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1) O QUE É UM ULTRASSOM?
É um som a uma frequência superior àquela que o ouvido do ser humano pode perceber (20.000
Hz).
o Frequência → Grandeza que indica o número de ocorrências de um evento em um
determinado intervalo de tempo.
o Impedância Acústica →Dificuldade que um som tem à passagem em um determinado meio.
O meio gasoso é um meio de baixa impedância acústica, ao contrário do meio sólido, de alta
impedância.
2) COMO FUNCIONA A ULTRASSONOGRAFIA
Tem os mesmo princípios de um SONAR, ou seja, funciona jogando uma onda, que bate em algo e
retorna para a origem da sua emissão, trazendo consigo alguma informação do meio onde foi
exposta.
Os aparelhos de ultrassom utilizam frequências variáveis através de objetos chamados de
TRANSDUTORES. Os transdutores são dispositivos que recebem algum tipo de sinal e o
retransmite. No caso dos transdutores de ultrassonografia, os mesmos possuem, em sua
extremidade, cristais que possuem a capacidade de converter energia elétrica em energia sonora
(ou mecânica) e vice-versa (também chamado de efeito piezoelétrico).
Além de diferenças de frequência, podemos classificar os transdutores de acordo com sua
disposição ou formatação. Dentre os principais, temos: convexo, linear, setorial e endocavitário.
3) QUAL A IMPORTÂNCIA DE UTILIZARMOS DIFERENTES FREQUÊNCIAS?
Quanto maior a frequência do transdutor maior será a definição das imagens, mas menor a
profundidade de penetração.
Na prática isso quer dizer que podemos utilizar um transdutor com maior ou menor frequência a fim
de alcançar alguma região corpórea ou algum órgão.
Teremos que escolher sabiamente para adquirirmos imagens melhores e mais nítidas.
Partindo desse conceito, responda: você escolheria um transdutor de alta ou de baixa frequência
para avaliar uma tireoide? TRANSDUTOR DE ALTA FREQUÊNCIA, pois a tireoide é um órgão bem
superficial logo, um transdutor de alta frequência irá deixar as imagens mais nítidas, não precisando
da profundidade.
4) PARA REALIZARMOS O EXAME ULTRASSONOGRÁFICO PRECISAMOS UTILIZAR UM GEL À BASE DE ÁGUA.
POR QUÊ?
Criar uma interface melhor do transdutor com a pele do paciente a fim de evitar que os feixes
sonoros sejam refletidos.
Transdutor deslizar melhor, o gel favorece a retira de ar dos poros e das dobras da pele
Temos que retirar essas barreira de "transdutor-ar-paciente" e formar um contato "transdutor-
paciente", que ocorre com o gel.
O gás não é um bom condutor de ultrassons
OBS: ultrassonografia é o resultado final de uma leitura de ecos gerados pelos reflexos do aparelho de ultrassom,
semelhante aos sonares/radares . O aparelho não é somente formado por transdutores, mas por outros apetrechos.
OBS: Se o pulmão se apresenta escuro e a água é anecoica (apresenta coloração escura também), como eu poderia
detectar um derrame pleural em um USG? Quando temos um derrame pleural, aos poucos, esse derrame
causará uma atelectasia passiva no pulmão adjacente a ele. A atelectasia é, grosso modo, o colabamento do
pulmão. Se o pulmão colaba, deixa de ter ar com isso sua ecogenicidade aumenta.
OBS: Não é sempre que essa regra funciona, porém, auxilia o radiologista a desconfiar de um derrame pleural
exsudativo ou transudativo. Quando temos um derrame completamente anecogênico (preto), podemos desconfiar
ou levantar a suspeita de derrame transudativo. Quando temos um
derrame pleural anecogênico com partículas ecogênicas (brancas), muitas vezes heterogêneas, podemos
desconfiar ou levantar a suspeita de derrame pleural exsudativo. Observe dois exemplos.
HIPOECÓICO PRETO
ISOECÓICO IMAGENS COM ECOGENICIDADE SEMELHANTES
HIPERECÓICO BRANCA
ANECOICA IMAGENS SEM ECO, COMO A ÁGUA.
OBS: É válido ressaltar que alguns ecos que retornam de estruturas profundas podem voltar com força reduzida.
Assim sendo devemos, através do painel de comando do aparelho, amplificá-los (TGC ou amplificador de
compensação).
Ocorre quando o som não consegue passar adequadamente até atingir aquele órgão alvo, com isso esse
som é “absorvido”. Ou seja, a sombra acústica ocorre quando um feixe de ultrassons tem no meio do
seu trajeto uma estrutura que é muito densa, fazendo com que som não consegue passar adequadamente
forma-se assim uma ZONA HIPOECÓICA (UMA SOMBRA) posteriormente ao obstáculo. Exemplo: Cálculo
biliar na vesícula biliar
OBS: a sombra acústica como um fenômeno acústico formado devido a algo que apresenta alta
impedância acústica (estruturas sólidas) se comparado com o tecido circunjacente. Se uma estrutura ou
lesão absorve mais intensidade ecoica do que o tecido circunjacente, a imagem aparece mais escura (forma
uma sombra).
menos intensidade ecoica do que o tecido circunjacente, a imagem aparece com um reforço ecoico
(Reforço Acústico)
9) EFEITO DOOPLER ( pode ser patológica ou fisiológica) , existem outros tipos de DOOPLER, mas o que iremos
estudar é o DOOPLER COLORIDO.
As imagens dos fluxos em movimento são obtidas pela emissão de pulsos sonoros e ecos do
ultrassom e são transformados em cores, a depender da velocidade desse fluxo.
OBJETIVO: estudar a vascularização local
Muitos acham, erroneamente, que SEMPRE a cor azul irá representar o fluxo das veias e que
vermelha irá representar o fluxo das artérias
Representa um mapeamento dos elementos móveis de intensidade e sentido , em relação ao
transdutor.
o Fluxo em direção ao transdutor (ou que se aproxima do transdutor) = VERMELHO
o Fluxo em direção contrária ao transdutor (ou que se afasta do transdutor) = AZUL.
o Fluxo de maior velocidade = TONALIDADES MAIS CLARAS de sua respectiva cor
10) JANELA ACÚSTICA
O termo janela acústica é utilizado para um tecido ou estrutura que ofereça pouca impedância às ondas de
ultrassom, podendo ser usados como "amplificador" de ondas para examinar estruturas mais profundas. A
bexiga cheia de urina é a principal janela acústica que temos e por isso é tão importante realizarmos o
exame de USG com a bexiga cheia.
11) VANTAGENS X DESVANTANGES DA US
VANTAGENS DESVANTAGENS
Método não invasivo que permite a avaliação em É um exame operador dependente. Significa dizer
tempo real do objeto a ser estudado que se o operador for ruim, o exame
provavelmente não sairá tão bom quanto
deveria.
Não usa radiação ionizante Não consegue acessar muito bem algumas
regiões do corpo (intestinal e crânio), seja por
conter muita impedância acústica ou por possuir
gás
Podemos avaliar o fluxo de um local através do Em pacientes obesos a visualização de
doppler colorido. estruturas pode ser mais difícil
Possui um custo menor se comparado à TC e a RM. Não gera imagens tão nítidas e com tantos detalhes
anatômicos como uma TC ou RM, por exemplo
Não se dispõe, até o momento, de bons contrastes
OBS: Lembrem-se do que foi dito no começo do estudo sobre ultrassonografia. Quanto maior a frequência, maior
resolução das imagens e menor penetração dos feixes sonoros. Isso não deve ser utilizado somente pensando no
território anatômico estudado, mas também no paciente. Para pacientes obesos o ideal é utilizar transdutores
cujas ondas sonoras penetrem mais e para pacientes mais magros o ideal é utilizar transdutores cujas ondas
penetrem menos e forneçam imagens com melhor resolução, afinal, não há muito tecido gorduroso para criar
resistência à passagem do som e atrapalhá-lo.