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Estudo ultrassonografia vascular

Aula 1

Ultrassonografia – técnica que usa ultrassons para visualizar órgãos internos do corpo

Vascular – relativo ou pertencente aos vasos nomeadamente os sanguíneos

Anatomia:

Aula 2

Técnico de cardiopneumologia – 3ª profissão da saúde

Mortalidade e morbilidade:

2000 vs 2011
Causas em 2016:

2015 top 5 causas de morte em Portugal:

• Doenças do aparelho circulatório


• Neoplasias
• Doenças do aparelho respiratório
• Doenças endócrinas e metabólicas
• Perturbações mentais e do comportamento
2019:

Som suprano – veia

Pico sistólico

Pico diastólico

A ultrassonografia é o único exame que nos permite visualizar o interior das veias e artérias.

Artérias que irrigam o cérebro: carótida interna direita e esquerda e vertebrais.

Programa nacional para doenças cérebro vasculares – pelo despacho de 16 de maio:

• Monitorização dos indicadores para uma permanente avaliação do impacto das


doenças cérebro vasculares
• Desenvolver programas de promoção da prevenção, tratamento e reabilitação das
doenças cérebro vasculares
• Desenvolver estratégias organizativas designadas por “ Via Verde”
• Disponibilizar meios complementares de diagnóstico e terapêutica da área
cardiovascular nos cuidados de saúde primários
• Missão : reduzir o risco cardiovascular através do controlo dos riscos com particular
enfoque na HTA e na dislipidemia

Angiologia: parte da anatomia que trata dos vasos


Vasos sanguíneos:

• Circuito fechado
• Transporte de sangue enriquecido
• Retorno de “produtos” para eliminação

I – Íntima

M – Média

A – Adventícia
O tecido muscular liso é maior nas artérias comparativamente ao das veias
Aula 3
Ante – adiante/ na frente

Antero – adiante/posição/direção

Cefal – cabeça

Endo – interior / dentro

Epi – em cima/sobre/depois

Eritro – vermelho

Ex – fora

Hemi – metade

Hister – útero

Hépato – fígado

Mielo – medula

Neo – novo

Para – múltiplo

Oto – ouvido

Peri – ao redor

Algia – dor localizada/difusa

Ectomia – retira parcial ou total de órgão

Ectasia – dilatação/ expansão

Itis / ite – inflamação

Pexia – sutura

Tomia – incisão
Ragia – saída de fluido

Evidências:

Classe I – indicado

Classe II a – deve ser considerado

Classe II b – pode ser considerado

Classe III – não é recomendado

História:

1843 – Christian doppler – efeito doppler

Edema – alterações hídricas intercelulares

Hiperemia, hemorragia, choque – alterações do volume sanguíneo

Embolia, trombose, isquémia, enfarte – alterações por obstrução vascular


Aterosclerose:

Doença inflamatória crónica de origem multifatorial que ocorre em resposta à agressão


endotelial, surgindo essencialmente na camada intima nas artérias de médio e grande calibre

Arteriosclerose:

Processo de endurecimento, perda de elasticidade e espessamento progressivo das paredes


das artérias

Hipoperfusão – passagem de menos fluxo devido a estenose

Fatores de risco para doença vascular:

• Diabetes , especialmente não controlados


• Tabagismo
• Alto nível de gordura no sangue
• Tensão arterial alta
• Idade ( acima de 50 anos )
• História familiar de doença cardíaca ou vascular
• Falta de exercício

Aula 4

Angioressonância – Exame não invasivo que não usa radiação ionizante, habitualmente não
vemos osso.

Angio TC – vemos osso.

Angiografia por TC e RM:

• Realça os vasos sanguíneos e desta forma é possível visualizá-los e analisa-los.


• Técnicas minimamente invasivas, substituindo a angiografia diagnóstica como primeira
linha.
• Há injeção de contraste.

Angio TC vantagens:

• Exame minimamente invasivo (injeção de contraste)


• Numa única aquisição é possível estudar diversos territórios arteriais
• Visualização de artérias em qualquer ângulo
• Permite visualizar na mesma aquisição os tecidos e órgãos adjacentes

Principais indicações (Angio TC):

• Confirmação de achados ecográficos


• Aneurismas, dissecções, roturas vasculares, tromboses, calcificações
• Interpretação de estruturas vasculares e adjacentes

Principais contraindicações (Angio TC):

• Alergia ao contraste
• Insuficiência renal

A angioressonância é um método não invasivo que demonstra o fluxo vascular venoso e


arterial sem cateterização ou injeção de contraste.

Angio Rm – é possível realizar estudos com ou sem contraste, uma das principais vantagens é a
não utilização de radiação ionizante.

História:

• 1ª Arteriografia cerebral – 1927 por Egas Moniz


• 1ª Aortografia abdominal – 1928 por Reynaldo dos Santos
• 1ª Flebografia de circulação – 1947 por Cid dos Santos
• 1ª Angiografia por via percutânea transfemoral – 1953 Seldinger

Indicações para Angiografia:

• Lesões isquémicas
• Lesões traumáticas
• Hemorragias
• Tumores
• Anomalias vasculares congénitas
• Transplantes
• Aneurismas
• Lesões venosas

Técnicas de redução do débito sanguíneo:

• Aneurismas
• Válvulas das veias que provocam regurgitação
• Embolização (principal)
• Colocação de stent
• Escloroterapia ( evita dilatação) – administração de esclorosante na veia (principal)

Angioplastia – técnica de aumento do débito sanguíneo ( dilatação do território com balão)


Endopróteses – técnica de aumento do débito sanguíneo (colocação de stent)

Fibrinólise local – técnica de aumento do débito sanguíneo (administração de fibrinolíticos no


local lesionado)

Flebografia – Radiografia das veias após injeção de contraste ( usado para fins de investigação
ou em certos casos malformações venosas) substituído pelo eco doppler.

Ecografia – imagens de tecidos do interior do corpo através da reflexão de ultrassons

Ecolocalização – animais como baleias ou golfinhos usam ultrassons para localizarem objetos e
animais

1842 – Efeito doppler

1997 – doppler cor

Efeito piezoelétrico – conversão de energia elétrica em energia mecânica

Ultrassons – ondas com mais de 2000 ciclos/min

Para vasos superficiais usamos frequências altas.

Absorção - Ocorre quando as ondas sonoras encontram uma superfície rugosa, sendo a sua
energia dissipada e absorvida pelo obstáculo.

Reflexão - Ocorre quando as ondas sonoras encontram no seu caminho uma superfície lisa e
dura, fazendo com que as ondas sejam reenviadas para o mesmo meio.

Refração - Ocorre quando as ondas sonoras mudam de direção quando passam de um meio
para outro. Tal acontece devido à mudança de velocidade de propagação provocada pela
mudança de meio.

Qual é o ângulo da sonda? – 60

Características dos ultrassons:


• Intensidade - Quantidade de energia ultrassónica que corresponderia à sua altura se
fosse possível ouvi-la (amplitude).
• Ciclo / período - Conjunto de uma compressão e uma rarefação.
• Frequência - Número de ciclos por unidade de tempo.
• Comprimento de onda - Distância entre o início de um ciclo e o ciclo seguinte.
• Velocidade - Maior e menor rapidez com que as ondas sonoras se propagam através de
um meio.
• Resolução - Capacidade de distinguir duas estruturas muito próximas.
• Penetração / Profundidade - Capacidade de os ultrassons penetrarem no organismo e
registarem estruturas mais ou menos afastadas da fonte de emissão de ultrassons.
• Densidade – Proximidade entre moléculas.

Maior frequência – mais profundo

Menor frequência – mais superficial

Sondas endocavitais – entram nas cavidades

- Braço, perna e pescoço ( maior


frequência)

- Aorta

- Cerebral (menor frequência)

Tipos de sondas:

• Lineares
• Convexas
• Setoriais
• Endocavitárias

- Plano longitudinal

Plano Transverso -

Aliasing – artefacto causado pela mudança de direção do fluxo.


Doppler cor – normalmente o vermelho aproxima-se da sonda e o azul afasta-se.

A - Isto levará à atribuição da cor incorreta para reapresentar a velocidade presente dentro da
vaso, mostrada neste caso em azul ( aumentar PRF)

B – Aumentar o PRF pode superar o aliasing.

C - Se o PRF estiver muito alto, pode impedir que velocidades baixas, presentes nas paredes do
vaso sejam detetadas.

- Curva normal: artéria renal, carótida


interna e cerebral (baixa resistência)

- Curva normal: artérias membros


inferiores e superiores (alta
resistência)

Modo m – avaliação do movimento

Power doppler – não em consideração o sentido

Campo de investigação vascular ( exames a realizar por “nós”):

• Patologia abdominal e torácica


• Patologia dos membros inferiores e superiores
• Patologia cérebro-vascular

Aula 5
Doença arterial periférica:

Principal sintoma: Claudicação intermitente

Esta doença apresenta um elevado risco de mortalidade – 12% ao ano

História familiar de:

• Hipertensão
• Diabetes
• Dislipidemia
• Tabagismo
• Doença renal crónica
• Vida sedentária
• Hábitos alimentares
• História de radioterapia por cancro
• Fatores psicossociais
• DCV prévia
O melhor tratamento neste caso será o tratamento dos fatores de risco com medidas não
farmacológicas e terapêutica farmacológica otimizada.

- Curva patológica na parte renal, cerebral e coração sugestivo de

Obstrução.
- Curva não patológica nos braços devido a gravidade, tensão muscular
e e ramificação vascular.

O fluxo turbulento cria erosão da parede do vaso criando uma inflamação e consecutivamente
placa de ateroma.

Qual é o primeiro ramo que irriga a vertebral? – subclávia

Qual é a relação entre a claudicação e o equilíbrio? – subclávia – vertebral – basilar – cerebelo


(responsável pelo equilíbrio)

A assimetria da PAM entre os braços e pernas é sinónimo de patologia ( índice tornozelo-braço)

Com o frio há uma maior predisposição para a doença cardiovascular.

- Síndrome do desfiladeiro torácico ( vasos são comprimidos


pelos músculos)

Isquemia mesentérica crónica:

Principais sintomas: dor abdominal pós-prandial, perda ponderal, diarreia ou obstipação e


aversão aos alimentos.

A doença aterosclerótica das artérias renais é a causa mais comum de hipertensão reno
vascular.

Claudicação intermitente:
• Dores nas pernas que são similares às cãibras a caminhada ou corrida, que passa ao
ficar em repouso
• Dores que “sobem” até às coxas e nádegas ao caminhar ou correr
• Desconforto nos pés e nas panturrilhas
• Cianose dos dedos dos pés
• Paciente não consegue andar ou correr por muito tempo

Se houver apenas uma oclusão da mesentérica não se trata, apenas tratamos se existirem mais
artérias ocluídas.

Que artéria devemos estudar caso um doente hipertenso e medicado tenha uma tensão que
descambe? – artéria renal ( exame de 1ª linha – eco doppler renal)

Quais são as classificações que existem? – Fontaine e Rutherford – 1ª linha Eco doppler

maior sistólica braço / maior sistólica


perna

maior diastólica braço / maior


diastólica perna

Porque é que por vezes esta é a curva da radial e outras vezes é da braquial?

Como é mais distal já não existe tanta resistência.


Na presença de estenose arterial, há uma queda da PAS distal à obstrução

Aula 6

AVC:

• Hemorrágico (13%)
• Isquémico (87%)

A cada hora que passa há 3 portugueses que sofrem um AVC e um deles não irá sobreviver.

É a 2ª causa de morte

Riscos para AVC:

• Fumar e uso de drogas


• Dieta
• Exercício
• Tensão arterial elevada
• Apneia do sono
• Beber frequentemente álcool
• Diabetes
• Colesterol elevado
• Obesidade

Aula 7

A avaliação por eco doppler destina-se a quantificar a gravidade da doença e deve incluir a
avaliação da presença ou ausência de fluxo. Este também é muito útil na diferenciação das
estruturas vasculares das estruturas não vasculares.

Avaliação vascular periférica:

• Comparação dos membros


• Estado da pele
• Palpação de pulsos
• Sensibilidade/dor

Eco doppler arterial dos membros superiores e inferiores:


• Estudo de fácil acesso realizado por sondas lineares de alta resolução
• O exame é realizado recorrendo ao modo b, doppler cor e doppler pulsado

- curva espetral trifásica com padrão de alta resistência

Doença arterial periférica:

Curva A - normal

Evolução da curva perante a estenose:


Limitações eco doppler membro superior:

• Artefactos
• Anatomia do doente
• Frio a vasoconstrição faz aumentar o índice de resistência
• Operador dependente
• Qualidade do equipamento e da imagem

Estrutura do estudo:

• Subclávia
• Axilar
• Umeral/braquial
• Bifurcação radial e ulnar / cubital

Permeabilidade:

• Permeáveis – avaliação das paredes, morfologia do espetro, medição das velocidades


• Não permeáveis – oclusão, causa ?

Protocolo:

• Registo de todas as artérias e bifurcação radial / cubital


• Segmentos proximais, médios e distais
• Cortes transversos e longitudinais

Nota : o osso ou o ar neste exame aparece a preto

Curvas das artérias:

Axilar

Braquial
Bifurcação radial com cubital

Radial

Ulnar ou cubital

Anatomia:
Aula 8

Síndrome do roubo da subclávia:

Estenose vertebral:

• Aumento tempo de aceleração sistólica


• Aumento da velocidade sisto-diastólica na AV/BA
• Ativação da ACoP

Esta Síndrome é um conjunto de sinais e sintomas causados por insuficiência vertebro-basilar.


Causando uma hipoperfusão cerebral

Este tema foi introduzido em 1962.

Quando é que se deve fazer um estudo por eco doppler dos vasos do pescoço?

• Deteção por auscultação de um sopro carotídeo


• Deteção de massa pulsátil cervical
• Sintomas sugestivos de amaurose fugaz
• Suspeita de Síndrome do roubo vertebro-basilar ( subclávia)

Fatores desencadeantes:

• Inversão completa da artéria vertebral

Etiologia:

• Congénita
• Embólica ou traumática
• Estenose rádica
• Vasculites
• Doença ateromatosa
• Arterite takayasu

Sinais e sintomas (membro superior):

• Pulso fraco ou ausente


• Pressão arterial < 15-20 mmhg
• Claudicação intermitente do membro superior
• Alteração da coloração das extremidades
Classificação em 4 graus:

• Grau 1 – (< 50%) grau de estenose


• Grau 2 – (51 – 70%)
• Grau 3 – ( >71%)
• Grau 4 – (> 75%)

- Grau 1

- Grau 2

- Grau 3

- Grau 4

Grau 1:

• Desaceleração sistólica
• Manutenção da componente diastólica
• Padrão de coelho
• Pode ser convertido ou incompleto

Grau 2:

• Inversão do pico sistólico


• Desaceleração sistólica
• Manutenção da componente diastólica
• Pode ser convertido em parcial / completo

Grau 3:

• Inversão da componente sistólica


• Inversão residual da componente diastólica
• Pode ser convertido em incompleto

Síndrome do desfiladeiro torácico:

Há uma compressão dos nervos e vasos sanguíneos

Sinais e sintomas:

• Dor no pescoço e ombros


• Inchaço de um dos braços
• Formigueiro nas mãos e braços
• Mãos e dedos roxos

Manobra de adson:

• Quando positiva o examinador observa uma diminuição do pulso radial


Os aneurismas arteriais periféricos são dilatações anormais das artérias periféricas,
desencadeadas pelo enfraquecimento da parede arterial.

Vasculite – inflamação dos vasos sanguíneos que irá provocar um vermelhão.

Arterite de Takayasu:

• Doença inflamatória crónica progressiva


• Vasculite granulomatosa crónica

Fístulas arterio-venosas:

• Malformações arterio-venosas

A incluir no relatório:

• Identificação da instituição e serviço


• Nome do utente
• Idade ou data de nascimento
• Número de exame ou utente
• Data de realização do exame
• Informação clínica
• Identificação do exame
• Identificação do ecógrafo
• Identificação da sonda
• Identificação do profissional
• Identificação do responsável médico

Eco Doppler do membro inferior:

Indicações:

• Doença arterial obstrutiva


• Doentes com patologia aterosclerótica cardiovascular conhecida
• Doentes com claudicação intermitente
• Seleção de doentes para exame invasivo
• Planeamento cirúrgico
• Suspeita de aneurisma ou pseudoaneurisma
• Controle e seguimento de tratamento cirúrgico ou endovascular
• Desfiladeiro torácico e aprisionamento popliteu

Na suspeita de compromisso aorto-ilíaco e / ou presença de aneurisma da aorta abdominal


deve se complementar com exame adicional das artérias abdominais

Visualização direta:

• Femorais
• Poplítea
• Tibiais anterior e posterior
• Peronial
- veia e artéria femorais e veia safena

- Curva espetral do membro inferior

Artérias estudadas:

• Ilíaca comum
• Ilíacas externa e interna
• Femoral comum
• Femoral profunda e superficial
• Popliteia
• Tibial anterior e posterior
• Peroneal ou fibular
• Pediosa ou dorsal do pé
- exemplo de calcificação

Na doença arterial periférica estas


velocidades encontram-se
aumentadas

Eco Doppler venoso dos membros superiores e inferiores:

Fundamental no diagnóstico de:

• Trombose venosa profunda


• Insuficiência venosa (varizes)
• Mapa venoso pré operatório

Trombose venosa profunda:

Avaliada pela escala de wells.


Achados para o diagnóstico:

• Compressibilidade anormal da veia


• Fluxo anormal no doppler a cores
• Presença de material ecogénico no interior da veia
• Mudança anormal de diâmetro durante a manobra de valsalva

Estudo:

• As veias deveram ser comprimidas de 2 em 2 cm até se chegar ao nível da veia femoral


distal.
• O exame deverá ser realizado com o doente em pé com o peso do corpo apoiado sobre
a perna contralateral à que está a ser examinada, por forma a beneficiar o efeito da
gravidade na identificação das veias insuficientes.

Estudo retorno venoso:

• Contração muscular
• Válvulas venosas
• Pulsatilidade das artérias paravenosas
• Pressão negativa
• Vis-a-front força de aspiração
• Vis-a-tergo força que vem de trás

A falta de compressibilidade de uma veia quando comprimida é um achado altamente sensível


para o diagnóstico de trombose venosa profunda proximal.

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