Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Roteiro
➢ Direta, na qual se obtém uma imagem ampliada quinze vezes maior (assunto
deste roteiro)
➢ Indireta, com visualização mais ampla da retina, evidenciando-se até sua
periferia.
O exame do fundo ocular é realizado habitualmente sem a dilatação da pupila, pois nem
sempre é possível a dilatação farmacológica. Nestes casos, é mais utilizado o feixe de
luz redondo do oftalmoscópio. É importante, portanto, realizar o exame em ambientes
escuros com o olhar fixado em um ponto distante, tendo em vista que favorece a
midríase. Havendo possibilidade, deve ser realizada a dilatação farmacológica
(utilizam-se colírios midriáticos de curta duração - ex: tropicamida 1%).
O feixe redondo de maior diâmetro (grande abertura) utiliza-se para visualizar grandes
áreas retinianas.
O feixe de luz verde usa-se para uma melhor definição das fibras nervosas (visualização
dos vasos e fóvea).
As etapas do exame de fundo de olho são:
I) Passos iniciais:
• Apresentar-se ao paciente;
• Chamá-lo pelo nome;
• Higienizar as mãos;
• Orientar que realizará o exame de Fundo de Olho.
III) Paciente deve estar com a face à altura da face do examinador (sentado ou em pé)
e com a cabeça preferencialmente apoiada em superfície plana.
IV) Pedir para o paciente ficar com os olhos bem abertos, olhando fixo em um ponto à
sua frente, à mesma altura dos seus olhos e sobretudo não seguindo a direção do feixe
de luz neste momento do exame.
V) Ligar o oftalmoscópio.
VII) O dedo indicador deverá estar posicionado no disco de rotação do aparelho - corrigir
o erro refracional do examinador: Se usar óculos, deixar no zero. Em princípio, devemos
examinar o olho do paciente com o olho equivalente ao nosso, isto é, o
esquerdo examina o esquerdo e o direito examina o direito.
• Examinar com a mão direita e com olho direito – o olho direito do paciente
• Examinar com a mão esquerda e com olho esquerdo – o olho esquerdo do
paciente.
VIII) O exame deve começar pelo nervo óptico (disco óptico). Se visualizar primeiro um
vaso sanguíneo, deve-se seguir a sua direção até o disco óptico e então começar o
exame.
IX) Deverão ser observadas as estruturas: disco óptico, vasos sanguíneos, mácula e
restante da retina.
- Coloração – rosada.
- Forma – habitualmente redonda e ovalada.
- Tamanho – diâmetro médio mais ou menos 1,5 mm.
- Bordos – os bordos do disco óptico normalmente são nítidos e bem definidos.
- Vasos: Examinar a artéria e veia central da retina que saem da papila óptica e se
dividem em ramos temporal superior, nasal superior, temporal inferior e nasal inferior.
Os vasos sanguíneos deverão ser avaliados pela sua transparência, estreitamente focal
das artérias, tortuosidade e dilatação venosas, eventuais hemorragias ou exsudatos
retinianos.
- Mácula: O exame da mácula é feito por último, uma vez que essa região é mais
sensível à luminosidade, provocando desconforto ao paciente. É uma área avermelhada
escura, arredondada e mais escura do que o resto da retina. Não tem vasos sanguíneos.
Localiza-se temporal ao disco óptico, a uma distância aproximada de mais ou menos 3-
4 mm do bordo temporal do disco óptico. Para se examinar melhor a área macular pede-
se ao paciente para olhar para a luz do oftalmoscópio.
O grande círculo pálido é o disco óptico, início do nervo óptico. As arteríolas emergem
do disco e têm a coloração vermelha mais clara do que as vênulas, que são escuras e
nele imergem.
A área avermelhada à direita do disco é a mácula, o local de maior acuidade visual,
cujo centro é a fóvea.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Rodrigues, Maria de Lourdes Veronese. “Semiologia oftalmológica”. MEDICINA
(Ribeirão Preto. Online) 29.1 (1996:54-60).
Coleção CBO – Série Oftalmologia Brasileira – Semiologia Básica em
Oftalmologia. 3ª edição. Editora Gen, 2013.