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1 Ian Dondoni | Radiologia | Medicina Ufes

INTRODUÇÃO À RADIOLOGIA II
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
HISTÓRICO

• 1972: iniciou os estudos


• Godfrey Hounsfield (engenheiro elétrico) (1919-2004)
• Prêmio Nobel de Medicina em 1979
AVANÇO

• Conceito de aquisição digital: garantiu mais rapidez no processo, principalmente comparado ao


raio-x. As imagens ficam armazenadas em um computador ou CD
• Análise quantitativa: conseguimos colocar uma bolinha na imagem e medir a atenuação ou a
densidade daquele local
• Cortes selecionados: acaba com a sobreposição de imagens que o raio-x tem, pois o aparelho roda
ao redor do paciente.
• Anatomia seccional: conseguimos ver ao redor do paciente
• Manipulação posterior: quando usava muita radiação o raio-x ficava muito preto, se usava pouco
ficava muito branco e tinha que repetir o exame, já na tomografia ou ressonância é possível fazer
o exame e ajustar depois (janelar).
PROTÓTIPO DA PRIMEIRA TOMOGRAFIA

PRIMEIROS APARELHOS

Primeira imagem de tomografia.


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• Os primeiros aparelhos demoravam de 7 a 10 minutos por corte (de crânio tinha 10 imagens), logo
demorava cerca de 1h para fazer o procedimento
• Hoje, uma tomografia de crânio sem contraste demora cerca de 10 a 20 SEGUNDOS!!
MÁQUINA DE TOMOGRAFIA

• Antessala: onde fica o técnico com o computador que dá os comandos


• Sala: temos a maca que vai passar por dentro do tubo de raio-x enquanto o paciente vai passando
o aparelho roda em volta do paciente para adquirir as imagens → manda para o computador para
ser analisada as imagens.

• T (tubo de raio-x): vai emitir o raio-x no buraco onde o paciente vai passar
• D (detector)
• Antigamente era 1 tubo para 1 detector, hoje é 1 tubo para 64 detectores usados, por isso ele vai
bem mais rápido → enquanto o aparelho dá uma volta, a mesa já pode entrar dentro do aparelho
porque já captou antes de completar uma volta completa de 360º
• Existem aparelhos mais modernos ainda (2 tubos e 320 detectores), quanto mais detectores, mais
rápido, melhor e com mais resolução é o exame
• Abdome (sem contraste): demora nem 1 minuto
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80 x 80 (6.400) 512 x 512 (262.144)


A imagem à esquerda, é o antigo. Já o da direita, é o atual.
OBS.: com os tomógrafos atuais é possível fazer o estudo dos vasos, tridimensionais da calota craniana,
mostrar irrigação do tumor e fazer muito mais.
OBSERVE A SOBREPOSIÇÃO CAUSADA PELO RAIO-X E COMO A TOMO ACABOU COM ISSO

A tomografia acabou com a sobreposição!


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VANTAGENS

• Altíssima resolução: é possível estudar os tecidos moles, cérebro, fígado, parênquima pulmonar
• Rápida
• Disponibilidade: todo hospital hoje em dia tem um aparelho de tomografia
DESVANTAGENS

• Radiação elevada: ela é melhor que o raio-x, mas ela tem uma radiação elevada
o A dose de radiação que você toma é sua para sempre! (é cumulativa)
• Contraste iodado: devido a reação alérgica
• Maior custo: se comparado ao raio-x, mas o custo é menor em comparação com a ressonância
COMO APARECE NO COMPUTADOR

Fovi: campo de visão.


COMO REDUZIR A DOSE DE RADIAÇÃO PARA O PACIENTE?

• Por meio de cortes selecionados é possível diminuir a dose de radiação do paciente (como é
possível observar na imagem acima)
• O valor de segurança é 1 tomografia por ano
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AS GERAÇÕES DOS TOMÓGRAFOS COMPUTADORIZADOS

Na imagem da esquerda temos 1 tubo de raio-x para 1 detector e na imagem da direita temos 1 tubo
de raio-x para vários detectores para agilizar o processo e deixar a tomografia mais rápida e de
mais qualidade.
TC – DOCUMENTAÇÃO OU JANELA

• Janela para partes moles


• Janela óssea
• Janela intermediária
Janela é uma possibilidade de mexer na imagem podendo usá-la em vários aspectos, sem a necessidade
de realizar outra TC. É usada para atenuar para ver mais claro uma ou outra estrutura.
A janela representa a altura e a largura dos pixels, mas é como se fosse um contraste mesmo (não
aquele que injeta, mas sim uma forma de ver melhor as partes que nos interessa na imagem)

É possível fazer a janela em qualquer parte do corpo. Nesse caso temos uma tomografia de pulmão:

• Janela ou documentação do mediastino (imagem do lado esquerdo): onde é possível ver o


mediastino e as estruturas vasculares bem
• Janela do pulmão (imagem do lado direito): é possível ver muito bem o parênquima pulmonar
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Abdome

• Janela de partes moles: é possível observar as estruturas intestinais, o intestino grosso, vasos ilíacos
• Janela de estruturas ósseas: cortical do osso, díploe e a cortical externa do osso
NOMENCLATURA DAS LESÕES

• As lesões serão nomeadas de acordo com a cor que elas aparecem, sempre comparando com o
que está adjacente:
o Hiperdenso ou hiperatenuante → branco
o Hipodenso ou hipoatenuante → preto
o Isodenso ou isoatenuante → igual ao que está do lado

Lesão hiperatenuante dentro do ventrículo.

Várias lesões hipoatenuantes no parênquima hepático (metástases)


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Pâncreas

Lesão isoatenuante na cabeça do pâncreas.


REGIÃO DE INTERESSE (ROI)

• ROI: região de interesse


• Bolinha: gordura
• UH: unidade Haelsfiels (nome do moço lá de cima)
• Osso ou metal: 500 a 1000
• Mas para que serve isso?
o Se você tem uma lesão no ovário e você mediu o ROI e deu -40, não precisamos do
patologista para dizer que é gordura e que provavelmente a lesão se trata de um cisto
dermoide no ovário. Ou seja, ajuda a estreitar os diagnósticos diferenciais.
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RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
INTRODUÇÃO

• Demora mais que a tomografia! Por exemplo, uma ressonância de crânio demora de 20 a 40
minutos para fazer dependendo da indicação e do protocolo.
• Felix Bloch e Edward Purcell, em 1945:
o Os núcleos dos átomos de hidrogênio, quando submetidos a um forte campo magnético,
mantêm-se alinhados e podem absorver energia de radiofrequência.
o Quando o impulso é cessado, os átomos voltam à sua posição original, emitindo sinais
ressonantes que são capturados e medidos por uma antena receptora.
o Esse fenômeno foi chamado de Ressonância Nuclear Magnética (RNM).
o 1946: os núcleos dos átomos absorvem e reemitem energia de rádio frequência
o 1952: Prêmio Nobel de Física
• RNM = Ressonância Nuclear Magnética → não tem radiação!!
• Ressonância: interação entre o campo magnético e ondas de rádio frequência
• Nuclear: propriedades dos núcleos dos átomos
• Magnética: requer um campo magnético
• Laterbur e Mansfield, anos 70:
o Aplicabilidade mais importante da RNM: sua capacidade de gerar imagens nunca antes vistas
por outros métodos de diagnóstico
o Sinais de rádio podem ser matematicamente analisados e interpretados gerando uma
imagem
o 1973: imagens baseadas na concentração e ligações físico-químicas do H
• 1983: aceito pelo ACR
• 2003: Prêmio Nobel em Medicina
O APARELHO DE RNM

• O aparelho de RNM é um grande imã (que faz o campo magnético)


• A ressonância faz muito barulho e esse barulho é devido ao pulso de rádio frequência
VANTAGENS

• Não utiliza radiação ionizante


• Multiplanar
• Alta resolução/alto contraste → a resolução da RNM é melhor que a
tomografia para estudar as estruturas de partes moles (fígado, pâncreas,
cérebro)
• Não-invasiva
DESVANTAGENS

• Artefatos
• Baixa sensibilidade para osso/cálcio
• Alto custo
• Baixa disponibilidade
CONTRA-INDICAÇÕES

• Marcapasso
• Próteses metálicas
• Clipes cirúrgicos
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• Válvulas cardíacas metálicas


• Claustrofobia
• Corpos estranhos metálicos
• Equipamentos de suporte (respirador)
• Ou seja, coisas metálicas não podem entrar na ressonância, a não ser em situações controladas

• Sequência T1 de RNM do cérebro: líquor é preto (imagem superior esquerda)


• Sequência T2 do cérebro: líquor é branco (imagem superior direita)
• Sequência T2 do Punho (imagem inferior esquerda)
INTENSIDADE DE SINAL (NOMENCLATURA DAS LESÕES)

• Hiposinal / Hipointenso (preto):


o Ar
o Osso cortical
o Sangue nos vasos → está em movimento (ausência de sinal)
o Tecido fibroso
o Água/Edema (T1)
• Hipersinal / Hiperintenso (branco):
o Gordura
o Hemorragia → sangue que extravasou e ficou parado no cérebro
o Alto conteúdo proteico
o Melanina
o Água / Edema (T2)
QUAL O PAPEL DO RADIOLOGISTA?
1) Orientar a execução do exame
2) Identificar anormalidade (normal x anormal)
3) Caracterizar a anormalidade
4) Definir a extensão da doença (estadiamento)
5) Diagnóstico diferencial
6) Sugerir próximos exames
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DESCRITORES RADIOLÓGICOS BÁSICOS


1) Tamanho
2) Número
3) Densidade / Ecogenicidade / Intensidade
4) Formato
5) Localização
6) Arquitetura / Textura
7) Função

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