nível do córtex


visual, após a estimulação luminosa retina.

PRECIPITADOS QUERÁTICOS – São elementos arredondados, de tamanho e cores


variáveis. Traduzem inflamação do corpo ciliar e localizam-se na face posterior córnea
(endotélio corneano).

PREGA SEMI-LUNAR – É uma prega conjuntival, disposta verticalmente, por fora da


carúncula, de concavidade externa. Localiza-se no canto interno da fenda palpebral.
Representa o resquício da 3ª pálpebra.

PRESBIOPIA – É um fenómeno fisiológico, resultado da perda progressiva da


capacidade de acomodação, reflectindo-se numa dificuldade para a visão de perto.
Ocorre habitualmente após os 40 anos de idade.

PRISMAS – É uma lente óptica composta por duas superfícies refractivas que são
inclinadas, uma relativamente á outra, de tal modo que não são paralelas.

PSEUDOPROPTOSE – Condição que simula uma proptose.

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António Ramalho

PSEUDOESOTROPIA – Condição que simula uma esotropia, quando não há um


desvio manifesto.

PTERIGIUM – Lesão degenerativa, triangular, proliferativa, que prolifera para a


superfície da córnea. Em fases avançadas, nomeadamente, quando ultrapassa aárea
pupilar leva a uma diminuição acentuada da acuidade visual.

PTOSE – É a posição anormalmente baixa da pálpebra superior, devido à deficiência


do músculo elevador da pálpebra superior. Evidente quando se pressiona a
sobrancelha com um dedo, e pedindo ao doente para olhar para cima. A pálpebra
superior eleva-se pouco. Pode ser congénita ou adquirida.

PREGA SEMI - LUNAR – Estrutura do ângulo interno fenda palpebral. Prega


conjuntival, falciforme, de grande eixo vertical, de concavidade externa, por fora da
carúncula lacrimal.

PUCKER MACULAR – Pregas finas dispostas de um modo estrelar, ao redor da


mácula. Usualmente associadas com a presença de membranas pré-retinianas.

PUPILA – Abertura central da íris. Diâmetro médio de 4-5 mm, sendo mais estreita
nos idosos.

PUPILA ARGYLL-ROBERTSON – Associa miose, imobilidade pupilar à luz e


conservação da acomodação-convergência. Ocorre na sífilis terciária.

PUPILOMETRIA – È a medida do diâmetro pupilar. Normalmente situa-se entre 2,5 e


4,5 mm.

QUEMOSE – Edema da conjuntiva.

QUERATITE INTERSTICIAL – É uma entidade clínica, caracterizada por um infiltrado


vascularizado, que afecta o estroma corneano.

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António Ramalho

QUERATITE NUMULAR – Lesão da córnea em forma de moeda ( ocorre na


brucelose, varicela, herpes simplex, herpes zóster).

QUERATOCONE – É uma distrofia corneana, caracterizada por uma ectasia cónica,


devido a um adelgaçamento corneano. Não é vascularizada. Evolução lentamente
progressiva.

QUERATOCONJUNTIVITE FLICTENULAR – Nódulo conjuntival, localizado, límbico


ou corneano, com cerca de 3-4 mm tamanho.

QUERATOCONJUNTIVITE SICCA – É uma queratite ponteada superficial ou um


aspecto mais difuso e opaco da córnea. Causado por deficiência lacrimal.

QUERATOFAQUIA – Vem do grego, que significa lente corneana.

QUERATOGLOBO – Aumento bilateral córnea, de forma globular.

QUERATOMETRIA – É a medição do astigmatismo da face anterior corneana.

QUERATOPATIA BOLHOSA – É uma entidade clínica, caracterizada por um edema


corneano, após a falência da bomba endotélio corneano que faz a deturgesgência,
formando micro e macrobolhas córnea. É um estádio terminal de prolongado edema
epitelial, secundário a lesão endotelial.

QUERATOPATIA EM BANDA – Opacidade calcificada da membrana Bowman., com


disposição horizontal na córnea, causada por depósitos sais cálcio, geralmente
localizada na zona interpalpebral.

QUERATOPLASTIAS TRANSFIXIVAS – Consiste em substituir, em toda a sua


espessura, uma porção da córnea patológica.

QUERATOTOMIA RADIÁRIA – São incisões radiárias corneanas, não perfurantes,


regularmente repartidas, evitando sempre a zona óptica central.

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António Ramalho

REACÇÃO PUPILAR PARADOXAL – Contracção pupilar, quando a luz é retirada


(ocorre na D.Best e na acromatópsia congénita).

REFLEXO FOTOMOTOR DIRECTO – É a contracção imediata e mais ou menos


intensa segundo a intensidade de luz do feixe de luz que é projectado sobre o olho,
sendo mantida enquanto for projectada a luz.

REFLEXO PUPILAR – directo e consensual.

REFRACÇÃO OCULAR – Define-se pelo conjunto de desvios que sofre um raio


luminoso enquanto atravessa o sistema dióptrico ocular.

RETINOBLASTOMA – É o tumor ocular mais frequente nas crianças. È um tumor


congénito, metastático.

RETINOPEXIA – Consiste em criar uma aderência entre o epitélio pigmentar retina e o


neuroepitélio, por intermédio de fotocoagulação ou criopexia.

RETINOSCÓPIO – Instrumento portátil, que emite uma luz através da pupila, para
observar o reflexo criado pela luz reflectida na retina.

ROSA BENGALA – É um corante vital, que se difunde na cela morta ou degenerada


da córnea ou conjuntiva bulbar.

RUBEOSIS IRIDENS – É a neovascularização (formação de novos vasos sanguíneos)


na íris. Significa uma isquémia retiniana.

SACO LACRIMAL – É uma dilatação anatómica das vias lacrimais, alojada na goteira
lacrimal.

SECLUSÃO PUPILAR – É a aderência total do bordo pupilar ao cristalino ou lente


intraocular.

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António Ramalho

SECREÇÃO CONJUNTIVAL – Composta por exsudado filtrado a partir dos vasos


dilatados conjuntivais. Classifica-se em: aquosa, mucosa, purulenta, mucopurulenta.
São um dos melhores sinais de conjuntivite.

SEPTUM ORBITÁRIO – É uma lâmina fibrosa, branco-nacarada, que liga o rebordo


orbitário ao bordo periférico do tarso. Separa a pálpebra do conteúdo orbitário.

SIMBLÉFARO – Consiste na aderência entre a pálpebra e o globo ocular.

SINAL DE HERTOGH – Falta do 1/3 externo das sobrancelhas. Ocorre sobretudo nas
Endocrinopatias.

SINAL MUNSON – É a deformação do bordo livre da pálpebra inferior provocado pelo


queratocone, quando se pede ao doente para olhar para baixo.

SINAL RIZZUTTI – Quando se aplica um feixe luminoso no lado temporal dum olho
com queratocone, os raios luminosos são focalizados pela córnea e vão convergir,
próximo do limbo nasal.

SINCINÉSIA ACOMODATIVA – Ao fixarmos um objecto próximo, a acomodação


associa-se à miose e à convergência.

SÍNDROME ADIE – É a abolição isolada do reflexo fotomotor.

SÍNDROME CLAUDE-BERNARD-HORNER – Associa miose, estreitamento fenda


palpebral e enoftalmia.

SÍNDROME POSNER-SCHLOSSMAN- É uma ciclite hipertensiva, que melhora


espontaneamente. É recidivante.

SÍNDROME SCHWART´S- É um síndrome constituído por desc. Retina, aumento TIO


e uveíte anterior.

SINERESE VÍTREA – O vítreo, com a idade, tal como na miopia, sofre uma
degenerescência que leva à liquefacção. A sintomatologia traduz-se por moscas
volantes. Aparece como zonas opticamente vazias.

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António Ramalho

SINÓPTOFORO – É um estereoscópio, que coloca o doente na condição de visão de


longe.

SÍNQUISIS CINTILANTE – São um conjunto de corpúsculos refringentes, amarelos e


brilhantes, e localizados no corpo vítreo.

SUPRADUCÇÃO- o olho olha para cima.

SYNOFRYS – Sobrancelhas confluentes na linha média.

TARSITE – É uma inflamação do tarso, que ocorre após a infecção repetida. A


etiologia mais frequente é o tracoma e sífilis.

TARSO – É uma lâmina fibrosa, resistente, conferindo rigidez à pálpebra.

TELECANTUS – Distância aumentada entre os cantos internos.

TENSÃO DIGITAL – Medição grosseira da TIO, através da palpação do globo ocular


do doente, com a pálpebra fechada.

TESTE BRUCKNER- É um teste que compara a intensidade do efeito dum reflexo


luminoso entre os olhos. Na presença de um estrabismo, o desvio de um olho tem um
reflexo luminoso mais intenso.

TESTE HESS-LANCASTER - É um teste que permite despistar e analisar uma


paralisia oculomotora.

TRABÉCULO- O ângulo irido-corneano é atapetado na sua totalidade pelo trabéculo.


É uma formação triangular, esbranquiçada.

TRACOMA – Conjuntivite folicular, com exsudados mucopurulento, vascularização


córnea e cicatriz conjuntival.

TRICOMEGÁLIA – Pestanas longas.

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António Ramalho

TRIQUÍASE – Encurvamento dos cílios para a córnea. É o desvio das pestanas para
dentro.

UMBILICAÇÃO DO CRISTALINO - É uma depressão da superfície do cristalino.

ÚVEA – É a camada intermédia do globo ocular. É uma membrana pigmentada,


ricamente vascularizada e inervada. É constituída por 3 porções: a íris, o corpo ciliar e
a coróide.

ÚVEITE – São as afecções inflamatórias da úvea.

UVEITE ANTERIOR – Subdividem-se em: irites, ciclites e iridociclites.

UVEITES INTERMÉDIAS - Correspondem a uma inflamação localizada ao nível da


base de implantação periférica do vítreo.

UVEITES POSTERIORES- São inflamações da porção posterior do globo ocular,


podendo acompanhar-se igualmente de uveítes anteriores.

VERGÊNCIAS (convergência, divergência) – são movimentos binoculares, nos


quais varia o ângulo formado pelos eixos visuais, ou seja, são os movimentos dos 2
olhos executados em sentido contrário.

VERSÃO – Refere-se aos movimentos simultâneos de ambos os olhos, numa mesma


direcção, ou seja, são movimentos binoculares conjugados e com os eixos visuais
paralelos

VIAS OCULOMOTORAS- Comportam as vias da motilidade extrínseca (músculos


oculomotores) e as vias de motilidade intrínseca (músculos da motilidade pupilar).

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António Ramalho

VISÃO BINOCULAR – Consiste na capacidade de um ser humano juntar (fusão), as


imagens correspondentes aos 2 olhos. Worth distingue 3 graus: 1º grau (percepção
simultânea), 2º grau (fusão), 3º grau (visão estereoscópica).

VÍTREO – É um tecido ocular transparente, composto de 98% de água. Consistência


de gel. Pela sua rigidez contribui à manutenção da forma do globo ocular e pela sua
elasticidade tem a capacidade de absorver os choques traumáticos. Caracteriza-se
pela sua viscosidade, elasticidade e rigidez. Estas propriedades devem-se ao
colagénio e ao ác. Hialurónico.

XANTELASMA – São elevações (depósitos) justapostas, de superfície plana, mais ou


menos confluentes, coloração amarelada, com predilecção anatómica pelo ângulo
supero-interno e infero-interno das pálpebras.

XEROFTALMIA – Olho seco, provocado por deficiência da camada de mucina.

ZONA OFTÁLMICA - É a erupção vesicular no território cutâneo do nervo frontal.


Lacrimal e nasal.

YAG-LASER – É um tipo de laser fotodisruptor.

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