Você está na página 1de 35

ULTRASSONOGRAFIA

e
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Dr. Thiago Oliveira Costa


Médico Radiologista (RQE 14165)
Medicina – Universidade Federal de Goiás (UFG)
Residência em Radiologia e Diagnóstico por Imagem – Centro de Reabilitação e Readaptação Dr.
Henrique Santillo (CRER)
Membro Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR)
Docente Medicina
ULTRASSONOGRAFIA
imagens a partir de ondas sonoras com alta frequencia!
Introdução

 Método por imagem versátil

 Aplicação relativamente simples

 Baixo custo operacional

 Avançou muito nos últimos vinte

anos do século XX
Util no dia a dia
Características próprias:
prova!!!!!!!!!!!

✓ Forma Imagens a partir de ONDAS SONORAS NÃO FAZ mal a nosso corpo! é inocuo! Pode fazer em gestantes

pegar o transdutor e colocar em contato com a pele, conforme movimenta faz varias fatias, secções de imagem! varia conforme a posição do aparelho

✓ Método não-invasivo ou minimamente invasivo.

✓ Apresenta a anatomia em imagens seccionais, em qualquer orientação espacial

✓ Sem efeitos nocivos significativos

✓ Não utiliza radiação ionizante

✓ Estudo da hemodinâmica (não-invasivo) -> efeito Doppler

✓ Permite o estudo do movimento das estruturas corporais

Está realizando como se fosse uma filmagem e não foto como RAIO X

PARA formar imagem, precisa de um medico que saiba mexer. é um metodo OPERADOR-DEPENDENTE
Ecolocalização
Nos seres humanos, fomos aprofundar durante as guerras mundiais. Os alemães
investiram em submarinos e afundavam navios dos inimigos. Os britanicos investiram
no sonar- emitiam ondas sonoras e conseguiam localizar os submarinos, bombas e
minas

O SONAR funciona muito bem em líquidos. O corpo humano é rico em liquidos e conseguia localizar orgaos

• Localização espacial através de ecos

• Morcegos fazem ecolocalização há milhões de anos;


Formação da Imagem:
criatais piezoeletricos: vibram a corrente eletrica e emite ondas sonoras. Podem atingir objetos e
voltam ao cristais que vibram de novo. A partir disso, forma-se a imagem

• Sonar: aparelho emite ondas de USG -> interagem com corpos/estruturas e produzem ecos que são captados de
volta

• Mapeamento gráfico desses ecos: corpos são localizados (contorno e a sua constituição)

• Na Saúde usa-se Transdutor especial c/ cristal de propriedades piezoelétricas

• Cristais Piezoelétricos -> mudam de formato ou vibram c/ corrente elétrica

• Vibração produz o ultrassom emitido

• USG é refletido e retorna ao transdutor (ocorre fenômeno inverso)

• Cristal deforma-se e produz energia elétrica

-> É processada e forma a imagem!


Transdutores
tem cristais piezoeletricos nos transdutores!
a energia se propaga em ondas. Essa onda tem picos e a distancia entre picos é o comprimento de onda. quanto menor
o comprimento de onda, maior a Frequencia.
• Varia de frequência de acordo com a região a ser analisada
regiões mais profundos: grande comprimento de onda e menos frequencia.

• Órgãos mais superficiais: frequência maior e menor comprimento de onda. como: as mamas

Freq. + elevadas (comp. de onda curtos): menor penetrabilidade avaliar o


coração

• Tireoide -> transdutor 7,5 a 10 MHz a frequência varia do tipo de transdutor. PONTA
REDONDA/CONVEXO- Baixa frequencia. estrutura
• Fígado -> 3,5 MHz superficial: PONTA RETA/LINEAR: Alta frequência

TIPOS:
endovaginal

• Convexo (3-6 MHz)


• Linear (7-18 MHz)
• Endocavitário (5-9 MHz)
Sistematização na realização do exame:
uso go gel: lubrificar! Além de facilitar o deslocamento da onda sonora. O grande vilão da onda sonora é o AR!
O AR não é bom de se propagar ondas sonoras. se propaga melhor em ondas liquidas, solido

para retirar o ar da pele que fica até o transdutor: retira o AR


pelo gel

• Utilização de gel aquoso sobre a pele dos pacientes


• Fazer jejum --> p/ ver a vesícula biliar jejum: para que a vesicula fique cheia de liquido e mais facil de avaliar

• Uso de laxativos (eliminando gases e fezes) --> avaliar vísceras abdominais


gases: é ruim. o som não se propaga e não consegue ver nada!
• Encher a bexiga (serve de janela): Estudo dos órgãos pélvicos por via abdominal
encher a bexiga: aucmular urina. o som se propaga melhor e avaliar de forma melhor
prova!

Nomenclatura das imagens em USG:


claro: hiperecoica
escuro: hipoecoico ou hipoecogenico

liquido, snague, urina: fica totalmente preto (anecoico)


• Anecoica: não apresenta ecos no interior (líquida) --> cor é preta chega com grande energia e forma o reforço acustico posterior-
imagem clara atras
❖ Ela produz uma imagem branca posteriormente à sua parede: REFORÇO ACÚSTICO POSTERIOR
sombra acustica posterior: fica preto por exemplo depois de um calculo. Mancha escura que se forma.

• Hipoecoica (Hipoecogênica): tecidos com densidade de partes moles.

❖ Variação dos tons de cinza. Não há reforço posterior.

• Hiperecoica (Hiperecogênica): som não ultrapassa a estrutura (cálcio, cálculos, osso) ou quando
interage com ela, se dispersa (gases);

❖ Forma SOMBRA ACÚSTICA POSTERIOR: limpa -> osso, borrada,-> ar/gás


colelitiase
reforço acustico posterior sombra acustica posterior
pancreas de pessoa mais velho: acumula gordura e fica hipoecoico.
NÃO CONSEGUIMOS AVALIAR BEM: Muito gas
não é pedra! pois
não fez sombra
acoustica é uma pedra, pois fez sombra acustica
posterior
ultrassom: onda sonora atravessa o corpo e volta. é como se o corpo
Efeito Doppler: quantifica a velocidade do
enviasse sons ao aparelho. logo, acoplaram a tecnologia dopler para falar movimento entre uma fonte e um observador
se o snague se aproxima ou afasta. consegue até calcular a velocidade do
snague

DOPPLER

• Color Doppler: acoplado à USG -> estudo fluxométrico

• Análise do fluxo vascular

UTILIDADES:

• Viabilidade de um transplante renal

• Obstruções vasculares (ex.: trombose da veia porta)

• Neovascularização de neoplasias (p. ex., nódulo na tireoide)

• Avaliar condições materno-fetais durante a gravidez


Outras utilidades da USG:

• Guiar: Punções, Biopsias e Drenagens


melhor fazer acesso venoso guiado por ultrassom

• Método de escolha em pacientes obstétricos:


Não utiliza radiação ionizante!
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Introdução
é um imã extremamente potente

forma imagem pelos protons de H

• Se baseia no comportamento dos Prótons de hidrogênio (H+)


• Átomos de H+ estão desalinhados no corpo humano
OS atomos de H: Temos proton- fica girando e é spin- gira de forma aleatoria. e temos eletrons.

Retornam à
Prótons alinham-se Pulso de
posição de Energia liberada é
dentro de um Radiofrequência (RF)
equilíbrio quando captada e emite FORMA A IMAGEM!
campo magnético → Fornece energia
cessa a força um sinal
intenso p/desalinhar o próton
(radiofrequência)

• Aparelho de RM → grande ímã - CAMPO MAGNÉTICO da


corrente elétrica
(bobina de fios metálicos imersa em hélio líquido a temperaturas
baixíssimas: ~269°C)
faz varias fatias, secções do corpo da pessoa. e pode reconstruir essa imagem em 3D

GRADIENTES: pequenos ímãs que criam


pequenos campos magnéticos variáveis ->
Reconstrução tridimensional de cada plano:

• OZ: plano de corte TRANSVERSAL (ou AXIAL)

• OX: plano de corte CORONAL (ou frontal)

• OY: plano de corte SAGITAL

Com a computação das imagens são


possíveis reconstruções
BOBINAS
acoplado ao orgao para ser avaliado.

• Bobinas ou Antenas: emitem e captam a


radiofrequência emitida pelos prótons da
área estudada;

• Existe um tipo de bobina para cada região (p.


ex., crânio, coluna, joelho, ombro etc.).

• Exames do tórax ou abdome utiliza-se


a body coil (bobina de corpo) que está
contida dentro do aparelho de RM
Como diferenciar TC x RM
RM- Caro, dmeorado, mas é como se fosse varios exames em um só. cada sequencia traz informação diferente.
A TC mede apenas uma sequencia- se é pesado ou leve. A TC avalia a densidade dos tecidos (osso fica branco), já na ressonância o osso fica escuro. A DICA É ONDE TEM OSSO e ficar branco
é TC e onde o osso fica escuro é RM

substancia branco

TC T1 T2 FLAIR
PELE

RM X TC
RM: Consegue avaliar bem os giros do cerebro.
na TC não avalia tão bem e define os giros e sulcos

• Capacidade multiplanar (ambos)

• Excelente resolução espacial e


não
de contraste! liquido brilhante brilha

• Não utiliza radiação ionizante!


T1- Conhecida como sequencia verdadeira. é boa para
ver anatomia. a substancia cinzenta é cinza e a branca
é mais clara mesmo.
t2 e falir: ao contrario. na flair o cortex fica claro e a
substancia branca fica escura. T2 e flair sao
basicamente a mesma coisa. Na t2 o licor fica
brilhando, já no flair não fica brilhando

T1 e FLAIR: substancia cinzenta é cinza e substancia


banca é branca no T1. No flair é ao contrario
Sequências de RM

contraste

T1 T1 C+
Sequências de RM

T2 FLAIR
Sequências de RM

DWI ADC
Sequências de RM

DWI ADC
Sequências de RM

Gradient echo
T1 T1 C+ T2

areas de baixo sinal e


alto sinal

T1 Sat de Gord. T1 C+ Sat de Gord. FLAIR


Imagem de Ressonância Magnética
ressonancia é bom para avaliar CRANIO e não é tão bom para avaliar TORAX

• Imagem HIPOINTENSA: “mais escura” em relação ao tecido normal


• Imagem HIPERINTENSA: imagem “brilhante”, “branca”
• AUSÊNCIA DE SINAL: imagem “preta” (Em geral corresponde a imagens calcificadas, cortical óssea, ou a vasos com
fluxo rápido) Ex: osso

• SINAL INTERMEDIÁRIO: imagens cuja característica de sinal não se ajusta às descrições anteriores (em geral
partes moles) NO MEIO
Ex.: músculo, cartilagem hialina, encéfalo

Tecidos com maior concentração de prótons de


H+ são + magnetizados (sinal + intenso) + BRILHO!
Tecidos ou Lesões
fica branco
• T1 HIPERINTENSAS: gordura, hemorragia subaguda, melanina, líquidos
proteicos, impregnação C+

• T1 HIPOSSINAL: calcificação, fluxo rápido, água, hematoma agudo,


hemossiderina, fibrose, osso cortical, liquor

• T2 HIPOSSINAL: calcificação, fluxo, hematoma agudo, hemossiderina, fibrose,


osso cortical
brilha, branco
• T2 HIPERSINAL: água, liquor, hemorragia subaguda (meta-
hemoglobina), fluidos estáticos, disco intervertebral normal.
Contraste Paramagnético - GADOLÍNIO
o contraste usado é o gadolinio. o gadolinio tem vantagem em relação ao iodado- o gadolinio é mais seguro! muito raro ter reações alergicas.

• Reações alérgicas relativamente raras: 0,04-0,3% das administrações, das quais 0,4-9% são graves

• Risco maior em pacientes com asma brônquica, alergia conhecida a meios de contraste à base de
risco maior de ter reações
iodo ou outros.
esse contraste é excetado na urina, se tem insuficiencia renal, causa fibrose generalizada conhecida como fibrose sistemica nefrogenica. NÃO PODE INJETAR em pessoas com
insuficiencia renal
• INSUFICIÊNCIA RENAL → FIBROSE SISTÊMICA NEFROGÊNICA

Contraste contra-indicado para pacientes com lesão renal aguda ou doença renal crônica grave
(taxa de filtração glomerular <30 mL / min) 2

• Depósitos de gadolínio em vários órgãos (cérebro)


Significado clínico desconhecido não sabe se faz mal
Indicações:
NÃO É INDICADO EM AVALIAR TORAX

• Doenças do neuroeixo
• Osteoarticulares
• Vasculares
• Cardíacas
• Avaliação das vias biliares Colangioressonancia
• Abdome pacientes oncologicos
• Pelve
• Mama
• Avaliação de extensão e recidiva tumorais
• Intercorrências durante a gravidez
• Pacientes com antecedentes alérgicos ao iodo
Contraindicações
não pode entrar com NADA METALICO!! É um ima extremamente potente

só se liga uma vez esse aparelho. Não desliga

CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS:
• Uso de Próteses Ortopédicas Metálicas (placas e parafusos, fios de osteossíntese);
• Estado alterado de consciência do paciente (tornando-o agitado);

CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS:
• Uso de marca-passo cardíaco
• Corpo estranho metálico intraocular
• Implantes metálicos (p. ex., auditivo)
• Válvulas cardíacas metálicas
• Clipes de aneurismas ferromagnéticos
• Fragmentos metálicos em contato com vasos
depois de muito tempo pode fazer a ressonancia magnetica pois tem capsula envolvendo,
porém aquece muito o metal e pode lesionar orgaos
Potência do Aparelho
Varia entre menos de 1, até 3 Tesla

• Abaixo de 1 Tesla
• Equipamentos de Campo Aberto → Avaliação de extremidades corporais, claustrofóbicos...
• Baixa qualidade de imagens;
• 1 Tesla
• Aparelhos fabricados até 2002;
• Poucas funcionalidades e imagens de baixa qualidade.
• 1,5 Tesla mais utilizado
• Suficiente para a maioria dos exames;
• Rotina nos exames médicos.
• 3 Tesla
• Última geração nos diagnósticos;
• Campo magnético c/o dobro da intensidade dos convencionais;
• Altíssima qualidade de imagem, exames + rápidos e com
+ detalhes anatômicos.
Dúvidas?

DÚVIDAS ?

Você também pode gostar