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CURSO DE ULTRASSONOGRAFIA VETERINÁRIA

ABDOMINAL PARA ANIMAIS PEQUENOS.


I MÓDULO – INTRODUÇAO AO ULTRASSOM
Prof. MV Marcela Marques
HISTÓRIA

• Spallanzani - descoberta em 1793.

• Jacques e Pierre – efeito piezoelétrico.

• Dussik – usou para fins médicos 1942.

• Ivan Lindahl – medicina veterinária 1966.


HISTÓRIA
Principio Físico da Onda Sonora

• Onda mecânica.

• Audição humana - 20Hz e 20kHz – abaixo


infrassom/acima ultrassom.

• Ultrassom – 1Mhz e 15Mhz.


Principio Físico da Onda Sonora
Principio Físico da Onda Sonora

• Comprimento da onda (λ) – distancia entre dois ciclos.

• Frequência (f) – número de ciclos completos em determinado intervalo.

• Período (T) – tempo necessário para repe_ção de um ciclo, inverso da frequência.


Principio Físico da Onda Sonora
Principio Físico da Onda Sonora

• Amplitude (a) – intensidade sonora/energia para atravessar o tecido.

• Velocidade de propagação (v) – velocidade em que a onda se propaga em um


meio.

• Impedância acús_ca (Z) – capacidade de um tecido de produzir ondas sonoras


Principio Físico da Onda Sonora
Material/Tecido/Órgão Velocidade do som (m/s)
Ar 300
Pulmão 600
Gordura 1460
Osso 4080
Fígado 1555
Água 1480
Sangue 1560
Principio Físico da Onda Sonora
Atenuação: Diminuição da intensidade do feire sonoro - ao através um
tecido.

• 4 principais fatores que envolvem


• Absorção: Conversão de energia mecânica das ondas sonoras em calor.
• Reflexão: Capacidade dos ecos emitidos retornarem ao transdutor –
formação da imagem.
• Dispersão ou espalhamento: Ecos com reflexão em diferentes direções.
• Refração: Desvio do eixo sonoro quando não incide
perpendicularmente a intervace da estrutura – curvas e lisas. (vasos
sanguíneos)
Características do Exame

• Não Invasivo;

• Menos de 3 anos na veterinária;

• Não Ionizante;

• Seguro e rápido.
CaracterísGcas do Exame

• Líquido livre – moldura e fundo evidenciando a imagem dos orgãos


ao redor;

• Gases - refletem intensamente o feixe sonoro (artefato);

• DiagnósTco gestacional;

• UTlizado para guiar biópsias .


Transdutores

• COMPOSTOS DE MATERIAIS PIEZOLÉTRICOS;

• RECEBER E PRODUZIR ECOS – INTERFACES DIVERSAS;

• COMPOSIÇÃO DO TRANSDUTOR:
- CRISTIAS OU CERÂMICAS (PIEZOLÉTRICOS);
- APARATO ELETRÔNICO (ELETRODOS PARA EXITAÇÃO DOS CRISTAIS E CAPTAÇÃO DOS ECOS);
- LENTE ACÚSTICA;
- MATERIAL QUE ACOPLA A LENTE AOS CRISTIAS;
- AMORTECIMENTO POSTERIOR (ABSORVER FREQUENCIAS INDESEJADAS ).

• PRODUTORES DE ONDA SONORA E AO MESMO TEMPO DECTORES DE ONDAS REFLETIDAS.


Transdutores
Transdutores
• Onda sonoras de várias frequências;

• Frequência principal ou fundamental do transdutor – onda de maior amplitude.

• Frequência é inversamente proporcional ao dobro da espessura dos cristais:


• 2MHz – cristal 1mm
• 10MHz – cristal 0,2mm

• Mul]frequenciais – muda durante o exame.


• Classificação dos transdutores – de acordo com ]po de imagem produzida:
• Setorial - cardiológico
• Convexo - microconvexo *
• Linear *
• Endocavitario
Transdutores
Transdutores
ULTRASSOM – Janela Acústica
• Formas de escapar dos impedimentos normais para passagem das ondas.

• Mudança de posicionamento do paciente.

• Alteração de ângulo na transdutor.

• Uso de estruturas com boa condução de som.


ULTRASSOM – Janela AcúsGca

• Dificuldades Naturais
• Estruturas que dificultam a passagem de ondas
ultrassonográficas levando a imagens pouco ní8das ou
produção de artefatos (ex. ar, osso e gordura).
Formação da Imagem

• Formação da imagem – reflexão ou refração de ondas sonoras


(fenômeno denominado de eco).

• Resolução lateral: determinada pela largura do feixe sonoro –


diferencial de dois pontos refletores no mesmo plano

• Resolução axial: diferenciação de duas interfaces localizadas no


mesmo eixo.
Formação da Imagem

• Efeito piezoelétrico – som em impulso elétrico e vice versa;


• cristais ou cerâmicas
Formação da Imagem
NOMECLATURA DOS ECOS - PONTOS LUMINOSOS

ESCALA DE CINZA
• Hiperecogênico – refletem com mais intensidade o som (cinza claro semelhando ao
branco - osso)
• Hipoecogênico – reflete com pouca intensidade o som (cinza escuro - víscera*)
• Anecogênico - não refletem o som (água)
• Isoecogênico – mesma ecogenicidade entre estruturas.
Modos de Exame

• MODO A (Amplitude) – pouco usado na veterinária


• Ocular
• Gráfico

• MODO B (Brilho) – ponto luminoso (Escalas de cinza)

• MODO M (Movimento) – avaliação cardíaca

• DOPPLER - vascularização
Modos do Exame

Modo M Modo B
Modos do Exame

Modo A
Modos do Exame

Modo doppler
Orientação da Imagem

Para auxiliar na orientação da imagem os transdutores possuem marcadores que


mostram os sentidos cranial ou caudal.
Orientação da Imagem
• Avaliação abdominal o transdutor ficará na região ventral ou lateral do
paciente;
• Primeira estrutura no topo da tela estará em contato com a região ventral
do abdômen;
• Estruturas mais profundas estará em campo distal.

• Orientação da imagem varia de com a estrutura a ser estudada;


• Corte longitudinal – lado esquerdo é cranial e o topo da tela é ventral ou
lateral *. (posição do transdutor);
• Corte transnversais – lado esquerdo é dorsal;
• Avaliação cardíaca, eixo longo: lado direito é cranial.
Recursos do Aparelho

• FOCO:
• Nos transutores temos lentes e espelhos que irão focalizar o som transmi_do.

• Ajuste do feixe sonoro convergi-lo para uma região específica.

• O órgão avaliado terá melhor resolução.


Recursos do Aparelho
Recursos do Aparelho
• GANHO:

• Afeta a amplificação dos ecos de retorno para o receptor;

• Suma importância para a aquisição de imagem com qualidade;

• Ganho muito alto – ecos aleatórios (imagem clara, muito brilho e sem resolução de
contraste);

• Ganho muito baixo – diminui o brilho (imagem muito escura, perderá detalhes sutis
do parênquima);

TGC = TIME GAIN COMPENSATION


Recursos do Aparelho
Recursos do Aparelho
TGC = TIME GAIN COMPENSATION
• Botões deslizantes – ajustes de
ganho dos tecidos em diferentes
profundidades (imagem
homogênea).
Recursos do Aparelho

• Imagem Harmônica:
• Múltiplas de uma frequência fundamentas (captação da onda
refletida será duas vezes maior que a que foi enviada);

• Reduz artefatos – de movimento do paciente;

• Aumenta resolução e o contraste da imagem.

• Contraste micro bolhas.


Recursos do Aparelho

• Profundidade – relação entre as estruturas


• Faixa dinâmica (dynamic range, 2DR):
• contrastes entre os tons de cinda -(mais ou menos tons)
• imagem menos grosseira a medida que aumenta
• (altera o tamanho do speckle)
Recursos do Aparelho

• Profundidade – relação entre as estruturas


• Faixa dinâmica (dynamic range, 2DR):
• contrastes entre os tons de cinda -(mais ou menos tons)
• imagem menos grosseira a medida que aumenta
• (altera o tamanho do speckle)
Recursos do Aparelho

•Frame rate:
•Número de quadros ou tempo de emissão de um pulso
•Aquisição do seu eco retornado
Recursos do Aparelho
• Field of view (FOV):
• Ângulo de abertura para a varredura de imagem

• Influência na qualidade da imagem – numero de quadros (FR)


Artefatos

• Não transmite a imagem real– erros na apresentação;

• Falhas técnicas e/ou fatores físicos.

• NEM SEMPRE TRAZEM PREJUÍZOS NO DIAGNÓSTICO;


• Reforço acústico posterior (estruturas líquidas)
• Sombreamento acústico posterior (urólitos/corpo estranho).

• Má calibração do aparelho ou alterações eletrônica.


Artefatos

• REVERBERAÇÃO:

• Interfaces de com diferenças de impedância acús]ca;

• Falhas técnicas - ar entre a pele e o transdutor;

• Onda sonora está perpendicular a um objeto altamente refle]vo – gás ou metal;

• Paciente obesos facilmente encontrado - diferença de impedância acús]ca entre o tecido


adiposo e os órgãos adjacentes.

• Diminuição do ganho ajuda a melhor o artefato


Artefatos

• REVERBERAÇÃO:
• Imagens – múltiplas linhas paralelas hiperecogênicas;

• Exemplo : cauda de cometa;

• Avaliação do trato gastrointestinal ou presença de estruturas metálicas.


Artefatos
Artefatos

• IMAGEM EM ESPELHO:
• Interfaces altamente refletoras – diafragma/pulmão.

• Som refle]do do diafragma para ou tecido refletor próximo – volta para o diafragma e retorna
ao transdutor.

• Decodificação errônea do posicionamento da estrutura de interesse – imagens abaixo serão


projetadas acima porque demorarão a chegar ao transdutor.

• Evitar erros de diagnós]co – simular órgão abdominais na região torácica.


• Consolidação pulmonar.
Artefatos
Artefatos

• SOMBRA ACÚSTICA:

• Interfaces altamente refletoras – ossos, componentes minerais, metais ou gás.

• Ocorre bloqueio da passagem de onda sonora pela alta atenuação do material, ocorrendo
eco somente na superpcie do material.

• Mais evidentes em transdutores de alta frequência.

• Evitar erros de diagnós]co – auxilia na detecção de estruturas mineralizadas, metalizadas ou


gás.
• Liqases, corpo estranho.
Artefatos
Artefatos

• REFORÇO ACÚSTICO POSTERIOR:

• Observado posteriormente em tecidos com pouca atenuação ao feixe sonoro.

• Iden]ficado como faixa clara na região posterior de estruturas cavitarias – ex: cistos, vasos
sanguíneos, vesícula biliar e bexiga.

• Produzem ecos mais intensos, portanto, apresentam brilho mais forte.

• Auxilia na iden]ficação de Líquidos no interior de estruturas ocas.

• É presente também em áreas com necrose – baixa ecogenicidade e grande homogeneidade.


Artefatos
Artefatos
• SOMBREAMENTO LATERAL OU ALTERAÇÃO DE COTORNO:

• Observado na margem de superpcie curvilínea.

• Iden]ficado com eco de menos intensidade entre fluido e tecido.

• Auxilia na iden]ficação de estruturas arredondadas que possuem ecogenicidade próxima a


tecido adjacentes.

• Presente na região distal em margens de estruturas cís]cas, cranial e caudal aos rins e em
diverqculos renais.

• Pode se apresentar na imagem transversal de segmento de alça intes]nal e margens de


vasos.
Artefatos
Planos de Imagem

•Longitudinal

•Transversal

•Dorsal
Sequencia no exame
Fígado

Duodeno Estômago

Rim Direito Baço

Alças IntesKnais Rim Esquerdo

Bexiga
Preparo Pré Exame

• Jejum – luftal*
• Bexiga repleta
• Tricotomia *
• Gel
Posicionamento do animal

• Decúbito ventral
• Decúbito lateral
DÚVIDAS?

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