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O ULTRASSOM

• Capacidade do ouvido humano – 20Hz a


20.000Hz;

• Abaixo de 20Hz – infrassons;

• Acima de 20.000Hz – ultrassons;

• Freqüência utilizada na ultrassonografia – 1MHz


(1.000.000Hz) a 30MHz (30.000.000Hz) ou
mais;
Morcego: 10.000 Hz (som) – 120.000Hz (ultra-som)
Golfinho: 10.000 Hz (som) – 240.000 Hz (ultra-som)
Cão: 15 Hz (infra-som) – 50.000 Hz (ultra-som)
Gato: 60 Hz (som) – 65.000 Hz (ultra-som)
1794 – Lazzaro Spallanzini
OBJETIVOS MILITARES - SONAR
CRISTAIS

▪ 1880 – Jacques e Pierre Curie Efeito piezoelétrico


Quartzo / Turmalina
EFEITO PIEZOELÉTRICO
x x x
F
F + + + +

+
_ + Si Si
_0 Si 0 0 0- + 0
0 - - -
Si Si Si + Si +
+ _ + + Si + Si
0 0- 0-
+ + + +
F F

a) b) c)
FÍSICA

▪ Ondas sonoras: mecânicas e longitudinais

T Vibração de partículas

+ + : Rarefação

- - : Compressão

Comprimento de onda (1 ciclo)


REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA ONDA SONORA

▪Comprimento de onda (): corresponde à distância em que o mesmo


fenômeno se repete;
▪Freqüência (f): corresponde ao número de oscilações em um
determinado tempo;
▪Amplitude (a): corresponde à magnitude ou intensidade da onda
sonora;
▪Velocidade (c): a velocidade sonora é o tempo que uma onda sonora
demora para percorrer um determinado espaço; a velocidade do som
é constante para cada material , dependendo das propriedades
elásticas e da densidade. 1540m/s
COMO É GERADO O ULTRASSOM?

▪Aplicando impulsos elétricos em cristais piezoelétricos


ocorre uma deformação e retorno ao estado original.

▪Se aplicarmos 1000 impulsos elétricos por segundo em


intervalos regulares os cristais produzirão ondas mecânicas
com uma freqüência de 1000 ciclos por segundo
(1000 Hz, 1 kHz).

▪5 000 000 ciclos por segundo correspondem a 5 MHz.


COMO FUNCIONA?

Transdutor
C. Piezoelétricos

Ultrassom ECO

Monitor
(Reflexão)

ANIMAL
COMO É GERADA A IMAGEM?

▪O transdutor emite pulsos curtos de ondas que batem em


tecidos com diferente impedância e retornam comprimindo
os cristais do transdutor.

▪Quando as ondas de ultrassom retornam para os cristais,


ocorrerá deformação e como resultado final há produção
de um pulso elétrico.

▪Esse pulso é convertido em sinal digital e interpretado


como imagem de monitor.

▪Frequência do transdutor implica diretamente na resolução


espacial.
▪ REFLEXÃO: Retorno de parte do
feixe sonoro ao transdutor (ECO)

▪ REFRAÇÃO

▪ ESPALHAMENTO

▪ ABSORÇÃO
REFLEXÃO:
REFRAÇÃO:
ESPALHAMENTO:
EMISSÃO DE ONDAS
A.
C R

3.0 MHz
0.51 mm

7.5 MHz
0.21 mm C = áreas de compressão
R = áreas de rarefação

B. 2a3
comp. de ondas

Eco 1 Eco 2

Interface 1 Interface 2

Tempo A Tempo B Tempo C


▪ Vantagens

• Não invasivo;
• Não ionizante;
• Sem efeitos colaterais operador/paciente;
• Baixo custo;
• Rápido;
• Transportabilidade, operabilidade;
• Indolor (não necessita de sedação);
• Exame em tempo real (vitalidade fetal e movimentos
peristálticos);
• Permite guiar agulhas em biópsias aspirativas;
• Diagnóstico precoce de gestação;
• Permite visibilizar estruturas radiotransparentes (urólitos de
urato e cistina) e órgãos como o pâncreas, adrenais, ovários e
globo ocular, não visibilizados ao exame radiográfico.
▪ Limitações

• Operador dependente;
• Qualidade do equipamento;
• Animais obesos;
• Repleção vesical inadequada;
• TGI com grande quantidade de gás;
• Baixa especificidade para lesões focais;
• Baixa sensibilidade para algumas doenças infiltrativas;
• Nem sempre permite diagnóstico definitivo;
• Achados normais não excluem doença.
▪ Quais órgãos podem ser avaliados ?

▪ O que pode ser avaliado em cada órgão?

▪ Quais as limitações do método ?

▪ Quando solicitar ?

▪ US ou RX?
▪ Informações obtidas ao exame

• Topografia;
• Dimensões;
• Forma;
• Contornos;
• Vascularização;
• Ecogenicidade;
• Ecotextura;
• Arquitetura interna;
• Conteúdo;
• Peristaltismo;
• Espessura e regularidade de parede.
MODO DE PROCESSAMENTO
DOS ECOS

▪ Modo A - Amplitude

▪ Modo B- Brilho

▪ Modo M – Movimento
Intensidade do eco

Tempo
Modo A
Modo B
Modo M
Transdutores / Probes / Sondas
TIPOS DE TRANSDUTORES

Setorial Convexo Linear


Transdutor linear Transdutor convexo/ setorial
FREQUENCIA DOS
TRANDUTORES

▪ Quanto maior a freqüência maior a


atenuação (diminuição da
intensidade do feixe)

▪ Quanto maior a frequência mais


superficial a profundida atingida
PROPAGAÇÃO DO SOM
▪A velocidade de propagação do som é determinada pela
onda de pressão mecânica transmitida de uma molécula
para outra.

▪Quanto mais próximas forem as moléculas:


• Maior habilidade de conduzir uma onda de
pressão;

• Maior velocidade de propagação.


Meio Densidade Velocidade Impedância
g/cm³ (p) m/seg (v) acústica
g/cm²seg (Z)
Ar 0,00129 333 0,00042

Água 1,0 1520 1,52

Sangue 1,0 1560 1,56

Gordura 0,97 1453 1,41

Músculo 1,07 1570 1,68

Fígado 1,06 1556 1,65

Pele 1,1 1954 2,15

Osso 1,85 3360 6,2


IMPEDÂNCIA ACÚSTICA
▪Relacionada com a resistência ou dificuldade do meio a
passagem do som.

▪Corresponde a densidade do meio x velocidade do som


neste meio.

▪Quanto maior a diferença de impedância entre dois


meios maior será a reflexão dos eco.
INTERFACE REFLEXÃO
(%)

Rim - Fígado 0,3

Fígado - Músculo 1,8

Fígado - Gordura 10,0

Água - Osso 68,4

Tecido - Gás 99,0


Anecoico
Líquidos limpos, sem eco, sem reflexo

Hipoecogenico
Poucos ecos fracos (Linfonodos)

Hiperecogenico
Ecos intensos (Superfícies, Tendão)

• RIM
• FÍGADO
• BAÇO
ARTEFATOS
▪ O artefato é uma imagem adicional, ausente ou
distorcida, a qual não corresponde a imagem real.
• Interpretação errônea;

• Informação adicional;

▪ Tipos de artefatos:

• Reforço posterior – ex.: cistos;

• Sombra acústica posterior – ex.: osso, cálcio, ar;

• Reverberação – ex.: gás, metal;

• Imagem em espelho – ex.: diafragma.


Transdutor

MATRIZ OSSEA
JANELA ACÚSTICA

▪ Meio de contornar os impedimentos naturais a


passagem do som:

• através de mudanças de decúbito;


• alteração da angulação do transdutor;
• utilização de um órgão com propriedades acústicas
ideais – bexiga.
O equipamento
é resistente
mas não é
indestrutível
▪Verificar voltagem.

▪Cuidado especial com o transdutor, cabos e teclado.


PREPARO DO PACIENTE
▪Jejum alimentar de 12 horas;

▪Ingestão de água ad libitum;

▪Evitar a micção por pelo menos 1 hora antes do


exame;

▪Tricotomia e limpeza da região a ser examinada;

▪Aplicação do agente acoplador acústico – gel;

▪Decúbitos: lateral (E e D) e dorsal (pequenos


animais);
Planos transverso e dorsal Plano sagital
▪Manter o sentido auto-crítico
LEMBRAR!
▪Evitar artefatos de técnica
• boa preparação da pele
• bom contato com o transdutor
• equipamento ajustado
• técnica cuidadosa

▪Confirmar alterações em pelo menos dois planos

▪Movimentos laterais e rotacionais com o transdutor


ao examinar

▪Visualizar cada estrutura individualmente

▪Comparação
• órgão contralateral
• outro indivíduo
PROGRESSO

▪Não se enxerga nada;

▪Visualização e identificação gradual das estruturas;

▪Supervalorização das imagens, erros eufóricos;

▪Redefinição da ultrassonografia como apenas um


meio diagnóstico auxiliar.

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